Uma cidade turística é abalada por um conflito emocional entre Ben, um viúvo e dedicado administrador de um lar de idosos, e Lucille, uma mulher rica, determinada a expandir seu resort sobre o terreno do lar do Recanto do Sol Nascente.

Em sua natureza complexa, o amor traz consigo tanto o doce prazer quanto a dor aguda, como se fosse uma tortura que, paradoxalmente, nos faz ter certeza de sua importância em nossas vidas.

Enquanto eles lutam pelo futuro do local, um antigo amigo de Ben, Daniel, ressurge do passado, alimentando um ressentimento disposto a se vingar de Ben.

Benedict e Lucille personifica extremos opostos que se entrelaçam em uma complexa dança de paixão e poder, destacando a dualidade do amor e seus efeitos agridoces.

ENTREVISTA

NOME/SOBRENOME: Bianca Oliveira
USER: autora_oliveira
OBRA: Blanco y Negro
GÊNERO: Romance
+18: Não
MÚSICA QUE REPRESENTA SUA OBRA: Uma música que está na playlist, mas que quando ouço consigo criar o quadro mental da história do início ao fim: PORTA ABERTA, LUKA (A música fala sobre superar uma separação e tentar esconder a dor, pedindo aceitação e sugerindo o desejo de reconciliação, apesar dos conflitos, transmitindo a ideia de que sempre haverá uma porta aberta).

1. QUANDO E COMO DECIDIU QUE IRIA COMEÇAR A ESCREVER?
R: Quando escrevi um final alternativo para uma novela mexicana que não gostei, percebi como isso me fez bem. Foi aí que comecei a sentir que as histórias se tornavam terapêuticas para mim. Essa experiência moldou minha conexão com temas complexos, como a durabilidade do ser humano.

2. QUAL A EXPERIÊNCIA EM PUBLICAR SEU LIVRO, MESMO QUE NA PLATAFORMA?
R: Foi como compartilhar um pouco de mim com pessoas que nunca conheceria pessoalmente. Eu descreveria essa experiência como "a sensação de ser ouvida".

3. O QUE TE AJUDA A SE CONCENTRAR ENQUANTO ESCREVE?
R: Gosto de estabelecer metas claras para o que quero alcançar com o texto. Às vezes, escrevo enquanto minha família está assistindo novelas ou ao jornal. Eles até brincam: "Esse livro não acaba nunca?" Mal sabem eles, rs.

4. COMO ESTÁ SEU ESPAÇO DE ESCRITA ATUALMENTE?
R: Costumo dizer que meu espaço de trabalho é a tela do celular ou do notebook e minha capacidade de concentração. Com esses dois elementos, posso escrever em qualquer lugar.

5. DE ONDE VOCÊ TIRA IDEIAS PARA SEUS LIVROS?
R: Às vezes, eu transformo um sentimento ou desejo em um personagem, seja ele vilão ou mocinho. Esse desejo pode ser algo que eu gostaria de ser ou sentir, enquanto a emoção reflete o que estou experimentando, seja tristeza, empoderamento ou sensação de prisão em uma situação aparentemente sem saída. Em suma, eu escrevo de dentro para fora.

6. O QUE MAIS TE SURPREENDEU AO ESCREVER E PUBLICAR SEUS LIVROS?
R: Essa experiência me mostrou o poder da escrita e como uma história pode ressoar com indivíduos de diferentes origens e experiências.

7. SEUS LEITORES ENTRAM EM CONTATO COM VOCÊ? O QUE É QUE ELES DIZEM?
R: Sim, meus leitores entram em contato comigo de várias maneiras. Eles me apoiam, me incentivam e até me cobram bastante, além de fazerem pedidos relacionados às minhas obras. No entanto, o que mais me deixa feliz é quando eles dizem que se sentem conectados com os personagens, especialmente com a Bianca, e conseguem compreender a minha essência por trás das minhas histórias.

8. QUEM É VOCÊ QUANDO NÃO ESTÁ ESCREVENDO?
R: Com certeza alguém que está assistindo séries de advogados, médicos ou maratonando filmes antigos e ouvindo músicas no último volume.

9. QUAL DE SEUS HOBBIES VOCÊ ACHA QUE VAI SURPREENDER SEUS LEITORES?
R: Eu realmente adoro elaborar mapas mentais e planejar projetos de forma visual e criativa. Para mim, é uma maneira incrível de organizar minhas ideias de forma clara e eficiente. Começo geralmente com uma ideia central e depois ramifico para os subtemas, conectando tudo de forma lógica e intuitiva.

10. O QUE VOCÊ GOSTARIA QUE SEUS LEITORES SOUBESSEM?
R: Que quando eles leem uma obra minha, uma cena de conflito, uma cena romântica ou a história completa, ele está conhecendo uma parte de mim que raramente eu deixo conhecer á pessoas próximas.

11. QUAIS ELEMENTOS DA ESCRITA SÃO OS MAIS IMPORTANTES PARA VOCÊ?
R: Para mim, como escritora, o diálogo e os conflitos emocionais são cruciais. O diálogo dá vida aos meus personagens, enquanto os conflitos proporcionam profundidade e conexão emocional às minhas histórias. Esses elementos permitem que eu explore a complexidade da experiência humana e crie narrativas que ressoem com os leitores. Em resumo, adoro trabalhar com eles porque me permitem contar histórias que não apenas entretem, mas também tocam o coração e a mente do público.

12. QUAL É A SUA EXPERIÊNCIA COM O BLOQUEIO DO ESCRITOR? E COMO VOCÊ LIDA COM ISSO?
R: Então, nunca sofri de bloqueio criativo. Na verdade, minha mente é bastante ansiosa e hiperativa, então estou constantemente cheia de ideias e pensamentos. Para mim, essa ansiedade é como um motor criativo contínuo que me impulsiona a explorar novas ideias e perspectivas. Em vez de ficar presa em um único ponto, estou sempre buscando novas inspirações e abordagens. Claro, às vezes pode ser um pouco avassalador, mas aprendi a canalizar essa energia de forma produtiva na minha escrita. Em vez de lutar contra minha mente inquieta, aprendi a abraçá-la como uma fonte de criatividade infinita.

13. COMO VOCÊ LIDA COM CRÍTICAS NEGATIVAS EM SEU LIVRO?
R: Aprendi duas coisas importantes: Primeiro, diferenciar entre críticas construtivas e destrutivas, buscando apenas o que realmente pode melhorar minha escrita. Segundo, aceitar que nem todas as críticas refletem necessariamente a qualidade da minha história; algumas pessoas simplesmente não se conectam com ela, e está tudo bem. Esses aprendizados me ajudaram a aprimorar minha escrita e a lidar de forma mais tranquila com feedbacks negativos.

14. QUAL FOI SUA INSPIRAÇÃO PARA A IDEIA DESSE LIVRO?
R: "Blanco y Negro" é uma representação sincera e direta dos altos e baixos que o amor pode trazer, mostrando a disposição de lutar por ele, apesar das imperfeições e diferenças entre os envolvidos.

15. O QUE INSPIROU O TÍTULO DO SEU LIVRO? E O QUE ELE SIGNIFICA?
R: O título "Blanco y Negro" apesar de bem genérico, foi inspirado nas personalidades contrastantes dos protagonistas, Benedict e Lucille, bem como nos temas explorados na história. "Blanco" representa a pureza, bondade e integridade de Benedict, enquanto "Negro" simboliza o orgulho, poder e impulsividade de Lucille. Juntos, esses opostos refletem não apenas as diferenças entre os personagens principais, mas também os conflitos e tensões subjacentes que permeiam o enredo. O título sugere que a história abordará não apenas as complexidades desses personagens, mas também os contrastes entre luz e escuridão, bem como os desafios enfrentados ao lidar com questões de orgulho, poder e integridade.

16. HÁ PERSONAGENS EM SEUS LIVROS QUE TÊM SEMELHANÇAS COM VOCÊ OU PESSOAS QUE VOCÊ CONHECE?
R: Benedict é profundamente comprometido com seus princípios e valores, o que ressoa muito com o meu próprio senso de integridade e justiça. Lucille exibe uma impulsividade e astúcia que despertam minha admiração. Sinto que esses aspectos representam meus dois lados, em constante conflito, ao longo de cada capítulo da história.

17. O QUE INSPIROU O CENÁRIO DO SEU LIVRO?
R: O que me inspirou para o cenário foi a minha admiração por Búzios, mesmo sem tê-la visitado pessoalmente. A cidade sempre me encantou através de novelas, filmes e imagens, e parece ser o local ideal para um resort. No entanto, o que torna o cenário interessante é o terreno onde há um Recanto/Asilo de idosos, estabelecendo um conflito central na trama.

18. O QUE VOCÊ ESTÁ TENTANDO ALCANÇAR COM SEU LIVRO?
R: Meu objetivo é contar uma história envolvente, criar personagens memoráveis e explorar temas como amor, perdão e redenção para inspirar reflexão e mudança positiva. Além disso, busco aumentar a conscientização sobre questões relacionadas ao envelhecimento e valorização da terceira idade.

Recentemente, uma leitora me disse: "Sua obra é como uma janela numa sala escura". Com isso, posso dizer que alcancei exatamente o que esperava.

19. QUAL VOCÊ CONSIDERARIA O MELHOR CONSELHO QUE JÁ RECEBEU?
R: "Revele, não apenas descreva" foi um conselho valioso que recebi em relação aos personagens. Ele me ensinou a importância de mostrar as características dos personagens através de suas ações e interações, em vez de simplesmente descrevê-las diretamente ao leitor.

20. O QUE VOCÊ DIRIA A UM AUTOR QUE QUER PUBLICAR SEU PRIMEIRO LIVRO?
R: Não tenha medo de errar. Através da sua escrita, você tem o poder de atingir o coração das pessoas e fazer diferença na vida delas. Ao explorar os desafios enfrentados pelos seus personagens, você pode se conectar emocionalmente com os leitores e criar laços significativos através das suas palavras.

FIM