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PLATFORM 9¾ ─── c. único

AQUELE ERA UM BREVE primeiro dia de setembro. Para os trouxas era apenas mais um dia comum de outono, porém, no mundo bruxo, aquele se tratava do dia de regresso para mais um ano letivo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Aquele ano era diferente. Naquele ano, os filhos dos maiores heróis do mundo mágico iriam para o primeiro ano letivo.

Antes de tudo, a família dos conhecidos como traidores: os Malfoy.

Lá estavam eles na Plataforma 9¾. Astoria, Draco e o novo membro da família: Scorpius Malfoy. Ele era um garoto pálido e de cabelo loiro-platinado, que lembrava bastante o seu pai quando mais jovem, assim como Albus Potter lembrava o seu pai, Harry Potter.

─── Está tudo certo, querido? ─── Perguntou Astoria carinhosamente ao filho unigenito.

─── Sim, mãe. ─── Scorpius abraçou a mãe, o que fez a mesma suspirar aliviada.

─── Draco? ─── Astoria tentou acordar o marido, que olhava para todos ao seu redor.

Na verdade, ele apenas estava percebendo os olhares em cima daquela família. Com certeza não foram apenas os Potter e Weasley que ficaram com uma fama pós-guerra. Os Malfoy ficaram conhecidos tenebrosamente por serem traidores, por terem traído o lorde das trevas e também à Albus Dumbledore e seus seguidores.

─── Desculpe, Ast. ─── Desculpou-se com a esposa. ─── Estava pensando em alguns assuntos do ministério...

─── Draco! Logo no primeiro dia de aula do nosso filho? ─── Indignou-se Astoria. ─── Esqueça desses assuntos pelo menos hoje!

─── Tudo bem, querida. ─── Disse ele, tentando deixar aqueles pensamentos pesados do passado para trás. ─── Scar, tenho um conselho para você. ─── Se ajoelhou para ficar na mesma altura do filho.

─── Que conselho, pai? ─── O pequeno Malfoy perguntou, curioso.

─── Está vendo aquela família ali? ─── Virou-se discretamente para os Weasley. ─── Quando entrar no trem, procure por eles, e pelos Potter também.

─── Certo, pai. ─── O menino abraçou Draco.

─── Ah, e me prometa uma coisa: Nunca cometa os mesmos erros que eu cometi, certo?

─── Ah... Tudo bem... ─── Scorpius concordou, confuso.

O pequeno Malfoy mirou os olhos numa menina ruiva que estava perto dos Weasley. Rose Weasley.

Aos olhos de Scorpius, ela lhe parecia tão adorável.

Enquanto isso, aos olhos dos Weasley, Rony mirava Draco e seu filho, Scorpius, com um olhar nada amigável.

─── Rose, querida. ─── Ronald chamou a atenção da filha. ─── Está vendo aquele garoto loiro e os pais dele ali? ─── Os dois olharam discretamente para os Malfoy.

─── Sim, papai. ─── A menina respondeu de forma fofa e atenciosa.

─── Não deixe ele vir com gracinhas para cima de você, minha filha. ─── Disse Rony, deixando a menina confusa. ─── Seja melhor do que ele em tudo. Graças a Merlin que você puxou a inteligência da sua mãe!

─── Mas, pai, por que eu faria isso com ele? ─── Perguntou a pequena ruiva, confusa.

─── Apenas me obedeça, Rose! ─── Ordenou Ronald, deixando a menina assustada.

─── Ronald! Pare de assustar nossa filha. ─── Hermione repreendeu o esposo. ─── Venha cá, preciso que você leve Hugo até a Lily.

─── Certo, Mione. ─── Rony falou cabisbaixo. ─── Vem, Hugo.

Os dois saíram atrás de Lily Luna Potter e Hermione se virou para voltar a ter mais uma conversa animada com Luna Lovegood Scamander, que levava os filhos gêmeos, Lorcan e Lysander, para o segundo ano em Hogwarts.

Enquanto isso, Rose riu da cena que tinha acabado de ver. Seus pais eram bastante engraçados juntos. Percebeu que toda aquela cena do pai foi apenas mais um de seus ataques contra os Malfoy.

A pequena ruiva se virou para o menino loiro e viu que o mesmo a olhava, porém logo virou o olhar envergonhado por ela ter lhe percebido.

Rose achou aquilo fofo, e nos olhos dela, ele parecia tão adorável.