A Marca Part. 2
Depois que me pediram, eu resolvi trazer um Part. 2 de "A Marca".
Eu sei! Eu sei que estou com pedidos atrasados mas simplesmente não estou me sentindo inspirada para fazer. E quando não estou inspirada, o negócio não fica legal.
Enfim, tenham paciência comigo.
_ Nossa, o que foi que aconteceu? _ Sam ficou surpreso ao ver meu estado quando entrei pela porta.
Eu devia ter evitado esse encontro com ele. Não queria lhe dar satisfações, não era nem obrigada, mas era bom evitar.
_ Quem fez isso com você? _ seu tom mudou. Agora estava mais frio e até mesmo... Bravo?
_ Eu estou bem...
_ Não foi isso que eu perguntei _ ele atropelou as minhas palavras.
O gigante se aproximou de mim e começou a analizar meus ferimentos. Um por um.
_ Sério, Sam, eu só quero tomar um banho e relaxar _ insisti, na esperança que ele não fosse invasivo.
Desde quando Dean ganhou aquela maldita marca. Desde quando Dean se tornou o demônio que é hoje. Desde quando Dean sumiu. Desde tudo isso, Sam anda muito no limite, preocupado e, principalmente, com uma necessidade insaciável de trazer o irmão de volta.
Eu não o culpo, era o irmão dele e eu também não estou muito longe do estado que ele está. Eu fui capaz de achar Dean, ir atrás dele achando que conseguiria algo, e consegui, uma surra. Tudo isso com o orgulho de não contar para o Sam.
Talvez tivesse sido diferente se eu tivesse levado um Winchester para combater outro Winchester. Onde eu estava com a cabeça?
[...]
Acabo de sair de um banho super demorado, tudo que eu precisava, e, após me trocar, sai a procura de Sam.
Tudo que encontrei, foi um pedaço de papel rasgado encima da mesa do mapa.
"Achei o Dean, vou trazê-lo para casa"
Ler aquilo fez meu corpo todo estremecer. Não sei o que me assustava mais; o fato de ele ficar sabendo que quem me deu aquela surra foi o Dean; ou de ter uma pequena possibilidade de Sam morrer.
_ DROGA!! _ grito frustrada.
O grito não era suficiente para mim, eu precisava de mais.
Passei as mãos pelo cabelo ainda molhado e comecei a andar de um lado para o outro.
_ Por que? Por que? POR QUE?? _ pergunto repetidamente. _ Sempre querendo salvar o mundo! E olha no que deu!!!
Involuntariamente, lágrimas começam a deixar meu olhos, escorrendo pelo meu rosto e indo ao chão.
_ DESGRAÇADO!!! _ com esse grito, me viro para a primeira coluna que vejo em minha frente e começo a socar a mesma com todas as minhas forças.
Não me importei com o sangue que começou a escorrer delas depois de vários socos. Eu não me importava com mais nada.
Estava tão concentrada e descarregar minha raiva que nem notei a porta sendo aberta, nem notei Sam gritando por mim, pedindo que eu parasse.
_ Ei! S/N!! PARE COM ISSO!! _ ele gritou, mas eu não o ouvi, apenas continuei.
Sam veio até mim e segurou minhas mãos, me puxando para seu corpo e me envolvendo com seus braços. Me deixei chorar em seu peito. Desabei. Até olhar para o lado e notar a figura mais medonha que já tinha visto, Dean era intimidador, mas agora estava pior que o de costume.
Dean estava algemado, parado nos olhando com aqueles olhos. Mas a pior parte era seu sorriso, o sorriso que ele dava quando matava algum monstro. Era horrível.
Por que ele não fez nada?
_ Oh que lindo _ ele diz, chamando a atenção de Sam. _ Era só questão de tempo, não é Sammy? Admita, você adorou o fato de não me ter por perto e poder ter a S/N só para você.
O encarei confusa, depois a Sam, que ainda o olhava com desprezo.
_ Vocês estão juntos a quanto tempo? Desde a noite que eu parti? _ ele desmanchou o sorriso e ficou sério. _ Já estão transando também?
Sam pareceu ficar incomodado com isso e me soltou, indo até Dean e lhe acertou no rosto.
Por um segundo, eu desconfiei que Dean estivesse com ciúmes.
[...]
Ver o efeito que o sangue fazia em Dean era aterrorizante. Vê-lo em agonia até me fazia sentir pena dele, mas eu precisava ser forte. Se eu o queria de volta, precisava aguentar aquilo.
_ Se você quiser ir para outro lugar, tudo bem _ Sam deve ter percebido meu incomodo.
_ Não! Eu quero ficar, eu... eu preciso ficar, por ele. Eu não vou abandonar ele.
THEN
_ Kiddo, por favor... _ Dean me assustou. _ Você está aí a horas, não dorme, não come... Apenas vá deitar, abandone isso.
_ Dean, não! Eu vou conseguir! _ me levantei e fui até ele, peguei seu rosto com as mãos e encarei seus olhos. _ Eu preciso fazer isso, eu não vou abandonar você.
Um fraco sorriso se iluminou em seus lábios e então, me beijou.
NOW
Aquela lembrava me assombrou por um segundo, e foi tempo suficiente para que, mais uma vez, uma lágrima solitária deixasse meus olhos. A limpei rapidamente quando reparei o olhar de Dean sobre mim.
_ Já parou para pensar que você pode estar me matando? _ o loiro comentou quando Sam deu um passo em sua direção. _ Diga a ele, S/N, ele sempre vai escutar você.
Eu ainda não entendia onde Dean queria chegar com esse comentários sobre o irmão dele e eu.
Sem dó, Sam o acertou com a agulha e liberou todo o líquido vermelho contido na seringa. E isso doeu em mim, doeu vê-lo se contorcer.
[...]
_ Tem certeza que você não quer ir comigo? Ficar aqui pode ser...
_ Não se preocupe Sam, eu vou ficar bem _ sorri na tentativa de lhe passar segurança.
Eu acho que um gesto de carinho entre dois amigos, quase irmãos, não deveria demorar tanto igual o que de Sam em meu rosto. E a situação piorou quando ele escorregou o dedo para minha boca, exatamente onde um corte dolorido estava.
_ Você ainda não me disse quem fez isso com você _ eu sabia que uma hora ou outra ele voltaria ao assunto.
Eu poderia mentir, mas Sam era esperto de mais e perceberia isso.
_ Ontem de noite, eu fui atrás de Dean sozinha. Passei dias procurando por minha conta e achei algo que parecia... que era suspeito, e decidir ir checar _ ele me encarou e, nessa hora, tentei não o olhar nos olhos. _ Eu fui a um bar, e vi Dean lá. Tentei conversar com ele, trazê-lo de volta, mas tudo que ganhei foi uma surra.
De repente, o gigante fechou o mão e socou a mesa. Esse gesto me assustou, já que foi tão de surpresa.
_ Você devia ter me contado! Eu teria ido junto e isso não teria acontecido!
_ Eu sei!! Mas... eu não sei porque decidi que conseguiria ir sozinha... eu...
_ Você poderia estar morta, S/N. MORTA!
_ Me desculpa, tá legal?!
_ Tá _ ele bufou... _ Eu vou comprar as coisas.
Sam saiu às pressas, me deixando quase sozinha no Bunker.
Fiquei quieta até ouvir o barulho do carro dando partida e deixando o local. Só então soltei o ar de meus pulmões.
_ A primeira briga de casal a gente nunca esquece _ a voz grossa e rouca de Dean atrás de mim me fez pular.
Virei tão rápido, mais rápido que uma bala. Meu coração estava disparado em meu peito, a respiração irregular, e todos os sentidos de medo vagando livremente em mim.
Talvez muitos não saibam, mas eu tenho uma obra onde cai de cabeça para contar melhor o que aconteceu nessa sequência de 5 capítulos. A obra se encontra em meu perfil, e se você gostou desse Imagine, vai adorar o livro completo.
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