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— Bom, todos já estão presentes? - McGonagall olhou pelas caras azedas dos sonserinos. — Os nomes que eu chamar, fique a minha direita! Blaise Zabini, Pansy Parkinson, Daphne Greengrass, Vicente Crabbe, Gregório Goyle, Theodore Nott e Draco Malfoy! Vocês irão limpar todos os troféus e placas da nossa coleção. - os garotos se entre olharam com tédio. — E se por acaso ousarem usar magia, eu irei saber! Então não tentem bancar os espertinhos. Filch está esperando por vocês lá. O restante da turma, vai limpar a sala de poções com o professor Snape. Andem!

— Eu não acredito nisso! - Pansy falou irritada.

— Agradece a sua namoradinha Draco. - Daphne trombou no ombro do garoto de propósito, andando apressada com a Pansy.

Draco caminhou até a estante de troféus em silêncio, seus amigos também não ousaram em falar nada. Até mesmo Theodore que sempre dava um jeito para irritá-lo estava quieto, provavelmente bravo demais pra falar com o garoto.

Quando chegaram, o zelador já os esperava, com um balde de água e panos limpos.

— Eu quero tudo isso limpo! - ele falou, e Draco o olhou com desdém.

O Malfoy foi o primeiro a pegar o pano, molhar na água e começar a limpar uma das taças.

Estava sendo impossível andar pelos corredores sem escutar alguém falar de mim, ou algum sonserino me xingar.

"— Você nos paga Bennet!"

"— Traidora!"

"— Você devia estar na detenção também."

Era uma das coisas mais leve que me falavam.

— Eu sabia que ele não gostava de você de verdade. - a voz arrogante de Pansy ecoou atrás de mim.

Me virei lentamente, encontrando Pansy e Daphne de braços cruzados, com sorrisos debochados em seus lábios.

— A noite que tivemos foi incrível, Daphne! - Pansy continuou, com um brilho malicioso no olhar. — Draco estava tão... empolgado.

— Sério, amiga? - Daphne disse rindo, enquanto me olhava. — Eu sabia que ele não ia aguentar ficar com essa daí por muito tempo.

— Né. - Pansy sorriu maldosamente, dando um passo à frente. — Ele veio correndo pros meus braços tão rápido, parecia desesperado. Sabe o que ele disse? - Pansy inclinou a cabeça fingindo inocência. — Disse que nunca me esqueceu. E mais... que me ama.

Senti meu estômago revirar, eu ia me virar e sair dali, mas ela continuou.

— Ah, e quer saber a melhor parte? - Pansy riu. — Ele disse que estava cansado de fingir gostar de alguém que não chegava aos meus pés.

— Coitado, deve ter sido sufocante ficar com essa sangue ruim... Mas agora vocês estão juntos novamente! E vão juntos pro baile, não é? - Daphne completou, lançando a Lety um olhar de superioridade.

— Sim, verdade. Ele confessou que desde o anúncio do baile, queria que eu fosse o par dele. - a garota sorriu. — Ele está feliz de ter se livrado desse peso morto.

Suspirei, tentando segurar as lágrimas que queriam escorrer.

— Sumam daqui suas vadias! - a voz masculina soou, chamando a atenção das garotas.

— Vadias? - Pansy semicerrou os olhos. — Quem você acha que é pra falar assim comigo?

— Sou Fred

— Sou Jeorge.

— Tenho certeza que a professora Minerva não sabe que vocês fugiram da detenção, não é Jorge?

— Sim, Fred. Acho que ela vai ficar tão zangada se souber... e eu fiquei sabendo, que se vocês aprontassem de novo, ficariam sem ir ao baile.

— Quê!? - as duas falaram juntas e se entreolharam. Rapidamente elas saíram, voltando para a estante de taças.

Lety suspirou, e sorriu para os dois garotos que se aproximaram dela.

— Tá tudo bem? - Jorge foi o primeiro a falar.

— Sim. - minha voz saiu baixa e um pouco embargada.

— Você sabe que tudo aquilo que ela disse é mentira. - falou Fred, colocando a mão no meu ombro.

— Acho que não. - murmurei.

— Não pense nisso agora. - Jorge sorriu de lado.

— Tudo bem.. obrigada meninos. - falei, e tentei esboçar um sorriso, mas foi em vão.

Sai andando pelo corredor, tentando não pensar nas coisas que a Parkinson disse.
Escutei os passos vindo atrás de mim, e olhei pro lado vendo Jorge me acompanhando.

— O que foi?

— Estou te fazendo companhia. - ele sorriu.

— E seu irmão?

— Foi encontrar a namoradinha. - ele falou, e eu concordei desviando o olhar. — Bom.. você quer me contar o que aconteceu ontem à noite? - suspirei. — Tudo bem.. melhor não né?

— Harry me beijou a força. - Jorge me olhou, franzindo o cenho. — Se eu te contar uma coisa promete guardar segredo? - ele balançou a cabeça. — Sabe de algum lugar mais "privado"?

Jorge sorriu travesso, e segurou na minha mão me guiando pelos corredores. Fomos parar no corredor do terceiro andar, lugar que anos atrás era proibido, lugar que a Pansy tinha me levado para sua armadilha.

Ele abriu uma das portas, revelando uma mesa com vários experimentos, ferramentas, papéis espalhados...

— É aqui que eu e meu irmão produzimos as Gemialidades Weasley.

— Aqui é bem legal. - falei, enquanto observava o lugar.

Ele se sentou em um pequeno sofá que estava no canto da sala, e eu me sentei ao seu lado.

— Bom.. eu nem sei por onde começar. - passei a mão pelo meu rosto, bufando. — Então, a um mês atrás, eu procurei o Draco para ele me ajudar em algo. - olhei pra Jorge que me olhava com atenção. — Eu queria que ele fingisse ser meu namorado por um mês, para causar ciúmes no Harry. - Jorge não esboçou nenhuma reação. — Eu gostava do Harry desde que o conheci, mas...

— Se apaixonou pelo Malfoy. - o olhei, e ele sorriu fraco. — Eu sabia disso tudo.

— Co..como assim?

— Era nítido que você gostava do Harry, ele mesmo sabia disso. - Jorge falou devagar. — Quando você apareceu namorando o Draco, eu e meu irmão estranhamos, por que nunca nem vimos você falar com ele. Sem contar que ele era meio babaca com você as vezes. - ele apoiou o cotovelo no sofá, fazendo uma pausa. — Teve um dia, na verdade uma noite.. que eu e Fred estávamos no pátio, íamos aproveitar que todos estavam no salão principal para testar um dos nossos produtos. Vimos você chegar, parecia bem triste.. a gente ia falar com você, mas o Malfoy chegou em seguida. E não deu pra não escutar a conversa de vocês.

— Entendi.. - disse enquanto olhava para o chão.

— Mas não contamos pra ninguém sobre isso. Só que você se apaixonou por ele de verdade né?

balancei a cabeça. — Nunca me senti assim antes.. Hermione falava que ele também estava gostando de mim, por um momento eu quase acreditei nisso. Mas depois da conversa que eu tive com ele, eu percebi que ele só me via como uma amiga mesmo, e depois do que Pansy me disse...

— Você não acreditou no que aquela cobrinha disse, não é? - o olhei. — Lety, você já foi mais inteligente! É óbvio que aquilo tudo é mentira. Eu duvido muito que o Malfoy tenha voltado com ela.

— Eu não duvido.

Depois da conversa com o Jorge, eu fui apressada para a minha comunal, evitando escutar mais murmúrios sobre mim nos corredores. Quando entrei no dormitório, Mione estava deitada lendo um livro, como sempre.

Quando ela percebeu a minha presença, ela fechou o livro e se endireitou na cama.

— Preciso falar com você. - ela falou séria, sentei do seu lado, e olhei pra minha amiga para que ela continuasse. — Eu falei com o Harry.

— Mione! Eu disse pra não fazer isso. - bufei, enquanto desviava o olhar para a janela.

— Eu sei. Mas não achei justo o que ele fez! Só que.. ele me contou uma coisa. - a olhei, e Mione respirou fundo antes de revelar. — Foi ele que dedurou o pessoal da Sonserina.

Suspirei, balanço a cabeça. — Não me surpreende. Draco me falou que foi alguém da Grifinoria, quem mais seria?

— Você falou com o Draco?

— Tentei. - me deitei na cama da Hermione, encarando o teto. — Ele está muito decepcionado... ele acha que foi eu que contei pra McGonagall.

— Ele está bravo só por isso?

— Tem outro motivo pra ele estar? - levantei a cabeça, e olhei pra Mione que franziu o cenho.

— Lety? Eu não acredito que você ainda não percebeu que o Draco gosta de você.

Deitei minha cabeça novamente na cama, e olhei pro teto. — Ele não gosta.

— Gosta sim! Por que você acha que ele saiu daquele jeito da festa? Você viu em como ele olhava pra você e pro Harry? - Hermione levantou, colocando as mãos na cintura. — É nítido! Só você não quer acreditar nisso ainda.

— Mesmo se ele estivesse, agora não está mais. Já voltou com a Parkinson.

— Como você sabe disso?

— A própria me disse.

— Você acredita nas coisas que ela fala?! - Mione revirou os olhos. — Ela está fazendo isso pra te afetar!

— Que seja. Draco não quer mais olhar na minha cara.

— Mas Lety...

— Acabou Mione.

Olá amores!!! Simplesmente amo os gêmeos 💗💗💗 espero que vocês gostem dessa amizade da Lety e do Jorge!

Não se esqueçam de votar e comentar! Beijocas <33