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𝑷𝑬𝑪𝑨𝑫𝑶 𝐎𝐔 𝑷𝑼𝑵𝑰𝑪̧𝑨̃𝑶, 𝐕͙𝐎͙𝐂͙𝐄͙̂ 𝐐𝐔𝐄 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐇𝐄

Tradução: Devoção a Kisaki Tetta
綺咲哲太への献身
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Hanma nunca acreditou em deuses ou sequer se importava se existia céu ou inferno, afinal, depois da morte, iremos para o mesmo lugar. Nossos corpos irão apodrecer e serão comidos pelos bichos da terra. No fim, ter dinheiro ou não, ser branco ou preto, asiático ou brasileiro, não importava quando a estrada do fim já estava trilhada para um só lugar.

Shuji sempre viveu a vida como se fosse o último dia que poderia respirar. Se tornar agiota o fez conhecer todos os tipos de pessoas possíveis. Há aqueles que buscam dinheiro para usar drogas e se afundarem em seus pensamentos, ao invés de mudar a vida e não ser mais um ferrado na comunidade.

Outros precisam de dinheiro para pagar as contas, entretanto, quanto mais você pega, mais terá que pagar, com juros.

Os bons pais de família são os tipos que o Hanma cobrava com frequência. Homens que muitas vezes abandonam esposas e filhos ao saber que não conseguiram pagar as dívidas e preferiram fugir do que pagar com a própria vida. Nessas situações, infelizmente, não há o que fazer, se não o óbvio.

Afinal, ele tinha um chefe, e o chefe precisa ter o pagamento, nem que seja com sangue.

Para o Hanma, nunca foi, realmente, difícil matar pessoas. Eram apenas vidas desconhecidas pelo qual não tinha empatia.

Nunca tiveram com ele, por que teria com elas?

Entrou nesse mundo ainda pequeno, com os péssimos exemplos de seu pai, que antes trabalhava para o homem que pagava pelo seu trabalho: Terano South. O progenitor de Shuji foi braço direito do Terano, e seguidamente, acabou ficando no lugar do pai, que veio a falecer em uma troca de tiros com a polícia. Não tinha para onde ir ou fazer algo diferente disso. Ele foi ensinado desde pequeno a como tratar os mais fracos.

Hanma era forte, por isso "podia" ferir os indefesos.

Ele pensava.

— Cadê ele?

Hanma rolou os olhos quando seus subordinados disseram que o homem não se encontrava na residência.

O garoto sentado no sofá parecia não se intimidar com sua presença. Pelo contrário, ele o encarava como se soubesse de todos os seus segredos. Aqueles olhos azuis eram profundos e frios, sua expressão indiferente ao que acontecia fez Shuji rir, dando um trago em seu cigarro, pensando se o mataria agora ou depois.

Afinal, ele sabe o que aconteceu, e o garoto também.

— Senhor Hanma, imagino que ele já tenha fugido — um dos homens sussurrou em seu ouvido.

— Mas é claro que sim — gargalhou, colocando uma das mãos no bolso, com seus olhos fixos no garoto — Qual sua idade?

— Não te interessa — sem medo, ele cuspiu, ajeitando-se no sofá, suspirando — Me mata logo.

— Menino corajoso — borrifou a fumaça, ainda sorrindo, olhando-o de cima para baixo — Hum, roupa escolar… Imagino que você esteja no Ensino médio — ergueu as sobrancelhas, parecendo pensar, fazendo barulho com a boca — Você não tem ideia de para onde ele foi? Não quer poupar sua vida? — pergunta indiferente.

— Se eu soubesse, você não acha que já teria dito? — debochou, dando um olhar de nojo para o Hanma, que balançou a cabeça em negação, curioso para saber de onde vinha tanta coragem — É melhor morrer do que continuar vivendo nessa miséria.

Shuji não parava para observar as casas que “visitava”, todavia, após a fala do garoto, pôde concordar com ele. O sofá onde ele se encontrava estava aos pedaços, apenas o forro, a televisão estava completamente quebrada, os sacos de cocaína, maconha e frascos de bebidas jogados pelo chão mostrava a cena frequente que o Hanma via.

Além do cheiro horrível de comida estraga que vinha da cozinha. A lâmpada quebrada e os mofos nas paredes só afirmavam ainda mais as falas do menino.

— Que situação complicada — Hanma coçou a nuca, assobiando — Bem, acho que eu não tenho outra escolha — sacou a arma, estalando o pescoço, aproximando-se do garoto, parando em sua frente, dando mais um trago no cigarro, apontando a arma na cabeça do menino, que apenas fechou os olhos, esperando a bala passar pelo seu cérebro — Tem algo a dizer?

— Espero que na próxima vida, eu tenha um futuro melhor.

A sinceridade do garoto fez Hanma exitar. Ele lembrou-se do dia em que viu seu pai morto no chão ao protegê-lo dos tiros.

Tudo que se lembrava era dos olhos amarelados se fechando e o Terano tirando-o da linha de frente, enquanto pensava que tudo poderia ter sido diferente se o pai tivesse aceitado sua proposta de sair dessa vida e fugir para algum lugar longe daquilo tudo. Longe de dinheiro sujo, drogas e mortes.

Agora quem estava nesta situação era o próprio Shuji.

— Chefe? — o subordinado de óculos chamou pelo citado que parecia estar no mundo da lua.

— O quê? — o Hanma saiu de seus devaneios e olhou para o menino de olhos fechados — Droga! — bateu com o cano da arma em sua própria cabeça, cerrando os dentes. Jogou o cigarro fora, andando de um lado para o outro, deixando o trio de homens sem entender.

— Você não vai me matar? — o mais novo questiona, curioso.

— Vou fazer melhor! — Shuji sorriu como um louco, indo até o menino e segurando em seus ombros — A partir de agora você pertence a mim — falou com naturalidade, deixando os demais surpresos — Te darei uma vida de luxo e você nunca mais precisará viver em um lugar como esse — puxou o menor, percebendo agora o quão baixo ele era.

Ou talvez Shuji fosse alto demais.

— Senhor-

— Cale a boca! — gritou, fazendo o subordinado se calar, mirando seus olhos no garoto que parecia descontente e não com medo — Bem, preciso contatar isso ao meu chefe, mas creio que ele não vá se importar.

— Você é louco? — o menino desviou o olhar, tentando se soltar dos braços do maior, falhando miseravelmente.

“Esse maldito é incrivelmente forte.”

— Talvez — gargalhou, pegando o garoto no colo e o colocando em seu ombro com facilidade — Nossa, você é tão magro. Precisa comer pra ficar fortinho — deu um tapinha nas nádegas alheias.

— Seu imbecil, me solte agora! — o menino exclamou, dando socos nas costas do mais velho.

— Vamos!

Hanma sorria de orelha a orelha, como se estivesse carregando um prêmio.


3 ANOS DEPOIS

Hanma lavava as mãos no banheiro, encarando sua face refletida no espelho e observando sua testa com um pequeno corte, fazendo sangue escorrer, lavando-o em seguida quando ouviu a porta ser aberta, já sabendo quem era, apenas por ouvir os passos.

— Shuji! — gritou, indo a caminho do maior, que ergueu o rosto e o encarou, abrindo um sorriso largo — Qual a porra do seu problema? — cerrou os punhos, mantendo-se sério, embora o outro pareça estar se divertindo com a situação.

— Oi, meu amor, você já chegou — solicito, o Hanma secou as mãos e tentou abraçar o outro que tirou a arma da cintura e apontou para sua testa — Vamos com calma — recuou, erguendo as mãos em forma de rendição.

— Por que você tem que ser tão imprudente? — rosnou, irritado — Lutar com cinco caras ao mesmo tempo, seu boçal?

Hanma não deixou de sorrir. Ele adorava a forma como o mais novo se preocupava consigo.

— Kisan... — gemeu manhoso, retirando a arma com rapidez da mão do mais novo, virando o de costas e o abraçando, segurando seus braços enquanto ele tentava se soltar, evidentemente, falhando. Hanma tinha o triplo de sua forma — Não seja assim, amor.

— Me solta, imbecil! Não sei por qual motivo ainda perco meu tempo contigo! — resmungou, recebendo beijos em seu pescoço, fazendo-o sentir seus pelos arrepiarem.

Pelo motivo de você me amar, certo? — deixou uma mordida na curvatura do pescoço alheio, ouvindo um gemido baixo.

— Infelizmente, panaca…

Hanma, no fundo, sabia o quanto Kisaki Tetta o amava.

Desde o momento em que o tirou daquela casa, Shuji fez do mais novo seu rei. Terano permitiu que ele ficasse, com a condição de fazê-lo ser útil de alguma forma, e embora não tenha força física alguma, era muito inteligente e eloquente. Tetta fez com que sua existência se mantivesse apenas pela forma de ser.

Shuji ficava impressionado com a maneira que ele levava tudo que acontecia naquela grande casa de agiotas e assassinos. Um menino de 18 anos presenciando homens fumando, xingando, muitas vezes matando e torturando pessoas, sejam elas mulheres ou homens. Frequentemente havia sangue por todas aquelas paredes, corpos estraçalhados e cheiro ruim de carne apodrecendo.

Hanma demorou para finalmente se acostumar.

Kisaki não levou 1 mês.

Isso o fez se apaixonar pelo garoto. A falta de humanidade existente em Tetta, como ele conseguiu matar pessoas sem sentir remorso no dia seguinte. Ter decapitado um homem 2 meses depois de entrar no bando e sorrir enquanto o fazia, parecendo satisfeito enquanto o homem chorava, pedindo para que ele poupasse sua vida, dando-lhe ainda mais gás para continuar o cortando calmamente.

Poderiam pensar que tal coisa seria fácil quando se está nesse mundo desde pequeno. Todavia, Kisaki não. Ele tratava tudo como se fosse algo rotineiro: atirar na cabeça de pessoas e não se arrepender.

Com o tempo, essa paixão cresceu e o Hanma só ficou mais orgulhoso de tudo que Tetta fazia, e como Terano gostava do trabalho dele.

Era evidente para todos que Shuji, visivelmente, gostava do Kisaki. Abertamente, murmurava que o mais novo era sua esposa perdida, que o destino o colocou em seu caminho por um motivo. Talvez achar sua cara metade, como o próprio Hanma exclamava em todas as oportunidades que tinha.

Kisaki não parecia se importar com toda essa besteira de “amor” e todos os abraços e tapinhas que recebia nas nádegas, embora os demais ficassem rindo das atitudes da dupla, principalmente quando Tetta ficava irritado e o xingava friamente, dizendo que se ele continuasse, enfiaria uma faca em seu pescoço quando estivesse dormindo.

Isso fazia com que Shuji se apaixonasse ainda mais.

Estranho, um pouco.

Hanma fazia uma expressão assustadora, e ao mesmo tempo, psicopata sempre que o Kisaki dizia que o odiava profundamente, embora seja visivelmente uma mentira.

Os homens julgavam aquilo bizarro e “fofo” simultaneamente.

Shuji não sabe quando começou essa obsessão pelo mais novo. Todo esse amor e desejo de tê-lo apenas para si que o fez matar muitos que ousaram tentar contra a vida de seu amado. Tudo parecia ter sido obra do destino. Ao lado do Kisaki, se sente vivo e feliz pela primeira vez na vida, após o falecimento de seu pai.

Mesmo sempre de cara fechada e resmungão, Tetta lhe trouxe alegria e divertimento.

Para o Hanma, isso foi graças às pessoas que torturaram e mataram juntos, que pelo pecado, tiveram sua punição.

Na mente perturbada do homem, foi a partir desses momentos que puderam criar um vínculo e estarem juntos hoje em dia. Shuji sabe que morreria pelo Kisaki, e demonstrou em diversas situações. A última foi ter entrado na frente de uma bala que perfurou seu peito. Fazia tempo que não sentia todo esse calor e sensação de quase morte, embora o Kisaki tenha ficado desesperado…

— Vamos almoçar? Estou morrendo de fome — Shuji o pegou no colo, estilo noiva, apesar do menor tentar reagir.

— Cara… — o mais novo se pôs a falar algo, porém desistiu, rolando os olhos, sabendo que não adiantaria de nada. Apenas aceitou a situação, enquanto o Hanma falava pelos cotovelos.

A dupla preferiu ficar a sós e iniciaram o almoço em seu quarto, repousados na cadeira em volta da mesa ao lado da cama, tendo a vista da varanda que refletia o sol pela janela, iluminando o ambiente amplo e aconchegante, onde o jovem casal passava suas noites quando não tinham trabalhado.

— Você fica tão lindo sem óculos — Shuji olhava para Tetta com um olhar de novo apaixonado, sorrindo.

Kisaki olhou-o com desinteresse e continuou a comer.

“Ele sempre diz isso, embora eu tenha deixado de usar óculos há tempos.” — o mais novo pensou, torcendo o nariz, não admitindo que gosta de ouvir esses elogios, que, por acaso, escuta frequentemente.

— Por que a gente não se casa?

Hanma perguntou após alguns segundos de silêncio, fazendo o Kisaki se engasgar com o pedaço de frango.

— Amor, você está bem? — pergunta preocupado, franzindo o cenho, dramático, como se o mais novo estivesse tendo um ataque cardíaco.

— E- estou… — tomou um pouco d'água, encarando o outro — Muito repentino… — solta no ar.

— O quê?

— Essa pergunta, idiota.

— Ah, você acha? — Hanma deu de ombros — Estamos há dois anos juntos, e eu quero concretizar nosso relacionamento.

— Não coloque o carro na frente dos bois, Shuji. É pouco tempo, principalmente para fazer um pedido de casamento. Você não sabe se vai encontrar outro alguém no-

— Eu não vou! — disse firme, balançando a cabeça em negação, indo até o Kisaki e se ajoelhando ao seu lado, pegando em suas mãos com carinho, deixando beijos na carne quente e cheirosa ao seu próprio gosto.

— Você não sabe. O destino é imprevisível — deu um breve suspiro, trocando olhares profundos com o mais velho. Apesar de ser verdade, não gostaria que fosse. Só de imaginar o Hanma com outro alguém, faz seu coração doer.

— Kisaki Tetta, me ouça com atenção — tocou a bochecha alheia, aproximando seus rostos, roçando seus narizes com cuidado — Meu coração pertence a ti desde o momento em que mirei meus olhos nos seus. No começo, eu não tinha noção disso, mas com o tempo notei que o que tem que vir até você, virá naturalmente. E hoje você está aqui, somente para mim e mais ninguém… Me pertencendo até o seu último dia aqui na Terra.

— Você sabe que eu não acredito em deuses e milagres vindo deles, porém te fiz ser o meu deus existente, e a minha necessidade de viver. Meu respirar é você, meu amor. Eu te venero hoje e sempre. Minha devoção a ti será eterna. Então, não pense ao contrário disso, por favor.

As falas sinceras e carregadas de amor fizeram Tetta arregalar os olhos, surpreso pela declaração feita tão repentinamente. Confessava que não esperava tais palavras tão puras saindo dos lábios do homem à sua frente. Foi sutil e puro, especialmente para alguém como Hanma: um agiota que mata por puro prazer e não sente remorso de ferir quem quer que fosse, caso precise.

Todavia, com Kisaki Tetta sempre divergia.

— Eu… Não sei o que dizer — o Kisaki confessou, abaixando o olhar, engolindo em seco enquanto suas bochechas rosadas foram resposta para Shuji, que sorriu largamente.

— Meu amor, eu te perguntei se você queria casar, mas não especifiquei quando. Porém, por favor, nunca duvide do que sinto por ti, está bem? — pediu gentilmente, tocando no queixo do mais novo, que encontrava-se visualmente envergonhado.

— Me desculpe, Shuji.

Kisaki não pensou duas vezes em selar seus lábios com o companheiro que retribuiu, subindo uma das mãos até seu pescoço, dando um leve aperto no local quando mordiscou seu lábio inferior, fazendo-o estremecer apenas com o mínimo toque do mais velho.

Um beijo lento e quente que durou uma tarde inteira.

Hanma nunca acreditou em deuses, ou sequer se importava se existia céu ou inferno. Todavia, ele encontrou alguém que pegou seu coração e o amarrou, ficando trancafiado, em sua dominância. O nomeou como seu deus, a quem é devoto e obcecado, por quem moveria e queimaria todo o mundo caso fosse necessário, somente para agradá-lo.

Tetta é aquele que tem a total dedicação e veneração de Hanma Shuji.

O amor se tornou obsessão, e a obsessão é aquilo que move Shuji para proteger e zelar pela vida de seu deus.

Kisaki Tetta.

Fim.
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Gostaram? Espero que sim! Me sigam, pois vem muito mais por aí (:

Nos vemos em breve💜

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