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prólogo, ato um 𖤐ʾ ִֶָ 𓂃

❛ Eram contados pelos meistes da época que a união em matrimonio entre a jovem e valente Rhea Royce e o príncipe rebelde Daemon Targaryen, filho do príncipe Baelon, feito pela Rainha Alyssanne, era a esperança de que amadurecesse o jovem príncipe que chegava perto aos seus dezoito dias de seu nome e já se mostrava um assíduo frequentador da rua da seda, mas o casamento não pareceu agradar nenhum dos noivos, mas diferente de sua noiva que não poderia fazer nada, o jovem noivo reclamava sempre que possível, mas seus descontentamento não era com o casamento, era de sua consciência de que ele se casaria, e sim sua noiva. Meistre Cassius afirmava em uma de suas varias cartas para Meistre Hóracio, que o principe esperava se casar com uma lady doce, calma e que não falasse muito, mas sua noiva Rhea Royce, era totalmente o aposto dos seus desejos e parecia irritar muito ao principe. Mas Meistre Hóracio afirmava que a jovem Royce era o contraio dos desejos de seu noivo, mas não de um jeito ruim, era uma jovem valente, disciplinada, educada e muito boa com caça e até mesmo doce com os seus.

O bobo da corte cogumelo contava que o ódio entre eles começou no momento em que eles se encontram pela primeira vez, alguns dias antes de seu casamento, o principe a achou feia, desajeitada e mal vestida e em defesa lady Rhea apenas disse que ele também não a agradava os olhos e que com o ego ferido, o principe Daemon recusou-se dividir a mesma cama com uma mulher tão atrevida e respondona, preferia ser comido e mastigado lentamente por seu dragão a ter que consumar seu casamento com ela.

Mas ainda sobre a insatisfação de ambos os jovens, o casamento aconteceu e aos presentes na cerimonia era visível o desagrado dos jovens, em principal no momento em que compartilharam de um beijo, Cogumelo até mesmo diz que pode vê em seus rostos a vontade de vomitar. Após um enorme banquete pós cerimonia de casamento, o príncipe Daemon foi mandado para Runestone, no Vale, junto a sua esposa, aumentando ainda mais a insatisfaça do príncipe. Mesmo bebendo e comendo do melhor, voando em seu dragão pro longas horas, o principe Daemon Targaryen não havia criado uma afinidade com o Vale de Arryn e dizia toda vez que possível que ali era entediante, e sua esposa ainda mais entediante.

Príncipe Daemon e sua esposa lady Rhea Royce dormiam em aposentos separados, mas em certo momento da estadia do Targaryen nas terras de sua esposa após um banquete, gemidos foram ouvidos por servos enquanto passavam em frente aos aposentos lady, uma duvida grande cresceu naquelas que serviam sobre quem era o amante dela, mas ao amanhecer era foi sanada quando viram o marido de lady Rhea saindo apressadamente do quarto, assim afirmavam os servos que contaram aos Meistre Hóracio. ❜

━━━ REGISTROS OFICIAIS DO
MEISTRE HÓRACIO.
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Sentada na cadeira, Rhea observava os três homens à sua frente conversando. Ela tinha ido andar a cavalo com Kate, sua dama de companhia, quando acabou por passar mal e desmaiar, assim que acordou ela estava em sua cama com o Meistre a vigiando para podê-la examinar.

── Você tem certeza? - Yorbert, pai da lady, perguntou olhando atentamente para o Meistre que assentiu. Daemon observava tudo em silêncio de braços cruzados.

── Sim, lady Rhea está grávida, meu senhor. - o homem disse por fim e então saindo do aposento da lady deixando ela sozinha com seu pai e marido.

── Isso é motivo suficiente para uma anulação do casamento. - finalmente o príncipe Daemon se pronunciou ganhando a atenção dos dois Royce que estava em silêncio, chocado pelas noticias.

── O que está insinuando meu príncipe? - o homem mais velho perguntou olhando para o Targaryen que suspirou.

── Que esse bebê não é meu. - Daemon foi direto, Rhea levantou se sua cadeira estupefata com tal acusação, mas antes que ela pudesse se defender seu pai explodiu.

── Eu tenho aguentado suas atitudes arrogantes direcionada a minha filha, que é sua esposa, e minha família desde que nos conhecemos em King’s Landing, você bebe, come e tem uma ótima vida aqui eu aceito que você quase não olhe nos olhos de minha filha, trocando insultos. Mas eu não vou que a insulte desse jeito, porque não é homem o suficiente para assumir que dormiu com minha filha e que essa criança é sua. - Yourbert apontou e o príncipe sentiu seu sangue ferver.

── Como ousa falar… - Daemon foi interrompido pelo Senhor de Runestone. 

── Não, como você ousa de fazer tais situações imperdoáveis para sua esposa, minha filha dentro da minha casa?

Vendo que os dois se matariam a qualquer momento, ela podia ver as faíscas saindo dos olhos de ambos, Rhea se aproximou dos dois, ficando entre eles, os distanciando.

── Pai, por favor para. - pediu ela em sua voz baixa afastando o pai de seu marido com a mão, a lady suspirou e virou para Daemon.

── Você pode me chamar do que quiser, mas nunca de ser infiel. Eu respeito esse casamento mesmo não querendo esta com ele, nunca me deitei com nenhum homem antes dele com durante, o unico com que deitei foi com você e tenho total certeza de que essa criança é sua, mas se você tem tanta certeza de que ele não é seu, marido, então esperemos pelas nove luas até que a criança nasça e se ela não tiver nenhuma característica valiriana, derivada da dos Targaryen, então poderá pedir para o rei a anulação do seu casamento com a certeza de que sou uma adúltera.

── Você parece muito confiante. - Daemon comentou com um sorriso sarcástico fazendo com que o pai de sua esposa bufasse ainda mais irritado.

── Eu não terminei. - Rhea falou. ── Mas se essa criança nascer parecida com você, e ele vai, porque ele é seu filho. Você não terá porque não assumi-lo e criá-lo. - a mulher terminou de falar e estendeu a mão para o homem à sua frente, Daemon apertou a mão da esposa. ── Agora saia.

Daemon olhou para ela surpreso com a ordem, mas sem falar mais nada ou expressar nenhuma reação, ele se virou e saiu dos aposentos da lady. Assim que as portas foram fechadas, Rhea andou até seu pai e a abraçou.

Yorbert passou seus braços em volta da filha fazendo um carinho em suas costas.

── Vai ficar tudo bem, querida. - o homem sussurrou deixando um beijo no topo da cabeça da filha que começou a chorar se agarrando mais ao seu corpo.

[...]

── O papai me contou. - Rowena, irmã mais nova de lady Rhea sentou-se ao lado da irmã que sorriu para ela e para a pequena Myranda, de poucas luas em seu colo. ── Ele parece animado e está a um passo de organizar um banquete.

── Acho desnecessairo. - a lady falou pegando uma pedrinha na grama e jogando no lago em sua frente.

── É o primeiro neto de sua primogenita. - a mais nova empurrou o ombro da irmã com o seu.

── E único, de mim, não sairá outra criança de mim. - acrescentou Rhea revirando os olhos, sua irmã riu olhando para a frente.

── Lembra de como o papai ficou quando descobriu que eu estava grávida do Gyles e mais tarde da Myranda? - Rowena perguntou olhando o lago azul.

── Eu com certeza me lembro. - lembrou-se dos enormes banquetes que seu pai havai dado em comemoração à concepção de seus primeiros netos.

Rowena era sua irmã mais nova por um ano, e tinha se casado primeiro, quando tinha quinze anos com um primo delas de quarto grau que carregava o mesmo sobrenome que elas, que tinham a mesma idade que sua irmã, luas depois de seu casamento com seu nasceu Gyles, um menino robusto e de bochechas rosadas, parecido com sua mãe, e poucas luas depois novamente ela estava grávida, e meses do casamento de lady Rhea, a bebê Myranda tinha nascido, ela era pequena e delicada e se parecia com seu pai.

── Então é compreensivo a alegria dele. - Rowena sorriu olhando para a irmã. A mais nova observou sua irmã por um tempo, percebendo que algo incomodava ela. ── O que te incomoda irmã?

── Sei que as próximas luas serão difíceis, mas o que me preocupa é o parto. - Rhea virou seu rosto olhando para irmã que sorriu levemente. ── E se acontecer o mesmo que aconteceu com nossa mãe…

── Rhea.. - ajeitando sua filha em seu braço e pegou na mão da irmã, tentando confortá-la. ── Não há como saber qual de nós morrerá em uma cama de parto, o que nos resta é orar os deuses para que sejam misericordiosos com nós.

── Como você consegue? - Rhea perguntou olhando para irmã. ── Eu não sei se consigo fazer isso.

── Como não? Claro que vai conseguir, você é uma lady é excepcional, tudo o que faz é bom e eu tenho certeza que será uma mãe excelente para esse bebê, e se você não for, terá ajuda para ser. - Rowena falou e sorriu para sua irmã.

── Obrigada. - sussurrou para a irmã que sorriu.

── Não há o que agradecer, somos família. Temos que nos apoiar sempre. - a morena disse olhando para os olhos verdes de sua irmã.

[...]

Rhea desceu da carruagem com a ajuda de seu pai, a mulher olhou para o céu vendo Caraxes passar sobre suas cabeças em direção a colina de Rhaenys. A lady estava ali com sua família já que a rainha queria vê-la, a notícia de sua gravidez tinha chegado rápido a capital assim como a segundo gravidez da esposa do irmão de Daemon. 

A lady e sua família foram recebidos pela rainha e seu sogro, instalados em seus devidos aposentos, Rhea preferiu ficar no seu junto a Kate até a hora que ela jantaria com os Targaryen. Muitas queriam estar em seu lugar, ter um jantar com a família mais poderosa de Westeros e que comandava os sete reinos, mas ela não sentia a empolgação que via nas ladies enquanto falavam sobre como fariam de tudo para se casar com um Targaryen.

As portas de seus aposentos foram abertas abrindo tirando Rhea de seus pensamentos, olhando na direção da entrada ela viu a esposa de Viserys, Aemma Arryn, entrando com um sorriso no rosto, seu vestido azul claro acentuando sua barriga inchada por sua gravidez de cinco luas, um mês a menos que a sua, e a que a lady tinha segurado, o que era uma alegria para ela e seu marido.

── Lady Rhea. - a comprimentou sorridente. ── Sinto muito por não tê-la recebido quando chegou, não estava me sentindo bem nessa manhã.

── Não há problema nisso. Você se sente melhor? - perguntou Rhea observando a Arryn andar até ela e sentar-se ao seu lado.

── Sim, me sinto ótima. E estou feliz de tê-la aqui. - Aemma pegou na mão dela. ── Tenho algo para você, na verdade é para o bebê.

A mais nova olhou para sua dama de companhia que estava sentada ao lado de Kate segurando uma caixa, a mulher levantou-se da cadeira e andou até ela deixando a caixa na mesa e voltando para o seu lugar.

── Abra. - Aemma pediu animada soltando a mão da mais velha.

Desviando seu olhar de Aemma para a caixa, Rhea a pegou pousando em seu colo, ela abriu a caixa tirando o pano que estava no topo, era uma manta preta com a barra vermelha e um enorme sigilo da casa Targaryen bordado também vermelho, deixando ela de lado ela tirou o que estava embaixo, era o manto de cor clara com a borda dourada, e em uma das postas os sigilos dos Royce e Targaryen lado a lado, a lady segurou a ponta bordada e passou a ponta dos dedos nelas.

── Foi eu que fiz os bordados. - Aemma comentou olhando para o manto.

── Ficaram lindos. Eu amei, muito obrigada, Lady Aemma. - Rhea agradeceu sorrindo para ela.

── Eu fico muito feliz que tenha gostado dos presentes.

── Eu tenho algo para você também. - a morena virou para Kate. ── Pode pegar para mim Kate?

── Claro, Lady Rhea. - a mulher levantou-se de sue lugar e pegou uma caixa dentro do bau que tinha sido trazido com suas coisas e entregou para ela. Rhea sorriu em agradecimento e se virou para Aemma entregando para ela.

Enquanto dobrava os mantos para guardar de onde ela tinha tirado, ela observava a mais nova abrir e tirar o pesente de dentro da caixa, um manto vermelho e dourado e três roupas para bebês, a cada peça que ela pegava sua reação era ainda mais divertida paar Rhea, que rir. Desde que havia se casado com Daemo, a que mais parecia feliz com a adição além de seu sogro, era lady Aemma, que se aproximou dela desde o primeiro contato sendo o mais doce que alguém poderia ser, e aquilo tinha encantado Rhea, que mesmo com pouco contado sentia um grande apreço pela Arryn.

── Eu adorei. Muito obrigada. - Aemma olhou para a pequena roupa.

── Não há de que. - Rhea falou virando para Aemma que tinha seus olhos brilhando de lágrimas. ── Não precisa chorar.

── Me perdoe, eu ando um pouco mais sentimental desde a gravdidez. - comentou a lady acenando sua mão na frente do rosto. Com um sorriso de compreensão, Rhea levantou seu braço puxando para mais perto, e a abraçando.

Aemma a abraçou de volta se permitindo chorar um pouco enquanto era consolada por Rhea que passava a mão  em suas costas.

── Está tudo bem chorar um pouco. - Rhea sussurrou.

── Eu só me sinto um pouco insegura às vezes com a gravidez. - Aemma se separou dela secando as lágrimas de suas bochechas.

── É normal, mas eu tenho certeza de que você será uma ótima mãe. - Rhea comentou segurando na mão dela que assentiu.

── Meu medo é com o bebê, e se eu não conseguir segurá-lo, e se perder o bebê como os dois últimos. - murmurou insegura sentindo as lágrimas voltarem, desde a descoberta de sua gravidez aquele tinha se tornado o maior medo que habitava sua mente e coração e o motivo de suas preocupações.

── Não tem que pensar nisso agora. Você já chegou à quinta lua de gravidez, agora tem que se cuidar até o final e principalmente não passar por estresse, isso também vale para deixar com essas preocupações tomar conta de sua cabeça. - aconselhou a mais velha apertando a mão de Aemma que assentiu dando um sorriso fraco para ela. ── Estarei aqui pelas próximas semanas, pode conversar comigo, é melhor deixar isso só para mim.

── Está bem. Agradeço pelos conselhos.

【...】

Sentada no banco de pedra, Rhea observava as folhas vermelhas da árvore de coração, balançando com o vento fraco, na semana em que ela estava na Fortaleza Vermelha, ela raramente conversava com seu marido, quase não o via, apenas nos jantarem em que ele era obrigado a comparecer, os boatos era de que ele estava acabando com a saudade que sentia da Baixada das Pulgas.

Ela não queria estar ali, esperando por ele, não queria ter que ter passado pela humilhação de ter mandado chamá-lo. Mas seu pai tinha convencido ela de que era melhor que eles conversassem.

── Está com saudade? - a voz de Daemon a fez virar sua cabeça vendo ele caminhando em sua direção. ── Não achei que fosse do tipo grudenta, querida esposa.

── Eu achava que você era assim, não consegue desgrudar das saias das suas putas. - comentou a lady ironicamente.

── Mandou me chamar para isso? - Daemon perguntou sentando-se ao lado dela.

── Se esse fosse o motivo da nossa conversa você não estaria aqui Daemon. - Rhea disse passando a mão por sua barriga sentindo o bebê chutá-lo. ── Na verdade eu chamei você aqui para discutirmos sobre o ovo de dragão.

── Que ovo de dragão?

── O que o nosso filho vai receber, obviamente. - Rhea respondeu. ── Vocês não costumam  colocar um ovo no berço de suas crianças?

── Acha que dariamos um dragão para o Vale? Para sua casa?

── É um direito do seu filho ter um ovo em seu berço. Ele é um Targaryen.

── Que tem sangue Royce. - Daemon pontuou fazendo a mulher revirar os olhos.

── Ainda sim um Targaryen. E meu filho não terá menos privilégios por ser meio Royce. Você é um príncipe, seus filhos tem que ter ovos em seu berço. - Rhea insistiu.

── Tudo bem, façamos um acordo. - Daemon pediu para Rhea suspirar.

── Sempre que tem que haver um acordo. - revirou seus olhos e virou seu rosto para olhá-lo. ── Diga.

── Você receberá o ovo de Dragão para a criança, se ela tiver um nome valiriano, que eu escolherei, e o meu sobrenome.

── Ele terá seu sobrenome de qualquer jeito, mas você pode escolher o nome dele.- Rhea estendeu sua mão para Daemon que negou com a cabeça.

── Quando ele virar Lorde de Runestone, ele continuará usando o Targaryen assim como meus netos e o herdeiro dele.

── E por quantos anos isso vai continuar? Não vai aceitar isso. - Rhea negou com a cabeça.

── É isso ou ele não terá um ovo de dragão.

── Está bem. - Rhea levantou do banco, Daemon levantou-se também com um sorriso no rosto, achando que tinha vencido. ── Ele pode domar um dragão quando for mais velho.

── O que? - perguntou confuso, ele achava que ela aceitaria seu acordo.

── Tenha um bom dia marido. - a lady virou-se de costas para ele e começou a se afastar deixando um Daemon totalmente confuso para trás.

Sentindo um ódio dentro de si, Daemon se virou na direção oposta e se afastou em passos rápidos, como ela ousava negar aquele acordo que com certeza era mais vantajoso para ela.

No fim da tarde, Rhea voltou para o mesmo lugar, sentou-se no banco de pedra e ficou olhando as vermelhas flores da árvore de coração balançando em contraste com o céu alaranjado atrás dela, enquanto massageava levemente sua barriga sentindo o bebê chutar fortemente, como já fazia a quase uma lua.

Passos se aproximando dela foram ouvidos, mas ela continuou como estava antes, sem se importar com quem estava vindo. A pessoa sentou-se ao seu lado e de canto de olho, ela viu que era Daemon. O jovem príncipe olhando para a árvore estendeu seu braço na direção dela e a colocou sobre sua barriga sentindo o chute que o bebê deu. Estranhando a ação Rhea olhou para ele com atenção

── Se o bebê for realmente meu, ele terá um ovo de dragão em seu berço. - Daemon murmurou olhando para a barriga da mulher, estranhado Rhea olhou para o rosto dele buscando algum sinal de mentira e ele olhou para ela de volta. ── Não precisa me dar nada em troca.

── Você ainda pode escolher o nome dele, que não seja Maegor. - Rhea disse fazendo Daemon soltar um riso fraco.

── Está bem. - Daemon concordou tirando a mão da barriga dela e desviando o olhar para frente.

E em silêncio eles continuaram sentados no banco observando a paisagem, talvez aquele fosse o momento em que eles mais conseguiram ficar em paz juntos no mesmo lugar, em sua mente Rhea se perguntava o que, ou quem tinha feito ele mudar de ideia e ido falar com ela tão calmo.

【...】

Rhea passou a mão pela barriga e resmungou quando sentiu novamente uma dor aguda. A lady respirou fundo esperando que ela passasse.

── Lady Rhea, talvez seja melhor voltarmos para dentro, para seu quarto. - Kate pediu, sua dama de companhia estava acompanhando ela naquele passeio mesmo não concordando nela sair de seu quarto com a chance dela dar a luz a qualquer momento.

Ignorando seu pedido, ela voltou suas mãos para o cavalo a sua frente, desde que ela tinha descoberto sua gravidez foi aconselhado que ela não andasse a cavalo e ela seguiu, mas sentia falta de cavalgar com sua égua, Astra, que estava com ela a três anos.

── Já vamos entrar Kate. - Rhea finalmente respondeu a mais nova que se aproximou dela chegando ao seu lado. ── Eu só estou matando minha saudade, faz luas que não dou um passeio com a Astra.

── Astra estará aqui quando a senhora poder voltar a andar a cavalo quando a criança nascer. - Kate comentou olhando para a égua que aceitava o carinho de sua dona de bom grado.

── E parece que ele quer nascer logo. - Rhea comentou tirando a mão da égua e olhando para Kate que estava com uma expressão confusa.
── O que?

── Kate. - Rhea sorriu e olhou para baixo levantando um pouco a barra do vestido, seguindo o movimento dela, Kate viu uma pequena poça de água se formando entre as pernas da lady e molhando a palha do estábulo onde elas estavam.

── Pelos Sete. - exclamou em choque.  ── Agora não pode negar entrar.

── Sim, a menos que eu queira que ele nasça aqui fora. - Rhea brincou recebendo um olhar de repreensão da lady. ── Não estou falando sério. 

── Vamos. - Kate pegou na mão de Rhea a guiando para fora do estábulo, com cuidado. Na saída elas encontraram com Rowena, que vinha em direção aos estábulos com seu filho mais velho.

── Está tudo bem? - Rowena perguntou vendo a expressão de incômodo que sua irmã fazia.

── O bebê está nascendo. - Kate falou começando a entrar em pânico.

── Ele não…

── Ai meu deus. - Rowena interrompeu sua irmã e se virou para o servo que vinha com ela. ── Avise ao príncipe Daemon e ao meu pai que meu sobrinho vai nascer… E leve o Gyles com você.

Rowena entregou seu filho para o servo que se virou e andou rapidamente de volta para dentro do castelo, a mais nova andou até o outro lado de sua irmã. Rhea foi levada para seu quarto, e enquanto sua irmã ficava com ela, Kate foi buscar pela parteira que chegou junto a algumas servas que carregavam tudo o que precisavam para o parto.

Rhea foi colocada agachada se apoiando na cama quando a parteira sentiu que a cabeça do bebê estava no lugar, depois de horas sentindo dores, sua irmã não saiu do lado dela desde o momento em que elas tinham chegado ao aposento dela, mesmo com todas as reclamações de sua irmã. Foram árduas horas e dor, a lady achava que no final de tudo, depois de todo aquele esforço, ela morreria. Mas assim que o choro forte e estridente encheu o quarto, ela sentiu um enorme alívio.

Já deitada em sua cama, limpa e vestida com uma nova camisola, o bebê foi entregue em seus braços ela sentiu seu coração bater mais rápido, ela já amava seu filho quando ele estava dentro de si, crescendo e se desenvolvendo, mas ver seu pequeno rosto avermelhado, sentir sua pele junto a sua, ela o amou ainda mais, Rhea nem sabia que tinha a capacidade de amar tanto alguém como ela já amava aquele pequeno ser humanos que ela conhecia a tão pouco tempo.

Rhea estava tão concentrada em seu filho que não percebeu as portas se abrindo, Daemon entrou por elas, ele não queria entrar naquele momento, a ideia de ser pai o assustava, ele não queria naquele momento o compromisso de ser pai e principalmente com alguém que ele não gostava, mas o destino tinha resolvido rir dele e lhe dado um filho, ele era pai, sabia disso só não queria aceitar ainda.

Coçando a garganta, ele chamou a atenção de Rhea que olhou para cima olhando para ele, o sorriso que tinha em seu rosto morreu e uma expressão séria tomou conta de seu rosto.

── Se venho conferir se ele é realmente seu filho, peço que volte amanhã meu príncipe. - Rhea pediu com uma voz baixa voltando a olhar para seu filho esperando que Daemon saísse de seu quarto.

── Não posso deixar que ele fique sem nome até amanhã. - Daemon comentou se aproximando da cama. ── Me dê ele aqui.

── Daemon, por favor. - Rhea pediu, segurando o bebê ainda mais perto.

── Rhea, me dê meu filho. - Daemon pediu com ainda mais convicção.

A mulher suspirou aliviado seu aperto no bebê e deixou que o marido pegasse o menino em seus braços. Olhando atentamente ele, Rhea tentava decifrar quais eram seus pensamentos através de suas expressões, mas ele parecia neutro com aquilo.

── Rhaegon. - Daemon disse por fim ainda olhando para o bebê.

── Hum?

── Rhaegon Targaryen, será seu nome. - o príncipe rebelde repetiu e olhou rapidamente para Rhea e voltou sua atenção para o bebê. ── Será um ótimo cavaleiro de dragão.

Em silêncio, a lady observou o homem olhando para seu filho, parecendo não se importar com os cabelos escuros como carvão que ele tinha, o aperto que ela sentia em seu coração mais aliviado por Daemon não parecer contestar a legitimidade do filho deles. Que era dele, ela sabia que era.

Quando seu pai e sua irmã entraram no quarto para vê como ela estava e por seu bebê, Daemon entregou Rhaegon para ela e se retirou do quarto, preferindo deixá-los ter um momento em particular, e olhando para seu filho, Rhae entendeu porque Daemon não tinha falado nada. No tempo em que ele estava no colo de seu marido, o bebê tinha aberto seus olhos, e eles eram violeta e brilhavam como duas pedras preciosas.

【...】

Depois dos quarenta dias do resguardo que ela tinha passado, mas os vinte dias até que seu filho completasse duas luas. Rhea se viu indo para a capital novamente, para que Rhaegon fosse apresentado para o rei e a corte junto com sua prima, Rhaenyra, filha do príncipe Viserys Targaryen e de sua esposa Lady Aemma Arryn, que tinha nascido sete dias depois de seu filho.

Rhea olhava atentamente para o bebê que estava sendo segurado pela aia que cuidava dele desde o nascimento, seu nome era Isabel, e ela era uma senhora que tinha cuidado também dela, então a lady confiava seu filho a ela.

── Será que falta muito para chegarmos? - Kate perguntou olhando pela janela da carruagem vendo apenas o verde das árvores se movimentando.

── Está tão ansiosa para vê quem em King's Landing? - Rhea perguntou vendo o rosto da amiga ficando vermelho, o que tirou um riso dela.

── Ninguém Lady Rhea. - respondeu rapidamente olhando para a morena que sorriu estreitando seus olhos. ── Só estou ansiosa para que o príncipe Rhaegon seja apresentado à corte.

Rhea assentiu com um sorriso e voltou a olhar para seu filho, mas com a visão panorâmica vendo o rosto ainda corado de Kate.

A viagem não foi muito longa, logo elas já estavam dentro da Fortaleza Vermelha, sendo recebidas por seu sogro e seu cunhado, Rhea não ficou muito tempo com eles, o suficiente para que eles conhecessem Rhaegon e então ela foi de encontro à Aemma, que estava em seus aposentos.

── Aemma. - Rhea entrou dentro do quarto sorrindo e procurando por ela.

── Aqui. - a voz doce e baixa de Aemma chamou por ela que a encontrou sentada em uma cadeira na frente da cama, se aproximando ela viu um berço. ── Eu não consigo parar de observá-la.

Segurando seu filho firmemente, que estava dormindo, ela se aproximou de sua amiga vendo o berço, onde a bebê estava, com os olhos abertos retribuindo o olhar da mãe.

── Ela é linda. - sussurrou a mulher observando a bebê.

── Quer segurá-la? - a Arryn perguntou levantando da cadeira com cuidado.

Não querendo negar, Rhae assentiu e entregou seu filho a Aemma que sorriu passando o dedo na bochecha do bebê. Com cuidado, a lady mais velha pegou Rhaenyra de dente de seu berço.

As duas mulheres andaram até o sofá com os bebês trocados e sentaram-se nele cada uma observando o bebê em seu colo. Rhea sorriu quando a pequena menina sorriu para ela.

── Eles são tão bonitos. Eu passaria horas observando eles. - Aemma comentou encantada com o pequeno Rhaegon que parecia começar a acordar.

── Fala como se já não fizesse isso. - Rhea comentou tirando um riso da amiga, que parou imediatamente e olhou para vê se o bebê tinha algum sinal de incômodo com o barulho.

── Como foi para você? Depois do parto? -  Aemma perguntou olhando para Rhea que deu os ombros.

── Os primeiros dias foram meio turvos, eu sangrei por quinze dias seguidos, e sentia dor quando estava acordando mas eu dormia muito e me sentia cansada, mas depois dos quinze dias eu fui melhorando, ainda passei fiquei de cama pelos até que Rhageon completasse uma lua, mas estava melhor e depois comecei a andar aos poucos pela castelo. A verdade é a primeira viagem longa que faço e o carruagem venho bem lentamente para nossa segurada, por isso demorou mais que o normal. - Rhea relatou ajeitando a bebê em seu colo. ── E como foi para você?

── O parto foi difícil, e os dias após ele piores, eu sangrei por vinte e cinco dias, eu pensei que fosse morrer em alguns dias. Ainda me sinto um pouco cansada mas começo a andar com a ajuda de Viserys, levei Rhaenyra até os jardins a dois dias. - Aemma comentou e suspirou. ── Mas toda vez que eu olho para ela, sinto que todo esse sofrimento valeu a pena, apenas por ter ela nos meus braços.

── Eu também me sinto assim. - concordou Rhea olhando para seu filho que estava acordado, e sem chorar. ── Passaria por tudo novamente apenas ter Rhaegon comigo.

── Você teve sorte. De ter um menino primeiro. - Aemma murmurou e Rhea assentiu, ela se sentia sortuda por ter tido um menino, sabia que seria seu único filho e era melhor que fosse um homem.

── Sim, eu fui sortuda por isso e também porque não sabia cuidar de uma menina. - Rhea comentou e lady Aemma olhou para ela sorrindo.

── Eu tenho certeza de que você seria uma ótima mãe de menina, Rhea. - o comentário fez a Royce fazer uma cereta.

── Não, não mesmo. - negou com a cabeça olhando para Rhaenyra. ── E eu não saberia, porque não vai sair mais crianças de dentro de mim.

── Eu quero ter mais filhos, um menino pelo menos. - contou seus desejos com um sorriso sonhador no rosto. ── E se os Deus forem bons, talvez mais dois.

── Quatro filhos? - Rhea perguntou e a Aemma assentiu. ── Eu te desejo sorte para cuidar de tantas crianças.

── Eu vou amar cuidar de todas elas. Assim como amarei cuidar do Rhaegon se precisar de ajuda. - passou o dedo pelo nariz do bebê que sorriu.

── Digo o mesmo para Rhaenyra e seus futuros três irmãos.

【...】

Rhea lia um livro sentada na janela de seu quarto, de onde ela tinha visão de todo o quarto, inclusive de Rhageon que recebia atenção de sua aia, sua ama de leite e de Kate que era a que mais amava seu filho. A lady preferiu ficar reclusa em aposento durante o dia, depois da noite em que Rhaegon foi apresentado ao rei e à corte.

A porta fora aberta ganhando a atenção de todas que estavam presentes no local. Daemon entrou sendo seguido por dois guardiões de dragão que carregavam uma grande incubadora, que tinha fumaça saindo dele.

Daemon andou até as três mulheres e pegou seu filho dos braços de Kate e andou de volta até a incubadora. Sorrindo, o Targaryen pediu para que abrissem a tampa revelando um ovo de dragão de casca preta e cinza dentro dela.

── Olha o que trouxe para você. - o homem sussurrou olhando para o filho. ── Seu ovo de dragão, dele nascerá sua montaria.

── É o que esperamos que aconteça. - Rhea comentou chegando ao lado do marido e olhando para o ovo. ── Mas caso não aconteça, ele tomará um, tenho certeza de que terá essa capacidade domar um.

── Claro que sim, ele é meu filho. - Daemon falou convencido fazendo Rhea revirar os olhos.

── Não faça isso. - a mulher pediu observando Daemon levantar um pouco o bebê que sorriu. ── Ele ainda é muito novo Daemon.

── Ele está sorrindo. - Daemon falou, mas desceu o bebê deixando ele em seu braço.

── Isso não quer dizer que é seguro. Me dá meu filho. - Rhea tentou pegar Rhaegon dos braços do pai que negou, se afastando dela.

── Não, você passa o dia com ele. E ele também é meu filho.

── Você entendeu o que eu disse. - Rhea tentou pegar novamente mas Daemon se afastou novamente.

── Vocês brigam como duas crianças. - a voz de Baelon fez com que os dois parassem e olhassem para ele que tinha entrado no quarto.

── Sogro. - Rhea o cumprimentou.

── Pai, o que faz aqui? - Daemon perguntou ajeitando Rhaegon que tinha começado a se mexer em seu colo.

── Vim chamá-los para almoçarmos juntos, Viserys e Aemma estão indo nos encontrar. - Baelon os convidou.

Rhea olhou para Daemon que estava a alguns passos de distância dela, que a olhou de volta e os dois assentiram, aceitando o convite

── Tragam o menino, sei como mães ficam aflitas separadas dos seus filhos nas primeiras luas. - o Targaryen comentou antes de se virar e sair do quarto.

Novamente Daemon e Rhea se olharam, e depois de uma breve discussão, ela deixou que ele carregasse Rhaegon. Mas isso durou apenas até metade do corredor por onde eles seguiam, já que o bebê começou a chorar e o príncipe rapidamente entregou seu filho para a mãe que revirou os olhos indo consolar seu filho.

❛ ━━ OLÁ, OLÁ ESTRELAS. VOLTEI
com Dragon Dynasty, porque eu amo essa fanfic, eu amo o Rhaegon e a Rhaenyra. Não teria como não voltar com eles em algum momento!!

━━ QUERIA PEDIR A VOCÊS QUE comentem e votem nos capítulo, não vou colocar uma meta para atualização mas eu gosto de saber o que acham da estória. Principalmente algo que eu estou reescrevendo e adicionando novas coisas

━━ TAMBÉM PEÇO PACIÊNCIA EM relação às atualizações, já que eu tenho outras fanfics para atualizar e também não posso ficar trancada no quarto só escrevendo (por mais que eu queria)

━━ CASO QUERIAM CONTEÚDO adicional dessa fanfic e de outras é só me seguir nas minhas outras redes sociais, meu user é @/moonfl3ur, e tem elas no link da minha bio aqui no perfil ❜

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Não copie nada nem permissão e os créditos! ꒱