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ㅤㅤ ㅤㅤ XVI. welcome to haunt.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜:  ⚠️ em primeiro lugar, esse capítulo contém gatilho pesado com o tema estupro, e dessa vez conta a história de um, não apenas menção. então se caso opte por ler a cena, tenha estômago forte (pq nem eu to querendo escrever isso)⚠️ . e em segundo, já começo pedindo perdão pela demora para postar os capítulos. acho que os capítulos estarem tão longos contribuem para isso. não costumo isso, então apreciem, porque dá um trabalho do cão. votem e comentem já de início, brigado ↓֓ ܸ۠命𐄂

Bem-vindo ao quarto do pânico
Onde todos os seus medos mais sombrios vão
Vir até você, vir até você
Bem-vindo ao quarto do pânico
Você saberá que eu não estava brincando
Quando você os ver também, os ver também

panic room, AU/RA!

𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖  ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( ASSOMBRAÇÃO ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ  ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. dezesseis ๋⇑ܸ 16 ◹

BATIDAS FORTES E PESADAS ecoaram pela residência Schmidt como intensas perturbações de paciência. Brooke foi a primeira a acordar, olhando pela janela e percebendo ainda estar em uma madrugada fria. Na verdade, foi até bom ser acordada já que em seu pesadelo recorrente, mesmo lúcida, acordar estava sendo impossível.

Era óbvio que alguém batendo tão desesperadamente num tardar da noite não significaria algo passivo. Deu sorte de ambos os irmãos Schmidt terem sono pesado para não acordaram com isso. Foi até a cozinha e pegou uma enorme faca, em que anteriormente Ash usava para cortar os temperos verdes a lasanha. Também não poupou esforços em transformar seus olhos nos de vampira para que causasse medo no possível bandido.

Quando abriu a porta, percebeu que nenhum raio de nenhuma tempestade assustadora a pudesse dar um choque tão enorme quanto ver Henry Emily simplesmente adentrar a casa, machucado e em pânico.

Brooke continuou olhando para seu pai sem nem piscar suas órbitas, ao tempo dele procurar por itens de primeiro socorro para enfaixar seu braço que sangrava, tendo por sorte já que Brooke comprou no mesmo dia. O sangue a mostra fez com que seus olhos não voltassem ao normal, fato intrigante a Henry quando finalmente notou.

— Então sua mãe te ensinou finalmente? — havia um sorriso de orgulho em seu rosto, e apesar de ser algo acolhedor visto que a própria se via como um monstro, agir tal qual se nada houvesse ocorrido, deixou-a garota irritada.

Foi o Theo. — respondeu seca, abaixando a cabeça para que pudesse retornar ao normal. Quando levantou, sua expressão denunciava sua fúria. — Vai continuar agindo como se estivesse fazendo uma visita ou me explicar como você não está morto?!

Theo... — pareceu ignorar o resto da frase dela, focando apenas no nome dele, o que profundamente magoou a filha a sua frente.

Brooke virou o rosto para Ash e Abby dormindo tranquilamente, tentando esconder lágrimas de cair de seus olhos, pela situação, e o desespero de sua humanidade estar retornando. Como não retornar após ver um dos motivos para morrer estar pleno em sua frente. Tentou focar, por algum modo, neles. Os observar a tranquilizava. Sabia que não podia ser explosiva agora.

— O que veio fazer aqui? — voltou a perguntar, tentando manter a calma e arranjar alguma forma de estar novamente no modo "dane-se". Não queria voltar a ser a fraca Brooke depressiva que necessitava da ajuda das pessoas para não se matar.

— Preciso que vocês todos estejam a salvo. — falou, o que não explicou nada. — Oliver não deveria ter deixado você viajar somente com Theo. Ele sempre foi liberal demais.

— O que quer dizer com isso.

— Rastreei o seu paradeiro através disso. — Henry se afastou e foi até uma janela em que Brooke jurou ter fechado as cortinas pois Abby estava com medo. Ele retirou uma poeira negra com seus dedos da parte que, surpreendentemente, estava aberta. — Isso é enxofre. Quando demônios estão em lugares em que não são de seu domínio particular por muito tempo, ele acaba deixando isso, como se fosse o rastro de sua passagem.

— Ainda não entendi...

— William esteve aqui. — Brooke congelou. — Não só hoje como ontem também. Ele tem observado você e Ash durante a noite inteira a julgar pela quantidade de enxofre.

O medo que Brooke sentiu foi como se houvessem mil demônios ao seu redor. Apenas conseguiu se sentar na cadeira mais próxima, tonta. Ela não conseguia ganhar dele nem o incapacitando e humilhando. Estava novamente a frente dela, aproveitando-se da felicidade em que vivia, para depois a derrubar de novo e de novo.

De repente seu pesadelo passou a ser uma realidade fria. Ela sentia ele em cima dela novamente, a pressionando e falando palavras de ameaça. A dor tornou-se algo além do que uma memória falsa poderia produzir, como se estivesse vivenciando nesse exato momento, ali, paralisada, sentada numa cadeira, ao olhar confuso de Henry.

Brooke soube que não havia mais como não retornar a fase sentimental quando abriu os olhos e os mesmos demônios que viu na noite de morte de sua irmã estarem ali, a encarando como a representação de sua assombração.

Quanto mais pensava em William a observando dormir durante a noite inteira, mais se lembrava dos relatos de abuso do homem, e isso de alguma forma, despertava o seu próprio. O que fora trancado mentalmente por quem estava a sua frente, não era uma ilusão.

— Para, eu não quero saber... — ela respondia as palavras dos demônios em sua mente. Eles eram tenebrosos, feios e macabros. Sua função era realmente a trazer o pior dos sentimentos: a loucura.

Ela estava com muito medo, de saber a verdade, e principalmente de William. Nenhuma proteção de Henry, Oliver, Katharina ou Theo poderia alivia-la agora. Ele a observava como um maníaco por sabe-se-lá quanto tempo e descobriu apenas agora. Quantas coisas faria se seu pai não avisasse, e quantas já deve ter feito sem que soubesse, ou se lembrasse.

Quanto mais informação chegava, mais difícil estava para manter a sanidade mental estável. Apenas uma frase de Henry havia conseguido acabar com todas os muros mentais que por anos construíram. Esse era a influência de alguém tão ruim; alguém tão detestável que fazia o inferno estremecer. Independente de vivo, sua maldade para sempre estaria escrito nas cicatrizes deixadas por suas vítimas.

A que sofria com ela agora não conseguia responder os comunicados de Henry, que até tentava dar tapas leves em seu rosto para trazer de volta ao mundo real. Nada adiantava pois tomaram conta dela. Agora Brooke Emily estava paralisada, e não conseguia mais sair.

Ela não conseguia sair.

Quando Brooke tinha quinze anos, há mais de um ano atrás, vivia o primeiro da longa lista de traumas. A pessoa que achava ser sua mãe havia acabado de falecer, e acima da dor do luto estava a da culpa. Nem Charlie a conseguia confortar mais. Tanto Henry quando Oliver sabia que este era apenas o início da maldição que todo iluminado passaria, e mesmo todos tendo passado por ela, era praticamente impossível ajudar um que eatava na mesma situação quando este se tranca no quarto e nega todo tipo de ajuda.

Quando uma mente está tão vulnerável e permeável ao mal, não há como parar o que está destinado a acontecer. Brooke não tinha ideia do que a esperava de pior, no início da maldição. Ela nem notou no tempo-espaço de William Afton demonstrar tanto interesse em ajudá-la. Para a garota, foi apenas um amigo de seu pai disposto a ser uma boa pessoa.

Tudo teve início quando estava retornando da escola num janeiro triste. Podia optar por seu pai a buscar no local, porém sentia que depender até nisso era algo que não queria. Morava bastante longe, e em alguns dias era até bom ao seu corpo a longa caminhada, mas em outros, era uma tortura. Naquele dia, a única coisa que queria era chegar o mais rápido possível em casa, tomar banho e deitar até que o próximo dia começasse novamente.

— Brooke — estava tão distraída que nem havia notado o carro preto se aproximar de si, para abaixar o vidro e ser revelado o homem que poderia ganhar o prêmio de mais perverso que havia pisado naquela terra. — Não quer uma carona?

Foi como se um anjo — ou demônio — tivesse ouvido suas preces preguiçosas. Entretanto, teve vergonha de aceitar na primeira tentativa, até porque, mesmo o conhecendo, seu pai havia a proibido a entrar em carro de qualquer pessoa que não fosse ele ou de Oliver.

Não era possível negar qualquer coisa aquele homem mais de uma vez. Nunca entendeu como pareceu quase hipnotizada ao sinalizar estar tudo bem na segunda vez, falando as palavras certas e que sabia que seria terrível assimilar suas verdades. Brooke adentrou o carro e William não deixaria que sua aura de intenções reais e má pudesse ser sentida por ela, conseguindo puxar assunto com o que a garota queria e precisava ouvir. Óbvio que isso era a coisa mais fácil do mundo a ele, afinal, seu domínio era o psíquico. Naturalmente podia saber os pensamentos de qualquer pessoa sem esforço. Ninguém podia mentir a ele, o enganar ou manipular mais do que ele.

Não foi culpa de Brooke que em questão de dez minutos já conseguisse confiar nele. Era impossível não sentir quando se está ao lado do verdadeiro diabo, aquele em que na biblia sagrada, era o senhor da mentira e da manipulação. Psicopatas de verdade possuem um dom que é muito difícil até para psicólogos entenderem. Conseguiam ser atraentes até a pessoas que sexualmente não se sentiriam atraídos por seu gênero. Assim que alguns, até mesmo na prisão, sobreviviam, namorando aquele que dominava o local para que assim obtivesse a proteção, e uma vez fora, tornava-se completamente descartável.

— Podemos passar em uma lanchonete caso esteja com fome. — disse de forma sábia, sabendo exatamente que esse era o estado da garota. Da mesma forma que anteriormente, Brooke não conseguiu negar uma segunda vez, com palavras certas que convencem qualquer um.

E assim que conseguiu de vez a confiança dela assim como admiração, quando "advinhou" o prato preferido dela ao pedir a garçonete. Brooke não imaginava que apenas afundava-se cada vez mais no plano dele.

— A festa de aniversário de Michael é amanhã, por que não vai? — convidou casualmente enquanto ainda estavam na lanchonete.

— Não gosto muito do seu filho. — foi sincera, rindo, o que fez o homem gargalhar.

— Nem eu, mas estarei lá, então tudo certo. — Brooke se segurou para não rir, sabendo o tanto que era errado um pai falar isso do próprio filho. A daria pena de Michael caso nessa época ela sentisse qualquer empatia por ele. — Pode ir caso queira.

Quando chegou em casa, sentindo que alguém entendia ela, já que William sabia exatamente o que ela queria ouvir, estava mais feliz, a ponto de não ficar o tempo todo no quarto.

Uma vez que se está amaldiçoado e assombrado, é difícil conseguir que essa paz dure, mesmo que venha de manipulação pura. Nada ocorreu no período da sexta para o sábado, entretanto, a depressão voltou novamente ao ouvir Henry contar uma história de Melinda. Ainda se culpava pelo acidente a ponto de decidir retornar ao quarto pelo resto do fim de semana. Se não fosse obrigada a estar na escola, também nem pisaria lá. Única pessoa que conseguia conversar era Becky, porém essa estava ainda no hospital graças ao mesmo acidente, o que aumentava sua culpa porque não teve nenhum arranhão.

Já era oito da noite de sábado quando percebeu que seu pai havia parado de tentar a chamar para jantar ou fazer qualquer coisa. Ela nem respondia de todo jeito. Se levantou e colocou a primeira coisa que achou em seu guarda-roupa, no caso um vestido azul. Foi a sala perguntar a seu pai se podia sair e pegou-o dormindo agarrado a sua irmã. Agora, ele era obrigado a cuidar de Charlotte pois Brooke não conseguia tarefas tão complexas assim. Esperava que ele não notasse sua ausência.

Foi a pé. Não era tão longe quanto a distância de sua casa a escola, então foi tranquilo, bom para apreciar a brisa fria da noite e contemplar as estrelas. Nem em seus pesadelos imaginava o que a esperava.

Ao lembrar que a festa era de Michael, se arrependeu amargamente. O viu na banheiro rodeado de seus amigos idiotas da escola. Ainda era do tipo que fazia bullying com as pessoas. Não tinha um pingo de senso em ser sensível, ou seja, continuava a provocando na escola ou sempre que a via mesmo que tivesse acabado de perder a mãe. Era tão otário que nem Evan escapava de suas piadas ridículas. Se fosse na atualidade, era inevitável pensar que Ash seria vítima do próprio irmão.

— Booooo! — ouviu seu início de provocação ao se virar. Ele estava rindo juntamente aos outros, que eram duas garotas brancas com cara de esnobe; Nathan Roer e Mark, o único que estava quieto. Odiava quando o grupo começava com essas piadinhas toscas. — Veio a minha festa e nem trouxe meu presente? Que feio.

O tom era de bullying, porque Brooke não estava com cabeça para revidar e voltar a ser apenas rivalidade na circunstância. Brooke ignorou, tentando encontrar alguém conhecido na festa. Teve sorte ao ver Brenda, que bebia junto a outta garota. Se aproximou relutantemente. No momento, apenas sabia que era uma crush de sua melhor amiga.

O bom é que de fato, era alguém legal. Tinhas assuntos em comum, como cinema por exemplo. Facilitava no tempo passar mais rápido. Michael, entretanto, estava empenhado em irritar a menina, falando baboseira ou tentando arremessar pedaços de papéis nela, ação que irritava até mesmo Brenda.

— Qual é a desse garoto? — não escondia o ranço pelas piadas babacas que soltava, revirando os olhos com raiva. — Cada dia prova que todos os homens são iguais.

— Falta de amod paterno. — respondeu Brooke bem alto para que todos ouvissem, incluindo Michael, que cessou as brincadeiras. — Na verdade, por agir assim, duvido que haja qualquer amor em sua vida. Nem a mãe suporta, por isso foi embora. As duas.

William havia a contado sobre a mãe de verdade do garoto, não toda a história, apenas o bastante para se vitimizar e fazer Brooke ter pena do homem. Isso explicava tanta rebeldia por parte do garoto em choque na banheira, que saiu sem dizer mais nenhuma palavra. Todos, com excessão de Brenda, olharam para Brooke como se fosse um monstro por tais palavras, ações que não entendeu. Enquanto ele fazia esses mesmos comentários sem noção a ela ou mais pessoas, recebia risadas. Na vez dela, era a vadia cruel. Tinha certeza de que se fosse um homem em seu lugar, a única coisa que ouviria era incentivo de briga.

— Espero que ele vá chorar num canto e me deixe em paz. — disse fria. Não teria empatia com quem não tinha com ela.

— Acabou com aquele branco fodido no aniversário dele. — Brenda gargalhou com orgulho da garota. — Prevejo que seremos ótimas amigas.

— Com certeza. — sorriu Brooke. Passaram os próximos minutos conversando sobre filmes, patriarcado e amaldiçoado o sistema que faziam parte.

Para Brooke foi ótimo a conversa com alguém que a entendia melhor, e que também entendia por parte suas dores. Brooke não era branca, isso era óbvio, porém também não era escura o suficiente para se considerar negra e parte da comunidade. Era uma confusão porque nos anos oitenta, sua pele não era o padrão, estando sujeita assim a diversos comentários racistas a uma pessoa parda. Claro que, nem se comparavam aos que Brenda recebia, por ser de uma tonalidade mais escura que a dela. Brooke estava sempre rodeada por pessoas brancas, principalmente depois que Melinda morreu, então não podia sempre falar sobre tal assunto.

— Brooke, pode entrar aqui? — ela foi cortada do assunto com Brenda pela voz de Michael a chamando da banheira de hidromassagem. Não tinha praticamente mais ninguém na festa, apenas ela, a própria nova amiga, que aliás estava se levantando para ir embora.

Estava apenas Brooke e Michael. Em situações normais, jamais faria o que ele pediu, porém, já havia bebido várias e estava solta. Rapidamente retirou o vestido e ficou somente com as roupas de baixo. Michael corou levemente pelo estado tão rápido que ficou excitado. A garota tinha um sorriso provocador quando entrou na banheira, aliviando-se na mesma hora pela temperatura tão reconfortante.

— Só queria pedir desculpas pela forma que tenho te tratado. — disse a surpreendendo. — Mark abriu meus olhos para perceber que fui muito infantil continuando com isso, levando em consideração o que você tem passado.

Brooke nadou até estar bem próximo dele. A bebida estava a dando liberdade para ser quem escondia a muito tempo.

— Sabia que eu sempre gostei de você? — ele ficou chocado com a revelação completamente do nada. Brooke colocou a mão sobre seu rosto quando de repente também o beijou. Mike parecia estar vivendo em um sonho quando correspondeu, passando seus braços pela sua cintura e aprofundando mais e mais.

— Sério? — ele perguntou quando o fôlego infelizmente acabou. Brooke sorria entre o beijo. Tinha medo de que ela se esquecesse quando o efeito do álcool passasse. — Eu também!

Brooke se surpreendeu mais e sem esperar o beijou novamente. Não paravam e o calor em contraste a água quente os fazia pegar fogo literalmente. A garota achou melhor avisar antes que tudo fosse rápido demais.

— Sou virgem. — ficou um pouco tímida pois tinha certeza que Michael não era.

— Sério? — a surpresa dele a irritou.

— Está achando que sou uma puta? — ele arregalou os olhos. — Tenho só quinze anos.

— Desculpa. — ele corou de vergonha. — De verdade, não quero estragar tudo de novo, me perdoa. — Brooke quis rir da fofura que ficava sem a máscara de homem branco irritante. — Até porque se eu estragar tudo não vou poder te pedir em namoro quando acabarmos aqui e...

— Para de falar. — ordenou ela, rindo da forma que falava rápido, arrependido.

— Tá. — calou a boca. — Vou pegar camisinhas. Não estou a fim de engravidar minha futura namorada quando ela ainda tem quinze anos. Fica aqui.

Brooke sorriu, anestasiada demais para pensar estar prestes a namorar sua paixão de infância e rival da vida, praticamente.

Ela deveria ter ido com Michael.

Estava olhando para as estrelas, sendo uma adolescente inocente, distraída com a beleza delas, quando sentiu alguém entrar na hidromassagem, um peso forte que a fez abaixar o olhar e ficar confusa do porquê William estava ali, praticamente pelado, apenas com uma cueca. Brooke envergonhou-se e na mesma hora quis sair do local, até pensando estar abusando da hospitalidade em estar ali, porém, antes de levantar, o braço do homem a segurou e a puxou para baixo, assustando a menina.

O medo que sentiu ao vê-lo aproximar-se mais a ponto de poder sentir a dureza contra sua barriga a fez querer chorar de desespero. Iria gritar por Michael quando com agressividade ele pegou em seu queixo a a fez olhar para ele. Arregalou os olhos ao ver seus olhos brilhar em roxo.

— Você vai ficar quieta e não vai tentar resistir. — suas palavras eram como hipnose. Mesmo que Brooke quisesse gritar, chorar, espernear de desespero pelo o que estava prestes a acontecer com ela, não podia. Ficou paralisada, apenas podendo ver William abaixar seu short e a pior coisa que poderia acontecer com ela, começar.

— Achei só algunas neon... — Michael não havia percebido a situação, então ainda estava rindo pela fala. Quando olhou a banheira, seu pai fazendo aquilo com Brooke, que não tinha nenhuma reação se não aceitar, como se seu corpo não tivesse nenhum osso ou músculo, não teve outra reação se não correr para tentar parar aquilo. Apenas um olhar de seu pai o fez paralisar assim como Brooke. — Pai, para! Isso não! Não com ela!

— Eu deveria fazer você assistir... — disse rindo como o que era, o pior ser que já pisou naquela terra, enquanto continuava. Quando Michael viu mais de perto e lembrou-se dela dizer que era virgem, se virou e não conseguiu resistir a ânsia, acabando por vomitar tudo que comeu na festa, lágrimas de desespero por não saber o que fazer se juntando a sua nojeira.

Seu pai o paralisou naquele instante. Ele ficou deitado, sentindo o cheiro de seu vômito, enquanto estava de costas para a cena do maior trauma da vida de Brooke. A única coisa que podia ouvir era os grunhidos que a garota ainda conseguia soltar através da paralisia, pedindo para qualquer Deus a ajudar. Mike só conseguia chorar mais e mais, intensificando as orações da garota. Os gemidos de seu pai e o barulho da água e corpo colidindo apenas os fizeram acreditar que não havia nenhum ser superior bondoso zelando por qualquer pessoa na terra. Não era justo que recebessem esse título para que agora Brooke fosse obrigada a passar por isso.

Michael não conseguiu parar de chorar nem quando ouviu seu pai saiu da banheira e foi para dentro da casa, como se nada tivesse feito. Conseguiu apenas se levantar e chorar mais vendo o estado da garota na banheira. Se aproximou dela, tentando a tirar de lá, contudo, não tinha sucesso.

— Não consigo sair... — era só isso que balbuciava, situação que agravou toda a tristeza. — Não consigo sair...

Michael conseguiu com muito esforço a retirar de lá. Ela chorava com a expressão neutra, como se não sentisse mais nada, mas seu corpo sim. A dor que sentia dentro de si, além da região íntima era demais. A psicológica de estar quebrada a fazia estar estagnada para sempre no mesmo lugar. Não conseguia sair.

Michael virou o rosto quando viu a calcinha da Emily virada para o lado e a quantidade enorme de sangue na região. Apenas pode, enojado por todo o ocorrido, a vestir adequadamente, colocando também seu vestido com muito cuidado e esforço. Pegou a no colo, em estilo noiva, para levar até seu carro — fato que sentia mais raiva por ter sido dado por William.

Brooke queria dizer que não gostaria de estar em um carro sozinha com ele. Não porque achava que poderia fazer igual, sabia que não. Porém, não conseguia mais ver nenhum homem da mesma forma a partir de agora, independente de quem seja. Mike, no entanto, parecia saber como agir diante a situação. Não tentou tocar nela, para acariciar ou revisar que ficaria tudo bem de forma física. Tinha conhecimento que o efeito seria reverso, principalmente por ser filho do homem que a deixou naquela situação, onde nem sequer poderia ficar sentada no carro, apenas deitada no banco de trás, chorando cada vez mais, ainda repetindo a mesma frase sem parar, sentindo-se suja, acabada, destruída e traída.

Nunca imaginou que William pudesse fazer isso com ela. Deveria ter visto por trás de tanta manipulação, de tantas falas problemáticas incluindo até mesmo Michael. Deveria ter evitado, continuado com sua família. Começou a se culpar no banco do carro que dirigia a toda velocidade. Não conseguia olhar a Michael sabendo que ele presenciou a cena toda. Não podia olhar a ninguém. Era como se houvessem a humilhado da pior forma possível, como uma vergonha pública sem tamanho.

Os eventos seguintes foram um borrão para ambos. Michael apenas se lembrava de chegar na casa de Henry com Brooke em seu colo. Explicou a situação da maneira mais bagunçada possível, já que era o que conseguia. Se recordava vagamente de Henry socar a parede com tanta força que a rachou profundamente. Durante todo o período que ele examinava a filha, Michael chorava de culpa, dor, trauma e raiva.

— Mike — chamou Henry, e com medo do homem o machucar por não a defender, olhou para cima. Ele permanecia calmo, como uma virtude que jamais entenderia. — Seu pai já deve ter te explicado sobre a maldição dos iluminados, não? — o garoto assentiu, vendo Henry pegar uma seringa com o remédio, droga, feitiço, sabe-se-lá o que poderia ter que fizera tão rápido. — Caso ela se lembre desse trauma, acabará tirando a própria vida muito mais cedo do que é predestinado — era sombrio a forma que isso era um padrão entre uma espécie tão subjulgada e que para sempre teria o mesmo destino. — Precisarei apagar as memórias dela. É difícil até para mim que tenho conhecimento de tantas coisas... — iria explicar essa parte que ficou confusa a Michael, porém desistiu. — Enfim, apenas finga que hoje e ontem nunca aconteceram quando se encontrar com ela nos próximos dias.

Ele apenas assentiu. Era o melhor a ser feito para Brooke. Não poderia suportar olhar para ela e saber que ela se lembrava de tamanha dor. Óbvio que não apagaria sua cicatriz, mas as vezes, a ignorância é o que nos mantém vivos.

Michael viu Brooke nos próximos dias da escola e só podia querer chorar, porque seria estranho para ela o ver fazer. Cada vez que ela dava um passo falso devido a estar mancando com uma careta confusa. Odiava mais e mais o demônio de seu pai. A crueldade dele era sem limites. Não tinha dúvidas de que era de fato digna de um Rei do Inferno. Sabia que se não fosse por ele, Brooke e Michael estariam muito provavelmente já namorando, felizes e prontos para enfrentar qualquer maldição como um casal radiante. Ora, ele era burro; nunca perceberia os olhares da garota para ele, então óbvio que a única forma dele saber que a Emily no fundo tinha uma queda pelo Afton era porque ela mesmo já tinha falado.

E agora, a cicatriz abriu novamente. A cura de Henry tinha condições a serem estabelecidas em que o medo, raiva e angustia por William foi a quebra de, além da lembrança, a si mesma.

A mente de Brooke transformou-se num caos quando depois de longos minutos as memórias retornando com tudo. Henry demorou a perceber o estado da garota, e ao notar, amaldiçoou forte os céus por esquecer fáceis gatilhos causados por ele para desencadear isso. Precisavam sair dali o mais depressa possível e agora, temia pela reação da garota em descobrir ter passado por algo tão pesado.

Mas não, ela não ficaria presa naquele lugar para sempre. Ela conseguiria sair e não voltaria mais. Seu cérebro percebeu a ameaça que seria ter todas emoções novamente e ultrapassou o nível. Escolheu o modo egoísta. O primeiro estágio de um Iluminado sem humanidade é simples de se viver, apenas a culpa é ausente, porém, se seu Rei determina que está sendo ineficiente, aumenta a dosagem de sociopatia. Transforma em uma máquina de matar sem nenhuma piedade com ninguém. Dessa vez, nenhum Rei foi necessário para isso, apenas o medo de ter transformar-se de novo em uma Brooke fraca, depressiva e traumatizada. Jamais se renderia a isso novamente. Um mundo que a deixou ser abusada a vida inteira pela mídia, depois sexualmente, e ainda que brincava com seu sofrimemto, como Henry que nem pareceu ligar do fato dela ter se matado pela dor de sua ida, não merecia que tivesse piedade.

Brooke se levantou e ignorou as falas de seu pai preocupado. Quando chegou próximo demais, de forma bruta e rápida ela o jogou para longe, batendo na parede da casa. Nem imaginava que tinha tanta força. Bem, a sua parte demônio não poderia ser apenas figurativo de, agora, vontade de matar o máximo número de pessoas possíveis, independente de qualquer coisa.

Se ela conheceu tanta dor, o mundo também deveria conhecer.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜:  .

I. perdão pelo capítulo ter ficado tão pesado. tentei descrever ao mínimo toda a cena mas acabou que inevitavelmente ficou muito pesada..

II. acho que esse print aqui irá resumir muito os leitores que estão dividos entre Afton e Schmidt, da pensadora contemporânea -StrangerDangerr

III. e aos leitores swifties, olha q beldade que eu fiz hoje, juro amei muito

(eu fui muito perspicaz colocando os gêmeos afton como folkmore, que mecanismo)

IV. enfim, é isso, comentem o que acharam do capítulo, possuem teorias e votem caso ainda não tenham feito. bjus e até o próximo, q estará babilônico 💋

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