Confesso que eu não estava muito animada com esse capítulo, até porque hoje em dia a repercussão é bem menor que a do começo.

Mas a culpa é minha. Eu dei um tempo daqui; eu não tive mais criatividade; eu ficava desanimada em escrever. E agora, vejo notavelmente a consequência.

_ Então você não quer me incluir nos seus planos? É isso? _ Dilan gritou comigo.

_ Não! Você não me deixa explicar _ gritei de volta. _ Eu apenas não quero que você passe a morar comigo agora, eu... Eu...

_ Você o que, S/N?

Estava tão brava e puta já com essa discussão, tão foda-se para tudo.

_ Eu não quero que você venha morar comigo porque assim parece que eu terei que ficar com você para sempre! Já não seria mais natural e sim forçado, se um dia que não quisesse mais ficar com você como que eu iria simplesmente te expulsar da minha casa? _ sim, eu soltei tudo que eu pensava.

Sei que é egoísmo e cruel pensar assim, mas quanto mais um passo eu dava em minha vida, mais sentia que eu ficaria presa. Eu amo o Dilan mas as vezes ele me faz duvidar se é realmente isso que eu quero.

Entendo ele ficar bravo, afinal, eu nunca tinha te contado sobre esse meu pensamento, e esse foi meu erro. Quem sabe a situação não teria se agravado tanto se eu tivesse conversado com ele desde o primeiro instante em que comecei a pensar dessa forma.

A música é incrível, a melhor criação do homem na minha opinião. Ela tem a capacidade de te acalmar, te fazer viajar e até mesmo chorar! Como alguém chora por música? Bom, eu choro, e isso é magnífico.

O intuito não era sair para chorar, mas ouvir aquele homem tocando Fare Thee Well foi encantador.

A letra. A melodia. A voz. Tudo me levava a ter sensações calmas e boas. Confesso que chorei sim, mas chorei de alegria ao ouvir algo tão bonito.

Posso até parecer fresca, mas uma taça de vinho sempre acalma meus nervos. Não, isso não é ser alcoólatra!

Infelizmente a última garrafa tinha ido com todo o meu stress diário, então fui obrigada aí comprar mais. Felizmente eu conhecia um lugar ótimo, mas sempre tem que ter um "mas", o lugar era lotado.

As vezes penso que deve ser tão cheio assim por terem um funcionário tão cobiçado. Ele era um homem maravilhoso aparentemente, conhecia os vinhos e contava histórias sobre eles. Tinha um jeito em saber o que seria melhor para qualquer tipo de ocasião.

Um sonho.

Clichê me afundar em sorvete, mas foda-se! Já formou sorvete enquanto chorava? Então não me julgue.

Agarrada ao meu pote de 1 litro, vejo um homem entrar. Ele não é lá tão algo mas tem uma ótima aparência, um sorriso meio brincalhão e perverso.

É, eu engoli as poucas lágrimas e arrumei cabelo, tentando ficar mais apresentável.

Pouco depois, ele se sentou a uma mesa, sozinho, no canto da loja. Tinha uma casquinha repleta de doces acompanhado com sorvete. Não pude ignorar o fato de me imaginar com calda de morango pelo corpo.