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Tradução: Por Culpa De Um Café – Kōhī No Sei De | コーヒーのせいで
Pedido feito! violetrosy_
Espero que goste
Tudo que Levi desejava era ter uma manhã tranquila em seu trabalho no Starbucks, atender os clientes com um "bom dia, o que deseja?" e fazer suas obrigações como todos os dias corridos, porém, parecia que o destino queria lhe pregar uma peça desde quando viu aquele homem alto entrar pelas portas do local, com sua presença firme e postura ereta. Seus olhos oceanos poderiam hipnotizar qualquer pessoa, até mesmo o próprio Ackerman se ele não tivesse derrubado seu café no chão.
Levi era extremamente limpo, e logo odiava sujeira, seja ela qual for. Tudo poderia ser resolvido com um "me desculpe" caso o mais novo não tivesse sido arrogante o suficiente para dizer que o homem deveria ter mais atenção e pensar nas pessoas que limpam o estabelecimento antes de ser imprudente. Seu tom de voz era baixo o suficiente para somente o maior ouvir, porém, seus olhos miraram o outro com fervor e nenhum pouco de empatia, apesar de saber que ele era um cliente frequente. Erwin Smith era um cliente e ele empregado.
Sua posição não afetou em torcer o nariz e bufar perante o loiro que arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços, logo estalando a língua no céu da boca e dando uma risada nasalada, debochando do menor que cerrou os dentes e se retirou da frente do Smith, indo pegar o pano de chão para limpar a sujeira feita, não esquecendo do produto cheiroso para tirar o cheiro forte de café do piso. Erwin tentou se desculpar ao vê-lo voltar segurando um balde e vassoura, dizendo que iria limpar, todavia, Levi exigiu que saísse de seu caminho e o deixasse fazer seu trabalho em paz.
Erwin pensou que era algum tipo de masoquista por julgar o quão adorável eram suas feições emburradas e os resmungos, sendo que o Ackerman parecia estar prestes a matá-lo ali, na frente de todos. O homem mais velho não teve o que fazer se não voltar à sua mesa e continuar o seu trabalho enquanto observava o jovem limpando, olhando para si vez ou outra, ainda irritado. Seu sorriso aumentava toda vez que seus olhos se cruzavam. O baixinho tinha um pavio curto.
O possível "ódio" que Levi começou a nutrir pelo Smith não terminou naquele dia, sendo que Erwin começou a ir ao lugar com mais frequência e o garoto julgava que talvez fosse apenas para irritá-lo com sua presença. Seus colegas de trabalho até sabiam o motivo pelo qual ele ficava estressado de repente e Erwin já lhes vinha à mente, pensando no que iriam falar para o outro dessa vez, visto que todo dia era uma "conversa" diferente.
Era uma troca de insultos de Levi contra o Smith que sempre riu em deboche. Estava sendo divertido suas manhãs antes de partir para o trabalho e ser recebido com todo "amor e carinho" pelo Ackerman que rosnava como um pinscher – palavras ditas por Erwin – quando o avistava adentrar as portas do lugar, sabendo que não poderia ser um dia feliz somente por ter visto o loiro de olhos azuis. Levi o apelidou de padrãozinho babaca.
Essas situações ocorreram por tantos dias que já faziam parte da dupla e dos funcionários do Starbucks que às vezes ficavam ouvindo os diálogos entre os dois homens. Farlan e Isabel fofocavam com os demais que eles estavam gostando um do outro e não sabiam disso, sendo que, se fosse apenas raiva um do outro, o Smith apenas iria parar de frequentar o local e esqueceria da existência de Levi, porém, aconteceu totalmente ao contrário. Erwin fazia questão de ser atendido pelo Ackerman, não temendo pela própria vida.
Eren disse que caso ele estivesse na posição do loiro (depois de tantas ameaças), teria fugido da vista de Levi.
— É sério! O loirão tem muita coragem — o Yeager comentou, sentado no banco em volta do grande balcão enquanto Reiner prepara alguns pedidos.
— Eles fazem um belo casal — Jean disse em seguida, lavando a louça, trocando olhares com os demais colegas de trabalho.
— É como se fosse um Enemies to lovers — Connie riu ao falar seguido de Sasha e Historia, logo cessando quando Levi adentrou a cozinha junto da sua carranca rotineira, encarando os demais.
— Tão rindo do quê? Viram algum palhaço? — rosnou, passando por Reiner enquanto segurava uma bandeja onde havia um capuccino e um prato com algumas bolinhas de queijo.
Levi suspirou fundo ao deixar o objeto sobre a bancada, encarando os fundos dos olhos esmeraldas do Yeager que se levantou com rapidez e engoliu a seco, pensando no que fez desta vez para receber o olhar tenebroso do Ackerman que juntou as sobrancelhas e cruzou os braços, deixando um silêncio mortal no ambiente. Era sempre assim quando Levi iria dar bronca em algum deles.
— Eren, você não anotou o pedido daquele baba- do Smith corretamente — disse por fim, agora passando suas orbes por todo o corpo do mais alto que desviou o olhar e mordeu o lábio inferior, coçando a nuca — Ele está reclamando para mim como se eu fosse o culpado, acredita? — riu irônico, levando uma de suas mãos para a testa e outra na cintura.
— D- desculpa — Eren gaguejou fazendo Jean e Connie segurarem o riso enquanto os outros voltavam aos seus afazeres, porém, prestando atenção em tudo — E- ele disse o que quer...? — questionou em baixo tom, ainda não conseguindo encarar o Ackerman.
— Aqui está o pedido daquele desgraçado sobrancelhudo!
Levi bateu o papel no peito do mais novo que tomou um susto e logo se retirou sem olhar para trás.
Ackerman voltou ao balcão e visualizou Erwin sentado na mesa de frente, ao lado esquerdo do recinto, mais uma vez, trabalhando. Levi pensava se não havia um lugar melhor para o Smith fazer isso, e que fosse bem longe do estabelecimento. Estava enjoado de ver aquele rosto padronizado incrivelmente belo e que somente o fazia odiá-lo ainda mais apenas por ser assim. E por qual motivo o loiro era tão alto enquanto ele próprio tinha 1,60 de altura?
— Talvez seja castigo, só não sei pelo quê...
Pela tarde o Ackerman continuava fazendo seu trabalho quando constatou Erwin entrar pela segunda vez – só naquele dia – no local, porém, agora acompanhado de dois homens que aparentavam ser mais velhos que o Smith, seguindo para a mesa onde Erwin sentava frequentemente. Levi, apesar de não desejar, teve de ir atender os clientes que chegaram, visto que os demais estavam ocupados, porém, não pôde deixar de ver um sorriso irônico nos lábios de Ymir – garçonete – que ergueu os polegares para cima e fez sinal de "ok", piscando e saindo em risadas para à cozinha.
"Esses... Odeio todos"
Levi pensou e olhou enojado para a mulher que ainda gargalhava.
Com todo o alto controle que possuía, seguiu até lá segurando o tablet em mãos por onde adicionavam os pedidos, entre outros. De frente para a mesa, desejou "boa tarde, sejam bem vindos" e não fez questão de olhar para o Smith que agora usava óculos com armação redonda que somente o fazia se ver mais bonito. Tinha como ele ser mais bonito do que é normalmente?
Levi odiou pensar nisso.
— Breve, trarei seus pedidos — o Ackerman falou sem muitas delongas após adicionar tudo no aparelho, ignorando que Erwin ainda não tinha feito o seu — Lice-
— Falta o meu, Levi — Erwin sorriu. Tão doce que fazia o de fios escuros querer vomitar.
— Sim, infelizmente — sussurrou enquanto manteve a cabeça baixa, futucando o tablet aleatoriamente — Pois bem, faça, Smith — seu tom de voz foi um pouco rude, porém, o próprio não se importou, realmente.
Os dois homens observam a cena e é perceptível que Levi fez aquilo de propósito, só não sabiam o porquê.
Ackerman voltou minutos depois com os pedidos sobre a bandeja, vendo o trio conversando enquanto deixavam folhas na mesa e gesticulavam. Levi teve a atenção dos homens que trataram de pegar os papéis para que o Ackerman pudesse deixar os pedidos. Erwin mirou as orbes no mais novo, observando a face fechada que ele transparecia frequentemente, sorrindo instantaneamente quando o Ackerman olhou para si de cima abaixo, como se fosse alguém inferior.
— Levi, um chá resolve seu problema fácil.
Erwin disse de repente, fazendo o citado arquear uma sobrancelha e encará-lo.
— Você... Já tomou no cu hoje? — Levi cruzou os braços e fez um dos homens cuspir o café, tossindo em seguida e sendo amparado pelo outro ao lado do Smith que arregalou os olhos, pois não imaginava que o de fios escuros responderia desta forma — Se me dão licença... — um sorriso presunçoso se formou nos lábios de Levi que saiu sem olhar para trás.
Levi ficou para fechar o estabelecimento depois que todos saíram, guardando a chave dentro de sua bolsa e caminhando pela rua. Era noite quando ele seguiu até o ponto de ônibus onde pegaria o transporte público para sua casa. Observou as demais pessoas andando de um lado para o outro na cidade de Eldia, iluminada pelos postes e luzes das lojas locais, desejando chegar na sua residência, tomar um banho e se deitar pois não aguenta mais os seus pés.
Todavia, o destino tinha outros planos nesse momento...
Ackerman foi pego de surpresa quando uma grande mão puxou seu braço com força e o fez virar para trás, dando de cara com Erwin pela terceira vez.
Aquilo foi horrível para Levi.
Em plena noite de sexta-feira, onde queria paz pelo fim do dia, ter de vê-lo.
— O que diabos você quer? — Levi desvinculou seu pulso das mãos do outro, notando que ele parecia irritado, não que ele se importe, evidentemente.
Smith suspirou profundamente, como se tivesse pegando todo o ar do mundo para si e encarou o Ackerman. — Ainda pergunta, Levi? — disse como se fosse óbvio o motivo pelo qual pegou em seu braço daquela forma. Erwin estalou a língua no céu da boca e deu as costas para Levi, seguindo para um dos bancos do parque onde se encontravam neste momento, e sabendo como o Ackerman era, ele foi atrás de si, lhe questionando.
— Por acaso você bebeu, seu padrãozinho babaca? Enlouqueceu de vez? — o mais novo dizia seguindo o maior que repousou no banco, esfregando os olhos, cerrando os dentes — Que porra, Smith! — praguejou irritado, sem paciência para o drama sem sentido do outro.
— Levi, por sua culpa, fui envergonhado! — mirou as lentes azuis no citado que fez uma cara de desentendido, revirando os olhos, ajeitando a mochila em seu ombro — Por que tinha de dizer aquilo mais cedo? Meu chefe agora pensa que sou um banana por deixar outro homem falar daquela maneira comigo e não revidar — o Smith disse de orgulho ferido.
— O quê?! — Levi soltou uma gargalhada alta após a fala de Erwin, pensando no quão idiota ele poderia ser, jogando os fios que caiu em sua testa para trás e levando as mãos para a cintura em seguida, observando o homem sentado de pernas cruzadas, de cara emburrada — É sério, não acredito nisso — cessou as risadas, balançando a cabeça em negação.
Nem a vestimenta formal e bela de Erwin foi o suficiente para não fazê-lo parecer um bobo pelas palavras ditas para Levi.
— Smith... — Levi voltou à normalidade — Ao contrário de você que parece não ter o que fazer, eu tenho. Estou cansado e preciso ir para minha casa. Entendeu ou quer que eu desenhe?
— Também estou cansado de tanto que ouvi dele por você ser... Ignorante! — se pôs de pé, de frente para Levi, tendo de olhar para baixo por conta da diferença – exageradamente grande – de tamanho que tinha com o Ackerman que não ficava intimidado por ver aquele homem que parecia uma geladeira vindo para cima de si, trocando olhares ferozes consigo.
— Quem fala o que quer, escuta o que não quer! — tratou de responder à altura, sabendo que aquela briga tola não daria em nada. Apenas seria perda de tempo — Não gostou? Toma remédio e se mata. Não ligo para você e para o que pensam de ti — empinou o nariz, se afastando do loiro que suspirou, passando a mão pelo rosto.
— Grosso! — Erwin franziu o cenho, vendo Levi dar de ombros.
— Acabou? Agora tenha uma boa noite — tentou sair daquela situação, porém, o Smith foi atrás de si.
— Ei, vamos! Você me deve essa. Me paga um jantar...
Levi sabia que se pudesse, estaria no conforto do seu lar, não aqui, em uma lanchonete e tendo de ver Erwin comendo um sanduíche enquanto bebe refrigerante, parecendo tão feliz quanto se tivesse ganhando uma pilha de dinheiro. Por outro lado, não imaginava que um homem feito ele comia fast food, sendo sincero consigo mesmo.
Erwin mais parecia um playboyzinho arrogante que não pisa nos lugares que não fossem bem frequentados e coisas do tipo.
Para Erwin, o Ackerman tinha o dever de lhe pagar uma refeição, o que Levi não julgou ser correto, tendo em vista que não havia feito nada além de retrucar a fala do Smith, que agora mordia mais um pedaço de seu lanche, olhando para Levi, sorrindo feito um completo idiota. Levi odiava ele. Com certeza odiava.
— Termine logo, pois não tenho sua vida — tratou de dizer, pegando o celular no bolso para se distrair ao invés de ter que olhar para a face abóbada do mais velho que riu, pegando uma batatinha e mastigando.
— Não está com fome? Pedi um para você.
— Cala a boca e come — Levi disse emburrado, forçando Erwin a enfiar o hambúrguer na boca a força para que ficasse calado e aquela tortura terminasse logo, o vendo se engasgar com a própria saliva, lhe tirando uma risada divertida — Você é ridículo, Smith — o observou tossir enquanto limpava a boca suja.
— Eu? Olhe bem para mim. Tenho certeza que sou o homem mais belo que você já teve o prazer de ver tão de perto — convencido, estufou o peito, apenas para fazer com que o mais novo achasse graça da sua palhaçada — Não dê gargalhadas! Sabe que sou esplêndido em todos os sentidos.
— Padrãozinho babaca... — cuspiu, rolando os olhos.
— Gato arisco — jogou de volta, sorrindo ladino, lambendo o lábio inferior, voltando a comer, ouvindo os suspiros do Ackerman — Pensando bem, você está mais para um pinscher — debochou.
— Fique calado, poste ambulante sobrancelhudo — zombou de braços cruzados, desejando jogar aquele copo de refrigerante na cara do loiro que mandou beijo.
Logo após, o que pareceram longos minutos de tortura, a dupla saiu do lugar e Levi seguiu em passos largos, sabendo que nesse horário o seu ônibus não passaria mais, e a vontade de matar Erwin somente crescia. Bastava apenas uma fala idiota do Smith, para fazer o que sua mente mandava. E ele falou...
— Ei baixinho, nem correndo você consegue pegar o ônibus. Com essas perninhas curtas-
H.I.P Erwin Smith.
Fim.
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Gostaram? Espero que sim! Amei escrever esse one (:
Até breve💜
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