II - Aqueles Dias
- Olá, Pequena. Está tudo bem? - Sam abre a porta com cautela.
Da última vez que estive "naqueles dias", Sam e eu discutimos por algo tão insignificante que nem sequer me lembro o que era. Quando ele tentou me acalmar, acabei jogando um dos livros na direção dele. A única coisa que impediu o livro de acertar seu belo rosto foi seu reflexo de caçador, que o fez puxar a porta a tempo de bloquear o ataque.
- Wow!
- O que foi?! - eu sabia que estava sendo grossa, mesmo sem querer.
Sam entra no quarto me lançando um olhar cauteloso, como se eu estivesse armada e prestes a atacar.
- Eu não quero ter que lidar com isso todo mês no seu... você sabe.
- Meu o quê, Sam? - perguntei, um pouco nervosa. Eu sabia exatamente o que ele queria dizer, mas precisava ouvir de sua boca.
- Seus dias, Pequena. Quero te ajudar, o que posso fazer?
A forma como ele perguntou fez meu coração transbordar de tanto amor.
- Senhor Winchester, você já enfrentou o próprio Lúcifer no seu corpo e não sabe como ajudar sua namorada na TPM? - provoquei, arrancando um sorriso tímido de seu rosto.
Estendi minha mão para ele, lhe dando um passe VIP para se deitar ao meu lado. Sem hesitar, Sam se aproximou e se acomodou ao meu lado na cama. Me aconcheguei em seu peito, envolvendo meus braços ao redor dele. Seus fortes braços me envolveram, enquanto ele fazia um cafuné gostoso em meus cabelos.
Apenas o fato de ele estar ali já foi o suficiente para me acalmar. Sua presença era única, me fazendo sentir amada e especial.
- Viu? Não é tão difícil.
- Não é difícil quando você não está prestes a me atacar - brincou, se referindo à nossa última briga.
Ele tinha razão, mas eu jamais diria isso em voz alta. Sou teimosa demais para admitir.
Sorri contra seu peito, me recordando daquele dia. Eu realmente estava fora de mim... o que uma TPM não faz?
- Me desculpa por aquilo, amor - falei com sinceridade.
- Está tudo bem! A culpa meio que foi minha por ter te chamado de surtada.
Agora tudo estava claro. Aquela névoa que me impedia de lembrar o motivo da briga ter passado.
Surtada... SURTADA!
- Você me chamou do quê, Samuel?
- De surtada, lembra? - Ele sorriu, se recordando do ocorrido.
Ainda não acredito que ele teve a audácia de repetir.
Me levantei para encarar seus olhos.
- SURTADA?!
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