६ ࣪ ֪ 𝓝𝓸𝓲𝓽𝓮 𝓭𝓮 𝓵𝓾𝓪𝓻 · ೖᤡ
Tradução: Chefe e Subordinado - Jōshi To Buka
A pedido de IchBinRay , fiz esse oneshot
Espero que goste, meu bem!
A noite caiu na cidade de Tokyo iluminada pelos outdoors e luzes das lojas ainda abertas naquele horário, movimentada como de costume e com vozes podendo ser ouvidas por todos os cantos das ruas e dentro dos estabelecimentos. Tsugikuni Michikatsu caminhava com tranquilidade pelas demais pessoas, mantendo sua postura e expressão séria, completamente inerte ao que acontecia ao seu redor, enquanto sua mente apenas focava em chegar ao seu destino de imediato, sentindo seu corpo cansado pela breve luta ocorrida anteriormente após ser mandado até um bar de aparência duvidosa em um subúrbio das ruas da cidade para cobrar o velho de 67 anos que devia dinheiro ao seu chefe.
O terno preto exuberantemente limpo, escondia a blusa social branca que tinha respingos de sangue, que, evidentemente, não pertencia ao homem de longos cabelos avermelhados amarrados em um rabo de cavalo perfeito, mesclando com algumas mechas que caíam sobre sua face esbranquiçada, fazendo com que a brisa frienta da noite balançasse os fios soltos. O homem alto de 28 anos deu um breve suspiro quando uma leve dor se fez presente em seu estômago após o soco que levou no local durante sua briga com alguns homens que "protegiam" o velho que agora deveria estar a caminho de um hospital... Talvez.
Michikatsu se designou a virar pela rua à direita e seguiu em linha reta, mantendo suas mãos dentro do bolso da calça e se distanciando da multidão que ia e vinha em passos demorados. A maleta com a alça em torno de seu braço esquerdo, carregava o que lhe foi de custo arrancar daquele homem. Não era nada com que o Tsugikuni não vivenciasse com frequência, todavia, conseguia ser muito cansativo vez ou outra, sendo que, Michikatsu faz seu trabalho como "cobrador" há muito tempo, e pensava que de repente estivesse ficando um pouco mole para esse tipo de coisa, ou poderia ser apenas cansaço físico.
Caminhando por mais ruas adentro, chegou ao seu destino e logo pôde avistar dois dos subordinados do chefe em frente ao prédio, esses que faziam seus trabalhos em dupla simplesmente pela ordem de seu mestre. O de cabeleira amarela em um tom claro como água, parecia irritar seu companheiro de fios rosados que lhe encarava com os braços cruzados. A voz alta de Dōma e sua feição alegre, parecia incomodar o jovem Akaza que rosnou ao ouvir o mais alto chamá-lo tão intimamente de "amor", apesar de terem algum tipo de relação que Michikatsu não entendia e não procurava entender. Não era de seu interesse no final das contas.
O mais velho não passou despercebido ao atravessar a rua vazia naquela parte da cidade e viu o aceno de Dōma que vestia um terno igualmente o seu e de Akaza que apenas torceu o nariz ou vê-lo. Diferente de si, a dupla tinha alguns machucados leves em seu rosto com curativos aqui e ali e exalava cheiro de sangue, apesar de não ser possível ver completamente pela pouquíssima luz no local e a cor de suas vestimentas. De qualquer forma, aquilo não importava para o loiro e muito menos o rosado.
— Olá, Kokushibo-dono! — Dōma disse alegremente enquanto batia palmas como se fosse uma criança ganhando pirulito, logo sendo repreendido pelo menor que segurou suas mãos e o mandou parar de idiotice, o que não afetou o loiro que manteve o sorriso largo, passando o olhar pelo mais velho que apenas acenou com a cabeça — Você parece ótimo hoje. Como sempre, não é, Akaza-kun?
— Não.
Curto e grosso.
Dōma murchou e Michikatsu deixou a dupla a sós, podendo ouvir ao adentrar o local a reclamação de Akaza dizendo que Dōma era muito sem noção. Tsugikuni tinha de admitir que era um pouco engraçado a forma como eles se tratavam, mesmo que às vezes tenha que tirá-lo de cima do loiro por ele estressar Akaza além da conta em certos momentos. Todavia, nada com que os homens que ali trabalhavam, não pudessem lidar.
O local, diferente da parte exterior, que poderia se considerar um lugar abandonado, era bonito e iluminado pelos lustres no teto, em perfeito contraste com as paredes amareladas onde exibia alguns quadros e o carpete vermelho mesclando com o restante. Michikatsu caminhou pelo corredor largo e logo chegou ao elevador, apertando o botão fazendo com que abrisse. Adentrou e clicou para o 10° andar: o último do prédio. Sem demora, chegou ao seu destino passando pelas portas do lado direito e esquerdo, podendo ouvir a voz de Daki e Gyutaro batendo boca.
Ignorando a dupla, rumou pelo local, virou à sua esquerda e avistou a porta de madeira branca e deu duas batidas, abrindo e visualizando o chefe sentado atrás da mesa, imponente e belo, com seus olhos vermelhos como carmesim mirando no homem que estava à sua frente, abrindo um sorriso e focando na maleta sendo trazida pelo Tsugikuni que mantinha seu semblante sério e firme, dando passos calmos até à mesa no momento em que o outro descansou os cotovelos sobre o vidro.
— Mestre Muzan, aqui está o pagamento da dívida.
Disse sem mais delongas, fazendo com que somente o sorriso do citado aumentasse, lambendo os lábios seguidamente e erguendo suas mãos para pegar o objeto de cor prata. Não demorou para abrir e constatar as notas de dinheiro contadas uma por uma por Michikatsu anteriormente. Confiando cegamente no homem que o observava silenciosamente, o Kibutsuji se levantou e seguiu na direção do maior, parando de frente para Michikatsu e erguendo suas mãos para tocar o terno, abrindo lentamente no tempo em que cruzavam seus olhos, sentindo um leve arrepio pelo que isso lhe causava, e a intensidade de algo tão pequeno, mas que somente ele poderia causar.
— Ferido? — questiona Muzan, recebendo um aceno negativo do mais novo — Entendo... — abrindo o tecido, avistou os respingos de sangue e tocou no peitoral, deslizando suas mãos delicadamente e logo onde Michikatsu havia levado um golpe, fazendo com que ele desse um solavanco de imediato. Muzan abriu um pouco mais seus olhos e encarou o maior, puxando a blusa de dentro da calça sem pressa e mirando seu olhar no local que estava arroxeado — Não está ferido, Kokushibo?! — riu brevemente anasalado e desabotoou a camisa.
O maior retirou seu terno e o jogou na poltrona ao seu lado direito perto da parede, sentindo a leve brisa fria bater em seu peitoral desnudo por conta das janelas abertas, enquanto o homem menor tratava de analisar o machucado. — Sente-se — pediu dando as costas para o outro, saindo da sala por uns minutos e logo voltando com um kit de primeiros socorros. Muzan fez um curativo após passar pomada para dor, em um silêncio que era comum, afinal, Michikatsu é o indivíduo que prefere ouvir do que falar, principalmente quando se tratava do Kibutsuji.
— Logo estará melhor — Muzan colocou os objetos dentro da caixa e a deixou em um canto, retornando seu olhar para o homem com o tronco despido ao seu lado. No mínimo sexy para o de olhos vermelhos — Amanhã você poderá descansar. Colocarei Dōma e Akaza no seu lugar.
— Não é necessá-
— Apenas obedessa minhas ordens, Tsugikuni Michikatsu.
Muzan interrompeu a fala do outro de imediato, sabendo que somente usar seu tom preciso o fazia abaixar a cabeça.
— Certo...
O homem apelidado pelos companheiros como Kokushibo, ajeitou-se no estofado confortável no momento em que Muzan chegou mais perto e passou a mão pela sua coxa coberta pela calça, fazendo um leve carinho no local e deitando a cabeça em seu ombro confortavelmente, podendo sentir os fios escuros e ondulados bater levemente em sua face, sentindo o cheiro bom que exalava da cabeleira. Michikatsu tratou de envolvê-lo em um abraço de lado, beijando a testa lisa de Muzan que retribuiu com um selar em seu queixo, passando o nariz pelo pescoço do marido que apertou sua cintura com posse e o apertou contra seu corpo, mesmo que apenas estivesse usando um braço, era o suficiente para tê-lo.
Quando Michikatsu notou, estava com Muzan sobre seu corpo deitado no sofá, beijando seus lábios macios e de tom avermelhado como seus olhos penetrantes e vibrantes. O selar era carinhoso e molhado, onde o menor tinha o cuidado de não prensar seu corpo do lado que estava machucado, ficando apenas confortável para vosso marido que tinha as mãos em suas nádegas, apertando o local e massageando levemente, aproveitando do momento em que era somente eles naquele cômodo iluminado apenas pela lua no céu azul escuro daquela noite.
Muzan movimentou sua língua pela boca entreaberta de Kokushibo enquanto fazia carinho no rosto alheio, saboreando o local com gosto de bala de hortelã, sabendo ser a preferida do esposo que arfava sutilmente abaixo de si, com o corpo tão quente quanto o seu, mordendo o lábio inferior que possuía, que nesse instante estava um pouco inchado, parando por um momento e regulando a respiração, trocando olhares apaixonados com o outro que sorriu minimamente para si. Kibutsuji riu baixo por pensar o quanto gostava de ver o sorriso nos lábios de Michikatsu. Talvez fosse um bobo apaixonado, apesar de não demonstrar aos demais, apenas para o homem que tinha seu coração e que o fazia palpitar a cada toque dado pelo seu corpo nesta noite, assim como em todas as outras.
— Quem veja desta forma, não imagina o quão cruel Muzan-dono pode ser.
Dōma cochichou atrás da porta, vendo pela fresta o que o casal fazia dentro daquele escritório, sabendo que se fosse pego, teria sua cabeça cortada junto com seus membros inferiores. Akaza estava ao seu lado, de braços cruzados e se perguntando o porquê de ainda seguir o de olhos arco-íris que era nada menos que um pervertido que gostava de espiar a vida alheia, principalmente se fosse em situações como essa... Onde estava com a cabeça quando se apaixonou por ele e começaram a se relacionar?
— Dōma, seu idiota. Vamos sair logo daqui, temos cobranças a fazer! — Akaza sussurrou irritado, ouvindo a risadinha demoníaca do loiro que fechou a porta e tinha seu rosto ruborizado — Seu verme nojento... — disse com desprezo, sabendo que não iria afetar o loiro que abriu um sorriso de orelha a orelha e o puxou de repente o pondo em seu colo — M- mas o q- quê...
— Vamos brincar um pouquinho antes de ir, Akaza-kun — o loiro não deixou que o menor respondesse e o jogou em seu ombro como se fosse um saco de batata, sentindo os socos que eram dados em suas costas e os gritos exagerados que apenas o fazia ficar mais excitado, gargalhando como se estivesse a ponto de devorar sua presa abatida.
Kokushibo não era diferente.
Fim.
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┇✐; ɴoтαs dα αυтoгα
Olá pessoal! Espero que tenham gostado desse oneshot. É o primeiro que faço desse shipp... Então relevem se não tiver ficado muito bom (:
Até a próxima fanfic!
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