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𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 4: O Torneio Sombrio





Uma disputa perigosa para encobrir os mistérios mais sombrios de Atlanta.

Nigrum era um setor envolto em mistério e sombras, onde a luz parecia não penetrar completamente, criando uma aura de tensão que pairava no ar. As nuvens escuras e o céu carregado davam à região uma sensação de constante penumbra, como se o próprio clima estivesse em guerra com a terra. O solo era árido, a vegetação rasteira crescia com dificuldades, e as construções eram robustas, feitas de metal e concreto, com arcos escuros e formas retorcidas que pareciam quase desafiadoras. O cheiro da terra seca misturava-se ao aço da arquitetura, um lembrete constante de que Nigrum não era apenas um setor, mas um símbolo de resistência e de força bruta.

O som da multidão reunida nas arquibancadas da arena era ensurdecedor, mas não aquecia o ambiente. Nigrum não era um lugar onde o calor humano era cultivado. As pessoas ali estavam ali por obrigação, e a pressão se sentia no ar. A arena em si era um monumento a essa rigidez, imensa e imponente, com seu piso de concreto ressoando como um eco de um passado de lutas e vitórias.

A apresentação de Ayla Marin começou com um silêncio que se arrastava como uma sombra. Ela entrou no centro da arena, montada em um cavalo branco, seus olhos verdes como esmeraldas fixos no horizonte. O brilho metálico de sua armadura brilhava sob a luz sombria, mas sua presença era tranquila e implacável, como uma tempestade prestes a se desatar. Sua postura, ereta e firme, deixava claro que ela não era alguém a ser subestimada. A calmaria de seus movimentos parecia uma preparação para a violência que se seguia.

Ayla não era como as outras candidatas; ela não buscava ser o centro das atenções, mas sua habilidade inegável e sua aura de imensa força a tornavam impossível de ignorar. O vento soprava suavemente, agitando seus cabelos. Os cabelos de Ayla eram como chamas selvagens, ruivos e intensos, brilhando com uma intensidade que refletia sua alma ardente. Eles caíam em ondas caóticas até suas costas, como se o fogo se desprendesse de sua própria essência, incontrolável e vibrante.

Cada fio parecia se mover com uma energia própria, iluminado pela luz da arena, como se estivesse sempre à beira de se consumir completamente. O ruivo não era apenas uma cor; era um reflexo da fúria contida que existia dentro dela, da força que queimava em seu peito, pronta para devorar tudo o que se opusesse ao seu caminho. Sua alma, assim como seus cabelos, parecia estar eternamente em chamas – uma chama que não se apagava, que não se suavizava. Cada movimento seu era uma prova de que, por trás da calma superficial, havia um fogo incansável, um calor devastador que nunca deixava de consumir. Mas seu rosto permanecia impassível, como se nada a afetasse. Seus olhos, ainda fixos, nunca se desviaram da tarefa à frente. Ela era a verdadeira filha de Nigrum – fria, calculista e imbatível.

A multidão explodiu em gritos e aplausos assim que ela começou a se mover. Com destreza, Ayla guiou o cavalo com firmeza, suas mãos ágeis no arco. Sua flecha cortou o ar com precisão, acertando o primeiro alvo com uma clareza que fez o público estacar em choque. Mas o que realmente impressionou foi a calma imperturbável com que ela continuou a execução de sua apresentação, como se não houvesse nada no mundo que pudesse desviar seu foco. Cada movimento, calculado e letal, parecia refletir a natureza de Nigrum – implacável e destemida.

Quando o último alvo surgiu diante dela, Ayla aumentou a velocidade do cavalo e, em um movimento quase hipnótico, saltou com ele sobre um obstáculo, mirando ao mesmo tempo. A flecha cortou o ar como um relâmpago, e, quando acertou o centro do alvo, uma onda de gritos de admiração se espalhou pela arena. A calmaria dela, uma serenidade intransponível, contrastava com a explosão de excitação ao redor. Ela havia conquistado Nigrum e todos ali, mas de uma maneira tão firme e sem emoção que parecia quase... assustadora.

À medida que Ayla retornava ao centro da arena, sua postura nunca mudou. Ela levantou o arco em sua mão esquerda, uma saudação silenciosa à vitória que só ela sabia que conquistara. Mas, enquanto passava em frente à família real, seus olhos se encontraram com os de um dos príncipes. O olhar dele era sério, marcado por uma intensidade que não poderia ser ignorada. Ela não vacilou, não desviou o olhar. A tensão entre os dois foi palpável, mas Ayla permaneceu firme, como uma rocha inabalável. A arena explodiu em aplausos, mas ela, como sempre, parecia já estar além de tudo aquilo, sabendo que sua verdadeira batalha não era ganhar o respeito da multidão, mas provar sua força inquebrantável para aqueles que de fato importavam.

Nigrum, com seu caráter sombrio e seu povo marcado pela luta constante, encontrou nela uma filha verdadeira – e Ayla Marin, com sua frieza, serenidade e força letal, não era mais apenas uma concorrente para a Coroa de Diamante. Ela era uma força da natureza.

A espera de Nathan se torna uma pressão quase palpável, como se o calor de Nigrum estivesse queimando em seu peito, mas não de forma agradável. A cidade, com suas contradições de pobreza e importância estratégica, emana uma energia crua e implacável. Ele sente a intensidade do lugar, e algo dentro dele se reacende, como se a oportunidade de mudar tudo ali fosse mais do que um sonho distante. Ele observa a arena com um olhar calculista, seu semblante sério, mas seu coração um pouco inquieto. Os aplausos e o entusiasmo da multidão ecoam como um eco distante em sua mente, distraindo-o apenas por um momento enquanto se prepara para o que viria a seguir.

A apresentação de Ayla é, sem dúvida, hipnotizante. Ela surge montada em um cavalo branco, com seus cabelos ruivos como chamas, refletindo uma luz dourada que parece irradiar não apenas de sua aparência, mas de sua própria essência. Cada movimento seu é perfeitamente orquestrado, o cavalo responde com maestria, e as flechas que dispara cortam o ar com precisão mortal. Nathan sente um arrepio percorrer sua espinha enquanto observa a forma como ela comanda a arena, seus cabelos queimando como um incêndio incontrolável e sua postura desafiadora fazendo-o questionar sua própria seriedade. Ayla não é apenas uma competidora – ela é uma força a ser reconhecida.

Quando seus olhares se cruzam, por um breve momento, a troca é carregada de tensão. Nathan sente um impulso estranho, uma mistura de atração e desconforto. Ayla, com seus olhos ardentes, o desafia sem palavras, e isso o deixa inquieto, como se uma parte dele quisesse entender mais sobre ela e outra parte, mais cética, quisesse mantê-la à distância. Ele percebe que a garota da qual tanto ouvira falar não era apenas mais uma concorrente; ela era uma força em si mesma, alguém que não se contentaria com o simples cumprimento das expectativas.

A recepção parecia interminável, um desfile de rostos vazios e palavras ocas. Nathan segurava uma taça de vinho, mas não se dava ao trabalho de beber. Seu olhar vagava pela sala, embora sua mente estivesse em outro lugar: na arena, nos olhos verdes e intensos da garota que cavalgara como se fosse parte do vento. Ayla Marin.

Quando ela entrou no salão, sua presença capturou o ar. Vestindo um vestido vermelho profundo, seus cabelos ruivos caíam como ondas de fogo, brilhando sob as luzes do salão. Ela não parecia hesitante, mas tampouco ansiosa por aquele ambiente opressor. Caminhava como se o mundo estivesse contra ela — e ela estivesse disposta a enfrentá-lo.

Nathan endireitou-se ao vê-la se aproximar, acompanhada por Louis Fedeyne, que, como de costume, exalava entusiasmo artificial. Quando pararam diante do príncipe, Louis abriu um sorriso largo e exagerado.

— Alteza, permita-me apresentar Ayla Marin, a brilhante representante de Nigrum! — anunciou com um entusiasmo quase teatral.

Nathan manteve os olhos fixos em Ayla, ignorando completamente Louis. Ele estendeu a mão, a formalidade calculada, e abriu um leve sorriso.

— Senhorita Marin — disse ele, sua voz firme e controlada. — Uma apresentação excepcional. É um prazer conhecê-la.

Ayla o encarou por um momento antes de aceitar o cumprimento. Sua mão encontrou a dele com firmeza, sem traços de timidez ou hesitação. Nathan levou a mão dela aos lábios, como o protocolo exigia, mas algo na expressão de Ayla chamou sua atenção. Não era apenas desconforto; era desprezo contido.

— Não posso dizer o mesmo, Vossa Alteza — respondeu ela, sua voz baixa, mas com uma clareza cortante.

Louis engasgou de leve, visivelmente desconcertado. Nathan, no entanto, manteve a compostura. Ele abaixou a mão devagar e inclinou ligeiramente a cabeça, como se convidasse Ayla a continuar.

— E por que não? — perguntou, seus olhos estudando cada detalhe dela.

Ayla cruzou os braços suavemente, mantendo o olhar firme. Sua voz saiu com uma calma calculada, cada palavra carregada de significado.

— Porque não vejo como alguém que se mantém acima de seu povo pode realmente se importar com ele.

Por um instante, o salão inteiro pareceu silenciar. Nathan ergueu uma sobrancelha, sua expressão endurecendo. Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância entre os dois, sua voz baixa, mas carregada de peso.

— E o que exatamente você acredita que sabe sobre mim, senhorita Marin?

Os lábios de Ayla curvaram-se em algo que não era exatamente um sorriso, mas uma expressão de desafio sutil.

— Talvez eu saiba menos do que gostaria — admitiu, sua voz adquirindo um tom mais perspicaz. — Mas sei muito sobre Nigrum. Sobre a fome, a desigualdade, a injustiça. Eu cresci vendo minha mãe trabalhar até os ossos para sustentar a mim e os meus irmãos. E sei que, enquanto nós lutávamos para sobreviver, vocês, nobres, desfrutavam da "miséria" em seus camarotes confortáveis.

Nathan prendeu a respiração, cada palavra dela o atingindo como um golpe preciso. Ele sentia sua própria raiva crescendo, mas também algo mais — uma estranha sensação de respeito pela ousadia dela.

— É fácil julgar de fora — respondeu ele, o tom frio. — Mas governar não é tão simples quanto parece. Sacrifícios precisam ser feitos para manter um equilíbrio.

— Sacrifícios de quem? — Ayla rebateu, sua voz afiada. — Porque, até agora, parecem sempre ser feitos pelos mesmos.

Nathan apertou a taça em sua mão, seus dedos quase brancos pelo esforço. A garota à sua frente era diferente de qualquer outra que ele já conhecera. Enquanto tantas buscavam agradá-lo, Ayla parecia determinada a desafiá-lo.

— Você fala com muita convicção, senhorita Marin — ele disse, inclinando-se ligeiramente. — Mas será que a mesma convicção que você demonstra aqui será suficiente para sustentar um reino inteiro? Ou sua coragem se limita a palavras?

Os olhos de Ayla brilharam com uma intensidade feroz. Ela deu um passo à frente, quase eliminando o espaço entre os dois.

— Eu não vim aqui para ganhar sua aprovação, Vossa Alteza — disse ela, sua voz um sussurro afiado. — Vim porque acredito que o povo merece algo melhor. Se eu tiver que carregar o peso de um reino para isso, que assim seja.

Nathan ficou em silêncio, cada palavra dela ecoando em sua mente. Antes que ele pudesse responder, Louis, visivelmente tenso, interveio novamente.

— Bem, bem, senhorita Marin! Ainda temos uma sessão de fotos para completar. Vamos! — disse ele, apressado, segurando o braço dela suavemente.

Ayla deu um último olhar para Nathan antes de se afastar, os olhos dela ardendo com um desafio silencioso que parecia impossível de ignorar.

Nathan permaneceu imóvel, observando-a desaparecer na multidão. Sua mente estava uma tempestade de pensamentos, cada um mais confuso que o outro. Pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu que alguém o vira além do título. Alguém que ousava questioná-lo sem medo.

Um pequeno sorriso curvou seus lábios, mas não era de satisfação. Era de admiração relutante — e da certeza de que aquela garota não sairia de seus pensamentos tão cedo.

A fé, dizem, é uma das virtudes mais essenciais da alma humana. É ela que sustenta a crença em um bem maior, que ilumina os dias mais sombrios e aponta um caminho mesmo quando tudo parece perdido. Mas quando a fé se corrompe, é como assistir à morte da própria alma: o ser humano torna-se uma casca vazia, sem identidade, sem direção, à mercê do nada e manipulado por seus próprios demônios. Nathan Crowther era exatamente isso – um príncipe despedaçado, aprisionado pelo peso de um sistema corrupto e pelo vazio do "agora".

Do outro lado desse destino emaranhado, estava Ayla. Se palavras fossem capazes de descrever a dor que ela carregava no peito, talvez os dias em exílio dentro de si mesma fossem mais fáceis de suportar. Mas o sofrimento de viver aquilo que realmente se é – isso, ela sabia, não havia como descrever. 

O alistamento havia iniciado uma nova fase em sua vida, uma luta pela sobrevivência e por algo maior que ela mal conseguia compreender. Ayla, recém-saída da primeira etapa, sentia-se como um barco furado, à deriva em um oceano tempestuoso. A vitória sob as filhas de Nigrum deveria ser um triunfo, mas apenas trouxe consigo um peso insuportável. De volta à sua casa, ela se recusava a abrir os documentos sobre o próximo desafio. Em vez disso, sua mente era assombrada por outra coisa – ou melhor, por alguém. O olhar penetrante e gélido de Nathan Crowther parecia persegui-la, invadindo seus sonhos em uma tormenta de pesadelos e sensações que ela não sabia explicar.

Naquela tarde, Ayla decidiu se afastar de tudo por algumas horas. Iria caçar com Blacke, seu amigo de longa data, que esperava pacientemente em frente à sua casa. O céu exibia tons de cinza carregado, como um prenúncio de algo que ela não sabia se estava preparada para enfrentar. Organizou seu arco e suas adagas antes de sair, tentando ignorar o aperto que sentia no peito.

Blacke estava parado, os olhos fixos no horizonte. Ayla se aproximou, caminhando ao lado dele em silêncio por um tempo. Mas o mutismo de seu amigo não era algo habitual, e isso a incomodava.

— Está tão bonito... — murmurou ela, olhando para o céu.

Ele apenas balançou a cabeça em concordância, mas não disse nada. Aquela quietude a irritava; Blacke sempre fora o falante entre os dois.

— O que você tem? — perguntou abruptamente, franzindo o cenho.

Blacke hesitou. Passou a mão pelos cabelos escuros e desviou o olhar.

— Só... não dormi bem. É isso. — Sua voz era evasiva, e Ayla o conhecia bem demais para ser enganada.

— Não minta para mim, Blacke. Sei quando você está mentindo! — retrucou, cruzando os braços.

Ele soltou um suspiro profundo, e seus olhos finalmente encontraram os dela.

— Estava pensando que esta pode ser a última semana em que caçamos juntos. E, se for, eu não sei como lidar com isso, Ayla.

As palavras dele a pegaram de surpresa. A ideia de não estarem mais juntos incomodava-a mais do que ela gostaria de admitir.

— Isso não vai acontecer. Eu vou voltar para Nigrum, para casa. Prometi isso à minha família. — Sua voz era firme, mas algo nos olhos de Blacke não parecia convencido. Ele desviou o olhar, claramente incomodado.

Blacke respirou fundo e finalmente falou, com uma voz que parecia carregada de um peso contido por muito tempo:

— Não é só isso. Ayla, eu preciso dizer algo que guardei por muito tempo. Nunca tive coragem antes, porque sempre tive medo de te perder. Você é minha melhor amiga, minha parceira em tudo, e achei que se falasse isso, poderia estragar o que temos. Mas agora... agora estou te perdendo para essa coroa de diamante. E, se eu não disser isso agora, talvez nunca tenha outra chance. Eu te amo, Ayla. Sempre amei. E isso está me sufocando. 

O coração de Ayla apertou. As palavras dele a desarmaram. Por um momento, ela não soube o que dizer. O peso da declaração de Blacke era esmagador, mas ela sabia que não podia retribuir do jeito que ele desejava.

— Blacke... — começou, hesitante, tentando encontrar as palavras certas. — Eu não sei o que dizer. Você é muito importante para mim, mas...

Ela parou. A dor no olhar dele era evidente. Blacke assentiu lentamente, como se já soubesse qual seria a resposta.

— Não precisa dizer nada. Só precisava tirar isso do meu peito antes que fosse tarde demais. — Ele desviou o olhar, a voz tremendo levemente. — Só... volte para casa, Ayla. Volte inteira. Isso é tudo o que eu peço.

Ele deu um passo para trás e começou a se afastar, deixando-a ali, sozinha. Ayla ficou imóvel, o coração pesado com tudo o que havia acontecido. Mas não havia tempo para processar aquilo. Quando voltou para casa, foi recebida pela expressão sombria de seu irmão, que segurava os documentos do próximo desafio.

— Você precisa se preparar, Ayla! — disse ele, com urgência.

— Preparar para quê? — perguntou, franzindo o cenho.

— Nessa próxima fase, vidas estarão em suas mãos.

As palavras dele fizeram o sangue de Ayla gelar. Ela arrancou o papel de suas mãos e começou a ler freneticamente. E ali, diante das novas exigências do desafio, ela compreendeu a gravidade da situação. 

"Estou ferrada", pensou, a garganta seca e o coração pesado. "Muito ferrada."

E enquanto as palavras no papel começavam a se misturar em sua mente, a declaração de Blacke e o olhar atormentado de Nathan Crowther ainda pairavam em seus pensamentos, como sombras que ela não conseguia afastar.

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