𝕵𝖔𝖆̃𝖔 𝕱𝖊́𝖑𝖎𝖝 7 - 𝕱𝖊𝖑𝖎𝖟 𝕬𝖓𝖎𝖛𝖊𝖗𝖘𝖆́𝖗𝖎𝖔
Inspirado em 4 Meses (MYA)
Pov João Félix
Fecho e volta a abrir o WhatsApp, para ter a certeza que estou a ler. Após alguns minutos, um sorriso surge no meu rosto e respondo às mensagens.
Vou até ao quarto de hóspedes, onde o meu irmão Hugo está a dormir, durante a semana que está em Londres. Abro a porta sem bater e não me surpreendo ao vê-lo a jogar no seu computador.
— Vou sair — Informo-o e ele olha para mim — Há restos de ontem e pizzas no congelador. Não esperes por mim acordado
— Onde é que vais?
— Vou sair com a Ana
— Isso explica esse sorriso enorme — Tenta esconder o sorriso, mas não consigo — Finalmente vais contar-lhe que estás apaixonado por ela?
— Ela acabou de terminar um namoro, não é a altura indicada para lhe contar sobre os meus sentimentos — Começo a andar para sair do quarto, mas ele continua a falar
— Sempre a mesma desculpa — Paro de andar, já ao pé da porta — Devias seguir os teus próprios conselhos, João
— Adeus, Hugo
Saiu do quarto, fechando a porta atrás de mim. Vou para o meu quarto, para escolher uma roupa, antes de tomar banho.
Escolho uma roupa adequada ao frio de Londres e vou diretamente tomar um banho rápido.
Relembro as palavras do Hugo e apoio a testa no azulejo frio, sentindo-me burro e um pouco covarde, porque ele obviamente está certo. Quando o Hugo me contou que estava apaixonado pela Maria, a irmã do António Silva, eu aconselhei-o a contar-lhe o que sentia. Ele tinha medo de estragar a amizade deles e a amizade dele com o António. Mesmo com medo, ele seguiu o meu conselho e declarou-se, o que foi uma ótima decisão, visto que os dois não se largam mais. E agora, que estou na mesma situação que ele esteve, não tenho coragem para seguir o meu próprio conselho.
Eu e a Ana conhecemo-nos desde que eu conheci o irmão dela, o Rúben. Ela adorava assistir aos nossos treinos e como temos a mesma idade, tornamo-nos melhores amigos. O que tornou a nossa amizade tão forte como é hoje, foram os meus primeiros meses no Atlético, porque ela foi fazer Erasmus em Madrid e ela viveu comigo durante 5 meses.
Ela esteve ao meu lado durante momentos bons e momentos maus e eventualmente percebi que estava apaixonado por ela. Percebi tarde de mais, quando ela começou a namorar aquele idiota do Filipe.
A água morna é um aviso que o meu banho não está a ser nada rápido, então despacho-me e desligo a água. Volto para o quarto com a toalha à cintura e visto a roupa que escolhi antes, justamente para evitar atrasos.
Após exagerar no perfume e arranjar o meu cabelo, pego nos essenciais (chave, carteira e telemóvel) e vou para a garagem. Tenho de sair agora, se quiser estar às 8h na casa da Ana.
Felizmente, o trânsito de Londres ajuda-me e, às 8h05, já estou a conduzir em direção ao bar, com ela no banco ao meu lado.
— Pronta?
— Pronta!
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joaofelix79: No caption today...
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ana.dias: 🖤🌹💋🍷🎸
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Pov Ana
Horas Depois
— Que horas são? — Pergunto ao João, após voltar ao bar com a minha última bebida da noite
— 3h25 da manhã
— Espero que não tenhas treino amanhã...
— Não te preocupes, amanhã é o nosso dia de folga — Ele tranquiliza-me — Como está a ser a tua noite?
— Exatamente o que eu precisava para seguir em frente, depois destes 4 meses a sofrer por um idiota
— Fico feliz por ti — Ele bebe o resto da sua água, já que obviamente não está a beber álcool no meio da temporada
— Sabes o que me faria mais feliz hoje?
— O quê?
— Dança comigo? — Solto uma risada, ao ver a sua expressão
— Eu não sei dançar, Ana
— Não é difícil, basta seguires os meus movimentos
— E se eu te pisar?
— Se pisares, está tudo bem — Levanto-me e estico a minha mão — Vamos?
— Está bem!
Ele segura a minha mão e levanta-se. Puxo-o para a pista de dança do bar, que a esta hora está num nível médio, nem vazia, nem cheia.
Coloco os seus braços à volta da minha cintura e os meus braços nos seus ombros, com as minhas mãos apoiadas na sua nuca. Explico-lhe como dançar e quantos passos dar, já que a música tem um ritmo bastante simples.
Para quem estava com medo de errar ou pisar, ele aprende muito rápido. O próprio percebe que está a acertar e torna-se muito mais confiante nos passos, segurando mais a minha cintura e colando mais os nossos corpos.
— Vês?! — Provoco-o — Para quem estava tão inseguro, estás a dançar muito bem
— Ana, eu...
— O que se passa? — Vejo a expressão tornar-se séria e até nervosa — Estás bem?
— Eu preciso contar-te algo
— O quê?
— Eu...
Ele hesita mais uma vez e eu olho-o, dando-lhe tempo para dizer-me o que o está a deixar tão nervoso.
Após alguns segundos, ele olha-me nos olhos e quase me esqueço de como dançar. É um olhar hipnotizante, que nunca que reparei nele, mesmo com 6 anos de amizade.
— João...
Antes que possa dizer algo além do seu nome, o João mergulha os seus lábios nos meus e iniciamos um beijo, cheio de desejo e tensão. Retribuo o beijo, esquecendo-me de que estamos no meio da pista e aprofundo o mesmo, passando as mãos pelo cabelo dele. É como se esta atitude dele tivesse acordado em mim e o álcool que bebi está a dar-me coragem para retribuir tudo.
Ele reage ao meu movimento e afasta-se, como se percebesse o que acabou de fazer. Sinto imediatamente a falta dos seus lábios nos meus.
— Desculpa, eu...
— Nem sequer continues o que vais dizer
Puxo-o na direção da nossa mesa e deixo o suficiente na mesa, para pagar a nossa conta e até recompensar o ótimo atendimento. Volto a segurar a mão dele, que me olha confuso, puxo-o para o estacionamento privado e na direção do canto onde o João deixou o carro dele.
— Ana?
— Entra no carro
— Não enquanto não me explicares o que se passa
— Tão lento...
Aproximo-me dele e beijo-o de novo, sem lhe dar tempo para reagir. Acho que percebe onde quero chegar, porque tira a chave do carro do bolso e abre-o, sem parar o beijo.
Interrompo o beijo, mas mantenho a proximidade.
— Se me lembro bem, o Hugo está na tua casa, o que nos impede de ir para lá, então vais conduzir até à minha casa e vamos fazer uma festa de pijama — Sussurro — Uma festa de pijama, sem os pijamas
— Tens a certeza?
— Tenho a certeza — A minha mão passa pelo peito dele e para no cós das calças dele — Toda a certeza do mundo
— Jesus Cristo, Ana! Estou a parecer que talvez tenhas bebido muito — Dou a volta ao carro e os dois entramos e sentamo-nos
— Tu beijas-me daquela maneira e agora a culpa é do álcool que eu bebi — Ele liga o carro e rapidamente saí do estacionamento, entrando na estrada principal — Se estivesse muito bêbada, não iria fazer metade do que vou fazer quando chegarmos a minha casa
Coloco a minha mão na coxa dele e sinto o seu corpo arrepiar-se.
— Jesus Cristo...
— É melhor que ele não veja o que vamos fazer — Mordo o meu lábio — Não veja nem ouça!
No dia seguinte
O cheiro de café desperta-me e sento-me na cama, ainda de olhos fechados. Abro os olhos lentamente, para me habituar à claridade, e quase levo um susto ao ver a confusão em que se encontra o meu quarto.
Os detalhes da noite surgem rapidamente: eu e o João estávamos a dançar, ele beijou-me e eu quase o arrastei até à minha casa, onde nos divertimos muito.
A porta do quarto abre-se e o João entra com um tabuleiro, que sei que tem café pelo cheiro. Ele senta-se na cama e pousa o tabuleiro entre nós.
— Sei que normalmente bebes chá, mas acho que hoje é dia de café — Sorrimos — Bom dia, Ana
— Bom dia, João — Pego numa das canecas de café e bebo um pouco, está tal como eu gosto
— Sobre ontem... — Ele começa, mas hesita e para. Após alguns segundos, continua — Eu passei a nossa noite no bar, enquanto tu estavas a dançar sozinha, a pensar em como dizer-te isto. Quando pensei que iria conseguir contar-te, durante a nossa dança, o meu corpo tomou conta, eu beijei-te e acabamos aqui.
— Contar-me o quê?
— Eu estou completamente apaixonado por ti! — Olho-o, meio desacreditada por um segundo — Não sei dizer-te quando começou, quando me dei conta já me sentia assim. Mantive os meus sentimentos em segredo, porque não quero estragar a nossa amizade e porque estavas num relacionamento na altura.
Ele finaliza o seu discurso e bebo um pouco do seu café, mantendo o seu olhar baixo.
— Claramente não sabes que eu tive uma paixoneta por ti, quando nos conhecemos... — Ele olha-me e agora ele é o desacreditado — Estou a falar a sério! Então também sei o que é estar apaixonada por alguém e essa pessoa estar num relacionamento.
— E quando é que superaste essa paixoneta?
— Sabes, João, não sei se alguma vez o fiz. Óbvio que eu tive 2 relacionamentos até agora e amei os 2, ou não teria sofrido tanto. Mas isso não impediu um pequeno sentimento de estar escondido num canto, sempre a lembrar-me que aqui, entre nós — Aponto para ele e depois para mim — existia alguma coisa que superava a nossa amizade de anos.
— E o que isso quer dizer, para o nosso presente?
— Pode significar muita coisa, o que tu queres que signifique?
— Se eu estava muito apaixonado por ti, depois desta vez, esse sentimento aumentou ainda mais. Mas tu acabaste de sair de um relacionamento, que te magoou muito
— Não acabei de sair de um relacionamento, já se passaram 4 meses. Eu só demorei tanto tempo a superar, porque foi algo muito doloroso... Ser traída não é fácil.
— Eu não sei se estou a entender onde queres chegar, Ana
— É simples: dá-me uma oportunidade!
— Eu é que deveria estar a pedir isso
— Neste caso específico, não. Tu já tens os teus sentimentos bem claros e eu preciso de um tempo, para explorar e deixar sair este pequeno rebento que esteve guardado durante tanto tempo — Levanto-me e coloco o tabuleiro na cadeira do meu quarto, para poder sentar-me ao lado dele — Só preciso que me dês esse tempo
— Quanto tempo precisares!
— E durante esse tempo, posso roubar-te beijos e podemos repetir a noite de ontem? — Ele sorri e o meu coração acelera
— Acho que não há problema em roubares-me uns beijos, visto que já roubaste o meu coração — Sinto o meu coração acelerar ainda mais — Repetir a noite, hum? Foi assim tão boa?
— Não consigo perceber se estás a falar a sério ou a brincar comigo — Ele ri — Se estiveres a falar a sério, eu posso enumerar as razões que colocam a noite passada, na melhor noite da minha vida
— Estou a brincar contigo, mas foi muito bom ouvir isso
— Idiota
Ele puxa-me para o seu colo e eu apoio as minhas mãos no seu pescoço, enquanto ele segura a minha cintura.
— Vou dar-te todo o tempo do mundo!
— Obrigada — Roubo-lhe um beijo — Por ser o meu melhor amigo, por estares ao meu lado durante 4 meses tão difíceis e por me dares tempo o que preciso
— Independentemente do que aconteça, vais ser sempre a minha melhor amiga e isso não vai mudar.
— Agora que já conversares, deixa-me dar-te um "Bom dia" mais apropriado — Aproximo as nossas caras — Porque tu e esses beijos são algo muito viciante
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2 meses depois — 10 de novembro
ana.dias: Hoje é o dia da pessoa mais importante na minha vida, do meu namorado e do meu melhor amigo. Estiveste ao meu lado durante os momentos difíceis e deste-me todo o tempo necessário. Tornaste uma peça essencial na minha vida e não me imagino mais a viver sem a tua presença, sem acordar ao teu lado, sem te ver jogar com tanta paixão e sem a maneira especial como tu me amas.
Espero que consigas ganhar o jogo de hoje e até marca um golo. Estarei no estádio a apoiar-te e muito orgulhosa de cada passe.
Parabéns, meu amor!
Amo-te muito ❤🔥
👤 joaofelix79
joaofelix79: Obrigada, meu amor! Também te amo muito ❤🔥
Hoje é o dia de anos do João Félix e obviamente que tinha de celebrar com o imagine dele! Há 5 anos que quero escrever algo inspirado nesta música dos MYA, que eu tanto amo, e finalmente consegui. Ouçam a música, ela é maravilhosa!
Parabéns Joãozinho!
Dito isso...
SLB! SLB! SLB! SLB! GLORIOSO SLB! BENFICA CARALHO!!!!!!
Que jogo, meus amigos! Eu estava nervosa, mas o Benfica esmagou o Porto! Alvaro Carreras, tu estás on fire! Di Maria, tu és um génio!
Esta vitória deixou o meu coração quentinho, principalmente depois da derrota do Man City.
Melhor que esta vitória, só a minha semana com 1 aula apenas na universidade.
Espero que gostem.
Não te esqueças de comentar e votar!
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