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⫘ׂ⫘݂ WHERE IS RAVENA?, 010 !

💥🧟‍♀️ ꒱       ⭑˛  ℭapitulo 010 ֥
Onde está Ravena?  ⸼⸼  ⚠︎  · ╮


DIAA ATUAIS
2013

RAVENA NÃO FALOU COM CARL desde a noite passada. Para ela foi muito estranho, aquele calor todo, mesmo estando um frio exorbitante...

Ela está sozinha em seu quarto enquanto espera alguém falar algo no Walkie-talkie, porém nada até agora. Ravena se levanta com um suspiro pesado. Ela ficou o dia inteiro esperando uma resposta. Reposta na qual ela sabe que nunca receberá.

A casa está em total silêncio, até mais que o costume, já que nela habita muita gente. A de cabelos alaranjados abre a porta e bate na porta de todos os quartos. Não há ninguém.

"Já são 01:45, não era para eles estarem dormindo?" Se pergunta descendo as escadas. "Uai? Ninguém aqui também?"

-- Tina! Ellie! Rick!... Michonne?! Mamãe?! Carl?!... - Chama por todos os nomes, mas fica sem respota nenhuma. - Caralho. - Sussurra indo para a cozinha, a casa está assustadoramente fantasmagórica. Da janela é possível ver Carl indo em direção à antiga casa de Deanna, Ravena se questiona o motivo da ida de Carl até aquela casa, já que geralmente os moradores de lá ficavam sozinhos, ainda mais depois da morte da mulher da família. Os passos do garoto são apressados e fortes, aparentemente o Grimes está irritado com algo.

A porta da casa é aberta bruscamente por Carl, todos o encaram curiosos. Carl encara seu pai e o resto dos moradores, um pouco decepcionado com tal atitude deles.

-- Vocês vão mesmo fazer essa merda?!

-- Carl! - Rick repreende.

-- Ela nem está aqui para se defender! Nunca pensei que você fosse tão baixo pai. - Diz se aproximando do mais velho. - A gente pode chamar ela aqui e resolver tudo civilizadamente.

"Civilização é o caralho!" Pensa Ravena entrando pela porta branca de madeira.

-- Esse foi o último pedido de Deanna, antes dela partir. - Retruca Rick colocando as mãos na cintura.

-- Será mesmo que é justo expulsar uma garota de 15 anos da própria casa? Deixá-la para viver sozinha em um mundo sangrento como esse? Não estou dizendo que sou fraca, muito pelo contrário, eu poderia muito bem sobreviver lá fora. Porém será mesmo que você deverá separar uma família? Igual separaram você de seu filho? - Ravena se opõe. A mulher fecha a porta e caminha lentamente para o lado de Carl.

-- Vocês podem ir juntos.

-- Será mesmo, Rick? Será que essas duas crianças irão sobreviver lá fora? Isso seria covardia de sua parte. Vamos lá, eu se que você é um homem justo. Um ex sheriff tem que ser justo, certo?

Rick para por um instante, ele passa a mão pela testa que começa a suar, pois querendo ou não ele tinha uma certa relação de amigos com Vance. O homem então - depois de segundos que pareciam uma eternidade para Ravena e Carl - ele dá a resposta.

-- Claro. Fique, mas não arrume problemas.

-- Pode deixar que eu sei conter meus próprios problemas, Rick. - Ravena diz, ela já sente seu sangue esquentar um pouco. Talvez ela não esteja conseguindo conter seus problemas internos.

As pessoas permaneceram na casa de Deanna até 00:46, Ravena não procurou saber o porquê, talvez se sentirá mal se souber. Talvez fiquei quieta por um tempo acalme seus nervos.

-- Onde isso foi parar?! - Questiona procurando seu caderno de anotações. - Eu deixei aqui, tenho certe... - Ravena corta sua fala ao encontrar um bilhete escrito "De: Bonnie. Para: Ratinha (Ravena)." - Essa desgraçada.

"Me encontre na floresta. Sozinha. Hoje depois das 01:30."

"É hoje que eu mato essa loira mesquinha." A de cabelos avermelhados se levanta e joga o bilhete no lixo com força, ela nunca sentiu tamanha fúria, nunca sentiu tanta necessidade em ferir gravemente alguém. Mas agora Ravena sabe que teria que matar Bonnie escondida, longe dos olhares curiosos dos moradores. Longe o suficiente de Rick Grimes.

A garota se ajoelha na frente da cômoda e abre a última gaveta. Dentro dela tem vários armamentos que Ravena escondeu por meses, pois se caso vissem eles seriam levados para o arsenal, já que Deanna nunca iria permitir Ravena a ter armas dentro de Alexandria.

Ravena pega a faca mais brilhante que tem, o item cortante tem um desenho de estrela no cabo preto - feito por Nana - e sua lâmina é altamente afiada.

-- Morta. Bonnie está morta. - Afirma pegando uma máscara. A máscara na qual aguardou ansiosa para utilizar. Uma máscara de um filme famoso antes do apocalipse. Pânico. - Aparentemente teremos um ghostface na vida real. - Concluí colocando a máscara em seu rosto.

A Smith se encara no espelho por alguns segundos. Ela fica confusa, porém sabe que a culpa não é dela de matar as pessoas. Até porque as pessoas atacaram primeiro, certo?

O relógio marca que são 01:29 da manhã. Ravena retira a máscara e coloca um tecido preto grosso sobre o corpo.

Ela agarra sua faca e sai pela janela da casa, onde ninguém verá. O corpo de Ravena se esquenta conforme entra na floresta fechada, a frustração aumentando a cada passo. A raiva transborda por seus olhos claros que quase não piscam.

A palma de sua mão aperta mais firmemente a faca e a deixa na posição perfeita para atacar. Uma voz inquieta na mente da garota grita para ela matar. Matar todos. Ravena afrouxa suavemente sua mão do cabo preto da faca.

-- Por favor, Ravena... Não faça isso. - Sussurra para ela mesma enquanto caminha de olhos fechados por um tempo. Um cheiro de queimado penetra o nariz da ruiva que logo vê uma fogueira na frente de uma pequena casa, provavelmente abandonada no início do surto.

Bonnie observa pela janela da minúscula salinha velha, na pequena sala de estar tem um sofá preto empoeirado, duas poltronas marrons, uma luminária cinza, um tapete de pelinhos que cobre praticamente a sala inteira e duas pequenas mesinhas com algumas comidas podres em cima, acompanhadas de larvas e moscas. A silhueta de um corpo humano aparece atrás do fogo, causando arrepios na loira.

-- Que porra é essa? - Questiona vendo apenas uma sombra que parece uma pessoa. Ravena inclina lentamente a cabeça até que consegue encarar os olhos apavorados da de cabelos claros. Bonnie se abaixa e encosta as costas na madeira da casinha.

Cerca de alguns segundos depois, a porta embolorada da entrada range, insinuando que alguém passou por ali. O corpo de Bonnie se congela e a garota segura uma barra de ferro que estava ao seu lado. Passos quase imperceptíveis ecoam pela casa antiga e podre. A lâmina brilhante da faca arranha a madeira das paredes do corredor, causando um som agudo e angustiante.

A loira engatinha até as escadas rapidamente e corre para o andar de cima. Como já era de se imaginar, Ravena ouviu, mas preferiu deixá-la correr sozinha por um tempo. A Smith segura um pedaço de vidro quebrado que será mais do que o suficiente para matar qualquer pessoa da pior maneira possível.

A cada passo que se ouve nas escadas é uma lágrima que escorre dos olhos de Bonnie. Ela gostava de colocar medo nos outros para se sentir superior, portanto parece que ela não gosta que coloquem medo nela.

A porta causa um barulho ao ser aberta, o que acelera o coração da loira. Ravena encara o espelho ao lado do antigo guarda-roupa vendo Bonnie sentada do lado da cama com o enorme pedaço de ferro, enquanto tampa os lábios.

Ravena estrala o pescoço e se vira para a direção da mulher loira. Bonnie aponta o pedaço de ferro para a barriga da ruiva e fecha fortemente os olhos.

-- Por favor, não me mate! - Grita com a voz falha, sua mão está trêmula e é possível ouvir sua respiração alterada. A Collins não responde nada, pois sabe que Bonnie irá reconhecer sua voz mais cedo ou mais tarde caso saia viva.

A garota vestida de ghostface apenas bate a mão contra o ferro, o jogando longe. Ravena então se aproxima lentamente, seu cutorno preto causa um barulho de passos fortes e rígidos no chão empoeirado.

- NÃO ME MACHUQUE! - Fala novamente tampando os ouvidos e se encolhendo no canto da sala. A de cabelos alaranjados sorri largamente por baixo da máscara, ela se sente bem ao ver Bonnie encolhida e impotente no cantinho da sala, como uma pequena formiga frágil.

É possível sentir um aroma diferente, Ravena caminha para dentro do pequeno banheiro em silêncio e fica atrás da porta, observando o quarto pelo gigante espelho da pia.

-- Eu ouvi uma garota aqui. - Uma voz rouca afirma. Pelo reflexo é notável observar um homem baixo, com a cabeça raspada e uma tatuagem abaixo dos olhos, parece ser uma cruz.

-- Certeza? É aquela menina que ele nos falou mais cedo? - O outro homem entrou na conversa. Ao total é possível ver 3 homens. Esse que questionou, tem cabelos ruivos e ondulados, que tocam em seu ombro. E o que se mantém em silêncio tem um pouco de cabelo castanho no topo da cabeça, em um olho tem um grande arranhão e é o mais alto de todos, medindo em cerca de 1,70. Dois centímetros mais alto que Ravena.

-- A gente irá matá-la? - O de cabelos castanhos pergunta apoiando a arma no ombro.

-- Não! Está ficando maluco, William?! - O careca retruca alterado. - O chefe a quer vivinha! Se essa porra de garota aparece morta na sala dele, a gente vai ser alimento para os zumbis!

O ruivo abre todos os armários e vê Bonnie sentada no canto escuro da sala ainda com os olhos fechados e as mãos no ouvido.

-- Essa?

-- Cadê, Stan? - William se aproxima apontando a arma para a loira. - Claramente não. Ela devia ser ruiva, eu acho.

-- Ela pode ter pintado o cabelo antes do apocalipse. - Stan retruca encostando a arma na cintura.

-- A raiz tá 100% clara, devia estar ruiva. Não acha? Burro. Mate ela, Joel. - O careca se aproxima já puxando o gatilho da arma. O coração de Bonnie dispara imediatamente, Ravena quer mais que tudo vê-la morta, portanto será mais satisfatório ela mesma fizer isso.

-- Ei! - Exclama Ravena, rapidamente chamando atenção de todos os três.

-- Porra, quem é agora?! - William grita se aproximando com o facão em mãos.

-- A pessoa que irá estripar vocês. - Responde fincando sua faca no pescoço do moreno. O sangue fresco escorre para a mão da Collins, o homem se afoga no próprio sangue e cai no chão ainda vivo, porém agonizando de dor. - Se afogando na própria desgraça, poético, não acham?

Os dois ficam em silêncio e com os olhos arregalados, mas logo lembram que sobreviver nesse momento é mais importante. Joel corre para cima de Ravena com a arma em mãos. Os olhos do homem ruivo vão diretamente para os sapatos de Ravena, seu coturno é feito de um couro puro e brilhante, e tem um pequeno bordado de estrela, não tonalidade avermelhada.

Ravena desvia para seu lado esquerdo e derruba a enorme estante sobre a cabeça do mais velho. A estante de ferro é enorme e extremamente pesada, o que faz o homem ser esmagado no chão. Seu sangue respinga sobre a roupa inteira da ruiva e seus restos mortais ficam no chão de madeira.

-- Merda! - A garota exclama ao não ver Bonnie e o tal Stan no ambiente. - Caralho, Ravena, eles fugiram, sua idiota! - Diz para si mesma enquanto retira a faca do pescoço do acastanhado.

A de madeixas ruivas andou pela floresta inteira enquanto procurava Bonnie e Stan, entretanto não achou nada, então decidiu voltar para Alexandria já que estava quase amanhecendo. Ela passou pela casa velha e recuperou seu caderno, que por sorte estava intacto.

Ravena está subindo o muro ainda com a roupa preta, mas sem a sua máscara. A mulher entra no quarto e se assusta um pouco ao ver Carl igual uma estátua na porta do banheiro.

-- Que merda é essa? - Questiona acendendo a luz do banheiro.

-- Shiu, cale a boca - Sussurra se aproximando. - Alguém pode ouvir, caolho.

-- Você não respondeu, Ravena!

Ravena vira de costas e tira o tecido grosso e escuro, ficando com sua roupa normal e sem sangue. Ela joga o tecido ensanguentado no canto do quarto e sua máscara ensanguentada também, consequentemente sujando de leve a parede branca. Seu rosto está com resquícios de sangue que acabaram passando pela pequena abertura que a existe na parte dos olhos da máscara. A mais velha fica em silêncio sem saber o que responder.

-- O que você fez? - Pergunta novamente, dessa vez mais próximo.

-- Matei umas pessoas, satisfeito? Eu hein, enxerido. - Fala indo para o banheiro e fechando a porta, deixando Carl no breu do quarto. O garoto suspira fortemente e pega a fantasia de ghostface em mãos.

Depois de tomar um banho, Ravena sai do banheiro e seus olhos vão diretamente para o local onde havia deixado a roupa. Não há nada lá, nem mesmo os respingos vermelhos.

"Era só o que me faltava!" Pensa correndo para o andar de baixo. Ela procura Carl pela casa inteira, mas não achou ele em local algum.

-- Procurando por isso? - Joga a fantasia úmida nos braços de Ravena. - Tive que lavar para ninguém descobrir. Só falta secar. - Sobe as escadas deixando a ruiva sem reação.

"Pelo menos é prestativo." Pensa a de madeixas onduladas.

-- Sabe onde está a Denise? - Ravena pergunta indo atrás do Grimes. - Eu tenho que trocar o curativo do meu ombro.

-- Ela não está aqui.

-- Denise saiu de novo?

-- Ela morreu.

-- O... O que? - Sua voz falha. Nana e Denise acabaram se aproximando bastante durante esse mês. Ravena sente seus olhos arderem e o choque de realidade vem, igual aconteceu quando Vance se foi. - Quem fez isso?

-- Para quê? Para você voltar suja de sangue novamente? Para você sumir por horas sem explicação?

A de madeixas avermelhadas se vira de costas e desce as escadas enquanto sente um nó se formar em sua garganta e lágrimas escorrerem. Ravena logo as enxuga e saí da casa.

Ravena odeia se sentir culpada por tudo, mas é inevitável que esse sentimento a consuma. Ainda mais quando estava se pegando uma confiança extraordinária em Carl.

-- Você está confusa, ele está confuso. Todos estamos afinal. Tudo bem errar às vezes... Né? - Indaga para si mesma enquanto caminha pela rua deserta da grande comunidade. De maneira alguma Ravena irá colocar em sua cabeça que está tudo bem ela errar.

Está claro, o sol ilumina Alexandria enquanto todos tentam seguir as suas vidas da forma que der. Martina e Ellie estão procurando Ravena desde às 05:00 da manhã, e já são 08:00. A mais velha não retornou para casa depois da conversa com Carl.

-- Ravena, graças a Deus! - Exclama Martina ao entrar na enfermaria. A ruiva está folheando o livro no qual Denise sempre lia e relia a noite inteira. - Nana...

-- Eu tive um sonho... Pesadelo para ser exata. Você morreu. Todos morreram. E eu fiquei sozinha, de novo. Por favor diga que não irá me deixar, eu não posso lidar novamente com isso.

-- Eu prometo. Enquanto eu, Carl e Ellie estivermos aqui, você nunca estará sozinha. A gente te ama, tudo bem? Eu fiquei sabendo sobre o que o mini sheriff lhe disse ontem... Não foi aquilo que ele quis dizer, ele só ficou preocupado com você.

-- Raven, graças a Deus... - Ravi exclama enquanto entra na sala. - Desculpa atrapalhar.

-- Está tudo bem. - Martina responde de mãos dadas com a mulher.

-- Eu estava pensando em sairmos, se você quiser, claro. Achei que poderíamos ir na floresta e ler aquelas HQs novas do homem aranha. Talvez te anime... - Explica levemente tímido e desajeitado.

-- Pode ser. - Diz escondendo as unhas no bolso de sua calça, suas unhas ainda estão levemente sujas com o sangue. Ravena abre a porta da enfermeira ao lado de Ravi, ao pisar no lado de fora o olhar azulado e desaprovação do Grimes surge.

-- Estão de saída? - Questiona Carl fitando os olhos de Ravena.

-- Sim, Ravi e eu iremos na floresta para ler alguns gibis.

-- Esqueceu que eu vou te ensinar a usar a faca? - O Grimes segura o pulso da mulher firmemente.

-- Já sei usar uma faca!

-- Shiu! - Murmura. - Não é seguro sair sem avisar com um garoto que você mal conhece. Da próxima vez me avise e de preferência não vá.

-- Eu sei me cuidar sozinha, Carl.

-- Eu sei. Mas isso não me impede de ter cuidado com você. - A ruiva revira os olhos enquanto permanece sendo puxada pelo acastanhado.

Ravena escuta passos suaves vindo das escadas, a mulher logo se levanta e coloca um moletom preto para esconder seu pijama do homem aranha. A porta range mais do que o comum, provavelmente chamando a atenção do que quer que seja.

A luz amarelada do sol entra pela fresta da janela, clareamento o suficiente do corredor longo. Ravena está com sua faca em punhos e com uma arma na cintura, a que Nana acabou roubando daqueles homens esquisitos.

Antes que Ravena pudesse dizer algo, Carl aparece no final do corredor, onde tem uma silhueta sentada na escada.

"De onde esse caolho surgiu?" A ruiva se questiona abaixando sua faca e parando no meio do percurso.

-- O que está fazendo na minha casa? - Pergunta encostando o cano de ferro na nuca do que parece com um homem.

-- Estou esperando seus pais se vestirem, enquanto vejo esse belo quadro. - Agora Ravena tem certeza que é um homem por conta da voz masculina.

"Mas o Carl não tem mãe... Uai?..." Ravena se questiona se aproximando com a faca escondida na cintura junto da arma de fogo.

-- Qual seu nome? - Pergunta a de cabelos alaranjados. Carl abaixa a arma, portanto a mais velha o encara, rapidamente o moreno posiciona o objeto na cabeça do homem. - Me diga seu nome caso não queira morrer agora.

-- Paul. Paul Rovia, porém meus amigos me chamam de Jesus.

-- Jesus? Eu morri e não estou sabendo? - O tom fino e doce da voz de Tina entra na conversa. - Nana, Ellie está te chamando.

-- Fale para ela esperar mais um pouquinho, por favor. Não podemos deixar o Jesu... Paul, sozinho.

-- Ravena? Carl?! - Rick exclama enquanto abotoa sua calça. O Grimes está sem camisa e Michonne está ajustando a blusa. A Smith coloca a mão nos olhos e caminha para a porta do quarto de Eli.

"Que vergonha, Jesus... Espera, jesus não, meu Deus. Por que caralhos chamam ele de Jesus?!"

-- Então, podemos fazer trocas justas. Eu faço troca com outras comunidades, e nunca me trouxeram problemas.

-- Outras comunidades? - Glenn diz se escorando mais sobre a mesa de madeira.

-- Seu mundo está prestes a expandir de uma maneira extraordinária.

-- O quê?... - Ravena acaba não ouvindo corretamente o que Jesus disse, estava concentrada demais observando Carl Grimes. O garoto não tirou o olho dela por um segundo sequer. - Eu vou ir ver a... A Michonne.

-- Eu já estou aqui! - A mulher de tranças exclama levantando a mão.

-- Então vou ver Ellie.

-- Também estou aqui, cegueta. Não foi uma indireta para você, Carl. - Fala levanta do as mãos em uma forma irônica de rendição.

-- Está todo mundo aqui?! - Olha ao redor. - Martina não está, vou vê-la. - Levanta rápido da cadeira, acabando por enroscar a manga da jaqueta na lateral da cadeira. - Droga... - Murmura para si mesma ao notar que fez um pequeno rasgo, mas isso é o de menos no momento. Por sorte Ravena consegue se soltar facilmente e deixa a sala.

Nana ficou a tarde inteirinha repensando sobre o motivo de ter tido uma sensação calorosa ao notar o olhar fixo de Carl sobre sua pessoa.

-- Mas hoje é um dia de temperatura quente, é só por isso - Tenta se convencer. - Com certeza é isso, Ravena. Com certeza absoluta! - Se joga no colchão macio de sua cama e abraça seu ursinho do homem aranha. - Queria que você falasse, miranha.

-- Miranha? - O coração da ruiva gela ao ouvir a voz do garoto no qual estava mencionando. - E você está certa, é um dia quente mesmo, explosivo humano.

-- Para de me assombrar, cowboy! - Joga a pelúcia para trás de sua cama.

-- Cowboy?

-- Prefere que eu te chama de caolho de Chernobyl, rato de esgoto, fedido, podre, cabelo de vassoura, 'cegueto', 'zoiudo'...

-- Aí, 'tá bom - Se senta na cadeira em frente a janela e estica seus pés na janela. Ravena se levanta da cama com um suspiro profundo e pega sua mochila de sempre. - Onde vai?

-- Não é da sua conta. Credo, enxerido!

-- Pegou mania em me chamar de enxerido?!

-- TALVEZ! - Grita do final do longo corredor.

A Smith saiu a cerca de 2 duas horas atrás, e ainda não retornou, deixando algumas pessoas próximas preocupadas.

-- Você sabe onde Ravena está? Se passaram duas horas e nada - Questiona Carl já incomodado enquanto caminha de um lado para o outro no quarto. - E se ela estiver machucada?

-- É mais fácil ela machucar os outros.

-- Verdade. Mas mesmo assim. O explosivo humano não é imortal, pelo o eu saiba. Ela nem disse para onde iria.

-- Explosivo humano? - Ellie levanta a cabeça.

-- Sim. Uma bomba relógio, já viu aquela cenoura estressada?! Dá até arrepios!

-- Errado não está - Martina entra no quarto, enquanto preciona um pano com gelo em sua testa, atraindo olhares curiosos de Eli e Carl. - Antes que vocês me perguntam, eu bati a testa na porta - O Grimes acaba deixando um risada escapar, entretanto logo cobre os lábios. - Eu também vou rir quando você aparecer com a testa rachada. - Fala sarcástica e grunhi ao sentir sua testa parecer congelar.

O barulho de chaves chama a atenção dos três, Carl ajeita a camisa xadrez que estava bagunçada e levanta da cama. Sua expressão muda drasticamente ao ver Michel parado no final do corredor com sangue entre os dedos.

-- O que aconteceu? - Pergunta parado na porta do quarto. - Você viu sua filha?

-- Martina e Ellie estão bem atrás de você.

-- Você sabe que não estou me referindo a elas.

-- Eu não tenho três filhas. Tenho apenas um de sangue e uma de coração, apenas duas. - Fala limpando as mãos sujas. Em seu dedo está o anel com diamantes em formatos de estrelas, igual ao que Ravena usa no dedo anelar.

-- Posso ver seu anel? - O de um olho azul anda em direção ao mais velho.

-- Não. Irei jogá-lo fora, boa tarde, garoto - Michel estava prestes a descer as escadas, mas volta e comenta em um tom agressivo para Carl. - E fique longe das minhas filhas.

-- Deixa ele, Carl. - Afirma Ellie segurando o braço do Grimes, a menina sabe que Carl nunca iria deixar Michel falar assim de Ravena.

-- Eu mato ele caso tenha tocado nela. - Murmura inclinando levemente a cabeça para o lado enquanto retorna para seu quarto, dessa vez sem a Nana para ele irritar.

O nariz de Ravena dói e seus braços também. Sua visão está turva e escura, em sua frente tem uma enorme silhueta humana.

-- Onde eu estou porra?! - Questiona com o resto de força que ainda lhe sobrou. A sala é escura e com um cheiro forte de mofo.

-- Está em casa.

⁰⁰¹: Primeiramente: quero agradecer a todos vocês que leram até aqui e estão fazendo um dos meus sonhos se tornar realidade! Vocês são incríveis!😭💗

⁰⁰²: O capítulo não foi revisar ainda! Desculpe caso tenha algum erro ortográfico.

⁰⁰³: Estava sem criatividade para escrever esse capítulo, mas espero que gostem! Prometo que daqui para frente os capítulos serão melhores! Não esqueçam de votar e comentar, amigas!😭

⁰⁰⁴: Prometo que Ravena e Carl nunca irão parar de implicar um com o outro, mesmo quando assumiram relacionamento ou até mesmo casamento...🤭

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