
𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑽𝒊𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝑫𝒐𝒊𝒔.
Dionne
O dia estava maravilhoso, com alguns raios de sol invadindo minha janela enquanto arrumava minhas malas. Em poucas horas, eu pegaria meu voo para Forks. Embora estivesse cheia de empolgação, um incômodo pressentimento me perseguia.
-Ok; sapatos, bolsas, saias, calças, maquiagens, verbena - nunca se sabe quando vai precisar de um pouco -, grimório... - Minha verificação foi interrompida pelo irritante som de pedras atingindo minha janela. Respirei fundo e me preparei para soltar um palavrão digno de quem quer que fosse o autor daquela brincadeira. Corri até a janela e a abri abruptamente, sem nem olhar quem estava lá fora.
-Se você jogar mais uma pedra na minha janela, vou descer aí e garantir que não jogue mais nada... - ameacei, minha voz cheia de sarcasmo.
- Se você gritar mais um pouco, seus vizinhos no final da rua também vão descobrir que você é maluca - a voz irritante me atingiu e me fez parar de xingar, revelando um cara loiro, alto, com pouco mais de 1,80 metros.
-Quem é você e por que diabos está jogando pedras na casa dos outros? - perguntei, com meu humor ácido. Ele pareceu surpreso ao me ver mas não disse nada em relação
-Eu sou o Klaus e você deve ser a Dionne. Se puder abrir a porta para mim, agradeceria.
-Por que diabos eu abriria a porta para você, senhor Mikaelson?
-Bem, se a querida bruxa não abrir a porta para mim, talvez eu possa lhe mostrar o motivo de todos temerem tanto a minha presença - ele respondeu com um sorriso convencido, ao qual respondi com um sorriso desafiador. A ameaça não me intimidava.
-Não, obrigada. Se você puder me dar licença, estou ocupada arrumando minhas malas - me afastei da janela e de longe pude ver ele pegar pedaços da minha cerca pra jogar na minha casa
Ele não conseguiria nada. A magia que protegia a casa impedia qualquer coisa de atravessar para o interior. Voltei a arrumar minhas malas, mas meu celular tocou, exibindo o nome de Pilar na tela.
-Por favor, abra esta porta - ela implorou.
-Oi, querida amiga. Como você está? Estou ótima, obrigada por perguntar - respondi com um toque de sarcasmo
-Ele precisa da sua ajuda, e eu não estou aí. Você é a única bruxa em quem confiamos, Dionne.
-Klaus Mikaelson é um velho híbrido de mil anos, ainda não está senil o suficiente para que eu tenha que cuidar dele. Além disso, estou prestes a fazer uma viagem. Você mesma me ameaçou, lembra?
-Eu sei, mas preciso que você o mantenha sob vigilância. Por favor, por mim - ela suplicou, e eu suspirei, indo até a janela do andar de baixo, onde vi um impaciente Klaus ao lado de Stefan.
-Você proibiu ele de destruir minha casa, por acaso? - perguntei, rindo.
-Sim, vantagens de ser irresistível - ela respondeu, confiante.
-Tudo bem, eu faço isso por você - Pilar agradeceu e prometeu que me compensaria depois. Aquela loira de farmácia nunca me compensaria
Corri para o andar de cima, peguei uma mala pequena e minha bolsa, e fui até a porta, colocando meus óculos escuros. Klaus se aproximou, explicando seu plano e prometendo que assim que o colocássemos em prática, ele me levaria até Pilar. Aquele com toda certeza era um pacto com o Diabo, mas eu não tinha mais nada a perder.
[...]
A noite caía, andei observando pela janela do banco de trás do carro, e honestamente, parecia que o dia estava se prolongando infinitamente. Tivemos que fazer algumas paradas, para eu fazer uma boquinha e para Stefan satisfazer sua insaciável sede de sangue. Claro, consegui tirar algumas poucas informações de Klaus enquanto dormia por algumas horas, mas o que ele estava tramando ainda era um mistério.
Horas depois, finalmente chegamos a Chicago e fiz questão de exigir um quarto só para mim, deixando os dois grandalhões dividirem um por conta própria. Klaus estava relutante em me deixar sair de sua vista, com medo de que eu escapasse, mas ameaçá-lo com a ideia de queimar o seu corpo se mostrou eficaz o suficiente para fazer o cara me soltar.
Durante a noite, aproveitei para conversar com a minha avó, que estava me atualizando sobre sua viagem anual à Itália. Bonnie também me mandou uma mensagem, procurando por mim, mas respondi de maneira vaga, alegando que estava passando alguns dias na casa de uma amiga. Eu tinha minhas razões para manter minha localização um segredo, pois Bonnie poderia tentar rastrear meu sangue, o que a levaria direto a Stefan.
Quando a madrugada veio Klaus me tirou de meu sono para irmos atrás de pistas do lobo que ele precisava, acabamos em uma casa. Deixamos o carro um pouco atrás escondido em algumas árvores para que ninguém o visse. Os dois foram até a casa para buscar pelo lobo e eu continuei encostada no carro. Logo Klaus voltou sozinho e seu sorriso diabólico estava no rosto.
—Nosso amigo Stefan está resolvendo alguns probleminhas_ sarcástico ele entrou novamente no carro
—Vocês dois são malucos_ Disse voltando para dentro do carro no banco de trás, passamos na frente da casa e Stefan saia de lá limpando os cantos de sua boca sujos de sangue
[...]
Já se passaram alguns dias desde que estou presa com o ranzinza do Klaus, e tivemos várias discussões por causa de seus caprichos. Às vezes, parecia que eu era a pessoa mais velha do mundo. Agora, estávamos escalando uma montanha, ou o que quer que aquilo fosse, e meus pés gritavam de dor. Fiz Stefan me carregar, enquanto Mikaelson assistia com um sorriso maldoso no rosto.
-Parece que chegamos ao destino_disse Stefan, me jogando no chão como se eu fosse um saco de lixo.
-Seu topetudo desgraçado_ resmunguei, olhando em volta com desdém. Logo, os lobos apareceram, e iniciamos o ritual para a transformação deles. Klaus observava com uma mistura de alegria e ansiedade enquanto eu recitava as palavras, enquanto Stefan permanecia sentado, aparentemente entediado.
O ritual correu como o esperado, mas algo estranho começou a acontecer. Os lobos pareciam estar se adaptando bem à transformação, mas, de repente, começaram a se contorcer e aparecer zumbis.
-O que diabos está acontecendo?_ Klaus olhou para os lobos, confuso, e depois voltou sua atenção para mim, com um olhar de raiva. "O que você fez de errado? Não é capaz de realizar um simples ritual?"
-Não tente jogar sua incompetência nas minhas costas. Eu fiz exatamente o que você pediu_ respondi, ignorando-o. Quando me virei para me afastar dele, fui brutalmente prensada contra uma árvore. Aos poucos, meu sentido se enfraquecia, mas eu reuni forças para jogar Klaus de lado.
-Nunca mais ponha suas malditas mãos em mim_, gritei, desafiadora fazendo sentir seus ossos se quebrarem, enquanto seu rosto híbrido se mostrava. Ergui uma sobrancelha, virei as costas e desci a montanha.
Autora
Washington, forks
O cenário estava estabelecido do lado de fora da casa, onde os Cullen e as testemunhas formavam um grande círculo, imersos nos treinamentos. Jasper, experiente em batalhas, liderava o treinamento, orientando Alice e Rosalie enquanto eles se enfrentavam no centro do grupo. A atenção estava voltada para aperfeiçoar movimentos e estratégias.
Enquanto os mais experientes se dedicavam ao treinamento, Pilar e Renesmee permaneciam sentadas na grama, observando. O olhar atento de Renesmee acompanhava cada movimento das mãos da loira, que emitia um brilho cativante.
- Alice, estenda mais a perna direita. Rosalie, preste mais atenção aos seus movimentos - instruía Jasper.
Numa pausa nos treinamentos, Emmett, confiante, voltou-se para Pilar, intrigado com a magia visível em suas mãos.
- É incrível o que você faz com sua magia, mas será que consegue ser igualmente incrível em uma luta? - provocou Emmett, enquanto Pilar sorria, colocando-se em sua frente.
- Está me desafiando, muralha? - provocou ela, jogando os cabelos de lado com confiança.
- Com toda certeza.
- Vamos ver o que uma Mikaelson sabe sobre luta - interveio Jasper, aproximando-se dos dois. - Venham para o centro, vou avaliar ambos.
- Podemos fazer uma aposta - sugeriu Emmett.
- Eu aceito. Se eu ganhar, o que você terá que fazer? - indagou Pilar, circulando Emmett com um sorriso confiante.
- Muita conversa e pouca luta. Comecem logo - instigou Kate, manifestando interesse na iminente disputa.
O ar ficou tenso quando Pilar e Emmett se posicionaram no centro do círculo, prontos para a disputa. Os espectadores aguardavam, curiosos, enquanto Pilar exibia um sorriso desafiador.
O embate começou, e surpreendentemente, Pilar demonstrou uma agilidade incrível, esquivando-se dos ataques poderosos de Emmett com facilidade. Sua destreza era surpreendente, combinando magia e habilidades físicas de forma única.
A cada movimento, Pilar contra-atacava com uma graça imprevisível, mantendo Emmett na defensiva. Os outros Cullen e testemunhas observaram boquiabertos, incapazes de piscar diante da exibição extraordinária.
Finalmente, Pilar desferiu um golpe preciso, derrubando Emmett com um movimento calculado. O silêncio pairou por um instante antes de ser quebrado pelos aplausos e murmúrios de admiração. Pilar, vitoriosa, encarou Emmett com um sorriso vitorioso.
- Muita conversa e pouca luta, lembra? - brincou ela, deixando todos atônitos com suas habilidades formidáveis.
[...]
A noite caía sobre a casa dos Cullen, após uma intensa tarde de treinamento. Pilar, ainda imbuída da energia da prática, encontrava-se na sala ao lado de Renesmee, dedilhando as teclas de um piano com destreza incomum para uma recém-iniciada no instrumento. Renesmee, por sua vez, compartilhava dicas e truques, criando uma atmosfera descontraída.
Após alguns acordes harmoniosos, Pilar interrompeu a melodia e se virou para Renesmee com um sorriso agradecido.
- Você é uma ótima professora, Nessie. Acho que estou começando a pegar o jeito desse instrumento.
Renesmee sorriu de volta, satisfeita por contribuir para a nova paixão de Pilar. Entretanto, a tranquilidade foi quebrada quando Bella se aproximou, chamando a atenção de Pilar.
- Estava conversando com Kate e Carmen, e elas me disseram algo que talvez faça algum sentido para você - disse Bella, intrigando Pilar.
Pilar assentiu, indicando que estava pronta para ouvir o que Bella tinha a dizer. A tensão aumentou quando Carmen tomou a palavra, compartilhando uma história que fez Pilar franzir a testa em incredulidade.
- Alguns anos atrás, ficamos sabendo através de amigos de Eleazer, que ainda faziam parte da guarda dos Volturi, que Caius tinha uma família secreta. Ele encontrou uma companheira, uma Ortiz, declarada inimiga dos Volturi. Caius a escondeu, mas os outros reis descobriram e foram atrás. Charlotte, a mulher de Caius, morreu no parto da filha, e ambas foram dadas como mortas - revelou Kate.
Pilar absorvia a narrativa, perplexa, enquanto Bella prosseguia.
- Nunca viram o corpo da bebê, apenas o da bruxa. Após uma grande confusão, Aro aceitou Charlotte e a enterrou numa parte dos jardins, alegando ser a mais bonita do castelo, mas ninguém, exceto Caius, pôde entrar lá.
Pilar se sentou no sofá, tentando assimilar a história. A ideia de ser a filha perdida de Caius a deixou perplexa. Bella permaneceu ao seu lado, oferecendo apoio, enquanto Carmen compartilhava todos os detalhes que conhecia.
- Parece loucura, mas essa história faz parte de mim. Nunca tive verdadeiro interesse em descobrir minha origem, mas tudo isso despertou um interesse repentino em mim - murmurou Pilar, ainda tentando processar a revelação. Seria possível que ela fosse aquela bebê? Se Charlotte morreu no parto, como poderia existir a possibilidade de sua sobrevivência? E por que ela foi encontrada com o brasão Volturi?
Bella permaneceu ao lado dela, enquanto Carmen continuava compartilhando os detalhes surpreendentes da história, que, embora parecessem impossíveis, começavam a fazer sentido na mente intrigada de Pilar. A possibilidade de Caius ter mentido sobre a morte de sua filha ganhava contornos palpáveis, deixando Pilar imersa em uma jornada inesperada para descobrir a verdade sobre suas origens.
[...]
As pesadas tampas dos caixões dos irmãos Mikaelson começaram a se mover, revelando um interior mergulhado na escuridão. O ambiente ao redor parecia encher-se com uma energia ancestral enquanto Dionne, desfazia os selamentos com habilidade e concentração. Elijah, foi o primeiro a emergir da escuridão. À medida que o caixão se abria, Dionne observou, fascinada, o retorno à vida do vampiro. As veias que antes pareciam congeladas começaram a pulsar com vitalidade, a palidez cedendo espaço a uma tez saudável. Seus olhos, que outrora estavam fechados como se em um sono eterno, se abriram com uma intensidade surpreendente.
-Obrigado por me livrar desse caixão, senhorita Bennett_ expressou Elijah com sua voz suave e agradecida.
Dionne assentiu, voltando sua atenção para o proximo caixão a sua frente. Elijah logo pegou da mão de Klaus uma bolsa de sangue, observando junto aos dois homens Dionne desfazer o selamento.
O segundo caixão se abriu, revelando Rebekah. Ela se levantou com uma rapidez impressionante, instintivamente procurando por sangue. No entanto, Stefan interveio, segurando-a antes que pudesse seguir em direção a Dionne.
Quando a loira percebeu quem lhe segurava ela logo se virou para lhe abraçar. Stefan e Rebekah construíram uma longa amizade ao longo dos anos,quando Marcel morreu Stefan foi quem esteve ao lado dela.
O último Mikaelson a ser solto foi Kol, quando Dionne rompeu o selamento e levantou com a ajuda de Klaus a tampa do caixão, ela se surpreendeu com a beleza do homem. Seus olhos pareciam brilhar, ela rapidamente murmurou o feitiço que fez a adaga sair de seu peito. Kol se levantou surpreendentemente calmamente, ele viu Klaus e a raiva em seus olhos brilhou, mas quando ele sentiu as mãos de Dionne em suas costas a tensão nele foi embora. Sua expressão se suavizou a sentir o toque familiar. Ele se virou e confuso ficou ao ver quem lhe tocava.
-Lizie?_Kol murmurou, confuso e melancólico, ao fixar os olhos na bruxa diante dele.
-Olá, eu sou Dionne Bennett_ respondeu ela, sentindo a confusão pairar no ar.
Kol, perplexo, olhou de Dionne para Klaus, buscando explicações. A resposta do irmão mais velho foi enigmática.
-Elas são idênticas. Quando a vi pela primeira vez, também me assustei. Talvez ela seja uma duplicata_ Explicou Klaus.
O olhar de Kol permaneceu surpreso, ele olhou por mais alguns minutos para Dionne, que apenas sorriu também observando sua feição encantadora e enigmática.
𖣘 𝙰𝚗𝚎_𝙼𝚒𝚔𝚊𝚎𝚕𝚜𝚘𝚗
2023
- 2213 palavras
- Devo dizer a vocês que aqui a Rebekah e o Stefan não tiveram nenhum envolvimento romântico, eles são melhores amigos ❤
- A historia não segue o roteiro certo da serie, eu não lembro completamente da serie hahaha
- Vote e comente o que vcs acharam 💞
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