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━━ 𝒉𝒆𝒍𝒍𝒐 𝒎𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓

Myris não precisava ser escoltada até os aposentos de sua mãe, a Rainha, pelo cavaleiro. Ela havia aceitado seu destino no momento em que foi capturada. Se soubesse o que a aguardava, no entanto, ela teria arrastado Sor Harrold pela capa se isso significasse ter seu apoio estoico.

O Grande Meistre Mellos havia tomado residência na escrivaninha de sua mãe, rabiscando apressadamente em seu tomo. Seu aprendiz, Meistre Orwyle, media cuidadosamente folhas e ervas na lareira. Ao redor deles, criadas e donzelas se agitavam para limpar, arrumar e aperfeiçoar os aposentos.

Seus olhos encontraram a cabeleira que combinava com a sua própria na confusão. Duas donzelas apoiavam os braços de sua mãe enquanto conduziram a Rainha instável até a chaise perto da janela; a própria rebelião de Aemma contra o repouso na cama ordenado naquela manhã.

Não sem motivo, ao que parecia.

Aemma segurava seu estômago arredondado, suas habituais vestes reais descartadas por um simples roupão sob seu casaco bordô e cabelos úmidos de suor. Uma febre ruborizava suas bochechas.

Com apenas sete meses de gestação, o bebê era enorme, o peso e a inquietação da criança claramente a desgastavam. Tanto física quanto emocionalmente, ultimamente. A jovem princesa se preparou para uma reprimenda e trouxe à tona seu sorriso mais dócil.

- Mãe, você parece bem.

A beleza de Aemma Arryn era conhecida por todo o mundo. Suas bochechas ainda eram jovialmente rechonchudas sob seus olhos azul-escuros, enquanto um par de lábios pálidos e carnudos centralizava seu queixo notavelmente elegante. Seu cabelo era do mesmo loiro valiriano que o de suas filhas, e nem mesmo seu estado atual distraía seu brilho. Na idade ideal de trinta e um anos, ela parecia pouco diferente de quando era uma donzela. Para Myris, não havia mulher mais bonita no mundo.

- Minha menina. - o sorriso da Rainha foi caloroso ao recebê-la.

Reconhecida, Myris avançou de seu ponto na porta, seu próprio sorriso desaparecendo ao ouvir o gemido de desconforto da Rainha. As donzelas rapidamente ergueram seus pés inchados, afofando os travesseiros para que ela pudesse se reclinar confortavelmente.

- Venha, Mys. - Aemma deu palmadinhas na chaise.

- Mãe...

- Estou bem, minha querida. - Aemma acariciou seu estômago levemente, soltando um suspiro de frustração. - Não me lembro de sua irmã ou de você serem tão pesadas.

A Rainha resmungou.

- Nem os verões tão quentes... - a cabeça de Aemma caiu um pouco para o lado.

Myris sentou-se ao lado de sua mãe, observando-a cautelosamente.

- Você parece doente. - ela observou a nova palidez em seu rosto.

Sua mãe não fazia nada além de vomitar nas manhãs anteriores. As meninas quebraram o jejum no solar real desconfortavelmente enquanto os miseráveis engasgos e gemidos ecoavam. Eram tão vívidos que Rhaenyra, sempre suscetível ao som, quase se juntou a ela.

- Crianças têm um preço muito alto antes de chegarem. Vou me sentir melhor assim que entrar no banho. - Aemma assegurou.

- Então por que você não está em um?

Uma garganta pigarreou atrás dela à pergunta. Myris não tinha certeza se era a cadeira ou os ossos do velho que rangiam quando o Meistre se levantou.

- Peço perdão, Princesa. - Mellos interrompe. - Mas não posso aconselhar isso. O bebê...

Ele acena para a protuberância inchada como se alguém nos sete reinos tivesse esquecido que estava lá.

- O bebê? - ela piscou lentamente, seu rosto mostrando descontentamento. - O que tem ele?

Mellos gaguejou sob seu olhar inabalável.

- Muitos... Muitos banhos, enfraquecem o útero. - ele explica. - Nós acendemos o fogo para ajudar com o calor!

Ele apontou para a lareira acesa com uma chaleira fervendo para apaziguar a carranca dá Princesa.

- Um fogo? - um olhar atravessado franziu seu nariz e estreitou seus olhos. Este era o homem mais sábio de Westeros?

Sua mãe estava encharcada de suor, e ele achava que era de mais calor que ela precisava? Talvez fosse a simplicidade de sua mente jovem, mas Myris sentia que a solução para os males de sua mãe era clara como o dia.

- Meistre Mellos, apesar do mito, minha mãe não está realmente dando à luz um ovo de dragão.

Não era de se admirar que sua mãe estivesse lentamente enlouquecendo com o confinamento nesses quartos. O ar em si era sufocante com o calor.

Ela sentiu a mão de sua mãe pousar sobre a sua, dizendo-lhe para deixar pra lá.

- Myris...

O Meistre Mellos parecia quase aliviado com a intervenção. A princesa bufou. Ela saiu de seu assento, avançando até as janelas da varanda de sua mãe, sua intenção clara.

- Princesa, o sol está... - Mellos tentou dissuadir. Myris ignorou seus desejos assim como ele ignorou os de sua mãe.

Ela seria amaldiçoada se permitisse que a Rainha fosse deixada de lado em favor do bebê que carregava. Seus dedos desfizeram os fechos da janela em rápida sucessão.

Foi como se uma nova vida tivesse sido soprada no quarto.

- Konīr! Olvie sȳrkta. Ȳdra daor, Muña?

(Pronto! Muito melhor. Não acha, mãe?)

Seu valiriano era exageradamente doce, cortando o conselho indesejado do Meistre. Ela puxou as cortinas para apaziguar o velho enquanto retornava. O tecido branco e fino caiu solto, balançando com a brisa.

O alívio de sua mãe foi imediato.

- Ah! Obrigada, minha querida. - Aemma quase gemeu.

Um sorriso satisfeito iluminou seu rosto, convidando Myris a se aproximar mais uma vez. Ela não permite que a gentileza de Myris a distraia.

- Septa Elara me informou que você fugiu de suas aulas novamente. Estranho, já que me lembro de ter ordenado ao guarda que a levasse direto para lá.

- E ele levou. - Myris assentiu.

- E então ele simplesmente a deixou ir? - a sobrancelha de Aemma se ergueu em desafio.

Ela já sabia a resposta. A Fortaleza de Maegor guardava segredos mais antigos que todos eles, ainda assim Aemma suspeitava que suas filhas agora conheciam mais do que a maioria. Para ela, não havia outra forma de explicar a habilidade de sua filha mais nova em se esconder quando não queria ser encontrada.

Myris evitou o olhar interrogativo de sua mãe, voltando sua atenção para a varanda. Seus dedos mexiam inquietos em seu colo. Sua resposta murmurada foi inaudível.

Aemma bufou diante da resposta indignada. A Rainha mordeu a língua para controlar sua frustração.

- Você precisa se concentrar em suas aulas, Myris. Gostando ou não, você é uma mulher agora. - Aemma gesticulou para sua forma em maturação.

O decote alto de seu vestido pouco fazia para esconder seu busto emergente. Apenas este ano, suas famosas bochechas rechonchudas começaram a afinar, e sua crescente altura mostrava sinais de que em breve ultrapassaria sua irmã.

- Você não pode mais permitir que sua irmã a arraste para suas aventuras. Você não tem os mesmos... Luxos que ela.

Havia apenas dois papéis para crianças como elas, e Myris se irritou com a lembrança. Como herdeira de sua Casa, Rhaenyra tinha seu destino assegurado; Pedra do Dragão estava ao seu comando, não importando o Lorde com quem se casasse.

Para Myris? Seu futuro dependeria do Lorde que atraísse e que atendesse às necessidades da coroa. Um Lorde de sua escolha, sua mãe havia jurado a ela. Mas a escolha teria que ser concordada, de qualquer forma.

Em um ano, ela seria jogada no mercado de casamentos. Naquela época, seu destino seria decidido por qualquer Lorde que a tomasse como esposa. Por sua própria causa, ela tinha que ser perfeita... Ou assim dizia sua mãe.

Ainda assim, Myris visivelmente se amargurou com a lembrança.

- Era bordado, mamãe! - a jovem princesa enfatizou.

Era difícil uma área em que ela não se destacasse.

- Garanto que não sou eu com quem você deve se preocupar. Você já viu as tentativas de Nyra em um ponto atrás? Louvados sejam os Sete que ela herdará Pedra do Dragão porque que Lorde de valor iria querer uma princesa coroada com um trabalho de agulha tão nojento... - ela resmungou.

Era, às vezes, flagrante a maneira como os homens as olhavam.

Desejando. Esperando.

Uma Princesa era uma Princesa, não importava quão chata, burra ou delinquente fosse. Elas eram uma linha direta, não importando quão distante, ao ouvido do Rei. Apenas a rígida estipulação de sua mãe de que suas meninas não seriam casadas antes da maioridade mantinha os homens à distância.

Ela realmente achava que um trabalho de agulha frouxo os desmotivaria?

Os olhos de Myris se estreitaram enquanto era lembrada do cronograma pelo qual sua vida corria mais uma vez. Seus olhos piscaram para a janela aberta, ouvindo a comoção da fortaleza abaixo. A Princesa se perguntou se conseguiria retornar aos jardins hoje. Os jardins onde, até recentemente, ela era deixada relativamente sozinha.

- Devo dizer... Envolver o Lorde Comandante parece desproporcional aos crimes dos quais sou acusada. - ela ignorou a risada de sua mãe diante da negação inútil.

- Porque ele é o único a quem você ouve! -completamente divertida com as travessuras de sua filha, Aemma não escondeu sua risada. - E ele não é o Lorde Comandante ainda, querida.

Aemma lembrou.

Myris só pôde estreitar os olhos diante da inevitabilidade. Lorde Ryam Redwyne tinha sua saúde diminuindo dia após dia, o lendário cavaleiro, uma sombra de sua glória. Sua mãe desejava que ela mostrasse metade da dedicação ao ofício que mostrava ao seu cavaleiro juramentado.

- Não se sinta ofendida, sempre há espaço para melhorar, querida.

- Precisa de uma nova tapeçaria, não é? -Myris resmungou.

Ela se recusou a encontrar o olhar pesado de sua mãe.

Aemma estudou o rosto de Myris cuidadosamente. Sua filha mais nova raramente tinha sido tão abertamente desobediente quanto na última semana. Septa Elara estava no limite com as meninas, um feito que nenhum outro havia alcançado em seus quarenta anos de serviço à casa.

- Algo a está incomodando. - a Rainha comentou. - Diga-me, Myris.

Os olhos da princesa fraquejaram, desesperados para pousar em qualquer lugar que não fosse sua mãe. O toque de Aemma foi gentil mas firme ao agarrar o queixo dela e forçar a garota a olhá-la. Seus lábios curvaram-se em um sorriso conhecedor.

Os olhos de Myris, mais proeminentes que os de sua irmã, nunca desenvolveram a mesma guarda. Enquanto Rhaenyra sempre foi capaz de mascarar suas verdadeiras emoções por trás de seu rosto de boneca, Myris não tinha essa graça. Sua filha mais nova sempre exibiu suas emoções sem vergonha para todos lerem, e ninguém as lia tão facilmente quanto Aemma.

Daemon uma vez a chamou de pardal Arryn disfarçado de dragão Targaryen. Isso divertiu Aemma na época porque era um traço que ela acreditava ser herdado de ninguém menos que seu pai, o Rei.

- Você se entrega. - Aemma refletiu compassivamente.

Seu temperamento havia se acalmado para atender sua filha de coração terno, a preocupação superando suas queixas.

Myris colocou sua mão sobre a da mãe, puxando-a de seu rosto para beijá-la em adoração.

- Eu me preocupo com você. - a Princesa sussurrou. - Este... Sentimento ruim não me deixa.

Doía profundamente em seu peito ouvir a admissão. Aemma foi uma tola por não ter visto isso antes. Enquanto Rhaenyra escolhia meticulosamente ovos de dragão e oferecia nomes, Myris parecia desinteressada e silenciosamente oposta à criança em questão. Três gravidezes haviam terminado antes do tempo. Outras duas nunca permitiram seu primeiro suspiro. Foram cinco corações partidos em tantos anos; suas filhas eram velhas o suficiente para lembrar de todos.

- Minha doce, doce menina... - Aemma segurou o rosto dela entre as mãos, inclinando a cabeça de Myris para colocar um beijo. - Crianças são uma bênção, não uma garantia. E seu pai e eu fomos abençoados, de fato.

A Rainha acariciou as bochechas de Myris, mostrando seu sorriso orgulhoso.

- Pois eu tenho não uma, mas duas lindas, inteligentes e queridas meninas. - Myris suavizou sob o olhar. - Mesmo que sejam um pouco indisciplinadas...

A jovem resistiu ao impulso de revirar os olhos.

- Eu prometo a você, pode parecer assustador agora, mas você entenderá um dia quando tiver os seus nos braços. Você vai esquecer os momentos anteriores; vai perdoá-los pela dor que causam, o sangue que você derramará, o sono que perderá, tudo isso. Você perdoará seus temperamentos, suas bagunças... E olhará para eles por quão perfeitos são e pensará: Quero fazer tudo de novo.

De novo e de novo, ao que parecia. Enquanto a ideia de casamento sempre fora agradável para ela, excitante até, a ideia de dar à luz a sufocava.

- Talvez eu não seja tão forte quanto você...

Sete vezes sua mãe havia carregado. Sete vezes ela sofreu e gritou, implorou e sangrou. E para quê? Duas filhas? O que isso valia para um Rei?

- Então encontraremos um marido que será forte por você. - Aemma passou as unhas pelo cabelo de Myris. - Garanto que não poderia ter feito isso sem seu pai.

De fato, para cada febre, ferimento ou noite cheia de lágrimas que sua mãe não pôde estar presente, seu pai esteve. Um tolo, ele se fez às vezes, se apenas para parar suas lágrimas.

Mãe e pai. Isso é o que ela queria. Isso é o que ela esperava em um casamento.

- Ele ficaria satisfeito com meninas? - ela não esclareceu a quem se referia, Aemma congelou alarmada da mesma forma.

- Sim. - afirmou confiantemente, um sorriso provocador aparecendo em seus lábios. - Desde que você tenha um excelente trabalho de agulha...

Que se foda tudo!

Um gemido de longo sofrimento deixou a princesa enquanto seus olhos reviravam na cabeça. Myris ficou mole, se jogando ao longo da beirada da cadeira enquanto enterrava o rosto nas mãos. Elas não estariam livres dessa repreensão por eras.

- Princesa Rhaenyra, Vossa Graça.

Seu olhar se voltou para a porta, Sor Harrold curvando-se brevemente antes de revelar a filha mais velha. Myris se endireitou, tentando manter uma aura de comportada diante dos olhos da corte.

- Ah, Rhaenyra! - a saudação de Aemma foi mais suave do que ela esperava.

Rhaenyra entrou nos aposentos da Rainha com Lady Alicent a tiracolo. Tendo sido resgatada pelo Lorde Westerling na Fossa do Dragão, ela se apressou para os aposentos de sua mãe. Um pequeno desvio para seus quartos foi necessário; primeiro, para trocar seu traje de montaria, e segundo, para ganhar tempo.

Funcionou bem. Com base no tom de sua mãe, Myris havia feito sua mágica em sua ausência.

- Mãe! - Rhaenyra as cumprimentou alegremente.

O vestido dourado pálido assemelhava-se ao de sua irmã. Os tecidos claros cintilavam sob a luz solar filtrada, dando às meninas uma aparência suave que negava os pequenos terrores que sua Septa as acusava de ser.

Sua mãe não era tão facilmente enganada.

- Você sabe que não gosto que você vá voar enquanto estou nesta condição. - a Rainha repreendeu.

Ela não precisava ser informada para determinar a causa da ausência de sua filha.

A primogênita sentou ao lado dos pés da mãe, não se importando em negar a acusação.

- Você não gosta que eu voe quando você está em qualquer condição. - Rhaenyra estava se aproximando rapidamente da idade de dezesseis anos, uma mulher feita aos olhos da lei.

Mas não aos olhos de sua mãe, que lhe lançou um olhar incisivo diante de sua resposta displicente.

- Alicent queria ver Syrax.

Três pares de olhos se fixaram na pobre garota.

Alicent Hightower, filha da Mão, sorriu nervosamente.

- Vossa Graça. - sua voz melodiosa cumprimentou, ergueu as saias de seu vestido azul pálido, apresentando uma reverência bem praticada. Ela não corrigiu a mentira que claramente havia sido contada.

A Rainha podia apreciar suas filhas encontrando uma confidente tão próxima em uma idade precoce.

Apesar disso, sua raiva inflamou.

- Bom dia, Alicent.

Ela lançou um olhar incisivo para sua filha mais velha, achando quase divertido como Rhaenyra pensou que a presença da jovem seria suficiente para deter uma discussão.

Rhaenyra e Myris compartilharam um olhar furtivo sobre o corpo da mãe. A pequena boca de Rhaenyra se contraiu, lembrando Myris de que ela devia apaziguar sua mãe. Os grandes olhos de Myris piscaram de volta, sinalizando que ela achava que já o tinha feito.

Percebendo que havia exagerado, Rhaenyra foi rápida em tentar outra abordagem.

- Você dormiu?

- Eu dormi.

- Por quanto tempo?

- Não preciso que seja minha mãe, Rhaenyra. - Aemma bufou.

Rhaenyra olhou para sua irmã, implorando por intervenção. Ela não tinha o tato necessário para lidar com sua mãe.

- Ela está preocupada, mamãe. - o termo carinhoso de Myris certamente a pacificaria.

Myris pegou uma das mãos da Rainha nas suas, seu sorriso implorando. Os olhos de Aemma suavizaram imediatamente.

Havia uma verdade bem conhecida entre a corte: como primogênita, Rhaenyra pertencia à coroa, como segunda filha, Myris era toda para sua mãe. A devoção feroz de Aemma, ou melhor, o favoritismo, por sua filha mais nova era bem conhecida. As meninas sempre usaram isso para dividir e conquistar seus pais conforme necessário.

- Sim! - Rhaenyra afirmou. - Aqui você está, cercada por atendentes, todos focados no bebê.

A primogênita olhou por cima do ombro para os borrões sem nome de servos vestidos de vermelho que se agitavam ao redor. Mesmo o Grande Meistre Mellos sentava-se no canto da sala, registrando cada pequeno detalhe das ações de Aemma.

- Alguém tem que cuidar de você!

- E sua irmã fez um ótimo trabalho. - Aemma elogiou com um sorriso afetuoso. -Talvez da próxima vez que eu chamar por você, esteja aqui para ajudá-la. Se conseguir se afastar do Fosso, é claro...

Sua repreensão não derrubou o sorriso de Rhaenyra, mas sim acendeu um desafio em seu olhar.

Myris gemeu minimamente, todo seu trabalho indo por água abaixo enquanto as duas mulheres teimosas se encaravam. A boca de Rhaenyra se abriu ao mesmo tempo que a de sua mãe.

- Eu...

- Você...

- Vossa Graça.

Bendito seja o Meistre Orwyle por intervir.

- Para aliviar seus males e ajudá-la a descansar. - ele apresentou a xícara de chá tão cuidadosamente preparada.

O conteúdo era escuro e turvo, uma consistência mais espessa do que uma bebida deveria ser.

Aemma pegou a caneca quente em suas mãos sem reclamar, dispensando-o. Ela não prestou atenção às expressões horrorizadas nos rostos de suas filhas diante do aspecto desagradável da bebida.

- Como eles esperam que você beba isso? -Rhaenyra indignou-se com o cheiro azedo.

Como suor e fruta podre, azedou o ar. Imaginar o sabor era demais para suportar, Rhaenyra virou a cabeça com medo de vomitar.

Sua mãe não se abalou com tal coisa. Um testemunho de sua força e graça, seu único sinal de desgosto foi o afinamento dos lábios enquanto bebia profundamente. Myris riu da aparência esverdeada de sua irmã, fazendo com que Rhaenyra reagisse com um golpe cego em sua direção.

- Você logo estará deitada nesta cama. - Aemma avisou. - Este desconforto é como servimos ao reino.

A cabeça de Rhaenyra balançou em negação, a ideia era absurda para ela.

- Prefiro servir como cavaleira e cavalgar para a batalha e glória.

E ser atravessada pelo estômago do que beber tal líquido nojento. Sabiamente, ela deixou essa parte de fora. No entanto, seus pensamentos ocultos eram evidentes em seu rosto.

Aemma riu de sua tentativa de desafiar seus destinos.

- Temos ventres reais, você e eu. O parto é nosso campo de batalha. Melhor aprender a enfrentá-lo com lábios firmes. - sua mãe explicou. - Agora tome um banho; você fede a dragão.

Seu nariz se contraiu.

A boca de Rhaenyra se abriu enquanto Myris gargalhava de rir. A insinuação de que ela cheirava pior que o chá de sua mãe era uma afronta da mais alta ordem.

- Depressa! Seu pai está no conselho. Melhor não fazê-lo esperar.

O sorriso de Aemma era preguiçoso enquanto seus olhos começavam a pesar. A irmã mais velha beijou a têmpora da mãe antes de partir com Alicent.

Aemma recostou-se, seu corpo relaxando sob os efeitos do chá.

- Talvez seja hora de uma soneca. - ela gentilmente se afastou da filha.

Myris não resistiu. Ela retribuiu o beijo de despedida da irmã antes de acenar em reverência. Ela aproveitou o momento para desdobrar as cobertas sobre as pernas de Aemma, com medo de que seus pés descalços ficassem frios na brisa.

- Descanse bem, muña.

(Mãe.)

Sua mãe a chamou antes que ela pudesse sair.

- Se você deseja terminar suas lições, mostre-me que as dominou. - a Rainha abriu um olho, seu sorriso encorajador. - Talvez um novo cobertor para o bebê...

Myris hesitou, trocando o peso de um pé para o outro.

- Claro.

Seu sorriso tranquilizador fez qualquer coisa, menos tranquilizar.

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