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— Vais à festa do Hugo? — O António pergunta-me, enquanto damos uns toques na bola

— Claro que vou. Estou a pensar em convidar a Bia, mas ainda não tenho a certeza

— O quê? — Ele deixa a bola cair e olha para mim, surpreso — Espera, acho que ouvi mal. Vais convidar a Bia?

— Sim, qual é o problema?

— Não há problema nenhum. A Bia é muito fixe, eu só não sabia que eram tão amigos a ponto de a convidares — Ele senta-se na bola

— Não somos melhores amigos, mas acho que posso chamá-la "amiga" — Sento-me também na bola

— Vocês continuam com essas sessões de estudo?

— Sim, estudar com alguém que não me chateia o tempo todo é muito bom — Brinco com a relva — Mas não somos amigos só por isso. Com a Bia, eu sinto que posso ser eu mesmo, falar sobre tudo e nós até temos várias coisas em comum.

— Não posso! — Olho para ele

— O que foi?

— Tu gostas da Bia!

— Não!

— Claro que sim

— Tu és maluco, António — Levanto-me e chuto a bola na direção dele

— Tu estás apaixonado pela Bia e não o admites, o único maluco aqui és tu — Ele desvia-se do meu chute

— Os meus trabalhos não se vão fazer sozinhos — Pego no meu saco de treino e afasto-me — Adeus António


Consigo ouvir as risadas, apenas ignoro e começo a caminhar na direção de casa.

Relembro cada palavra da nossa conversa a cada passo e chego à conclusão que o António tem razão. De alguma maneira, eu estou mesmo apaixonado pela Bia.

A Beatriz, como ela odeia ser chamada, mudou-se para o meu prédio há dois anos, mas nós não trocamos muitas palavras no primeiro ano, apenas alguns "Bom dia".

A nossa aproximação só aconteceu porque eu comecei a treinar o seu irmão mais novo. Então, 3 vezes por semana, a Bia vem com o seu irmão ao prédio perto do nosso prédio e, enquanto eu treino o seu irmão, ela senta-se num banco a ler.

Acabamos por perceber que temos várias coisas em comum e agora estudamos sempre juntos, independentemente de estarmos a estudar áreas diferentes.

E para mexer a minha cabeça, já confusa pela revelação, nós chegamos à porta do prédio exatamente ao mesmo tempo. Abro e deixo-a entrar primeiro. Os dois andamos até ao elevador e só lá dentro é que consigo dizer algo.

— Como foi o treino? — Questiono, sabendo exatamente os dias que ela tem treino de Badminton

— Mais cansativo que o normal — Ela clica nos botões dos nossos andares — Como correu o teu treino com o António?

— Ele estava particularmente insuportável hoje, então ouvi-lo foi mais cansativo que o treino em si — Principalmente quando ele diz verdades difíceis de aceitar


Mais silêncio... Não um silêncio desagradável, apenas estranho. É como se ambos tivéssemos algo para dizer, mas nenhum tivesse coragem para o fazer.

— Como fica a nossa sessão de estudo?

— Estudamos juntos hoje? — Perguntamos ao mesmo tempo, fazendo-nos rir — Eu tenho uma ficha amanhã, mas posso estudar sozinha se estiveres muito cansado de ouvir o António falar

— Também tenho de estudar para amanhã, não vou permitir que a chatice do António me impeça de estudar — Solto uma risada no momento que as portas do elevador se abrem no meu andar — Há mesma hora de sempre?

— Sim — Saí do elevador — Vemo-nos lá

— Vemo-nos lá


Assim que as portas do elevador se fecham, sinto um alívio momentâneo, consegui falar com ela sem dizer nada embaraçoso ou estúpido. Posso considerar isso uma vitória!

Entro em casa e vou diretamente para o chuveiro, onde demoro mais tempo que o normal, porque faço listas mentais de todos os prós e contras, no que diz respeito a convidar ou não a Bia para a festa do Hugo.

30 minutos depois só cheguei a uma conclusão, preciso das opiniões do António, por mais certeza que eu tenha que ele vai gozar com a minha cara.

Respiro fundo e ligo-lhe, já preparado mentalmente para o questionário, para as piadas e para a óbvia frase "Eu sabia".

— Tá, eu estou apaixonado pela Bia — Confesso assim que ele atende o telemóvel

— Eu sabia! — Previsível como sempre

— Então se já sabias, com certeza já pensaste numa maneira de me ajudar

— A minha solução é óbvia, convida a Bia e declara-te!

— Isso é mais fácil de dizer do que fazer

— Sério, João? Tu consegues tirar a bola a jogadores com o dobro do teu tamanho e da tua experiência, mas convidar a Bia para sair é difícil...

— Se fosse fácil, eu já o teria feito

— Convida-a, o "não" não vais ter porque o Hugo já a convidou, a pedido da minha irmã

— Então só tenho de a convidar para ser o meu par — Sorri, por mais que pareça simples, pode ajude a dar-me coragem para fazer o convite — Obrigada pela ajuda, António!

— De nada, mano. É para isso que estou aqui, para te ajudar e para gozar com a tua cara — Fecho os olhos sabendo que a piada vem agora — O João está apaixonado, o João está apaixonado...


Ele começa a cantar e eu não consigo segurar a minha risada. O António pode ser um idiota de vez em quando, mas está sempre ao meu lado quando preciso, seja dentro ou fora de campo. E ele, além de ter-me incentivado a tomar uma atitude, fez-me rir num momento que eu preciso.

Agora é só esperar pela nossa sessão para tomar uma atitude.


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Mais silêncio!

Eu sei que isto é uma sessão de estudo, mas este silêncio está a corroer-me aos poucos. Meia hora já passou e eu ainda não tive coragem para sequer mencionar a festa do Hugo, quanto mais convidá-la. Ela também se manteve em silêncio, então as únicas palavras que trocamos foi um "Boa noite" e um "Bom Estudo".

— Por acaso tens uma mina 0,5 a mais? Eu acabei a minha e não me apetece voltar a casa para ir buscar uma — Ela pergunta e sinto-me aliviado pela interrupção do silêncio

— Acho que sim — Abro o meu estojo e entrego-lhe a mina, tal como ela me pediu — Aqui tens

— Obrigada João

— De nada — Respiro fundo, para ganhar coragem e finalmente faço a pergunta — Vais à festa do Hugo?

— Sim, ele e a Maria convidaram-me. E tu?

— Não é como se eu tivesse outra opção, ele é o meu melhor amigo, aturá-lo é um trabalho a tempo inteiro — A sua risada faz o meu coração saltar uma batida

— O teu trabalho a tempo inteiro vai ser-me bastante útil. Eu não conheço muitas das pessoas que vão estar na festa, então saber que estás lá deixa-me mais confortável


Olho para ela. Esta pode ser a única oportunidade que terei para a convidar, então o melhor é aproveitar.

É agora ou nunca!

— Queres vir comigo? A minha mãe vai levar-me e buscar-me, então tu podes vir comigo e estar com alguém que conheces bem

— Sério? — O António tem razão, eu sou completamente maluco por não ter percebido antes, por não ter percebido as borboletas na minha barriga quando ela sorri assim

— Claro

— Obrigada pelo convite, eu vou adorar ir contigo — Eu sei que ela está a referir-se à boleia, mas o meu coração ignorou isso e estou prestes a derreter

— Vai ser bom ter uma companhia agradável

— Eu não sou o grande defesa António Silva, jogador do Benfica e da Seleção, mas garanto que sou uma excelente companhia — Sorri — Agora vamos voltar a estudar, porque as notas dependem disso

— É melhor


Voltamos a mergulhar nos nossos estudos, mas a minha concentração foi passar e não acho que volte.

Pego no meu telemóvel, como se fosse pesquisar algo relacionado aos estudos, e abro a minha conversa com o António.

E é isso que vou fazer na festa, se não morrer de nervos até lá. 


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Olho para o relógio pela quinta vez, desde que estou à sua espera. Avisei a Bia que estou pronto e ela pediu-me 5 minutos... que parecem uma hora!

Esta festa significaria muito, se eu resolvesse tomar uma atitude. Todos me aconselharam a fazer algo em relação aos meus sentimentos por ela, o António, o Hugo, até a minha mãe... Resta saber se tenho coragem suficiente para o fazer.

— Desculpa pela demora — Viro-me ao ouvir a voz dela — Não sabia onde estava o meu colar...


Todas as palavras fugiram da minha boca quando me virei e a vi. Se não estivesses apaixonado, agora estaria de certeza. Ela está... Ave Maria!

O seu look é simples, mas é suficiente para me deixar completamente caídinho por ela. O seu vestido é cor de rosa, a sua cor favorita, o cabelo está solto e as suas sandálias têm um salto suficiente para a deixar mais alta que eu.

Solto um sorriso e finjo não estar completamente caídinho.

— João? — Ela chama-se e eu volto à realidade — Bem-vindo de volta à Terra

— Desculpa, eu estava distraído — Ela ri — Estás muito bonita

— Obrigada — Ela cora — Também estás muito bonito

— Eu ligo à minha mãe, ela vai levar-nos

— Boa


Alguns minutos depois, a minha mãe apita e nós entramos no carro. A viagem até ao clube é rápida, pelo menos no meu ponto de vista, já que o meu foco é outro.

— Filho, espera aí — A minha mãe chama-me, antes de abrir a porta

— Vai andando, Bia, esperamos na entrada do clube

— Claro, João — Ela saí e deixa-nos sozinhos

— O que se passa, mãe? — Olho para ela

— Eu não iria dizer nada, queria respeitar a tua privacidade. Mas esta pequena viagem fez-me perceber que ficas muito tímido perto dela — Coro, quando percebo ao que ela se refere — Gostas muito dela, não é?

— Sim... — Olho para baixo — Muito mesmo

— Então aproveita o momento e diz-lhe isso, filho. Eu tenho a certeza que ela vai corresponder aos teus sentimentos

— Achas? — Olho para a minha mãe, esperançoso

— Tenho a certeza, filho — Ela segura as minhas mãos, dando-me coragem — Conta-lhe, cê feliz!


Abraço-a, sentindo o nervosismo ir embora e a coragem entrar-me no sangue. Eu iria declarar-me hoje, é uma certeza.

— Obrigado mãe, eu não vou sair daqui sem lhe dizer o que sinto

— Não agradeças, meu amor — Sorrimos — É tão bom ver o meu bebé a crescer, tornar-se um jogador talentoso e encontrar o amor... Vá lá, diverte-te!

— Obrigado mãe — Abro a porta — Eu amo-te mãe!

— Também te amo, meu amor


Fecho a porta do carro e vou encontrar a Bia na porta do clube.

— Vamos entrar? — Pergunto-lhe

— Vamos! — Ela sorri


É agora ou nunca!

Entramos no clube e somos recebidos pelo aniversariante, o Hugo, e pela Maria, o casal maravilha. Os dois começaram a namorar recentemente, a partir do momento que o Hugo percebeu que o António não iria proibi-los de namorar, como muitos irmãos ciumentos por aí. Desde então, tornaram-se o casal mais meloso à face da Terra.

— Bem-vindos! — O Hugo cumprimenta-nos, seguido pela Maria — E não é que consegues usar roupa para fora dos calções?!

— Parabéns, seu idiota — Ignoro o comentário dele e abraço-o, com força — Nem parece que tens 9 anos de mentalidade

— Vocês são tão queridos uns com os outros — A Bia abraça-o também — Parabéns, Hugo e obrigada pelo convite

— Divirtam-se — O Hugo diz, ao ver alguém atrás de nós, e sorri — Chegou o momento da Maria conhecer mais pessoas da minha família e ficar muito nervosa por isso!

— O João tem razão, tu és um idiota! — A Maria exclama, fazendo-nos rir

— Um idiota que tu amas! — Ele puxa-a na direção da entrada, deixando-nos sozinhos

— Vamos beber algo? — Pergunto, não querendo deixar crescer um silêncio

— Sim


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Quando uma das músicas preferidas da Bia começa a tocar e o António está a sorrir para mim como um idiota, eu sei que fizeram de propósito. No entanto, nada disso importa, este é o momento perfeito para declarar-me.

Ao som de "Amar Não é Pecado", do Luan Santana, aproximo-me da Bia e respiro fundo... É agora ou nunca!

— Danças comigo? — Pergunto

— Sim...


Seguro a sua mão e andamos até à pista, onde outros casais já dançam, como a Maria e o Hugo.

Apoio as minhas mãos na sua cintura e ela apoia as suas mãos nos meus ombros. Ficamos tão próximos que me perco nos seus olhos castanhos, que algo que me atraí profundamente... Talvez tenha sido os seus olhos e o seu olhar que me conquistaram em primeiro lugar.

A música entra no primeiro refrão e eu resolvo seguir a letra da música, gritar para o mundo que estou apaixonado pela rapariga mais bonita do mundo.

— Eu sei que este pode ser um momento estranho para fazer isso, mas eu sinto que é o melhor momento, então aqui estou eu — Começo a falar, tentando achar as palavras certas

— Fazer o quê? Está tudo bem?

— Na verdade, não! Só vou ficar no momento que ouvir uma resposta tua ao que eu vou dizer — Respiro fundo e abro o meu coração — Eu estou completamente apaixonado por ti, Beatriz, e cheguei ao momento que preciso de saber se sentes o mesmo...

— João... — Continuo a falar

— Demorei um pouco tempo a perceber os meus sentimentos, na verdade, precisei de um pouco da chatice do António para abrir os olhos. Mas já os abri e estou aqui, de coração aberto, pronto para a verdade, seja ela qual for...

— Costumam dizer que uma imagem vale mais que mil palavras... Vamos ver se uma ação funciona da mesma maneira


Só percebo o que ela quis dizer, quando sinto os seus lábios colados aos meus e todo o meu corpo solta fogos, ao mesmo tempo que derrete. Como eu sonhei com isso...

Afastamo-nos, com sorrisos grandes no rosto... Realmente uma ação foi mais do que suficiente para perceber que ela corresponde aos meus sentimentos.

— Funcionou? — Ela questiona

— Funcionou muito bem! — Ouço a música de fundo — A música está quase no fim e eu queria aproveitar que é a tua preferida, para torná-la nossa

— E como é que queres fazer isso?

— Assim... — Aproximo-me e sussurro no ouvido — Beatriz, aceitas namorar comigo?

— Claro que sim!


Não resisto a soltar a um "Yes", fazendo-a soltar uma risada.

A música seguida é outra do Luan Santana, "Morena", e nós continuamos a dançar juntos. Agora, já com um ritmo menos lento e a cantar a música um para o outro, perdidos no nosso mundinho.


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Saímos do clube, já depois da meia-noite, de mãos dadas. A minha mãe já está à nossa espera e ela faz uma dancinha, quando nos vê de mãos dadas.

— Mãe... — Respondo, escondendo a cara, o que faz a minha mãe e a Bia rirem

— O que foi, meu amor? Não posso celebrar o facto que o meu filho tem uma namorada?

— Como...?

— Vocês de mãos dadas e com esses sorrisos enormes dizem tudo... — Ela aproxima-se da Bia — Posso dar-te um abraço, nora?

— Claro


Elas abraçam-se e o meu coração derrete com a cena: a rapariga que roubou o meu coração e a minha mãe\melhor amiga. 

O meu plano era postar ontem, um dos imagines já prontos. Mas, ao saber a notícia, decidi que preferia terminar o imagine do João que estava a escrever e postá-lo, para dedicar ao João Neves e também ao António Silva. Ambos estão a sofrer muito e passar por muito momento difícil, então precisam de todo o apoio, seja dos benfiquistas ou de qualquer outro clube, porque existem coisas mais importantes que rivalidades. 

Os meus sentimentos para os dois, especialmente para o João. Não consigo imaginar o quão difícil deve ser perder a mãe tão novo, mas ela vai estar lá em cima, a torcer pelo sucesso dele no futebol e na vida pessoal. 🤍🤍

(Não estou a chorar com o meu próprio texto, é impressão vossa)




Espero que gostem! 

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