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ㅤㅤㅤㅤ ㅤX. welcome to a mother's revelation.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas iniciais: bem vindos ao último capítulo do primeiro ato, onde vai ser tiro porrada e bomba de revelação. se lembrem de já votar no começo e comentarem ao longo do capítulo.

Is this revenge I am seeking?
Or seeking someone to avenge me?
Stuck in my own paradox, I wanna set myself free
Maybe I should chase and find
Before they'll try to stop it
It won't be long before I'll become a puppet

it's been so long, THE LIVING TOMBSTONE!

capítulo dez<﹐(WTD)﹐🏠 .
a revelação de uma mãe
┊-slytheprongs ➹
  ۫   𝆹ㅤ࿀   ׄ   ₊    ۪   ׂ   ۪   ೀ  ˙  𝅄  ֪  ࣪   ♪   ׅ  ࣪

ERA UMA VEZ UMA PEQUENA BURGUESA nascida no Brasil no século XIX. Todos a admiravam até o momento em que crescia e percebiam que não era o que fora criada para ser. Ela passou a receber ódio da população por um todo em cada posicionamento que era obrigada a fazer por conta de sua classe de importância no império escravista da época, coisa que, desde sempre fora totalmente contra. A elite jamais aceitaria alguém que publicamente dizia ser abolicionista, e principalmente porque, não pertencia ao critério extremamente rígido branquicista que todos da burguesia deveriam ser.

Entretanto, mesmo ao ódio, ela tinha os seus amigos que conseguiam a apoiar com as tentativas de a rebaixar, e as vezes necessitar de verificar várias vezes se havia alguém a esperando para atravessar o portão de sua residência. Mas quando o primeiro deles morreu numa sequência que só a destruiria mais, as alucinações começaram.

A mulher pareceu enlouquecer completamente. Falava sozinha, tornando-se agressiva. Óbvio que para a época, doenças psicológicas eram descartadas. Tudo de ruim que alguém viria a ter era culpa do diabo, e caso fosse algo bom, de Deus. Não recebeu a ajuda que necessitava, e em diversas sentenças de seu diário, escreveu como era realizado os exorcismos que a destruíram de dentro para fora.

A morena de olhos castanhos fora submetida a quase cem sessões em apenas um mês. O que a ferrou foram as condições. Não podia comer, beber, e ainda era submetida a uma posição que aniquilou a sua capacidade de andar, pelo joelho ser batido várias vezes contra o chão. Fora um verdadeiro inferno enquanto durou, e até hoje no mundo, e principalmente no Brasil, acredita-se na lenda que a elite oportunista aumentou. De que a garota tinha aquelas ideias pelo demônio que nela estava.

Quando ela finalmente morreu, por fome, desidratação, danos e exaustão, seu corpo ficou irreconhecível. Seus pais, nem ficaram tristes. Eles tinha a crença — onde mesmo a garota negando aos berros para que parassem — que realmente estava possuída e que agora estaria em paz.

Se eles realmente conhecessem o que era um demônio de verdade, não pensariam daquela forma.

Jamais esperariam também, que voltasse e assombrasse o país todo. O Brasil se tornou um caos, logo quando os escravos haviam sido liberados e agora se restaurava a primeira república. Várias mortes ocorreram por lá, havendo até, ameaças de guerras entre outros países, por acharem que era um espião, principalmente Paraguaio pela recente intriga devastadora que tiveram. As vítimas eram encontradas sem nenhuma gota de sangue em seus corpos, e isso apelidou o assassino, que nunca descobriram ser uma mulher, de "Senhor Vampiro", por justamente acabar com aqueles que detiam o poder.

Seu nome era Katharina Respreton.

Só havia uma pessoa disponível que pudesse salvar Brooke de seu suicídio. Michael já sentia que não poderia ser um bom sinal a forma como ela começara a agir depois que chegou. Óbvio que se culpou mais, entretanto, precisava fazer isso. Devia desculpas a ela, Henry e Oliver. Infelizmente, não conseguiu fazer isso com nenhum.

Ele seguiu Oliver pela floresta. Corria com todo o fôlego que seu pulmão conseguia inibir. Acabou encontrando o Emily inconsciente escorado sobre uma árvore. Brooke deveria ter feito isso no meio de seu surto, que agora, só fez aumentar sua culpa.

Então um baque passou por sua cabeça. A distância dali até o lago de Hurricane não era muita e isso só poderia significar uma coisa.

Até mesmo aquele lago possuia sua lenda particular. No início, a criação de Hurricane, tudo era pacífico. Mesmo que o mundo estivesse um caos, incluindo o próprio país, a cidade era o refúgio daqueles que apenas buscavam paz e nada de conflitos.

Isso até a primeira criança ser morta cerca de sessenta anos atrás. Era como se toda a depressão fosse sugada para aquele lago. Todos os moradores de Hurricane que estavam depressivos por algo, de forma involuntária e sem explicação, acabava se suicidando lá. Era o lago da morte, como chamaram depois. Lógico que os moradores aumentaram a história, dizendo que haviam corpos, espíritos, sereias e até demônios por lá, como um portal para o inferno. Nunca nada gora confirmado.

Michael chegou no mesmo e nem retirou suas roupas para pular no lago, que imediatamente o fez sentir um frio insuportável na espinha. A chuva iminente fez com que todo o calor da cidade desaparecesse, e Hurricane nunca fora meio termo. Ou era um calor de quarenta graus ou um frio de zero.

Não soube se deveria ficar feliz ou triste por a encontrar no fundo do lago, onde nem mesmo reagia.

A retirou de lá o mais rápido possível. Ele já começava a chorar quando chegou sobre as pequenas pedras úmidas da superfície. Sua pele estava um azul muito frio. Não havia mais calor algum nela e já nem parecia ser possível que pudesse ser reanimada. Mesmo assim ele tentou.

— Vamos lá, Brooke! — ele pedia enquanto apertava o seu peito na tentativa de expulsar a água que impedia a respiração de chegar até o mesmo. — Minha primeira vez te beijando não pode ser numa respiração boca-a-boca! Isso é clichê de filme de romance e você... — ele chorou mais, fazendo com mais força.— É uma cineasta lunática que odeia clichês! Então acorda e se quiser, me bata, machuque ou até me mate, porque mereço. Mas você não!

Ela não voltava, nem quando ele fez a respiração boca-a-boca. Não estava mais ali.

— Ela está acordando... — Brooke, de algum lugar, ouviu esse primeiro murmúrio.

Abriu os olhos, tentando se lembrar do último pensamento ou o que fazia para estar ali. Não deu certo. A visão fora se desfocando para que desse espaço para um quarto muito bonito. A decoração era antiga, como vê-se em livros ou filmes de época, quando a arquitetura era ainda uma forma de expressar sua arte.

— Finalmente, princesinha. — ela se levantou breve e lentamente. O colchão era com certeza o mais confortável em que já dormira em sua vida. Mas nada jamais, se compararia com a sensação de ver aquela mulher.

Era com certeza a mais linda que viu em sua vida. Tinha pele parda; olhos acastanhados, num tom que lembrava mel e avelã ao mesmo tempo; seus cabelos eram castanhos que se iluminavam conforme a raiz descia no penteado que usava, uma trança cascata. A mulher tinha um vestido vermelho antigo, como da era medieval, que combinava perfeitamente com seu cabelo.

De repente, fora abraçada. Ela não pôde reagir; seu alma ainda estava tentando se acostumar com a sensação de morrer. Sentiu também uma gota cair sobre a manga de sua blusa, molhando para que notasse. Estava completamente perdida quando a moça saiu do abraço, uma emoção enorme brilhando em seus olhos.

— Me chamo Katharina, mas pode me chamar de Katy. — revelou e Brooke se sentiu mais perdida.

Ela olhou para o lado, mais afastado, sentado a um enorme sofá estava a quem ouviu por primeiro. Era um homem que também poderia entrar na lista de um dos mais lindos que já tinha visto. Tinha estatura mediana, olhos brilhantemente azuis, cabelos pretos com levianas mechas brancas. Usava um terno que não parecia ser atual assim como o vestido vermelho de Katharina, embora caisse muito bem nele. Não era muito musculoso, mas era robusto para sua altura.

— Que gato... — foi a primeira coisa que ela falou, o que imediatamente fez os dois gargalharem.

— Cuidado ein, garota. — disse ele sobre um sorriso convencido. — Eu sou o seu tio.

Brooke arregalou os olhos, sentindo-se cada vez mais e mais perdida. A mulher não pareceu nada contente com a revelação.

— Theodore, dá para ficar de bico calado?! — mandou, recebendo apenas um revirar de olhos do mesmo, para em seguida voltar a manusear... uma faca!

O arregalar de olhos de Brooke ficando mais evidente fez Katharina rir novamente.

— Relaxa, relaxa, ninguém vai te machucar, pelo amor de algum Deus. — Brooke também usava essa expressão. Levantou uma sobracelha a Katharina. — É que Theo não tem muitos passatempos. E nem eu, considerando o tédio que é esse lugar. Então ele fica brincando com aquela faca idiota para passar o tempo.

— Entendi... — respondeu ainda não convencida. — E onde estamos?

No inferno. — falou Theo dessa vez, desistindo de coloborar na missão de explicar as coisas de forma lenta e leve.

Brooke não pareceu surpresa quanto a isso, o que deixou Theo ligeiramente curioso; já Katharina demonstrou uma feição triste.

— Se Theodore calasse a boca eu poderia ter te explicado de outra forma. — disse ela, em um longo suspiro. — Venha, Brooke. Vamos dar uma volta para que entenda.

— Como sabe o meu nome? — questionou, ainda tentando raciocinar tudo o que recebeu em menos de cinco minutos.

Katharina deu um leve sorriso.

Porque foi eu que escolhi ele.

Agora tudo fazia sentido, ao mesmo tempo em que pegava o significado daquela palavra e embolava em um enorme papel alumínio ardente em fogo, porque também não tinha nexo.

Nem conseguia assimilar que estava morta, ou a revelação que Oliver fez a ela antes de tudo acontecer. Não podia acreditar que era o seu pai, embora também explicasse toda a sua personalidade e traumas que era uma cópia dele.

— Você é minha mãe? — fez finalmente o questionamento que os dois no quarto estavam esperando para que prosseguisse.

Sim. — revelou por fim, abrindo a porta do quarto, sendo agora visto o enorme corredor que só poderia pertencer a um castelo. — Se Theo revelou ser seu tio, ele só poderia ser irmão da sua mãe, que sou eu.

Era realmente muita coisa para se assimilar. De repente, Charlotte não passara de sua prima. De uma hora para a outra a família que anteriormente se matara para reunir-se novamente era mentira. A sensação era de se estar em um outra vida, a qual não a pertencia propriamente.

— Não diga, Sherlock Holmes. — caçoou o homem em uma risada, retruibuida com um fuzilar de olhos.

Brooke seguiu os dois irmãos, que exalavam poder por onde passavam. Muitos homem, ou talvez cavaleiros pelas armaduras e capacete de soldado, curvavam-se a medida do que andavam. Demorou um tempo até perceber que também eram para ela.

Mas quem eram aquelas pessoas?

— Somos iluminados. — o homem falou, assustando a Emily. Ele se virou no meio do caminho, sorrindo. — É muito fácil para mim ler pensamentos. — ele fez uma pausa, analisando mais da mente da garota, a deixando muito constrangida. — Você só se fudeu nessa vida. Realmente cumpri os critérios.

— Theo! — repreendeu Katharina. — Para de assustar a garota. Ela ainda não entende.

Theodore revirou os olhos.

— Do que estão falando? — indagou mais uma vez, mais perdida do que antes de se suicidar.

Eles chegaram a uma espécie de sala principal. Lá, tinha um trono enorme, havia a estátua de uma mulher nua com um capuz em seu rosto. O que chamava mais a atenção, entretanto, era o coração que segurava, onde até mesmo as gotas de sangue foram desenhadas no mármore. Katharina se virou quando subiu um degrau em seu trono.

— Saiam! — ordenou e vários seres surgiram das sombras. Eram demônios assustadores, do tipo que via nas alucinações, pesadelos e paralisias do sono. — Agora podemos conversar a sós.

— Cacete. — Brooke sentiu sua pressão arterial cair com tudo aquilo. Teria desmaiado se não estivesse próxima de seu recente descoberto tio para a segurar e colocar na cadeira mais próxima.

— Theo, pode começar a explicar sobre os iluminados, por gentileza? — pediu Katharina. — Eu falo sobre a parte familiar.

— Tudo bem. — concordou o homem. — É muita coisa para comentar, mas bem, o inferno é onde estamos agora, acho que já percebeu. Porém, ele é muito mais amplo do que você imagina. Este é o castelo do décimo reino.

— Décimo reino? — olhou para todos os detalhes do castelo, as estátuas, mármores, a decoração antiga, e o trono onde sua recente descoberta mãe estava sentada.

— Exato. — continuou. — Existem ao todo realmente dez. O inferno não é de apenas uma religião. Ele abrange características de todas, desde cristã, grega, budista e tudo mais. Quando alguém morre, ele vê o inferno ao qual ele acredita, e se caso não crer em nada, será uma junção de tudo e de nada ao mesmo tempo.

— Uau, e eu nunca acreditei nisso.

— E não deveria mesmo. — concordou Theo. — Ninguém nunca soube como era o inferno de verdade para contar a alguém, ou seja, tudo o que acha saber, nunca passou de teorias inventadas para causar medo na população, o que foi trabalho principal da igreja católica na idade média.

Brooke assentiu, interessando-se mais pelo assunto, como se estivesse numa aula de história.

— Cada domínio, ou reino, é responsável por regir algo no inferno, julgar certo tipo de almas. Como exemplo: o primeiro domínio comanda as almas do vale da ventania negra, aqueles que são dominados pela irá, que cometem crimes contra a paz, e como forma de punição, o rei pode escolher o tempo em que deve ser punido com as rajadas cortantes de ventos, onde dilacerá a alma do indivíduo.

Brooke teve seus olhos brilhando de empolgação. Katharina e Theo acharam aquilo uma graça.

— Se cada domínio tem uma função, todos tem o seu rei. E com excessão da minha irmã que não conseguiu da forma mais justa o trono... — Katherina bebericou seu vinho tinto. — Todos são bem desgraçados. Eles criam uma espécie de competição entre si, onde quem obter mais mortes vence, além de tudo, ficando mais foetes, o porém, não são eles que as obtém, e sim seus filhos. Os Iluminados.

— Uau...

— Ainda não acabei. — Theo foi até a mesa onde Katy servia mais da bebida e encheu uma enorme taça a ele e para Brooke, que aceitou, lembrando-se brevemente de como Oliver a ensinou a beber. Novamente sentiu-se estranha sabendo que era seu pai. — Eles não podem ir para a terra sempre que querem. Tem em torno de dois anos a cada século se não obtiverem uma forma de permanecer por lá.

— E o que seria isso?

— Ou um de seus filhos inicia a matança, o que é quase impossível porque nesse tempo não dá para ele see feito e criado para matar alguém, ou faz um contrato. — explicou. — Esse contrato é literalmente um pacto com o diabo. O Rei dará o que a pessoa quiser se aceitar matar pessoas em troca. Eles ficam mais fortes e aumentam o tempo de permanência na terra por cada morte se quer. Por isso Hades tornou-se uma ameaça tão séria.

— Quem é Hades? Quer dizer, eu sei que ele é o deus dos mortos da mitologia grega, mas, quem é ele aqui?

— Hades tem os poderes de controlar os mortos. Essa é uma habilidade, provavelmente, das mais cruéis existentes. — disse, vendo como Brooke não desviava a atenção nem por um segundo. — William Afton está na terra desde o começo do século XX, e durante todo esse tempo ele tem coletado almas, em específico as suas favoritas, de crianças para colocar em objetos inanimados, chamados de Animatronics, que cria para que eles matem pessoas e assim adquirir mais poder e tempo. Eu admito que é uma estratégia inteligente pra cacete. Quem é o deus que possui habilidades exatamente iguais a essa, de manipular espíritos e mortos?

— Aí meu Deus... — a garota parecia que sua mente explodiria. — Por isso ele quis que Michael e Vanessa matassem pessoas! Para que assim obtivesse mais e mais poder.

— Exatemente, garota! — elogiou Theo. — Hades, ou William, é o rei do quinto reino, ao qual condenar aqueles que cometem crimes sem a consciência, ou então, nem crimes cometem. Por isso esse desgraçado prefere matar crianças, está em sua linha natural de psicopata. Ele, inclusive, namorou Katharina.

— Como?! — indagou Brooke desacreditada.

— Ele é um manipulador desgraçado. — Katy tomou a palavra. — Se aproveitou da minha vulnerabilidade quando morri por conta da minha própria família e me persuadiu a fazer o que ele queria, matar gente sobre seu acordo. Isso, para a nossa mãe, a antiga rainha do décimo domínio, foi imperdoável. Fui caçada por demônios durante anos por acreditar, cegamente, que ele me amava. Na verdade, só queria poder de mim.

— Meu Deus... — Brooke só conseguia dizer isso.

— E um aviso sério, Brooke. — Katharina se aproximou dela. — Independente da decisão que tomar quando tudo for explicado, tome muito cuidado com ele. Você é filha das duas maiores obsessões, porque aquele homem jamais será capaz de amar alguém, ou seja, você é o maior de todos os troféus e provavelmente a maior obsessão que ele teria na vida.

Brooke chocou-se, sentindo nojo e repulsa.

— Creio que por todo o histórico com criança, ele tem isso por você desde que era pequena, e se não fosse por seus pais, não gosto nem de pensar no que aquele monstro poderia tentar. — Katharina limpou uma lágrima de culpa em seu rosto. — Você já deve ter notado alguns sinais, olhares, falas dele antes mesmo de descobrir ser o demônio que é.

Brooke assentiu. Ela nunca gostou de William. Além da energia esquisita que havia ao seu redor, realmente e por várias vezes pegava o homem encarando-a em todas as festas em que necessitava da comparência dos empresários e dos filhos deles. Uma vez, e a única em que viu Henry brigar com William, foi quando o homem chegou na casa e viu os dois assistindo um filme na televisão da sala. Para Brooke foi normal. William havia chegado e pedido para entrar e esperar pelo amigo ali dentro e óbvio que a criança, na época, deixou, nem notando, por conta do filme, a forma voraz e nojenta que ele encarava-a. Se lembrava de entrar em pânico pelos socos em que nunca entendeu, até esse momento, que seu pai havia direcionado ao Afton.

William era um predador imparavel. Isso, para Brooke, a deu medo a ponto de tremer, e nojo a ponto de querer vomitar. Quantas pessoas, e principalmente crianças aquele desgraçado já havia se aproveitado dessa forma? Seu ódio por ele parecia crescer cada vez mais, de forma exponencial.

— Vou esclarecer algumas coisas — retomou Theo. — Os Iluminados, nós, somos criados para matar, entretanto, a maioria não nasce psicopata.

— Como assim?

— Eu por exemplo, nasci tem mais de trezentos anos, no século XVIII. — Brooke se surpreendeu. — Minha vida nunca foi fácil, e tudo só ruiu de vez quando misteriosamente, toda a minha família morreu. — não parecia ainda sentir algo com isso. — Katharina perdeu os amigos, porque a família não a causaria impacto suficiente a ponto de desistir de tudo.

— Ainda não entendi onde quer chegar.

— Você não é a única que sofreu e se viu sem nenhuma esperança além do suicídio, Brooke. A alma de um filho de demônio, principalmente um como os Reis, é algo corrompido demais. É como se atraísse as coisas de ruim para acontecerem. — explicou. — Todo Iluminado está fadado a perder todos que amam em prol de por algum modo, morrer. O mais comum é o suicídio, também geralmente na adolescência.

— Espera, para que isso?

— Como disse, um Iluminado não nasce psicopata, então o seu pai, ou mãe, dependendo de qual for o rei, deve achar uma forma de o levar novamente até ele, no inferno. E o jeito mais prático é comandar desgraças sem parar até que o próprio cometa suicídio. Assim, ele pode mandar sua alma para a terra novamente, entretanto, sem a parte humana. — terminou, deixando Brooke chocada. — E é assim muito Iluminados, anteriormente bons, tornararam-se maníacos loucos sanguinários. É o que William pretendia fazer com Vanessa, já que até aquele tempo ela estava lidando bem com tantas perdas. Até mesmo assassinos famosos eram iluminados, como Elizabeth Bathory, por exemplo.

Brooke se surpreendeu mais ainda. Já ouviu falar na lenda da condessa sangrenta, que teria matado em torno de seiscentas pessoas no século XVII.

— Ela também?

— Não só era, como se tornou a rainha do décimo reino após a morte, matando seu antigo pai. Ela é a nossa mãe, e a sua avó caso estivesse viva, o que é ótimo não ser. — disse Katharina feliz por este fato. — Ela tornou-se alguém terrível que fez um mal sem procedimentos em minha vida. Mantinha Theo, que era o filho do século anterior, preso nas masmorras desse castelo. Quando soltei ele, acabamos com a cara daquela desgraçada. Um karma mais do que merecido.

— Infelizmente, com a sua morte nos tornamos responsáveis por todo esse reino, o que foi péssimo. — tomou Theo, um gole do vinho que pegara da mão de sua irmã mais nova. — Não pense que ser um dos reis do inferno é algo bom. Ser forçado a escolher um tipo de tortura as almas que aqui chegam...

— É por isso que revezamos. — falou Katy. — Quando fica muito pesado, cansativo, para um, o outro toma o trono por mais alguns mêses, as vezes anos ou até dias.

— Nossa... — Brooke conseguiu suspirar apenas com tantas revelações. — Quanta coisa que escondiam de mim...

— Não era como se você sabendo faria se sentir melhor. — pontuou Katharina, sabiamente. — Ter noção de que parte de sua espécie e alma é demoníaca, não foi fácil para nenhum de nós ao descobrirmos. Acho justificável o que os Emily fizeram. Queriam preservar sua integridade.

— Ou talvez você passe pano por ter transado com ambos. — as duas arregalaram os olhos com a fala de Theo, que apenas riu. — É, Brooke, não é coinhecidência que você tenha "dois pais". Sua mãe se apaixonou por ambos.

— Theodore Kingdlon, cale a sua boca! — ordenou Katharina quando a sobracelha arqueada da filha se virou a mesma. — Não foi dessa forma também...

— Bem, algo que tenho aqui é tempo.

Katharina suspirou. Sabia que teria que reviver aquelas memórias, entretanto, não deixava de ser... intensas.

Há dezoito anos atrás, Henry Emily precisava de ajuda. O baque necessário para retomar sua humanidade fora a forma com que vira Oliver amedrontado por causa dele. Romper o contrato com William era algo perigoso demais a se fazer para que sua vida finalmente voltasse a ser algo a mais do que mortes e sangue.

Todavia, o homem aceitou com tanta tranquilidade que o fez desconfiar. Sua irá se intensificou ao perceber que os olhos maldosos do Afton miravam num garoto traumatizado pelo próprio irmão. Não foi nem um pouco difícil manipular Oliver naquele estado, e sendo assim, também não demorou para que se rebelasse contra Henry aceitando o contrato de William. A pior parte sem dúvida era saber que aquele desgraçado aproveitava-se sexualmente de alguém que viu com oito anos de idade, e agora não passava de quinze. Ele jurou matar o homem caso não acabasse aquele relacionamento doentio, e fora óbvio que Oliver só ficou mais irritado, pois iludido das palavras de um psicopata, acreditou em amor verdadeiro e que idade era só um número. "E cadeia é apenas um lugar", foi o argumento do mais velho, estressando mais o adolescente que naquele dia, saiu de casa e Henry se viu pela primeira vez, sozinho.

Até que encontrou alguém disposta a ajudar. Katharina Respreton fora como um anjo que pedia em suas orações. E nunca imaginou que um anjo pudesse ter uma beleza tão angelical, mesmo a ironia da frase. Seus cabelos, independente do penteado que sempre mudava, sempre era destaque com a sua pele. O estilo e a forma de sedução fizeram o homem se apaixonar antes mesmo de perceber. Ela contou a ele tudo que precisava saber sobre o homem, sua verdadeira origem, a dela. Não soube responder quanto ao que ele era. Este era um mistério que perpetuava o inferno.

Era óbvio que ela tinha um objetivo em comum para o ajudar. Ela era realmente a única rainha do inferno que não demonstrava nenhum interesse em poder ou apreço a mortes. Sua única mira era o fim daquele ser diabólico. Não podia mais suportar seus crimes a gargalhadas enquanto outros continuariam sofrendo.

O maior desafio tornava-se mesmo Oliver. Ele tinha muita raiva do irmão e descontava tudo isso nas vítimas que William o instruiam. Henry foi um Lorde Death muito ruim e cruel, mas com certeza Oliver foi um pior. Era além de tudo, sádico e fazia por amor a alguém que apenas o manipulava. Sua motivação não era justa como a de Henry que queria proteger os irmãos do sistema da fome. Na primeira vez que Katharina tentou abrir os olhos do garoto, ele o atacou com fúria em suas esmeraldas traumatizadas. Nem mesmo sua história parecida fez com que saisse do feitiço de Hades.

E este, por outro lado, via a ameaça na vingança de sua ex-namorada. Ele tentou acabar com ela, abusando de ainda não estar envolvida romanticamente com Henry e sem a proteção de seu irmão. Usou as primeiras versão de suas invenções, as versões Toys dos Animatronics, com a alma de várias crianças que havia retirado a vida sem qualquer piedade. Esperou o momento em que ficava sozinha na lanchonete de Henry, conversando por horas, encantada com ele. Isso também gerou o clássico ciúmes possessivo no Afton.

Katharina tinha um defeito. Sempre que se apaixonava por alguém, como aconteceu umas três ou quatro vezes, ficava imaginando toda a sua estrutura de vida, devaneando por horas mesmo que a pessoa já havia ido embora. William se aproveitou disso. Só havia ela na lanchonete ainda, e sua vergonha por pensar tanto foi algo que ele se lembraria. E então, começou seu jogo de terror.

William observava tudo da sala de segurança. Iniciou acabando com a eletricidade e trancando as portas, reforçando para que alguém forte como ela não conseguisse sair com seus poderes. Katharina na mesma hora desconfiou, sabendo que aquilo era uma conspiração para acabar com a mesma.

Ela tentou ligar para Henry ou fazer contato com Theodore. Entretanto, não deu certo. Seus poderes também pareciam se enfraquecer mais quando permanecia por mais e mais tempo no primeiro projeto da Freddy Fazbear's,  aterrorizante. William não acabaria com sua diversão tão rápido. Literalmente comia pipoca enquanto programava "as suas crianças" para apenas assustar a mulher no início. Foxy foi o que mais obteve sucesso nisso pela sua velocidade fora do normal. Foi um trauma inesquecível para Katy, que embora, um a um conseguia destruir os animatronics, acabava ferida no processo. E era isso que o homem queria.

Quando terminou de destruir o boneco "Mangle", William surgiu e esfaqueou Katharina na barriga, e ele a mataria ali mesmo se Oliver não aparecesse e salvasse sua vida. A mulher nunca se esqueceu dos olhos verdes dele após aquele mísero momento, onde em seguida teve que correr com todo o fôlego para salvar sua vida.

Um ano se passou. Oliver já tinha quase dezessete anos e sua vida nunca esteve pior. Depois de ferrar com o plano de seu namorado, era óbvio que William não deixaria barato. O que um dia fora um relacionamento até que fofo no início, tornou-se a coisa mais tóxica possível. William o batia e espancava sempre que sentia a vontade, e as vezes, por pura diversão, ultrapassava-se na hora do sexo, que muitas vezes Oliver também não queria. Para ele, nenhuma punição ainda seria suficiente por ter deixado Katharina fugir. Passou a sentir prazer em ver, o ainda garoto, sofrer e chorar, e nem implorando, parecia disposto a parar de o torturar.

Por outro lado, Henry e Katharina estavam felizes com suas vidas. Ainda pareciam procurae formas de deter William, mas nesse tempo, acabaram assumindo um relacionamento e não podiam estar mais apaixonados, um conforto saudável que precisavam.

Até Oliver chegar na casa, batendo incansavelmente na porta enquanto chorava. Eles abriram e não puderam se surpreender da forma mais triste possível. O garoto tinha a face e o corpo roxo, com sangue por toda a parte, também chorando sobre o frio negativo do inverno congelante.

Demorou vários minutos até que ele se acalmasse e conseguisse parar de chorar pedindo desculpas, para que contasse, e o fez de forma tão detalhada que ambos choraram. Naquela noite, William havia espancado e estuprado-o tão intensamente que havia vomitado sangue. Ele havia esperado o homem dormir, e da forma mais silenciosa possível, escapou, correndo mais de quatro quilômetros chorando.

Henry nunca quis tanto matar aquele desgraçado, e Katharina, nunca poderia ter se identificado tanto. Era o mesmo modo operandis. Ela havia passado por exatamente a mesma coisa a nem cem anos atrás.

E a forma como Katharina ajudou ele, acabou que, mesmo que nenhum tivesse a intenção, o fez se apaixonar, e esse foi um dos erros que mais custaram o resto da sua sanidade mental.

Henry descobriu após alguns mêses, percebendo através dos olhares e os flertes disfarçados que Oliver direcionou a sua namorada. Óbvio que estava errado, mas nenhum perdoou o Emily mais velho pelas palavras que desferiu a Oliver e Katharina. Todos sabiam, até por Amélia, que Henry irritado poderia ser muito destrutivo e cruel.

Suas palavras seguintes foram o motivo de depois pedir desculpas de joelhos a Oliver. Henry o xingou de tantas formas, ofendeu e jogou na cada até mesmo os traumas com William. Oliver até tentou, mas não conseguiu não chorar de soluçar. Henry até mesmo expulsou o garoto da casa, sabendo que nem tinha um lugar para ir.

Katharina não deixou isso. A mulher tinha um irmão, e nas décadas em que viveram, jamais ele ou ela falariam palavras tão cruéis um para o outro. Katharina tentava pedir para Henry parar, e isso rendia apenas xinganentos a mesma. Quando acabou, fora ela que humilhou Henry e terminou o relacionamento, que não durou tanto tempo, porque assim que percebeu a gravidade de suas palavras, assim como quando ameaçou Amelia e matou Mariope, se arrependeu gravemente. Após um mês tentando, conseguiu o perdão de Katy, porém Oliver nem mesmo podia ser achado.

Passou-se um ano e todos os dias Henry chorou com culpa. Para ele, já era quase certo que seu irmão havia se suicidado assim como Amélia. Katharina, por outro lado, nunca desistiu de encontrá-lo, e quando o fez, num momento em que já passava da maioridade, fora justamente na hora.

Oliver estava no parepeito de seu apartamento do vintagessimo andar, wue havia alugado justamente com esse objetivo. Ele tomava cerveja e se drogava enquanto refletia sua vida quando Katharina passou pela porta, assustando-se com aquilo.

— Oliver... sai daí, vamos conversar... — ela havia pedido, temendo pela vida dele.

— Por quê? — seu olhar transmitia o vazio dentro de si. — Minha mãe morreu na minha frente, meu pai também, quando ainda tinha um ano, e minha irmã — ele riu. — Sabia que ela foi a minha figura materna? Ela talvez, foi a pessoa que mais me amou, e jamais falaria o que o Henry disse. Jamais me mataria como ele me matou.

Katharina tinha lágrimas nos olhos. Ela nunca, em todos os anos em que era viva, viu um iluminado sofrer tanto assim. Desde o momento em que nasceu, eram muito raros os sorrisos verdadeiros de Oliver, que não houvesse deboche em volta.

— E eu descobri que tá morta quando ele me disse as palavras: "se você não existisse, não haveria motivo para que nós brigassemos e ela não teria se suicidado." — ele bebeu mais um gole da cerveja. — Eu tô tão cansado, Katy...

— Eu entendo, Oliver. — tentou Katharina, se aproximando mais. — Eu não sei como é sofrer dessa maneira, mas entendo seu trauma com William e sei como é perder as pessoas que ama e os que sobram jogam isso na sua cara.

Oliver prestou atenção.

— Meus pais eram da igreja, e bem, você sabe o que sou, não é? Nas sessões de exorcismo, eles me falavam coisas horríveis que me faziam querer morrer cada vez mais. Sobre William, eu passei por exatamente a mesma coisa com ele. Eu realmente te entendo pra caralho. — ela se aproximou mais, conseguindo o abraçar e o tirar dali. Sua altura agora era superior a dela, o que fez levantar o olhar para secar as lágrimas de Oliver. — Eu sei que não quer morrer, você só quer que tudo melhore... e eu... posso te ajudar com isso.

Os corpos deles se completavam perfeitamente. Katharina parou de envelhecer aos dezoito anos, o tempo em que morreu, e essa era a idade de Oliver. Sua mente, tão mais velha, combinava, em contraponto, com Henry, e era por isso que a Respreton considerou impossível não se apaixonar e amar ambos.

Foi Oliver que beijou ela pela primeira vez, e teriam transado loucamente no mesmo instante se Katharina não tivesse senso. Não queria fazer nada com ele entorpecido de bebidas e drogas, então o colocou para dormir.

No outro dia, não teve nenhuma desculpa. A tensão era demais a ponto de Katharina esquecer que namorava. Oliver sorria com prazer enquanto fodia com força a namorada de seu irmão em muitos lugares, incluindo em seu favorito, no piano que por alguma razão inexplicável existia naquele quarto de hotel.

E nessa brincadeira tão gostosa, Katharina acabou engravidando.

Quando voltaram, Oliver falou muitas e muitas coisas para Henry, que aceitou tudo, ainda pedindo perdão. O mais novo obviamente não aceitou, na verdade, disse palavras mais pesadas, como: "Eu queria que você tivesse morrido no lugar de Amélia."

Katharina nunca quis trair Henry. Ela realmente gostava dele, porém, o controle que Oliver tinha sobre seu corpo era impossível evitar. Antes de souber da gravidez, todos os dias o mais novo aparecia no quarto da mulher e a retirava do lado de seu irmão. Seu traço tóxico era a forma como era vingativo. Realmente gostava muito de Katy, e estava apaixonado. Contudo, o melhor bônus de todos seria ela ainda não ter terminado com ele, pois assim, sentia mais prazer ainda em todas as transas.

Ao descobrir a gravidez, Henry ficou extremamente feliz, mas estranhou o olhar apreensivo de seu irmão após alguns momentos. Juntou dois mais dois e ficou furioso. Apesar disso, não pôde protestar tanto. Havia perdido Katharina quando decidiu a xingar na briga de seu irmão, e mesmo que tenha perdoado, alguns sentimentos não são controlados. Já Oliver, não ligou para seu irmão, apenas se preocupou com o bebê.

— Além de transar com a minha namorada, nem sequer usa proteção! — exclamava Henry, indignado.

— Fica assim não, corninho — debochou Oliver. — É que era muito tesão, sabe? Ela gemendo meu nome em cima do piano fez com que eu me esquecesse e só focasse em dar um prazer que você nunca deu a ela.

Henry quis voar no pescoço de seu irmão, que continuava fazendo piadas sarcásticas.

Katharina, por outro lado, estava roendo as unhas, envergonhada. Ela traiu o namorado com o irmão dele. Isso era tão baixo que a fez vomitar de novo — embora muito provavelmente fosse pelo enjoo provocado pelo feto crescendo dentro de si. A pior parte era que ela realmente amava os dois.

Uma rainha do inferno grávida provocou uma desordem no mundo, que quase os fez esquecer de William. O desgraçado, naquele curto período de tempo havia engravidado duas mulheres diferentes, provando mais uma vez que não prestava.

Katharina deixou toda a sua mágoa se escorrer sobre os ombros de Theodore quando este chegou até sua localização. Os irmãos Emily ficaram apreensivos com a áurea poderosa dele, e quando sozinhos, Katy contou tudo, Theo surgiu, socando o rosto de Henry com força.

— Você ousou chamar a minha irmã de vagabunda?! — questionou, entre furia. — Ela é mesmo. Mas só eu posso chamá-la assim, seu idiota!

Henry reclamou de dor, mas não tentou revidar, até porque não obteria sucesso. Oliver apenas esperou a sua vez, até fechando os olhos para a surra, todavia, Theo não lhe fez nada, apenas sorriu.

— Você pelo menos me deu uma sobrinha. Já é mais que esse aqui. — apontou a Henry, com desgosto.

Theodore Kingdlon era até hoje o único rei que não tinha nenhum filho, quer dizer, legítimo. Quando os primeiros filhos de William Afton, o grupo bolou um plano de roubar todas as três crianças — já que de uma nasceu gêmeos — e mandar a famílias que os trataria bem. Vanessa foi para a família Monroe, em Hurricane; Ash, um dos gêmeos, fugiu com a mãe, o que era uma pena porque os dois não podiam estar juntos pois facilitaria William de achar. Michael ficou sem nenhum. Eles procuravam uma família saudável quando Theo resolveu comprar vários brinquedos para o garotinho se divertir. Ele sempre se lembraria do brilho em seus olhos ao ver o pequeno Mike começar a engatinhar para tentar pegar os carrinhos e arremessar na cabeça dos outros.

Ele é meu. — foi o que disse, pegando o menino no colo e o rodopiando, causando uma gargalhada no bebê. — Vou comprar as coisas para o meu filho, se me dão licença.

O trio apenas conseguiu arregalar os olhos, desacreditados que ele simplesmente decidiu criar o garoto do nada, como se não houvesse todo um processo. Ele saiu carregando ele no colo, indo até o carro, para retornar horas depois com tudo que um bebê precisava.

— Que maluco. — disseram eles, vendo ele montar um quarto só pra ele.

— E gato... — Henry deixou escapar. Katy e Oliver o olharam de sobracelha arquerda.

— Se vocês tivessem nascido no meu século ou no de Theo, levariam cada chibatada. — riu Katharina com a mão em sua barriga que já estava de nove mêses.

— E você acha que mudou? — os irmãos questionaram, o que fez a mulher gargalhar alto.

Ninguém contestou mais. Ambos, Theo e Michael pareciam felizes. Um ano depois, as primeiras palavras de Michael foram "papa" para Theodore.

Depois de alguns dias, Brooke nasceu, e para aquela família, eram os dias mais felizes de suas vidas. Oliver se sentia verdadeiramente feliz ao lado de sua filha, assim como Katharina. Se tornaram uma família feliz, e até mesmo o mais novo havia a pedido em casamento, onde aceitou sem nem pensar duas vezes.

Até o ataque de sessenta e seis.

Katharina e Theodore foram forçados a retornarem ao inferno. Michael foi, aos berros, para seu pai biológico e Brooke teve que ser criada por seu tio como pai, já que o baque afetou tanto Oliver que se afundou em depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Se criasse Brooke, a garota poderia correr risco de vida.

Tudo realmente caiu.

— E é isso. — terminou Katharina.

Brooke chorava por toda a verdade ter sido finalmente descoberta por ela. Theodore tinha um olhar triste quando a história citava ele e Michael. Mesmo que ele não merecesse, Brooke ficou feliz porque havia alguém que o considerava filho e que amava-o.

— Mas e Melinda? — indagou. Em nenhum momento haviam citado a mulher que a criou.

— Henry achou que você necessitava de uma figura materna, já que eu não podia mais. — revelou por fim Katharina. — Melinda era alguém muito adepta, mesmo que Henry nunca tenha gostado mesmo dela.

— Como?

— Henry era apaixonado por Theo quando tudo aconteceu. — o homem ficou desconfortável. — Eles não namoravam, era um rolo muito estranho...

— E tudo começou com uma porrada... — caçoou Brooke.

— Olha quem fala. — devolveu Theodore, causando irritação na sobrinha.

— Continuando — riu Katharina. — Por isso Henry também criou Michael um pouco. Foi a pedido de Theo que não deixasse William mostrar apenas o lado ruim da paternidade.

— Odeio que fale de mim em terceira pessoa. — bufou o homem.

— Mas agora vem a decisão importante, Brooke.

Ela ficou tensa com a expressão séria de sua mãe.

— Qualquer outro rei te faria voltar a terra e se tornar uma assassina. Eu te dou uma escolha: você pode continuar morta e viver aqui em paz, nos campos Elísios, ou paraiso, dependendo da concepção... porém, aviso que nem a alma de Henry ou Charlotte estão aqui.

— O quê?

Toda vez que um dos dois irmãos citavam Henry, era em uma melodia muito triste. Eles também estavam sofrendo. Eram um quinteto assim como ela mesmo tinha o seu grupo, que fora desintegrado agora.

— Não sei também... — suspirou. — Enfim, não quero te pressionar, mas só poderia descobrir você mesmo, viva. E é óbvio que quero que volte. — deu sua opinião. — Por mais de eu poder conviver com você todos os dias aqui com você, seu pai não merece sofrer mais e você ainda tem muito para viver. Não fez praticamente nada ainda. A vida não é apenas a depressão pré-morte de um Iluminado. — segurou na cabeça de sua filha e aconselhou, sorrindo, como nas vezes em que fantasiava ao dormir. — Mesmo que se torne uma sociopata assassina, o que é inevitável, sei que haverá pessoas para te trazer de volta, e viver de verdade novamente.

Brooke não conseguiu não se emocionar. Quando descobriu que sua mãe era a rainha do inferno, pensou em várias possibilidades e nenhuma boa. Agora, com a verdade, sabia que tinha uma sorte surreal com toda a sua família. Ela chorou de verdade ainda sendo segurada por ela.

Eu quero voltar. — falou por fim.

— Essa é a minha garota! — sorriu Katharina, orgulhosa. — Vou te mandar de volta, e por favor... tenta se conter um pouco na psicopatia...

Brooke engoliu em seco sabendo de seu destino. Logo, sua mãe fechou os olhos e imediatamente a mais nova se desvenciliou para a abraçar novamente, pegando Katharina de surpresa, que retribuiu, a apertando forte e chorando.

— Ah, Brooke — chamou quando o processo estava quase completo. — Tudo bem amar os dois. Eu amei.

Foi as últimas palavras que ouviu. Ela não entendeu o significado no momento, entretanto, entenderia num futuro bem próximo.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas finais:

I. SIMPLESMENTE 7K DE PALAVRAS ESSA PORRA! Por isso demorei tanto família, último capítulo de atos realmente demora, mas acho que nesse eu me superei pra caralho, puta que pariu.

II. como não vai ter cast no segundo ato, vou colocar a representação da Katharina e do Theodore aqui:

💣  𝐛𝐫𝐮𝐧𝐚 𝐦𝐚𝐫𝐪𝐮𝐞𝐳𝐢𝐧𝐞 𖥻 ׅ ⸃ ( +100 ) 𓄲
𝆳 . 𝗄𝖺𝗍𝗁𝖺𝗋𝗂𝗇𝖺 𝗋𝖾𝗌𝗉𝗋𝖾𝗍𝗈𝗇 𖠿  𝚎𝚗𝚏𝚓 ﹆ • ⌗

💣  𝐬𝐞𝐥𝐭𝐨𝐧 𝐦𝐞𝐥𝐥𝐨 𖥻 ׅ ⸃ ( +200 ) 𓄲

𝆳 . 𝗍𝗁𝖾𝗈𝖽𝗈𝗋𝖾 𝗄𝗂𝗇𝗀𝗌𝗅𝗈𝗇 𖠿  𝚒𝚗𝚝𝚙 ﹆ • ⌗

(brasileiros no topo 👆)

III. caso ainda não saibam, WTD tem uma playlist no spotify. caso queiram, me peçam o link no pv, já que não dá para colocar por aqui.

IV. por último, comentem o que acharam do primeiro ato. Quero que falem de tudo, toda a escrita, personagens, desenvolvimento do plot, os plot twist, esse capítulo em si. Falem tudo, porque se eu escrevi caralhos 7k, vcs podem se esforçar um pouquinho pra falar o que acharam, af. e se não votaram votem tbem. é isso, nos vemos no próximo dives. 💋

(precisei fazer a versão atualizada disso aq)

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