Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ㅤㅤ ㅤㅤ XXV. welcome to blood in the hell.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜: já avisando de início padrão para votarem e comentem no capítulo, que agora sim o verdadeiro penúltimo capítulo do primeiro arco/livro. dessa vez não dividirei então preparem-se para a tristeza vius. enfim. fiquem com ele.

— de: um irmão, um filho e um amor.

O que morreu não permaneceu morto
O que morreu não permaneceu morto
Você está vivo, você está vivo na minha cabeça
O que morreu não permaneceu morto
O que morreu não permaneceu morto
Você está vivo, tão vivo

— para: um irmão, um pai e um amante.

marjorie, TAYLOR SWIFT!

𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖  ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( SANGUE NO INFERNO ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ  ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. vinte e cinco ๋⇑ܸ 25 ◹

A DECISÃO JÁ ESTAVA TOMADA. Entretanto, a surpresa é um baque que como é dito em seu título, não se espera. Ela apenas vem, te chocando, positiva ou negativamente. E nesse caso, onde independente de tudo, a perda é certa, tal conceito não existe.

Katharina e Oliver nem ao menos tiveram a chance de tentar resistir a força sobrenatural que os jogou com tudo na parede, imobilizando de imediato. Confusos e atordoados, olharam para a figura que fizera isso, e em partes Oliver agradeceu, porém a Respreton não.

Não vou deixar você fazer isso! — a voz de Henry era séria e amedrontada enquanto segurava o braço de Theodore. Seus olhos tinham a iluminação do lacrimejo em puro medo. — Não posso perder você também!

— Sinto muito, Henry, mas essa não é uma decisão sua... — o homem, nada feliz pelo o que faria, disse, logo usando seu poder para congelar o sangue dele, o paralisando e empurrando para longe. — Não é o queria, mas sou o que deve.

— NÃO! — berrou Katharina, tentando desvenciliar do controle de seu irmão, o desespero rugindo sobre seu debater. — Ela é minha filha! Eu tenho que fazer isso!

— Ela tem razão. — as pessoas que Theo mais temia o olhar falaram. Os irmãos Afton tinham a visível expressão de dor e apreensão. — Você não pode!

— Queridos... — sua voz saiu falha, pois quando viu seus olhares chorosos, nem a maior frieza que treinou em tanto tempo conseguiu resistir. — Venham aqui...

Todos os três abraçaram o homem com força. Todo o amor que eles não receberam na vida estando sobre seus braços. Era além do que Clara proporcionava a Mike e Vanessa, era uma boa figura paterna, e isso nenhum deles tiveram em nenhum momento, e não seria agora que iriam querer perder.

— Eu não vou, tá? — ele afagou o cabelo dos três, numa mentira tão venenosa que poderia ser confudido a uma Nagan agora.

Pareceu funcionar a Michael e Vanessa, que aliviados afastaram-se, contudo, Ash permaneceu no mesmo lugar, chorando mais. Óbvio, ele era o mais inteligente dos irmãos.

— V-Você vai sim! — acusou no abraço por meio de um soluço doloroso. — E e-eu te o-odeio por isso... porque... n-não pôde simplesmente morrer depois de ser a pessoa que mais me amou nesse mundo, não p-pode! — Theo não poderia resistir em chorar com isso. Foi como se seu coração se partisse em mil pedaços. — Não pode morrer e me deixar viver a sua perda, pai.

Aquilo, chama-lo de pai, fez com que todos chorassem, principalmente Henry, que entendia o que Ash sentia. Todos sabiam que o garoto não teve nenhum amor em sua vida, e de fato, sua melhor figura responsável foi uma pessoa de nem dois mêses. A dor de saber que perderá Theo estava o corroendo.

— Desculpa... — suspirou o homem parando de chorar e acalmando-se. — Não queria que passasse por isso, filho, de verdade. Porém, acontece que já vivi demais, trezentos anos — riu sem humor — Sou egoísta para sofrer exatamente isso, pois poderia suportar muitas coisas, menos a morte da minha irmã mais nova. Acho que entende isso, não? — ele sabia que sim. Ash nem pensaria duas vezes antes de sacrificar-se por Abby.

Pegou também Henry, que faria por Oliver. Katharina, no entanto, não estava convencida, apenas berrava mais em puro desespero.

— VOCÊ NÃO PODE SER EGOÍSTA ASSIM! — gritava ela, sem controlar as lágrimas. — Como você vai me deixar assim?! Não pode ter sido meu professor, melhor amigo, confidente por quase um século e simplesmente ir embora! Eu é quem deveria fazer isso!

— Mas não vai! — se irritou, virando para sua irmã, e em um suspiro, abaixou-se e a abraçou, liberando momentaneamente suas mãos para que ela pudesse o segurar. Não demorou nem três segundos até que sua roupa molhasse com as lágrimas de desespero de Katharina. — Adeus, maninha...

Ele a desmaiou em um único golpe, feito para ter a certeza de que seria forte o bastante para que quando acordasse já estaria tudo resolvido.

Oliver estava incrédulo no que seus olhos viam. Em comparação com Katy e Henry, obviamente a sua relação com Theo não era tão evoluída, porém, ainda era o seu melhor amigo e quem o entendia mais até do que o próprio irmão na maior parte das vezes. Theo sabia disso, e não achou justo que ele olhasse, então repetiu o mesmo que fez a Katharina.

O tempo estava acabando. Theo sabia disso, havia apenas mais alguns minutos em que ainda poderia funcionar, e não podia perder tempo. E faria rápido se não fossem tantas pessoas que o amassem agora.

Os irmãos Afton, agora, tinham a certeza de que Ash estava certo, e por isso, já choravam. O Kingslon tinha um sorriso em seu rosto quando foi até os três novamente. Acariciou seus pequenos rostos com suavidade, sua tranquilidade irritando eles.

— Quero que me prometam uma coisa. — eles não responderam. Ash tinha sua cabeça abaixa enquanto mordia seu lábio com tanta força para o fazer sangrar. — Vocês são irmãos e independente das diferenças que tenham, precisam estar em todos os momentos para os outros. Não quero que sintam raiva de mim, quero que se inspirem. Se for necessário, façam o que eu fiz pela minha irmã, para sua família. — Vanessa assentia diversas vezes, tentando afastar as lágrimas e passar uma imagem segura.

— Me perdoa, por favor... — falou Michael, soluçando. — Isso tudo é minha culpa. Eu deveria ter controlado mais ela na minha cabeça. Não deveria ter sido tão babaca com você. Deveria ter abraçado você quando, na primeira vez, foi um dos únicos que sempre estava com os braços abertos para mim...

— Não precisa pedir desculpas. — falou ele, bagunçando seu cabelo. — Nada disso é culpa sua. De nenhum de vocês. São vítimas como qualquer um aqui nesta sala. — Não precisam sentir saudades de mim. Vamos fazer assim: quero que, quando tiverem seus filhos, apontem para as minhas fotos e falem que eu fui o pai de vocês. Não aquele monstro do William. Vocês são novas pessoas e estou muito, muito orgulhoso.

— Obrigado. — agradeceram os três com brilho em seus olhos, pois aquela palavra não os era dito a tanto tempo que nem ao menos lembravam-se.

Em um último abraço, Theo os desmaiou, com lágrimas escorrendo por suas bochechas ao qual molharam as deles. Acariciou suas angelicais faces que sofreram tanto uma última vez antes de se digirir a Brooke.

— E eu não ganho nada, seu idiota?! — agora foi Henry, a quem mais Theo temia. Sua voz estava embargada, mesmo que tentasse soar o humor nela. — Vai simplesmente me deixar aqui como uma promessa quebrada?

Theo nada pôde responder, por ter sido acertado em cheio por um soco em seu rosto. O gosto metálico do sangue tornou-se presente na confusa face do homem.

— Sabe que isso passou a ser violência doméstica depois que casamos, não é? — tentou fazer uma piada, as clássicas que soltava na maior parte do tempo.

De repente, o Emily o abraçou, deixando o outro desarmado quando o choro, soluço e pedidos passaram a ser verdadeiros, tal como o objetivo que tinha.

— Eu sei que... — começou ele, lágrimas escorrendo por toda sua face desesperada. — Sei que todos já te pediram, mas por favor, eu imploro se for preciso, não me deixe. — Theo não soube responder. Foi como se todas as suas defesas fossem derrubadas. — Não quero me vitimizar, porém não consigo. Perdi minha filha não tem nem três mêses. Mesmo que Brooke volte, ela ainda vai querer passar todo o tempo com Oliver a mim, porque ele é o pai legal e verdadeiro. Eu apenas sou uma farça e nunca desabafei que me sinto mal a ninguém sobre isso, mas me sinto, e muito.

— Henry...

— Cala a merda dessa boca bonita! — Theo obedeceu. — Sei que pode falar que ainda teria Oliver, só que eu sei que nós, Emily, culpamos as pessoas da nossa família quando elas querem nos ajudar. Ele fez isso comigo e com certeza eu faria o mesmo, e seria doloroso a ele.

— Henry...

— Que parte do cala a boca você não entendeu? — dessa vez, como pareceria que o mais velho não o obedeceria, Henry o beijou, e assim, o calando. — É isso. O que sinto por você é isso. Nunca senti tanto amor romântico por alguém na minha vida. Nem Katharina e nenhuma outra namorada. Somente você conseguiu me tirar do chão e mostrar o que é amar de verdade. Eu te amo em todas as línguas diferentes, e suspeito que, muito além do que apenas a promessa de adotarmos os Aftons, haja algo. Mesmo que eu reclame das posições do sexo, eu ainda não trocaria estar com você por nada nesse mundo. E sim, estou me declarando porque você é um tímido estraga prazeres que não quis que tivessemos votos de casamento. Tudo isso me confunde muito porque você demonstra pouco demais. — os olhos esverdeados de Theo vacilaram quando ele tentou evitar o choro. — Preciso saber se me ama nessa mesma intensidade que eu te amo porque infelizmente você é um egoísta teimoso e sei que nenhuma palavra ou súplica te fará ficar mais, nem mesmo que signifique a minha tristeza quase eterna.

É óbvio que eu te amo. — devolveu ele, chorando, como se fosse óbvio. — Você, Henry Emily, é o amor da minha vida — o olho castanho do outro se fechou e abriu várias vezes, dissipando as lágrimas, levemente desacreditado. — Em trezentos anos, nem mesmo com o meu primeiro eu senti tanta mistura de sentimentos quanto senti por você, e nunca tão intensos. Se você me ama em todas as línguas, eu em todos os universos e realidades, porque para nós, vai ser apenas o que restará. — com um beijo final, representando tudo o que ambos sentiam, Henry não desistiu, porém a tristeza melancólica o fez distrair-se de seu objetivo de tomar o lugar de Theo e ser o sacrifício, para apenas voltar a si quando já sentia tudo girar.

Quando seu corpo caiu no chão e a figura de Theo desfocou-se, percebeu que além de qualquer realidade ao qual ele citava, nessa, para sempre estaria partido, como se tivessem roubado dele o que mais apreciava.

Theo suspirou quando percebeu que, oficialmente, venceu todos que podiam o impedir. Óbvio que não queria abandonar ninguém. Sua vida estava ótima, contudo, era longa, mais do que qualquer um ali. Não era justo que alguém tão vivido continuasse a consumir espaço na terra e os que não, morressem. Não suportaria ver Katharina ou Henry morrendo, sabia disso. E por isso, inclinou-se sobre sua sobrinha, tentado a apreciar o tempo que ainda tinha até que sua morte tornasse permanente.

— Me despedi de tantas pessoas, e nem sequer pensei no que falar a você. — estava sentado, a cabeça da garota sobre sua coxa enquanto acariava calmamente seus cabelos. — Sabia, pequena, que foi graças a você que minha vida deu certo? — riu nostálgico. — Se não tivesse recebido a notícia que minha irmã estava grávida, não teria ido para a terra, e assim, jamais conheceria os Emily, ou salvado em partes os Afton. E mesmo depois de todo o tempo, você foi novamente o motivo de eu retornar. Tudo o que vivi de mágico aqui eu devo a você, minha querida. Você é muito mais do que apenas minha sobrinha. Em todos os dias que passamos em estrada, com todos os meus conselhos e explicações, você se tornou quase que minha outra irmã mais nova. Me lembrou tanto a confusa Katharina Respreton que não tive nenhuma dúvidas, principalmente com seu clássico humor ácido. — ele chorava lembrando-se. Agradecia por não ter ninguém a testemunhar, pois odiava demonstrar qualquer coisa a vista das pessoas. — Não quero que nunca se culpe por eu estar partindo agora. Eu escolhi fazer isso. Não precisa se sentir obrigada a viver apenas porque seu tio favorito teve que morrer para que respirasse. — riu da própria piada, sem humor. — Eu te amo muito, garotinha, mais do que pude expressar algum dia. Não duvide disso, independente de eu não ser quem possui a linhagem mais direta a você. E espero que me perdoe por ter que conviver com toda essa merda, por ter que sofrer tanto. Era impossível de outra forma.

O homem pegou uma faca de seu cinto e cortou a palma de sua mão. Levantou a camiseta de Brooke, colocando o ferimento contra o próprio dela, ao qual estava tão feio que linhas negras invadiam do machucado até toda sua barriga. Sua boca moveu conforme ele usava suas habilidades para conciliar o veneno.

Apenas Iluminados da Bruxaria, Veneno e Sangue podiam salvar Brooke naquela situação. Theo sabia disso e era experiente para saber estar dando certo quando a si mesmo passou a sentir os sintomas de dor e tontura.

Foi terrível até que tudo estivesse bem no corpo de Brooke. Seus braços tinham as mesmas linhas pretas que nos dela, mas dessa vez, era ele quem estava envenenado fatalmente. Pôde apenas sorrir de alívio quando ouviu, finalmente, o coração da menina voltar a bombear o sangue que restou.

E então ele caiu no chão, vomitando sangue.

Sabia de seu fim agora, e estava em paz. Ele conseguiu ver o vislumbre de uma luz que clareava seus olhos semiabertos. Podia ser alucinação, mas era o que chamavam de a luz da morte. Com um sorriso brilhando em aeu rosto, aceitou, fechando seus olhos por toda a eternidade.

Theodore Kingslon viveu, sofreu, amou, riu, ensinou e além disso tudo, foi amado por todas as pessoas que pediram para que não fizesse o que fez. Seus ideais não mudariam, e embora não estaria lá para presenciar o fruto de todo o seu esforço o prestigiar, partiu feliz, sabendo que pôde fazer tanto bem a todos eles.

Quando Katharina acordou, depois de todos os outros, a confusão era muito presente em sua expressão. A mulher via todos os Afton ajoelhados e chorando sobre o corpo de alguém. Viu a culpa em Oliver, a depressão em Henry e a vida de sua filha, e mesmo a tal boa notícia, não conseguiu sentir alívio.

Levantou-se, atordoada e cambaleando para que finalmente pudesse confirmar que nada foi um maldito sonho. O rosto de Theo estava com um maldito sorriso sem mostrar os dentes, olhos fechados demonstrando a sua droga de aceitação. Nunca na vida Katharina sentiu-se de tal forma.

As imagens voltaram com flashes rápidos e dolorosos em sua mente. Seu cérebro fez questão de jogar todas as memórias desde o conhecer do homem até o dia de sua morte, em uma única vez. Ela teve certeza que nada do que passou ao longo de sua vida assemelhava-se a perder um irmão. Finalmente pôde entender sua filha.

E tudo saiu como ela, há vários mêses quando foi liberta de segurar o corpo morto de Charlotte. Os joelhos da mulher cessaram a tortura das memórias e da perda massiva. Seus olhos fecharam-se enquanto gritava com todo as suas forças, extravassando toda a dor incabível no peito.

E todo o castelo de Hades foi destruído por completo. Oliver agarrou o corpo de sua filha, envolvendo em seus braços, a protegendo da onda de poder que jogou todos para os ares. Henry criou barreiras protetoras embaixo dos corpos dos três Afton, de forma que quando caíssem no solo quente do inferno, não se machucassem.

A luz que emergiu do local onde ficava o castelo quase os cegou. Era uma força além de poderosa, vermelho como raios, pulverizando tudo ao redor. Nem mesmo podiam considerar que era a dócil Katharina que provocava isso.

— Você... — a sua voz, mesmo a enorme distância, soou em alto em bom som. Não era de fato a típica mulher de antes, havia fúria e tristeza ecoando por seu timbre. Ao mesmo tempo, Oliver conseguiu notar ausência de estabilidade, como se não fosse totalmente ela. — Vai pagar por isso!

A figura negra no meio dos raios vermelhos pareceu dissipar completamente o poder ao redor, assustando os telespectadores. O rastro de destruição era o sinal de que tudo apenas começava. Katharina ergueu uma pequena faca, mais especificamente, a qual Theo usou para se cortar e sacrificar-se, e sem pestanejar, cravou na palma de sua mão.

— Que droga é isso? — Vanessa engoliu em seco, em completo choque com a lei da física não funcionando na mulher. A faca simplesmente entrou por completo, mas não atravessou, como se passasse por um buraco negro. — Como que não atrevessou.

— Katharina... — sibilou Oliver, apavorado.

— Vai pagar, Elizabeth! — sua risada baixa soou como se fosse a de um demônio do inferno em tormento. Abaixou sua cabeça enquanto retirava sua faca da mão, juntamente de um enorme fio de sangue que era atraido ao cabo da arma como uma enorme lâmina de sangue escarlate. — Demonialies: o tormento podre da vampira!

De repente, foi como se tudo dentro deles mudassem, além da ameaça de que Katharina tornou-se do nada. Sentiam uma enfame fraqueza em seus corpos e sentidos, a ponto de ser difícil estar de pé e enxergar o redor de Katharina estar coberto de sangue vivo, como algo podre, manchando sua pele e roupa em uma chuva bordô. Entretanto, apenas o líquido vermelho que derramava de sua espada de sangue os assustou. Era como se derretesse todo o chão que pingava.

Ela não perdeu tempo, e em questão de um segundo, balançou a arma, liberando uma onda fina e pequena de sangue que voou na direção de Michael. Foi apenas má sorte, todavia, não acreditou nisso. Aquele ponto, mesmo diante o perigo iminente, não moveu um músculo para fugir. Ele se culpava pesadamente pelo o que aconteceu.

Henry conseguiu jogar-se sobre o garoto e o empurrar logo quando o ataque o acertaria, contudo, não foi a tempo suficiente. Uma pequena e inofensiva gota do sangue caiu sobre o dedo mindinho dele, e na mesma hora, ele gritou de horror pelo próximo ocorrido. Como um vírus que apodrece tudo que toca, seu membro começou a perder todo o sangue, enrugando-se rapidamente, como se a mão morresse simplesmente pelo contato.

Henry foi rápido para a sorte de Michael. Ele levantou sua mão e quase que instantaneamente uma espada surgiu, parecida com a de Brooke, porém ao invés dos traços bordô, era um verde como a grama. Rapidamente a lamina deslizou-se sobre o braço de Michael, decepando o membro dele de uma só vez.

Ele gritou pela dor e o choque de ter seu braço esquerdo arrancado, porém não teve tempo de lamentar, pois logo a silhueta de Katharina, destruindo todo o chão ao qual o sangue de sua lâmina cortava, apareceu em seu campo de visão.

Vanessa não podia acreditar no perigo ao qual estavam correndo, e nem como de repente seu irmão tornou-se alguém sem o braço. Ash estava chocado, porém nada o fazia parar de pensar em Theo, nem que todos ali morressem. Não estava mais naquele mundo por este instante.

— Elizabeth! — a voz de Katharina fez-se presente novamente. Seus olhos sangravam e sua boca expressava a pura raiva.

— A feição dela... a fala... — disse Oliver, seus olhos verdes não podendo medir a dor que a mulher carregava para entrar nesse estágio. — Ela está em um surto psicótico...

A mulher correu em velocidade sobrenatural para atacá-los, imaginando que eram pessoas que torturaram-na em sua trágica vida. Oliver rapidamente empunhou sua própria espada, similar a de seu irmão, porém a tonalidade era mais azulada. Ambos os Emily, independente de estarem abatidos com a morte de alguém tão importante, precisaram defender a si próprios e os adolescentes que não tinham culpa de nada, embora pensassem que sim.

Mas ela era muito forte. As espadas deles conseguiam impedir o efeito fatal do poder dela, porém, um único deslize significaria a morte de ambos. Agora entendiam a história de Theo sobre como ela teve participação tão essencial na morte de Báthory. Era quase impossível escapar de seu tormento sangrento. Tratando-se do fato de serem os Iluminados de mais alto ranking em poder e ainda não dando conta, percebiam cada vez mais o perigo que Katharina representava. Assustador.

Se lembre de Brooke! — gritou Oliver no meio do ataque dela, tentando recorrer ao sentimentalismo e memórias recentes para a tirar do transe, sabendo que agora estava revivendo todo o seu inferno.

O nome pareceu surtir efeito nela. Ela parou, seus olhos da loucos e vermelhos tremendo ao tentar recordar da onde sabia sobre isso. Sua mão tremeu sobre o cabo da espada, a outra indo a sua cabeça. A mulher tinha flashes de memória a qual não queria. Seu cérebro estava impedindo que lembrasse de qualquer coisa que pudesse fazer representar a morte de seu irmão. Era de conhecimento geral que ela não aguentaria.

Todavia, sabiam também que o que ela sentia por sua filha era forte demais, e inevitavelmente, acalmou seu espírito. Quando o esquerdo olho de Katharina pareceu voltar ao normal, ergueu sua mão, apontando a Michael Afton e de forma rápida, regenerando seu braço perdido. Era fácil a quem retirou e controlava o sangue. Embora ele realmente tivesse uma parcela de culpa grande no acontecimento, ainda era o filho de consideração de seu irmão. Devia isso a ele.

Katharina desfez sua habilidade e virou-se, a mão apertando seu peito. A dor tornou-se tão insuportável que assemelhava-se a um infarto. Seus joelhos novamente cederam a falta de forças em seus membros e caiu. Os soluços ecoando por todo o inferno, mudando a atmosfera maligna do local, transformando-a em melancólica. Reis do Inferno não costumavam ter emoções para chorar, nunca. E agora, uma delas não se aguentava de tanto fazer isso por outro rei que faleceu. Era realmente uma surpresa a todos os demônios, e pela primeira vez em séculos, todos os seres que lá habitavam, puderam novamente conectar-se ao sentimentalismo e empatia.

A mulher deitou-se no chão. Todos pensariam que era pela dor e fraqueza, mas surpreenderam-se ao ver que dormia de repente. A serenidade em seu rosto acalmou momentaneamente Oliver.

— Ela estava tendo um ataque de pânico. — uma voz apareceu, junto a figura que conheciam bem. O homem responsável por tudo de ruim na vida deles. William.

Oliver já estava para se levantar quando reparou melhor. Não era o mesmo de antes, algo na expressão dele denunciava isso. Usava o clássico ternos e um tapa-olho, porém, a forma como sua feição não mostrava nenhum traço de deboche ou maldade surpreendeu o Emily. Havia apenas uma expressão cansada, triste. Alguém que era usado há milhares de anos, vítima de suas maldades tanto quanto todos ali.

— Quando dormimos estando tristes, nosso cérebro tende a projetar sonhos positivos para que tenhamos paz ao menos nesse momento. É fácil garantir isso sendo um telepata. — explicou, seu tom calmo. — Aprendi a fazer em mim mesmo quando retornava ao controle e tinha crises.

— Não é possível... — sussurrou Oliver, incrédulo, vendo seu irmão abraçar o inimigo. Então lembrava-se das várias discussões que tiveram, onde Henry insistia que o homem era confiável mesmo após tudo, e obviamente o mais novo desacreditava. — Então a história de Hades era mesmo verdade?

Michael moveu-se para trás. Depois de tanto insistirem e ensinarem-no, pensou finalmente que tudo o que passou com aquele homem era além de doentio. Seu medo tornou-se visível. Vanessa percebeu e apertou sua mão discretamente, tentando passar algum sinal de apoio. Mike mudou seu olhar ao gêmeo, esperando algum sinal dele ao ver seu pai pela primeira vez. Não adiantou. Continuava encarando o nada, vazio e distante.

Hades suspirou quando viu seus filhos afastarem dele se aparoximando, Vanessa praticamente arrastando Ash.

— Não vou machucar vocês. — prometeu, as mãos levantadas e olhar bem diferente do maligno habitual. — Michael, você sabe disso.

O gêmeo de cabelos negros balançou negativamente sua cabeça, lágrimas soltando de seus olhos novamente, cortando o coração de Hades. Faziam tantos anos que não via a personalidade boa de Afton que havia esquecido-se de como era. A fúria e os abusos eram as únicas coisas que lembrava-se vindas dele.

— Podem confiar nele. — falou Henry, querendo ajudar o que foi durante muito tempo, seu melhor amigo.

— Esse é o mesmo cara que... — Michael parecia cheio de tristeza e raiva, tentando falar a frase por completo, no entanto, as palavras ficaram presas em sua garganta. Finalmente pôde perceber que o que sofreu não era normal, que o tratamento de seu pai não era como um pai deveria tratar seu filho. — M-Me... me... es-... — gaguejava, chorando mais por não conseguir terminar a frase. Vanessa o abraçou para que ele finalmente chorasse a dor de perder seu verdadeiro pai e notar o trauma que o outro fez.

Hades não avançou mais. Ele sabia dessa parte, porém nunca viu Michael falando. As vezes pensava que eram apenas pesadelos distantes. Foi o que precisava para perceber que havia finalmente chegado a hora, que seus filhos não podiam aguentar mais isso. Aquiel deveria ser parado imediatamente, não importasse que ele também fosse.

Sentou-se ao chão e fechou os olhos. Todos estranharam quando tremores fortes quase os fez cair no chão. O nariz de Hades sangrou, uma aura roxa enorme ao seu redor. Era um poder tão grande que deixava os olhos de todos semi-cerrados pelo vento forte que liberava.

Uma esfera de energia se criou nas mãos do Deus dos mortos da Mitologia Grega, ao qual rapidamente foi arremessado contra seus três filhos presentes, que desmaiaram na hora. Henry imediatamente correu para verificar eles, sabendo que estavam vivos. Desconfiou, com medo, de que Aquiel tivesse tomado o controle do corpo dele, mas sua expressão ainda estava a mesma do homem de antes, por isso não entendia.

Quando cuspiu sangue e a aura ao seu redor sumiu, os Emily estranharam mais ainda.

— Eu queimei uma parte da minha alma para que eu obtivesse o controle do meu corpo quando Aquiel ainda estivesse acordado. — começou a explicar. — Porém, cada vez que uso meus poderes ele fica mais forte e necessito queimar mais para me manter depois de usar uma habilidade, principalmente uma que precisa de tanto poder. Me desculpem por terem que enfrentar ele agora, porque acho que o que resta de mim é muito pouco, mas precisava salvar eles...

— Do que você está falando? — questionou Henry preocupado.

— Sou o rei dos telepatas, então trapaceei um pouco. Alterei as memórias de ambos para excluir boa parte do que o William fez a eles, não totalmente, mais como se os fizesse pensar que superaram. A ausência para Vanessa e Ash não interferi tanto. Foi, em específico, para Michael. Ele não merece continuar sofrendo por minha causa. Quero que haja memórias positivas me envolvendo quando eu me for definitivamente. — riu, cuspindo mais sangue, a ponto de ajoelhar-se no chão. — Não acho que foi a coisa mais certa a se fazer, mas não ligo. O importante é estarem bem e com alguns traumas a menos.

— Hades... — sussurrou Henry.

— Desculpem tudo de ruim que causei em todos vocês. — pediu, os dentes antes brancos agora vermelho pelo sangue que vomitava, sua alma já praticamente morta.

Hades se virou lentamente ao irmão de Henry.

— Oliver, poderia dizer que não tenho culpa no que te causei por ter sido Aquiel, mas a verdade é que tive sim. — o loiro não demonstrou reação. — Não afirmo que sentia atração por você, até por ser muito novo. Era mais curiosidade sobre o filho mais novo de Grillian. Tudo o que você passou me fascinou, uma sofrencia parecida com a de alguém do passado... Queria me aproximar, não para namorar, e essa vontade foi usada por ele para machucar nós dois. Não te peço para me perdoar, porque sei que é algo muito além de um pedido meu no leito de morte. Queria apenas que soubesse... — cuspiu mais sangue. — a verdade.

O abaixar de cabeça do Emily o fez mudar de direção. Não foi como se esperasse outra coisa além da rejeição, porém gostava mesmo de Oliver para que desejasse pensar que na morte, não fosse odiado por ele.

Hades virou-se a Brooke, que ainda dormia no chão, serenamente, nem imaginando o afogamento da depressão que a esperava. Sorriu quando teorizou o pensamento de Persephone contando toda a história para ela. Ao menos, torcia para que ela focasse sua fúria em Aquiel, e esquecesse o fato de a tempos atrás, ter quase se apaixonado por ela, a influência da semelhança ao seu amor verdadeiro, algo muito errado pela idade tão inferior dela. Óbvio que jamais faria nada se continuasse no controle de seu corpo. Infelizmente, Aquiel não o daria tanta paz assim.

— Henry... — Hades novamente virou-se, talvez pela última vez, fraco demais até para falar. O homem era o mais compreensivo com ele por saber e acreditar em sua história desde tão cedo. — Obrigado por tudo, e desculpa novamente. — seus olhos perdiam o brilho pouco a pouco. — Sei que é difícil, mas por favor, matem esse desgraçado. Mesmo morrendo, não poderei descansar se ele continuar possuindo meu corpo. Eu só quero estar em paz...

E caiu no chão finalmente. Sem qualquer brilho positivo em seus olhos cinzentos. Agora, se perdessem, não haveria a alma de Hades para impedir Aquiel de desastres piores a humanidade do que até mesmo os anteriores. Jamais haveria os poucos dias em que Michael poderia divertir-se e sentir-se amado por ele. Acabou definitivamente.

Para aquele corpo, entretanto, haveria ainda de sofrer mais, já que nem cinco mil anos não bastavam a entidade maligna.

Não demorou mais de dez segundos até que levantasse novamente. O perigo nesse instante não precisava ser avisado. Sombras de um gigantesco demônio poderoso, de asas, chifres e rabo, surgiu de trás do corpo de Hades. Os olhos eram completamente negros, sem íris ou pupila. Tão poderoso e maligno que parecia sugar toda a felicidade inexistente do inferno por puro prazer.

— Eu disse que sempre volto. — gargalhou o agora, derradeiro William Afton.

Ele não perdeu tempo e facilmente invocou raios roxos que atingiram os Emily em cheio, os arremessando longe. A dor foi forte, principalmente sabendo que a ameaça era talvez a mais perigosa do universo inteiro. A silhueta, o demônio da crueldade, em meio aos seus raios era assustador. Causou arrepios em ambos.

Henry foi rápido e projetou barreiras mágicas sob os quatro adolescentes desmaiados ali. William apenas olhou com descrença.

— Relaxem, vou matar estes quando acabar com vocês. — falou simples, como se a minutos aquele corpo não morria de dentro para fora, quase já apodrecido.. — Acho que aquela vadia da Persephone tinha razão. Precisamos de revolução. Iluminados não devem mais existir. São metade humanos, e qualquer um que defenda ou sequer possua parte do DNA de vermes insignificantes devem ser punidos com a morte.

— Fala como o vilão de um desenho animado. — debochou Oliver.

— Tanto faz — deu de ombros. — Não vou deixar ninguém presente para testemunhar nada que vem do divino. — sua expressão séria os fez perceber que a morte derradeira de Hades fazia com que um mal nunca antes presente em qualquer ser se depositasse em Aquiel. — Matarei todo Iluminado, não importa se for até mesmo um bebê. Depois, invocarei todos os demônios menores do inferno para que devorem a carne de qualquer ser humano da terra. Meu pai sempre esteve enganado a respeito destes seres, e se ele não está mais aqui, deve ter percebido isso mais tarde do que eu.

Óbvio, ainda era parte da alma de Lúcifer, a qual sempre detestou a raça humana na mitologia cristã. Era um choque saber que havia até mesmo um ser maior que as entidades, e que agora, os abandonara para enfrentar tantas desgraças sozinhos.

— Vai lá. — a voz de Henry retirou Oliver de sua expressão apavorada. — Lembra do que disse a Michael? Você é o único que pode vencer essa coisa.

— Está brincando comigo?! — indagou, pavor reverberando sua voz. — Não imaginava que era uma entidade! Eu não posso com isso...

— Desde quando você fraqueja?! Eu não tive que fazer um pacto para te criar assim! — Henry quase berrou, para suspirar em seguida, percebendo que necessitaria de mais verdades do que apenas motivação. — Tem um segredo que você não sabe sobre nós.

William observava de longe com um sorriso no rosto, seu poder sendo tão grande que destruia o seu redor. A tonalidade do céu naturalmente vermelho quente do inferno, tornou-se um frio roxo escuro.

— O quê?

— Tem um motivo para ser justamente você o Iluminado poderoso para derrotar William. — começou, deixando o irmão perplexo. — Você é o abençoado de Grillian. O filho mais poderoso que ele já teve e teria em todas as situações. O caso raro, a estrela especial dele. Por isso ele fugiu depois do seu nascer. Já tinha cumprido sua missão. — o loiro ficou em choque, novamente, engolindo em seco. — Você, meu irmãozinho, é o Iluminado mais poderoso, atualmente, do mundo. E sei que vai derrotar essa entidade filha da puta!

Oliver ignorou todos os sentimentos que viria a ter com a revelação. Focou apenas na raiva. Aquela coisa destruiu sua vida, a de sua filha e de tantas outras pessoas. Por causa dele, para sempre sentiria falta de alguém tão importante.

Por Amélia. — falaram os dois.

— Que lindo caso de família. — sorriu William. — Mas era para ficar com medo?

— Com toda a certeza. — Oliver andou para frente, na direção de Aquiel, sem sentir medo algum. A entidade arregalou os olhos sobre como seus raios pareciam não fazer efeito nele. Nenhum poder que usava, e isso, verdadeiramente assustou a entidade. — Demonialies!

Todo o céu roxo se transformou em preto, no inferno inteiro, e não se prendeu a isso. Humanos da terra olharam para cima, incrédulos sobre como de repente o tempo se fechara. O sol lindo foi substituido pela escuridão total em toda a América do Norte, Central e do Sul. Era como se do nada um eclipse atingia o planeta.

Henry se ajoelhou. A pressão do poder de seu irmão foi forte o suficiente para até ele sentir que era demais. Nunca viu a sua liberação demoníaca. Não imaginava que era tão poderosa.

Duas mulheres surgiram nos ombros de Oliver. Ambas negras, usando roupas largas como de um ensolarado parasol. Tinham guardas-chuva como armas em suas mãos. Uma cortina vermelha enorme caiu-se sobre o céu atrás de Oliver e de William, em seguida o chão queimado do inferno transformou-se em um belíssimo palco de apresentações.

A trágica peça de teatro suicida de Pérola e Julietta. — falou, a expressão divertida, deixando William chocado.

— Já derrotei Persephone, a híbrida! — exclamou William enfurecido. — Você vai ser mais fácil. Ninguém liga que é o Abençoado, ou sei lá o quê!

— Sabia que a obsessão da Brooke por filmes veio por mim? — indagou, sem qualquer medo em sua expressão. — Eu era fascinado em filmes, um nerd desse gênero. Nada mais justo que minha Demonialies ser sobre isso.

— Não dou a mínima.

Essa cara é rude. — a mulher do ombro direito de Oliver disse, conhecida como Julietta. — Precisamos punir ele.

— Faz tempo que não somos invocadas. — sorriu a outra, Pérola. — Quero me divertir um pouco.

— Então vão, garotas. — o homem loiro falou, parecendo divertido, entretido, tal qual alguém ligando a televisão para assistir um filme. — Estágio um: introdução ao conhecimento.

As duas mulheres saltaram do ombro de Oliver e como duas balas, voaram em direção a William, que nem teve tempo de esquivar do primeiro golpe, recebendo um ataque do guarda chuva afiado na bomba em seu rosto, cortando-o. Tornou-se uma luta além dos olhos humanos. Elas dançavam enquanto desviavam graciosamente e acertavam o homem.

— Na introdução, Pérola e Julietta se conhecem em aulas de balé. — disse Oliver, como se lesse a história de um livro para uma criança dormir. — Dançaram até cansarem, rindo no começo de sua paixão.

A entidade era, obviamente, poderosa para se deixar abater com isso. Acostumou-se com o tempo aos ataques das mulheres, e ao perceberem isso, rapidamente voltaram para perto de Oliver. De repente, assustando Henry e William que assistiam, elas enfiaram os guarda-chuvas que pareciam espadas no homem, no peito esquerdo e no direito.

Estágio dois: a dor do desenvolvimento proibido. — havia sangue na boca de Oliver quando ele falava, de fato muito ferido. — Quando os pais de Pérola descobrem o fruto proibido que sua filha consumia, a puniram dolorosamente. E óbvio, num romance se uma personagem sofre...

Do nada, os ferimentos em Oliver se transmitiram para William, que cuspiu sangue e ajoelhou-se, encarando o Emily completamente curado.

— Julietta também sofre, pela solidão e grosseria de sua amada, que acarretava as ordens de seus preconceituosos pais.

Oliver pulou e juntamente as duas mulheres, correram em velocidade quase impossível de acompanhar para cima de William. Lutando contra três, machucado, ele perdeu as chances. Vários golpes em direções diferentes atordoaram a entidade.

— Estágio três: A depressão do Afogamento. — quando Oliver recitou as palavras, Pérola e Julietta colocaram suas mãos sobre a cabeça de William e imediatamente ele parou. — Agora verá o suicídio das amantes. O nível de tristeza que chegaram para que morressem juntas no lago congelado, onde nem mesmo no suicídio desistiriam uma da outra.

Aquiel viu apenas água em sua mente. Estava mais para um buraco de minhocas que sugou toda a sua felicidade, seus objetivos e vontade de vida. Era como se o toque das mulheres tivesse o tornado o ser mais depressivo de todo o mundo, partilhando os mesmos pensamentos suicidas que elas, e até os que ele amaldiçoou nos Iluminados pós matar Persephone.

Ele caiu de joelhos, seus olhos parecendo perder o brilho e vontade de lutar. Pérola e Julietta desapareceram, onde, finalmente, Oliver pôde terminar. De uma só vez, enfiou sua mão no peito de William, retirando seu coração do corpo como se não fosse nada.

Estágio final: O julgamento dos culpados na conclusão. — uma enorme balança surgiu atrás do loiro, ao qual ele não perdeu tempo em colocar o coração do homem que permanecia vivo, talvez por magia e sarcasmo de Oliver para terminar. — Óbvio que, mesmo não em vida, os culpados pelas mortes de Pérola e Julietta tiveram de ser julgados.

A balança pesou para o lado que Oliver colocou o podre coração do homem. Ele tinha um sorriso quando virou-se para contar a notícia a ele.

— Assim como eles, você não foi bom o suficiente. Declaro culpado. — o barulho de um martelo batendo contra a madeira ecoou por todo o inferno como um alto trambor. — Vamos ver qual será a sua pena?

Oliver sorriu satisfeito quando do teletransporte, uma fantasia ao qual todos conheciam muito bem, surgiu. O coelho amarelo, SpringBonnie, a roupa qus William usava para cometer seus crimes, na frente deles.

O Emily moveu sua mão e rapidamente a fantasia entrou no corpo de William por completo. Olhou para ele por alguns segundos, pensando em tudo que sofreu, em tudo que todos sofreram com ele. Sem nenhum tipo de piedade ele fechou sua mão e a roupa inteira liberou suas travas cortantes, chamadas de springlocks, perfurando e destroçando o corpo do homem por trás de todo o mal que sofreram.

— E morto, desgraçado!

Oliver finalmente suspirou, desfazendo sua Demonialies. Havia um sorriso de vitória e alívio em seu rosto ao qual andava de encontro ao seu orgulhoso irmão mais velho. Seu cansaço era perceptivel no andar cambaleado.

Antes que chegasse, uma brilhante luz roxa emergiu da fantasia do coelho de William, juntanente a um grito alto e poderoso.

Ele olhou para trás, em choque sobre ele ainda estar vivo depois do estágio final. Era literalmente impossível sobreviver a tal ataque.

EU...! — seus irritados gritos saiam de todos os buracos perfurados da roupa, que aos poucos se desfazia com a aura de poder que erradiava dele. — SOU A ALMA DE LÚCIFER! SOU A ESTRELA DA CRUELDADE! A PERDIÇÃO DOS HUMANOS E ESPERANÇA DOS DEUSES! EU SOU UM DEUS E SEMPRE IREI VOLTAR!

A roupa foi completamente destruída. O corpo completamente ferido de William surgiu na vista deles. Estava completamente furioso com a audácia de Oliver Emily. Nunca em milhões de anos sentia tanta raiva de alguém. Sua mão se ergueu e uma poderosa esfera de energia roxa carregava, mirando ao bruxo, tanto poder que o espaço e tempo parecia se alterar ao redor dele.

Não vai voltar dessa vez. — William foi atingido em seu coração por uma lâmina dourada, de repente. Ele olhou, completamente em choque pela dor absurda que sentiu. Como não havia notado Brooke Emily acordando e andando até ele até o perfurar com a faca que havia a matado? — Sentiu saudades, seu filho da puta?!

Aquiel vislumbrou o fogo nos olhos amendoados de Brooke, o brilho de vingança e espírito de mudança que conhecia muito bem de Persephone. Ele entendeu a maldição dela, depois de cinco mil anos. Ela o perseguiria por todo esse tempo e só pararia agora, em seu fim. Sua canção ainda ecoava em sua mente maluca quando gritou. Linhas negras surgiam do local do ataque de Brooke indo até o fim de seu corpo, e então, finalmente, parou, definitivamente.

Aquiel morrera definitivamente. O pesadelo, o puro mal, de milhares de anos havia se acabado.

Os olhos de Hades abriam-se uma última vez, por milagre de seres superiores, ao qual atenderam seu pedido de redenção uma ultima vez. Ele mal conseguia se mover. Além de sua alma ter morrido momentos atrás, agora seu corpo também sofria isso. Brooke quem tomou a iniciativa, que para a surpresa dele e de todos, foi um abraço.

— Está tudo bem. — falou com calmaria. A maturidade que tinha de entender, que embora fosse aquele corpo que a causou tantos traumas irreparáveis, não era ele o culpado de nada. Era mais uma vítima do medo da revolução de Persephone, que com certeza foi um dos seres que mais sofreu em toda a história. Desde sempre tendo de ser usado como receptáculo das coisas mais horrível a qualquer ser vivo e morto, incluindo aos próprios filhos. Brooke sabia que ele merecia a paz eterna ao lado da mulher que amava. — Você pode ir agora.

— Obrigado. — ele sorriu no abraço. Aos poucos sua imagem começou a desaparecer, igual aconteceu com Persephone no purgatório. Os seres superiores entendiam também que seu corpo merecia o descanso eterno de uma vez, muito além do que os proporcionados por forças mundanas. Brooke sentiu gotas caindo em seu ombro. Sabia que eram suas lágrimas de gratidão e alívio de Hades. — Muito obrigado, Brooke Emily.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜: 

I. eu sei, demorei muito para atualizar, e peço mil desculpas por isso, mas demorei muito pra sair da morte do Theo por motivos de: tinha muita gente aqui em casa para o natal e a cada palavra que escrevia eu chorava igual uma cachorra. mas enfim, tá ai.

II. não me matem pelo Theo, eu tô de luto tbm, não vou superar, sinto que perdi meu pai tlgd, #voltavida

III. o que acharam do capítulo? das cenas de ação, Demonialies do Oliver (que apesar de sentir que vcs não entenderam nada, fui mto criativo fazendo), o fim do Afton e até a morte do nosso fav? comentem tudo, e se caso ainda não voltaram, por favor o façam, ajuda mto!!!! é isso, até o próximo que será o último vius.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro