único
Manter os olhos longe daquele garoto se assemelhava a uma missão impossível para mim, tudo nele parecia me atrair como um maldito imã, fazendo-me sentir como um predador espreitando a presa que desfilava como um modelo por entre as pessoas no salão luxuoso do cruzeiro mais caro de seul, o vestido azul royal harmonizando com seus lindos olhos que mais pareciam duas safiras, a atenção de todos estavam voltadas para aquele anjo intócavel de sorriso encantador, principalmente a de seus irmãos mais velhos em alerta a qualquer mínima aproximação de algum alfa ou beta dominante que tentasse chegar perto do ômega caçula da família Kim. Eu fingia não perceber a forma que o cheiro de pimenta rosa misturado com framboesa se tornava sutilmente mais forte quando ele passava por mim, roçando na ponta de meu nariz antes de adentrar e preencher meus pulmões, enfraquecendo minhas pernas e fazendo os batimentos do meu pulso acelerar.
Respiro fundo enquanto tento manter a compostura diante da conversa solene com alguns empresários do alto escalão, entretanto, quando mais uma vez sinto aquele aroma adocicado e o toque imperceptível em minhas costas, compreendo que esse é o momento em que devo me retirar da conversa e seguir para fora do salão, perseguindo os rastros deixados pelo ômega nos corredores até parar em frente a uma das portas branca de metal, não me surpreendendo quando a mesma é aberta e uma mão pequena agarra com firmeza meu corset branco e me puxa para dentro do quarto, tomando meus lábios num beijo voraz que não condizia nenhum pouco com a figura pequena de aparência delicada.
Diferente do que aparentava, Sunoo estava longe de ser um ômega submisso que a qualquer palavra partida de um alfa abaixava a cabeça e dizia "sim senhor", definitivamente estava longe de ser esse tipo, a submissão não combinava consigo. E não importa o quão alta seja sua classe, qualquer um ficaria de joelhos como um cachorrinho diante as ordens daquele belo ômega. Levo minhas mãos em direção aos antebraços dele e o afasto para longe assim que os dentes afiados perfuram a carne do meu lábio inferior, notando algumas gotas do líquido viscoso em contato com minha papila gustativas.
Sunoo sorriu, deslumbrado com o que acabará de fazer.
─── Isso machuca.
─── Leve como uma pequena punição por ignorar meu chamado.
Deu de ombros, fazendo pouco caso de minha dor, soltando-se de meu aperto e sentando na beirada da cama, exibindo a coxa farta por entre a fenda do vestido, Sunoo automaticamente perde aquela aura de menino angelical e tornando-se a coisa mais excitante e pecaminosa que meus olhos têm o triunfo de contemplar. E como se uma força invisível me puxasse para baixo, meus joelhos e mãos vão de encontro ao chão do navio ao passo que rastejo na direção dele, ficando diante de seus pés como um cachorro adestrado esperando pelos próximos comandos de seu tutor, com a destra Sunoo acaricia de maneira afetuosa meus cabelos, não se importando em deixá-los bagunçados.
─── Você é um péssimo alfa sabia? ─── a palma minúscula desliza para meu maxilar o segurando com brutalidade, conectando meus olhos castanhos com o mar azulado de suas íris brilhantes e profundas, ocasionando arrepios e até mesmo um friozinho estúpido em minha barriga. ─── Agindo como a droga de um cachorro sem coleira, ignorando os chamados do seu dono e deixando que aquelas cadelas suspirem de desejo somente por sentir o seu cheiro e presença de alfa. Isso me irrita 'pra caralho. ─── a cada palavra proferida o toque em meu rosto parecia se intensificar, tornando-se mais rude, a expressão sádica no rosto do ômega como sempre um turbilhão de emoções sobre mim. ─── Você quer deixar o seu ômega irritado, Jay?
Mexo minha cabeça repetidamente ao que digo palavras de negação da forma mais humilhante e desesperada que conseguia, do jeito exato que faria o ego do ômega inflar e sua entrada lubrificar naturalmente em excitação; assim como a droga do meu pau pulsando desesperado dentro dessa maldita calça justa. No momento em que a mão de Sunoo larga meu maxilar e suas pernas se abrem revelando o membro durinho por baixo do vestido, imediatamente entendo o significado daquele olhar profundo e guio meu rosto para o meio de suas coxas, aspirando bem o cheiro docinho e afrodisíaco que só aumentava ainda mais minha vontade de devorá-lo. Suavemente vou passando a língua na parte interna das coxas, me deliciando com a textura macia delas, a pele dele eriça em resposta a minhas ações arfando alto assim que cravo meus dentes na sua pele esbranquiçada, sabendo bem que logo ficaria avermelhada, afinal, minha maior vontade é pintar cada cantinho do corpo daquele maldito ômega com chupões e mordidas para que todos saibam que ele já pertence a um alfa, mas infelizmente ainda não é o momento certo, não quando nossas familias estão em conflito depois que larguei sem explicação o irmão gêmeo de Sunoo há três meses atrás no altar, tal acontecimento foi um escândalo, mas enquanto todos surtavam na catedral, Sunoo e eu faziamos sexo escondidos no conficionário; mas isso é história para outra hora pois agora meu único foco é servir esse ômega de olhos azuis. Quando sinto-me satisfeito com a quantidade de marcas na parte interna das pernas do loiro, ainda com a língua para fora encosto ela nos testículos durinhos e vou subindo vagarosamente até a glande, repetindo várias vezes o processo somente para que o Kim solte mais seu cheiro inebriante, quando novamente paro na glande rosadinha expelindo pré-gozo, giro suavemente a ponta da língua ao redor dela numa clara provocação antes de empurrar a cabeça para baixo e preencher minha boca com o membro nenhum pouco pequeno do ômega, chegando a sentir a cabecinha batendo contra minha garganta e sendo o tipo de incômodo que eu facilmente posso suportar.
─── Você sempre me engole tão bem cachorrinho. ─── elogiou, os dedos finos enfeitados com alguns anéis afundando por entre meus fios acastanhados e o apertando com dominação para que minhas orbes encontre as suas, e sou incapaz de desviar meus olhos do rosto tão belo que parecia ter sido esculpido por anjos por conta dos traços harmoniosos e carregados de pureza, mas que possuía um sorriso carregado de perversão e luxúria. Sou um dos poucos sortudos que realmente conhecem a verdadeira personalidade de Sunoo, e sendo sincero, espero ser o último. Vagarosamente começo a me movimentar, pressionando meus lábios em volta do membro ereto sugando com vontade a glande sensível fazendo o ômega se mexer inquieto enquanto solta barulhos indecentes que acaba me instigando a ir mais fundo, ao ponto de engolir os testículos cheios de porra, vislumbrando o brilho de admiração e lascividade nas orbes azuladas do Kim. E porra! Eu havia amado aquilo. ─── A-ah... onde diabos você aprendeu isso cachorrinho? ─── questionou retórico, a voz abalada pela sensação borbulhante de prazer queimando abaixo do seu estômago, Sunoo tentou me afastar mas não o deixei, continuei chupando veemente seu pau até sentir um jato forte enchendo minha boca e seus gemidos melodiosos invadindo meus ouvido como uma música suave me levando a um delírio.
Assim que tudo foi despejado em minha boca indo garganta a abaixo, retiro o membro do ômega da minha boca e com o polegar vou limpando os resquícios de porra que escorria no canto, Sunoo observa atentamente minhas ações com os lumes azuis que pareciam prestes a penetrar minha alma de tão profundo e escuros, vejo quando seu pé direito sobe aos poucos por cima da minha coxa até chegar no relevo marcado na calça social, resultando num gemido arrastado quando a sola do salto do Kim pressiona e esfregando meu membro, repetindo o ato mais algumas vezes para me provocar.
─── Preciso ir. ─── proferi, o celular em meu bolso vibrando constantimente, me fazendo presumir que talvez seja Sunghoon querendo saber onde estou. ─── Continuamos em outra hora. ─── seguro no tornozelo do Kim e deposito um beijo afetuoso sobre seu pé, em seguida ficando de pé e tentando ajeitar meu terno e acalmar meu cheiro, a excitação entre minhas pernas ainda era bastante nítida, mas isso passaria quando eu voltasse para o salão navio e sentisse aquela mistura enjoativa de feromônios exalando no local. Porém, antes que eu pudesse ao menos tocar na maçaneta ouço o barulho do salto alto na madeira e o corpo pequeno sendo pressionado contra o meu, impossibilitando minha ida.
─── Ainda não terminamos, Park.
─── Não posso demorar mais, o Sunghoon deve está me procurando. Essa reunião chata é importante para nossa empresa. ─── expliquei, mesmo sabendo que não adiantaria.
─── Eu também sou importante hyung, você não pode simplesmente parar e dizer que continuamos em outro momento. Não é assim que as coisas funcionam comigo. ─── respondeu mimado, virando-me para ficar de frente para ele, as mãos pequenas tocando as laterais do meu rosto não me dando espaço para retrucar capturando minha boca em um ósculo molhando e lento, usufruindo de minha fraqueza e atraindo-me para sua armadilha, levando as barreiras ao chão no instante em que minhas costas vão de encontro ao colchão. Com as pernas repousando uma em cada lado do meu corpo, Sunoo sorriu, orgulhoso, sabendo que arruinou qualquer fragmento de força que havia em mim para ir embora, os dedos deslizando as alças fina do vestido para baixo, me dando a vista dos mamilos rosadinhos eriçados, se livrando do tecido azulado de uma maneira fodidamente sexy. ─── Ninguém vai imaginar que estamos juntos Jay, todos acham que te odeio pelo que fez a meu irmão mais velho. Somente minha dama de companhia e seu melhor amigo, Sunghoon, sabem o que estamos fazendo.
E isso foi tudo o que eu precisava ouvir para minha mente nublar, o ar esquentar e uma atmosfera perigosamente gostosa se instalar naquela cabine que por algum motivo inexplicável parecia abafada e pequena demais para que nossos corpos conseguissem ficar distantes, tudo tornando-se uma bagunça de roupas jogadas no chão de madeira, cabelos desgrenhados e mãos inquietas deixando apertos brutos por onde passa juntamente com lábios alvoroçados percorrendo as derme. Meu corpo prestes a entrar em combustão somente por aquela pegação fervorosa, me deixando alucionado apenas com a visão de Sunoo mamando meu mamilo esquerdo ao que bombeia meu pau.
─── Você fica molinho tão facilmente, aposto que consigo gozar só olhando para essa sua carinha. ─── Sunoo provocou, o movimento da sua palma ficando mais rápido e a sensação orgasmo indicando o quão pertinho estava mas então ele parou, cerro meus olhos na direção de Sunoo que esboçou um sorriso ladino, ajeitando-se no meu colo ao mesmo tempo que centraliza a glande com o seu cuzinho, deslizando suavemente para baixo e misturando nossos fluidos a cada vez que meu pau adentra e se acomoda no interior apertado do menor, que não esperou um segundo sequer para começa a se movimentar, e mesmo que estivesse incomodado com a ardência, ele estava mais focado em buscar prazer. ─── Uhm... ─── grunhiu baixinho, a sensação de ter toda minha extensão dentro de si parecia ser uma das coisas que Sunoo mais gostava ao julgar por sua expressão de deleite, pousei minhas mãos em sua cintura lhe proporcionando um carinho firme do jeitinho que o maldito ômega gosta.
─── Aparenta ser muito bom. ─── sussurrei, os olhos focados na elevação discreta abaixo do umbigo do mais novo, e ele sorriu, guiando uma de minhas mãos naquela direção.
─── Seu pau é minha coisa favorita hyung, principalmente quando ele está assim, quase perfurando minha barriguinha. ─── provocou, movendo os quadris com maestria fazendo-me gemer como nenhum outro ômega conseguia, me deixando alucinado com a visão da sua entradinha engolindo meu pau com tanta perfeição.
Vez ou outra ele rebolava devagarinho no meu colo, claramente para me provocar ainda mais, aquele sorrisinho sapeca deixava nítido isso. Um grunhido choroso ecoou abafado na cabine no instante em que minhas mãos apertam seu quadril para fazê-lo subir e descer com mais agilidade, aumentando a frequência e o barulho das coxas e bunda do Kim batendo contra meu corpo, e por conta dos movimentos agressivos e profundos, a cabecinha do meu membro passa a surrar de forma repetitiva o ponto sensível do ômega, causando tremores intensos por seu corpo e alertando o quão pertinho ele já estava ── sendo a deixa perfeita para que eu tomasse finalmente o controle da situação, empurro Sunoo para ir de encontro a cama enquanto invisto rapidamente meu quadril em sua direção, não lhe dando chance para raciocinar nada ou tampouco conseguir reclamar por estar abaixo, pois a cada vez que meu membro invade o interior apertado do seu cuzinho, mais seu cheiro se intensifica no ar, sinto minha consciência nubla e tudo que consigo ouvir são os gemidos e palavras incoerentes de Sunoo, é algo inexplicável quando nossos corpos se unem nessa sincronia perfeita de movimentos majestosos, sinto-me completamente entorpecido mas tudo parece mudar quando sinto aquele formigamento já bem conhecido, acabando por me trazer de volta a consciência. Afinal, havia uma única e importante entre nós, eu poderia foder com Sunoo em qualquer momento e lugar mas não poderia nunca gozar dentro dele.
─── Alfa... ─── ele manhou após empurrar seu corpo para o outro lado da cama, ficando agora por cima, segurou cuidadosamente em minha mão e o masturbando no mesmo ritmo das estocadas em sua bunda, vendo-o revirar os olhos e suas pernas tremelicar de prazer, me fazendo gemer ainda mais alto por tal visão. ─── Jay, eu v-vou... ah!
E entre um grito alto e um jato forte, Kim Sunoo chegou ao limite e um sorriso orgulhoso por fazê-lo chegar primeiro nasceu em meus lábios.
─── Vamos, Sun, fique logo de quatro. ─── peço, dando um tapa firme na lateral da coxa esquerda do Kim que mesmo sem estabilidade, obedeceu como uma boa cadelinha empinando bem o quadril na minha direção. ─── Tão vadia. ─── deixo um selar em suas costas e em seguida agarro com firmeza sua cintura, afundando meu pau no interior do Kim, fodendo-o com avidez. A cada estocada eu sentia meu membro sendo praticamente esmagado pelo buraco do menor que se apertava ao meu redor, dificultando minha movimentação e tornando tudo ainda mais gostoso, inferno, eu iria gozar. ─── Ah, porra! ─── vociferei, puxando meu membro para fora do seu interior e jorrando toda minha porra em cima da fênix vermelha tatuada em suas costas.
Meu peito subia e descia rapidamente, fico por alguns segundos parado somente olhando a bagunça que nós dois causamos, mas antes que eu ou sunoo pudessemos soltar algum comentário malicioso, ouço o barulho inconveniente do meu celular ecoando pelo quarto e a foto do meu melhor amigo e braço direito brilhar no ecrã, e mesmo indo contra os resmungos do ômega, atendo a ligação do estrangeiro.
─── Cinco minutos. te dou somente isso para voltar ao salão, caso contrário seu relacionamento secreto com o caçula dos Kim será descoberto, seus pais acabaram de chegar e exigem em vê-lo. ─── Park suspirou do outro lado da linha, deixando nítido o quão frustrado estava. ─── Seu ex-noivo também chegou e está procurando pelo irmão caçula, estou falando sério Jay, deixe para se divertir uma outra hora.
E com isso a ligação chegou ao fim sem que Sunghoon me deixasse dizer uma palavra.
─── É melhor você se vestir. ─── digo, pulando para fora da cama e recolhendo nossas roupas do chão, atirando o vestido na direção do mais novo e em seguida começo a me vestir novamente, tentando ser o mais rápido possível ao contrário de Sunoo que nem sequer limpou a própria pele, se mantendo quieto na cama enquanto seus olhinhos intercalam entre mim e a peça de roupa, vejo o momento em que ele solta uma lufada de ar pesada e em seguida levanta da cama, seu pés delicados andando sobre a madeira fria do navio até parar em frente aos meus.
─── Estou cansado disso. ─── fico confuso com suas palavras, então ele continua: ─── Não quero mais esconder nossa relação hyung, isso já perdeu a graça e estou cansado de ver outras pessoas te desejando diante da minha presença sem saber que você é meu alfa. Sendo assim, voltaremos juntos para o salão e iremos oficializar nossa relação. ─── pousando a palma na lateral do meu rosto e o acariciando. ─── E não aceito objeções.
─── Tem certeza? Seuno acabou de chegar, quase toda sua família estar aqui. ─── igualmente a um gatinho manhoso, esfrego meu rosto contra sua mão, querendo mais do seu toque macio.
─── Melhor ainda. Todos saberão que você pertence à mim, principalmente o meu irmão. ─── ele sorriu de uma maneira tão encantadora que não consegui ir contra suas palavras, afetuosamente ele selou meus lábios por alguns segundos, mas logo se afastando para começar a se limpar e vestir sua roupa e saltos. E quando finalmente estávamos ambos vestidos, Kim entrelaçou nossos dedos, seus olhos azuis pareciam ainda mais brilhantes do que o normal, e mesmo que o gloss de seus lábios tenha acabado e seus cabelos estejam levemente bagunçados. Sunoo continua sendo o ômega mais fascinante que pisou nessa terra. ─── Vamos?
─── Claro. ─── prontamente concordei. E mesmo que estivesse nervoso com o coração batendo tão forte ao ponto de quase sair pela boca, ainda assim era possível sentir aquela leve sensação de alívio com um toque de felicidade por finalmente poder reivindicar e tornar público que Sunoo é meu, que em breve esse ômega não seria mais visto como solteiro para a sociedade, mesmo que para isso acontecer eu tenha que ir tanto contra a sua família e a minha. A partir de hoje ficará evidente para todos o motivo do meu rompimento com Seuno, resultando numa boa fofoca que duraria no máximo dois dias.
Caminhamos de volta para o salão, sendo recebido por olhares surpresos e confusos pois uma hora atrás o ômega nem sequer olhava na minha cara e agora cá estamos nós desfilando de mãos dadas no salão do navio esbanjando sorrisos apaixonados. Ver a cara de espanto do senhor e senhora Kim juntamente com as expressões raivosos dos irmãos mais velho era algo extremamente engraçado, todavia, o olhar ferido e desolado de Seuno não era algo fácil de enfrentar, fazia o peso da culpa cair sobre meus ombros mas de nada adiantaria se sentir mal, meu arrependimento e pedido de desculpas não faria a dor de ser trocado esvair. Desvio minha atenção do ômega entristecido ao sentir o roçar suave dos dedos de sunoo no torço de minha mão, presenteando-me com seu melhor sorriso que logo fez qualquer sentimento ruim se dissipar do meu corpo, e porra, eu sou completamente apaixonado por esse ômega de olhos safiras.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro