Capítulo Um: Mais neurônios, mais confusão
Não, não, não... Tem algo muito errado nisso. Talvez a informação tenha vazado e se for o caso eu juro que amasso o Rice. Respira fundo Perth, muito fundo.
— Então, você me ajuda? — eu podia ver a transparência nos olhos dele, isso realmente dói. Talay realmente havia aberto o jogo sem delongas para mim, ele tinha segurança de que eu aceitaria.
Eu achava bem idiota a ideia dele de fazer ciúmes para seu ex namorado mas não o julgaria, deve ter seus motivos. Mas porquê ele me escolheu? Há mil e um garotos de todos os cursos a disposição dele mas seu dedo parou no meu peito. Por quê?
— Nah, nah, nah, nah! — balançou-me com um bico gigantesco. Deus, como alguém pode ser tão adorável? — Ajude seu Phi, por favor...
Eu estava entre a espada e a espada. Se ajudasse Talay eu me machucaria muito e se não ajudasse provavelmente não haveria outra chance de me aproximar de forma tão íntima. Mesmo que fosse uma mentira.
— Pensarei.
Esse não é o tipo de decisão a ser feito no calor do momento. Preciso de mais neurônios.
— Pense com carinho. Ok? Lembre-se que você me deve uma. — devo? — Eu te ajudei com minhas apostilas do semestre passado, lembra? Você mesmo diz que não gosta de dever nada a ninguém. — pirralho maldito.
Talay sorriu. Aquele sorriso de sombrancelhas erguidas que denunciava seu interesse em algo específico. Meu coração bateu de forma boba igual quando você tropeça no próprio pé e se estatela no chão e pede desculpa pra si mesmo. É uma comparação estranha mas sentimentos são difíceis de explicar.
— Vá, você precisa aceitar que vai me ajudar. — era um baita convencido. Suspirei. Talay parecia saber que eu não diria uma palavra si quer, por isso abanou as mãozinhas me despachando.
᭝˖̟֜🤟⸼꒱
Estavam todos ali, prontos para ouvir e com um pergaminho de tamanho especial recheado de perguntas sobre a única pessoa do grupo que estava pela primeira vez na posição de Réu: Eu.
— Vai, desembucha. — Nam apressava-me.
Estavam todos sentados em um único banco da mesa somente para estudarem meticulosamente cada expressão minha.
— O Talay me pediu em namoro.
Era notório que estavam incrédulos. Talay nunca soube, não por mim, de meus sentimentos e nunca percebeu nada porque sempre mantive uma boa distância dele.
— Você tá dizendo que o Talay, — Rice cutucou a mesa processando as informações assim como todos — aquele de Sênior Engenharia amigo do idiota do Cooper, te pediu em namoro?
— Alerta de Gado! — Nam sussurrou cutucando Rice ao seu lado direto.
— Espera por quê você chamou o Cooper de idiota? — Poy encarou o mais alto que ergueu a sobrancelha mostrando o óbvio.
Muitos neurônios acabam caindo no pau. Principalmente Nam e Rice.
— Posso terminar? — assentiram — Talay me pediu em namoro.
— Eu ainda não tô crendo nisso.
Se alguma divindade me der paciência para aturar esses três eu juro devoção a ela por toda minha vida.
— Cala a boca, Nam.
— Ele quer fazer ciúmes pro ex então o namorado é de mentira.
Lembrar disso me faz sentir meu estômago se revirar e os desgraçados pareciam aliviados? Eu não sei onde eu errei.
— Ah... Agora sim as coisas fazem sentido.
Me sinto o produto mais desvalorizado do mercadinho.
— O que você respondeu, Perth?
Poy, meu pequeno delicado e atencioso Poy não era digno de amigos como Rice e Nam. Que a divindade mais poderosa o guarde no coraçãozinho.
— "Pensarei." Sério, não tinha como eu responder na hora. Isso... sei lá.
— Você fez certo. — Poy confortou — Lay é muito certeiro e objetivo no que faz, ele tem certeza de que a sua resposta seria sim e você se encaixa no tipo ideal dele. Realmente não me assusto que ele tenha te escolhido.
Talay tinha um tipo ideal? Eu me encaixava? Socorro onde eu parei?
— Mas e aí, — Nam recuperou o foco rapidamente — o que você vai dizer pra ele?
Nada respondi.
— Acha que tem muita coisa a perder? — perguntou Rice. Talvez, ou não.
— Eu te aconselho a não aceitar. — Poy era sincero e se preocupava de verdade com o que eu sentia, seus concelhos para mim eram quase lei.
— Eu tô com o Popo.
— Olha Perth, — Rice respirou fundo — talvez essa seja uma das únicas chances que deia de se aproximar em tempo record do Talay sem que ele suspeite dos seus sentimentos.
— Mas ele vai estar dentro do furacão. Se bobear e o Talay não fizer o sonso, tudo vai por água a baixo. Não, não — Poy se manteve firme — eu prefiro que ele fique longe.
— É você que decide, Perth. Só você.
As vezes o tom de voz da Nam me assusta, mas o ênfase não é isso. Minha mente e coração, pela primeira vez em anos, diziam que sim.
— Mensagem. — Shane anunciou sentando ao meu lado e colocando o Post-it amarelo na minha frente — E aí, pessoal?
"Vamos sair hoje, nah? Te espero na frente do prédio e sei que não veio de carro hoje.
Não tenha pressa, só quero te apresentar a ideia para que não me interprete mal.
Boa aula N'Perth!
Talay :)"
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[🤟]
olha eu aqui, né? fazer o quê.
e aí, tudo bem?
espero que sim
n sei, vou tomar banho♡
amo vocês e vamos de perthtalay
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