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14 | Boo Seungkwan é complicado.

─ eu acho que nunca te disse isso...─ Seungkwan murmurou de repente, chamando a atenção de Hansol, que abaixou seu olhar apenas o suficiente para enxergar seus lábios franzidos em um biquinho adorável.

Os estavam sentados no chão de concreto do ginásio vazio, e Seungkwan apoiava suas costas no peito de Hansol, recostando a cabeça na curvatura de seu pescoço sem se quer se importar com o cheiro forte que emanava de suas roupas, naquele ponto.

Aquele cheiro era até reconfortante, de certa forma.

─ o que?

─ eu gosto muito de você, Hansol ─ concluiu, após alguns segundos em completo silêncio, sentindo o aperto dos braços do Chwe se intensificar ao redor de seu corpo quase que imediatamente.

Apesar do conforto oferecido por aquele abraço, Seungkwan sentiu-se fraco. Sendo sincero, era assim que ele vinha se sentindo desde que começou aquele caso secreto com Hansol, o "marginal drogado", como sabia que o chamavam. Desde que resolveu acreditar na sensação que tomava conta do seu peito na presença do mais novo.

Nem mesmo se lembrava de como aquela relação havia começado, mas sabia que for inevitável. Inevitável porque havia encontrado no Chwe algo que se quer sabia que estava procurando. Algo que nunca, em seus 17 anos de vida, havia recebido ou oferecido a alguém. Afeto. Mais do que isso. Afeto somado a adrenalina do chamado "proibido".

Boo Seungkwan não era familiarizado com qualquer tipo de sentimento ou conexão mais profunda. Cresceu em uma família bem abastada, filho de um respeitado juiz que o criou com rédeas curtas e muita disciplina.

Desde cedo, Seungkwan aprendeu que deveria ser alguém forte, inteligente e meticuloso. Alguém como seu progenitor, que o ensinou que sentimentos eram besteira e que qualquer demonstração de afeto era considerada uma fraqueza.

Sua mãe, por sua vez, nunca se importou em acompanhar o crescimento do filho e, se Seungkwan parasse para pensar, boa parte de sua infância havia sido compartilhada com babás e alguns dos funcionários que trabalhavam em sua casa.

É claro que ele já havia sentido uma espécie de carinho por outras pessoas. Park Jimin, por exemplo. Era seu amigo mais antigo e, provavelmente, o único verdadeiro que possuía. Jimin foi a primeira pessoa a lhe oferecer um abraço quando ainda estavam no primário, e aquela sensação de conforto que sentiu quando as mãos pequeninas agarraram suas costas nunca foi embora do peito de Seungkwan. Embora ele não fizesse a mínima idéia de como expressar, se sentia grato ao mais velho por não tê-lo deixado se sentir tão solitário.

Mas com Hansol foi diferente. Era um sentimento diferente de tudo o que ele conhecia ou já havia experimentado e, mesmo sabendo que não era uma boa idéia e que não estava pensando com sua cabeça e sim com seu coração, decidiu deixar acontecer.

Permitiu que Hansol o transformasse em uma pessoa doente, segundo os padrões impostos por seu pai, que constantemente dizia que o amor não era nada além disso. Uma doença. Principalmente se viesse de duas pessoas do mesmo sexo.

Boo Seungkwan havia se esforçado muito para tirar boas notas e sempre comportou-se perfeitamente dentro de casa, agindo como um perfeito cavalheiro nos jantares elegantes que seu pai oferecia para os seus colegas de profissão. Fazia isso para que, mesmo sendo um filho gay, ainda pudesse orgulhar seu pai de alguma forma. Mesmo assim, nunca recebeu uma palavra de conforto ou amor. Nada nunca seria suficiente.

Sem perceber, deixou um suspiro cansado escapar de seus lábios, mas permitiu-se sorrir pequeno com o movimento sútil dos dedos do Chwe em sua barriga, por cima da camiseta do uniforme.

Seu coração não tinha uma casa confortável para onde correr depois de um dia difícil, mas ele se sentia estranhamente acolhido no calor do corpo de Hansol.

─ eu também gosto de você, Kwannie ─ Hansol sorriu contra os cabelos alheios, sentindo-se em completo êxtase. Era uma sensação parecida de quando estava sob efeito de alguma droga. Não, era melhor. Talvez aquilo fosse paixão, mas ele não sabia dizer.

Hansol raramente sabia confirmar alguma coisa, mesmo que seus próprios sentimentos ou vontades. Ele só sabia sentir e viver intensamente, principalmente quando se tratava de Seungkwan.

─ bem, isso faz de você uma das três ou quatro pessoas que não me odeiam nessa escola ─ Seungkwan soltou um riso nasal. Seu tom, de repente, cheio de melancolia e aquilo não passou despercebido pelo Chwe, surpreendentemente.

─ te incomoda? ─ o baixinho o olhou por cima do ombro, sem entender a pergunta ─ te incomoda saber que quase ninguém gosta de você?

E então Seungkwan riu seco. Hansol era sincero demais as vezes.

─ era pra você me confortar, não me jogar isso na cara ─ resmungou, mas não estava verdadeiramente bravo porque sabia que era verdade ─ mas, sendo sincero? Eu não sei ─ mesmo que Seungkwan não conseguisse ver, Hansol franziu a testa, confuso ─ eu não sou muito bom em sentir ou nomear o que eu sinto, sabe?

─ então como você pode dizer que gosta de mim?

Seungkwan não precisou pensar muito para responder. Enquanto seus lábios se viravam sutilmente, colocando sua mão sobre a de Hansol, que descansava em seu abdômen, e guiando-a até o lado esquerdo do peito, onde seu coração batia acelerado.

─ eu não conseguiria mentir sobre isso nem pra mim mesmo.

Então, um silêncio confortável pairou sobre ambos os dois. Palavras não eram necessárias, afinal. Eles se entendiam muito bem na paz daquele silêncio.

Bem, dizem que nada que é bom dura por muito tempo. Seungkwan não tinha o costume de acreditar em ditados populares porque achava que eram besteira mas não demorou muito até que ele entendesse o significado daquela frase.

─ são aqueles os alunos ─ ah, Seungkwan reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Com os olhos arregalados, ergueu seu olhar e a cor sumiu de seu rosto ao encontrar com a coisa que mais temia no mundo. O olhar cheio de raiva e decepção de sua mãe ─ podem revistar os bolsos, mochila e, se necessário, os armários também. Depois disso, quero os dois na sala da diretoria.

Ali, Seungkwan sentiu muito mais do que medo. Era mais uma emoção que ele não sabia nomear, mas que trancava sua respiração e fazia seu peito queimar. Pânico, talvez.

omma...

Chamou, suplicante, colocando-se de pé tão rapidamente que sentiu tudo ao seu redor girar por um momento. Hansol espelhou sua ação, vendo o zelador se aproximar para cumprir com a ordem que recebeu.

─ eu não sou sua mãe, Boo Seungkwan ─ ela cruzou os braços sobre o peito com um expressão indecifrável no rosto. O canto dos lábios puxados para baixo e as sobrancelhas franzidas ─ sou a diretora Boo Serin.

⠀.⠀.⠀.⠀

─ você não pode fazer isso ─ Seungkwan disse entre dentes assim que Serin encerrou a chamada que acabara de fazer com os pais de Hansol, que aguardava na secretaria. Ele manteve seu olhar baixo e as mãos entrelaçadas sobre o colo, brincando com os próprios dedos como sempre fazia quando estava nervoso.

─ sim, eu posso ─ respondeu calmamente, devolvendo o telefone ao seu suporte para sempre jamais abandonar a postura elegante da qual tanto se orgulhava ─ sabe, Chwe Hansol já teve muitas chances. Muitas pessoas já tentaram concerta-lo, mas ele não aproveitou nenhuma das oportunidades que recebeu. Manda-lo para um reformatório é a única solução. Os pais dele também sabem disso ─ disse, sem expressão alguma.

─ ele não precisa ser concertado! ─ gritou, sentindo a raiva que vinha acumulando durante os últimos anos borbulhar em seu estômago e aflorar a cada palavra proferida.

Algo em seu coração dizia que ele precisava proteger a pessoa que também o vinha protegendo seu próprio caos. Daquela vez, ele não iria apenas acatar, silenciosamente, as decisões de seus pais.

─ como ousa falar assim com a sua mãe? ─ Seungkwan notou o rosto da mais velha se contorcer ligeiramente, embora ela tentasse, a todo custo, se manter inabalável.

"Você é só uma mulher inútil, Serin. Assim como as outras, tudo o que sabe fazer é choramingar." Apesar de tudo, ela também tinha suas razões para ser daquela maneira e, inconscientemente, Seungkwan se perguntava se algum dia havia sido diferente. Antes do seu pai surgir na vida dela.

Seungkwan gostava de pensar que sua mãe era um mulher boa antes de tudo. Carinhosa, doce e feliz. Uma personalidade parecida com a de Park Jimin e, talvez por isso, tivesse se tornado amigo dele.

─ oh, então agora eu sou o seu filho? ─ riu sarcástico ─ sabe, eu passei toda a minha vida fazendo coisas que eu não queria fazer. Eu fiz aulas de tênis, fiz aulas de inglês, fiz curso de etiqueta. Eu até fundei uma página de fofocas, mas acho que a senhora nem se quer saber disso, né? ─ questionou amargamente ─ a senhora não que eu nunca quis fazer nada disso, mas saberia se tivesse se preocupado em olhar pra mim uma única vez. Se convencer os pais de Hansol a mandarem ele pro reformatório, estará acabando com a coisa mais real que eu já senti em toda a minha vida. Mas acho que não se importa com isso, né? ─ embora tenha tentado, não foi capaz de conter uma lágrima solitária que escorreu por sua bochecha e, sem esperar por qualquer reação, se levantou e saiu daquela sala que o sufocava.

Saiu de perto daquela mulher que o sufocava, mesmo sabendo que não tinha para onde fugir.

Boo Seungkwan era complicado. Um garoto que, no fim das contas, só queria um pouco de atenção. Um garoto que cresceu achando que seu amor servia apenas para ser tolerado e que só sabia implorar por um pouco de carinho. Aquilo não justifica seus atos, mas explicava boa parte deles, no final das contas.

⠀.⠀.⠀.⠀

─ você realmente acha que fez a coisa certa, hyung? ─ Seokmin questionou baixinho, apoiando a bochecha na palma de sua mão direita, encarando o melhor amigo com interesse.

Seungcheol e Jimin, que sentavam junto a eles, seguiram o olhar do Lee. Jeonghan se sentiu pressionado, então resolveu responder em tom de brincadeira.

─ dizem que remédio pra louco é um louco e meio... ─ murmurou, dando de ombros. Esperava que aquilo fosse o suficiente para esconder seu olhar hesitante e a parte de seu coração que dizia que não, não havia feito a coisa certa ─ eu só paguei na mesma moeda.

Caíram em um silêncio esquisito, cada um deles pensando em algo que os perturbava.

─ sabe... ─ Jimin suspirou, chamando a atenção deles ─ eu amo muito o Seungkwan. Ele é praticamente um irmão pra mim, mas acho que ele precisava cair na real.

─ você não tá com a consciência pesada? ─ Seungcheol questionou, curioso.

─ estou ─ a expressão do Park murchou e ele desviou o olhar ─ eu acho que sou uma das únicas pessoas que entende o Kwannie, mas as vezes entender não é o suficiente. Apesar de tudo, ele estava pesando a mão nas atitudes dele.

─ apesar de tudo?

─ é complicado ─ Jimin suspirou ─ o Seungkwan tem tudo, mas não tem nada, ao mesmo tempo ─ ponderou, notando os olhares confusos que recebeu ─ todos pensam nele como um filhinho de papai mimado que tem tudo o que quer na palma da mão. Ele realmente tem dinheiro, uma casa enorme e roupas caras, mas ele não nunca teve afeto, carinho ou alguém que dissesse que as coisas não precisavam ser como eram.

Jeonghan entre-abriu os lábios, ligeiramente surpreso e, de certa forma, conseguiu compreender e até sentir certas empatia por ele.

Talvez Hansol fosse como uma válvula de escape, assim como o jornal e toda a sua pose de inalcançável.

─ Jimin...─ todos os quatro se calaram assim que uma voz avulsa soou entre eles e rapidamente ergueram o olhar.

Mal conseguiram acreditar. Boo Seungkwan estava ali, em carne, osso e lágrimas. Seus olhos vermelhos brilhando em pura tristeza e vulnerabilidade. Ele pare ia apenas um garotinho assustado.

─ Seungkwan? ─ Jimin se levantou quase que imediatamente. Sua feição demonstrava preocupação sincera e algo que Jeonghan entendeu como culpa. Ele sentiu a mesma coisa, mesmo que bem no fundo do peito.

─ eu sei que vai parecer estranho pedir isso do nada ─ ele fungou baixinho, passando as costas da mão pela bochecha molhada ─ mas me dá um abraço?

Era quase como se Seungkwan nem tivesse notado os outros três garotos que estavam sentados ali, ou talvez ele simplesmente não se importasse. Provavelmente era a segunda opção porque, quando os braços de Jimin o envolveram em um abraço apertado, ele desabou completamente. Ninguém jamais havia o visto daquela forma, com sua pose de garoto intocável desmoronando completamente em um soluço alto e dolorido.

Jeonghan, Seungcheol e Seokmin encararam a cena atônitos e o Yoon, de repente, sentiu a culpa tomar conta de si. Algumas pessoas não nasceram para a vingança, principalmente as de coração mole, pelo visto.

•────────

Ai gente, desculpa, mas o Seungkwan é meu neném.

Aliás, acho que nunca perguntei isso então... Quem é o personagem favorito de vocês?

Até mais ♡

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