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ㅤㅤ ㅤㅤ XIX. welcome to the curse.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜:  .bem vindos ao último capítulo do segundo ato, que apesar de anteriormente ser apenas dois, pelo arco um ter vinte e cinco capítulo (podendo ser mais ou menos dependendo do que rolar), achei melhor, para deixar mais certinho, mais um para finalizar o arco. enfim, votem de início e comentem ao longo do capítulo!↓֓ ܸ۠命𐄂

De: Brooke Emily,

Vamos lá, vamos lá, não me deixe assim
Pensei que tinha te entendido
Não consigo respirar quando você não está aqui
Não dá para voltar atrás agora, eu estou assombrada

Para: Charlotte Emily.

haunted, TAYLOR SWIFT!

𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖  ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( A MALDIÇÃO ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ  ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. dezenove ๋⇑ܸ 19 ◹

O CONCEITO DE MALDIÇÃO É MUITO difuso. Muitas coisas podem ser consideradas como isso, e era muito fácil estar sob uma quando seu destino era ser um demônio para o máximo número de pessoas possíveis. Sabia que sua morte nunca foi algo com a qual as pessoas ficaram tristes demais. O fato que desencadeava surpresas era as circunstâncias. O suicídio ainda era considerado "frescura" e problemas mentais não eram levados a sério como deveriam. E agora que tornou o seu do mal que era, mais do que tudo as pessoas a iriam querer morta caso soubessem. Com o passar do tempo, percebia que não estava sendo mais senso tão heroica matando estupradores e pedófilos pois esquecia o motivo de serem eles os escolhidos. Acabava se perdendo na vontade de fazer crueldades e isso a assustava antes de dormir, como se o que escondia estivesse cada vez mais próximo.

E Brooke estava amaldiçoada.

Ela dormia tranquilamente em cima do peito de Michael Afton, o seu, incrivelmente, primeiro namorado. Era mais confortável do que qualquer travesseiro. Apesar de transar com diversas pessoas, nunca sentiu a necessidade ou o sentimento necessário para namorar, até Mike se declarar no telefone e percber que, queria viver o que ele sonhava. Sabia que estava apaixonada mesmo ainda maníaca. Não se importava com mais nada, nem em fingir não sentir tudo isso. Só gostaria de continuar pelo máximo de tempo que podia ali.

Óbvio que não conseguiria.

"Eu vou devorar a sua alma!", um sussurro pesado e frio no ouvido de Brooke a fez levantar da cama em um pulo. Michael acordou com o susto na mesma hora, porém a garota não se preocupou em explicar, apenas em sentir a temperatura em seus braços diminuírem tão inversamente proporcional ao medo aumentar em seu coração.

O dia estava quente, sabia disso. O verão começava e o clima acima de trinta graus tornava-se comum. O frio arrepiante, que a forçava a vestir o máximo de casacos possíveis não era algo natural, assim como a voz que ouviu. Ela olhou para todos os cantos do quarto desesperada, procurando que tipo de demônio estava ali escondido.

— Boo? — questionou Mike, levantando-se confuso e indo até a garota, beijando sua testa e a abraçando, sentindo sua tensão e medo. O calor que emanou de seu corpo foi o suficiente para suprir o frio, entretanto, a sensação de estar sendo observada, como se algo risse de seu medo, era constante. — O que foi, meu amor?

— Meu amor? — se distraiu do que antes pensava para o encarar, rindo levemente.

— É isso que namorados devem chamar suas namoradas, ou os filmes de romance mentiram para mim? — ele sorriu acariciando sua bochecha.

— Não. Está certo, é que é estranho visto que nos chamávamos por xingamentos.

— É, mas agora serei a pessoa mais carinhosa do mundo com minha namorada, vou deixar toda a agressividade para a cama. — iria a beijar, porém ela desviou com nojo. — Que foi?

— Vai escovar os dentes para me beijar, por favor!

— Mas eu sou obrigado a beijar sua boca com gosto do meu sangue, não é?

— É, seu sangue, claro... — antes que leventasse perguntas do moreno, rumou para o banheiro.

Os dois escovavam o dente no mesmo banheiro em conjunto. Depois daquela noite longa e quente, toda intimidade ainda era pouca. Quando terminaram, Michael abaixou-se — por ser alguns centímetros mais alto que a garota — e escorou sua cabeça no ombro dela, sorrindo bobo ao reflexo de ambos no espelho.

— Somos o casal mais gostoso existente. — ele falou no ouvido dela, a causando arrepios, que se intensificou quando decidiu morder levemente seu pescoço e deixar chupões por toda a parte.

— Mike... para com isso. — pediu ela, embora gostasse. — Depois de ontem preciso de um tempo para transar de novo.

— Quem disse em transar? — ele riu, sem cessar as carícias nela. — Estou apenas deixando marcas para que saibam que é minha. Não é nada demais.

— Eu acho possessivo. — se virou, rodeando suas braços pelo pescoço dele enquanto ele fazia o mesmo com sua cintura. — Mas confesso que gosto um pouco...

— Gosta é? — aproximou seu rosto e a beijou, dessa vez tentando demonstrar sua paixão por ela através do ato, não como algo quente. Queria a fazer feliz e mostrar que agora era apenas um homem apaixonado por sua garota e nada mais do que isso. A puxou mais contra si, pedindo passagem com sua língua, que obviamente fora atendido. Quando acabou, ainda sorria como um idiota contra seus olhos castanhos como mel. — Não consigo acreditar que finalmente 'tô namorando você. É tão inacreditável...

Brooke ficou levemente constrangida. Antes que pudesse retribuir com alguma declaração, atrás de Mike uma figura demoníaca branca, a pele podre tal como o cabelos pretos por toda a parte além dos olhos frios e sem vida.

— Eu vou devorar a sua alma! — falou, e Michael continuou no mesmo estado, como se não tivesse ouvido ou sentido nada. Brooke, entretanto, caiu para trás devido ao susto.

Dessa vez, ela não foi embora após uma frase, ela se desvenciliou de trás do garoto, que estava confuso e assustado vendo a namorada agir tão estranho e com tamanho medo. O demônio desceu e ficou sob quatro patas, andando a passos errados e bugados, como um erro em ambos os planos, em direção a morena, que se afastava cada vez mais, sua expressão denunuciando seu desespero. Ao, inevitavelmente, suas costas baterem contra a parede, a criatura a dominou, impedindo-a de se mover e de atacar com uma rajada de vômito de sangue. Brooke se afogou com tamanha nojeira, porém não pode afastar a coisa.

Ela sorria como uma maníaca se afastando novamente, e então Brooke pode notar o seu tamanho baixo demais para qualquer adulto, a coloração que independente do brilho, tinha, em castanho. Era Charlotte Emily.

— Brooke, meu deus! — Michael a chamava, com medo pelo tamanho de seu desespero. — O que foi?

— Você não... — para ela, toda a banheira, que anteriormente assumia namoro com o garoto, estava completamente imunda com o escremento vermelho, tal como ela. — Como você não está vendo nada?!

— O que era para eu ver? — ficou com medo e triste por não poder ajudá-la.

Brooke não conseguiu explicar. Estava desesperada demais para tal. Não podia raciocinar que o fantasma de sua irmã apareceu somente para ela e a atacou. Não entendia como isso aconteceu, que tipo de tortura ou maldição isso poderia significar.

Foi nesse momento de caos, onde Michael resolveu a levar para o sofá da sala, no andar de baixo — ao qual estava completamente destruído graças a festa da noite passada — e preparar seu café da manhã, que lembrou-se de um dos motivos de ter se suicidado a um mês atrás. Ela sentia culpa. Se não tivesse ignorado sua intuição e ficado com Charlie, a garotinha estaria viva, junto dela, sem machucados, brincando com todas os Aftons menores. Foi culpa dela, sabia disso. Provavelmente Charlotte também a culpava, e não estava errada.

Sua mente bagunçou-se e novamente estava chorando em um sofá, implorando para que não voltasse a se sentir assim. O desespero tão crescente por estar vivendo em sua pele mais uma maldição de sofrimento, que não podia responder as tentativas de Michael, apenas o abraçar apertado.

— Não adianta se esconder nos braços do filho do homem que me matou. — Charlotte reapereceu ao seu lado, impulsionando-a se afastar rapidamente, caindo em cima de uma latinha de cerveja que jazia por lá. — Eu morro e alguns mêses depois você está namorando o fruto de quem fez isso comigo, quando podia gastar seu tempo tentando saber como estou, em paz, sendo torturada ou qualquer coisa. — Brooke fechou os olhos e tampou os ouvidos, chorando desesperadamente. — Você só finge se importar, mas nunca tentou, sequer, me ajudar, em nenhuma ocasião!

Sabia novamente que estava certa. Brooke depois de voltar, tentou conversar com Theo sobre sua irmã, e apesar de não se satisfazer com sua resposta de não puderem fazer nada, não tentou mais nada. Deveria ter tentando por todas as obras sobrenaturais, afinal, se Henry voltoi Charlotte deveria também.

— Você mata pessoas achando que isso me vingaria, quando na verdade só pensou em sentir-se vingada. — percebia que mesmo que Charlotte pudesse estar sendo manipulada a dizer isso, ou por alucinação, que havia mágoa na voz da garotinha. — Você sofreu, mas nunca teorizou se eu estaria ou não passando pelo mesmo no vida após a morte? Se eu implorava diariamente para que a minha irmã me salvasse do inferno que era forçada a viver e você o quê? Namorando com o filho dele?! Que droga de irmã mais velha você é?!

Brooke chorava tão compulsivamente com as palavras que estava zonza ao se levantar. Não podia estar ali. Sua irmã estava certa. Era uma hipócrita que não se importou o suficiente com ela. Correu rápido, sua visão embaçada pelas lágrimas, para que Michael não pudesse a alcançar. Entrou em seu carro e ignorou todos os pedidos. Brooke simplesmente não podia mais nada.

A chuva forte começou por mais uma inconveniência do destino, visto que todas as previsões indicavam a chance nula do fenômeno acontecer. As pancadas viam forte no carro, tal como o caminho aleatório que Brooke pegava desviando rápido de bater em vários veículos por não prestar atenção em absolutamente nada, apenas no vazio voltando cada vez mais em seu peito.

— Fugir não vai tirar a sua culpa. — novamente ela surgiu no banco de trás.

Toda vez que Brooke encarava a pele pálida, em decomposição, os olhos sem nenhuma vida, mais percebia que sua irmã estava morta e não iria mais voltar. Por culpa dela.

— Por favor... me desculpa... — não conseguia falar nada além daquelas palavras. O pedido de perdão por ter falhado antes, durante e pós a morte da pessoa que mais amava em todo o mundo. — Eu não consegui te proteger... me perdoe por favor...

Viu a hesitação do fantasma no banco de trás, processando a fala da garota, e antes que pudesse saber sua próxima ação, o carro finalmente havia fugido do caminho da sorte, desviando de um demônio que surgiu na pista, para cair da enorme altura que dava a um enorme rio do grande pantano que seu caminho desastrado encontrou.

Oliver estava com a cabeça de Brooke apoiada em sua perna enquanto passava os dedos por seus fios de cabelo ainda molhados. Sua expressão denunciava preocupação extrema conforme os sintomas que Michael havia dito pelo telefone. Foi o primeiro a chegar no local onde seu carro afundava-se num rio perigoso, conhecido por possuir uma biodiversidade perigosa, com crocodilos e anacondas sendo consumidores finais da cadeia ecológica de lá. Não pensou duas vezes em pular no mesmo e salvar sua filha, entretanto.

Agia como o pai superprotetor que nunca fora. Sabia que dar liberdade a ela foi o certo, apesar de todos os crimes que cometia. Ele não se importava de verdade. Para o Emily, que morressem todas as pessoas do mundo ao invés de sua família. Era um egoísta sim, mas também não ligava. Agora, enfrentava as consequências. Se Michael não ligasse, não imaginaria o perigo que estaria correndo desmaiada lá.

Talvez por medo, tinha receio de deixar o moreno chegar perto de sua filha. Não foi novidade que odiou quando o mesmo revelou o relacionamento dos dois. Ele já tinha visto aquele filme uma vez. Sabia como terminava um Afton namorando um Emily, e não era algo que sentia que aconteceria se fosse com Ash ou até mesmo Vanessa. Não confiava totalmente em Michael graças a sua devoção cega em seu pai. Os riscos daquilo poderia ser algo destruir, e caindo na realidade, já havia visto aquele filme uma vez. Ele sabia como terminava e não queria sua filha sofrendo como ele sofreu.

E o tempo mostraria que Oliver Emily estava certo.

E por falar em outra pessoa que detestou a notícia: Ash. Mesmo que tenha disfarçado com um falso sorriso, quem já havia passado por aquilo sabia bem como o loiro se sentia. Triângulos ou indecisões amorosas não era algo bom a ninguém. Poderia ser divertido numa história, todavia, vivenciar era doloroso para ambas as partes. O centro dele estaria fadado a conviver com a culpa de machucar alguém que gostava, talvez até amasse; fadado a escolher entre duas pessoas que a faziam bem de formas diferentes, para perder a outra quando o sentimento corroesse ambos. Soube por Katharina, em um ano em que ela viveu isso, como era difícil. O lado escolhido era o único que não tinha nenhum dano caso o centro fosse fiel, caso o contrário — o que não achava ser o caso de Brooke —, seria outro ferrado.

Uma vez a Respreton acabou tendo uma recaída por Henry quando os dois conversaram mais que o normal. Percebeu que foi o karma agindo por ter feito isso com seu irmão. Nessa época, revoltou-se tanto que acabou com o relacionamento de Henry e Theo, contando que Katy e ele tinham ficado novamente. Era verdade, porém, causou tantas brigas que se arrependeu. Ao menos, ficou com o Kingslon como meio de vingança.

O que o deixava com mais pena de Ash, era o fato do garoto ser ele no triângulo de Katharina. A opção que nunca deveria existir até se mostrar uma companhia perfeita, um amigo leal e um amante quente. Ele sabia que sua filha jamais trairia, o que o aliviava, mas para Ash não melhorava em nada. Estaria sempre fadado a ser uma segunda opção, cujo mínimo deslize corria o risco de ser humilhado, e considerando como Michael era mais explosivo e continha mais raiva do irmão do que seria aceitável por zero motivos, até algo pior se soubesse que era apaixonado por Brooke.

Tal como ele.

Oliver se via nos olhos azuis tristes do gêmeo loiro sentado a frente dele. Mesmo que fosse fácil odiar Michael por sua falta de educação, atitudes questionáveis, burrice e muito mais. O mais velho realmente se pegava a isso para não ir com a cara dele. Ainda tinha tanto trauma de William que um Afton parecido na aparência e nos jeitos ao qual ele começou com ele o dava náuseas. Mas Ash era diferente. Não via nenhuma característica de William nele, e até mesmo em Vanessa algumas coisas poderia ser percebidas, entretanto, no gêmeo mais novo não. Ele era completamente Hayley Schmidt. Como odiar alguém que desde que se entendia fora oprimido por sua condição neurodivergente, enfrentado problemas de pobreza, surtos com a mãe e ausência total em amizades? Oliver era igual. Bordeline, nasceu pobre a ponto de já ter quase morrido de fome e sua mãe era uma louca. Era ridículo como eram parecidos.

Acha que pode ser ele? — indagou Henry a Oliver, chegando de mansinho, sabendo que o loiro estava no momento de pai hiperprotetor e podia atacar qualquer que chegasse perto de sua cria, tal como mães do reino animal.

O loiro assentiu, tremendo em preocupação.

— O que acha que ele está usando para atormenta-la?

— O único motivo que sobrou para a atormentar. — respondeu, não parando de acariciar os cabelos castanhos dela. — A irmã.

Henry abaixou a cabeça. Oliver ainda estava bravo com ele, todavia, tinha empatia para momentos como este, dando um sorriso leve e tranquilizador a seu irmão mais velho.

— Não contei ainda o porquê eu morri e voltei. — falou algo que atraiu o interesse do mais novo. — Enquanto lutava com William, descobri que a alma de Charlie estava sob posse dele, e achei uma forma de a libertar. Me deixando ser morto temporariamente por alguém controlado por ele, pude entrar em seu "cemitério". Lá, consegui encontrar minha filha e tirar daquele inferno. Usei o poder que roubei de William para voltar, porque o tempo da morte ainda era pouco.

— Se foi tão pouco tempo, por que demorou tanto a mostrar que estava vivo?

— Ainda estava procurando por ela. Katharina conseguiu entrar em contato comigo e disse que a alma dela em nenhum momento chegou em qualquer lugar no pós-vida. — revelou, ainda paranoico com o paradeiro da menina. — Procurei por muito tempo, mas não sei onde ela está...

— Muito provavelmente sendo usada pela entidade para aplicar a maldição. — disse mais sério ainda.

— Que maldição é essa que vocês estão falando? — Michael que estava próximo acabou escutando o assunto.

— A maldição que todo iluminado que acabou se desligando dos sentimentos tem que passar. — começou Henry quando notou a falta de vontade no irmão em responder. — Uma das entidades mais malignas fora designada desde o início das competições dos reis do inferno, para que assim que o iluminado cumprisse sua missão, ela o matasse com tortura psicológica, usando todas as desgraças da vida da vítima para tentar a fazer cometer o suicídio definitivo. Os reis tinham medo de que seus filhos ficassem mais poderosos do que ele quando as emoções voltassem e retiraram dos confins do inferno, Aquiel. Apesar de ser uma entidade que é controlada por qualquer rei do inferno, é mais poderosa que todos eles, uma das sete pura representação do mal, uma parte dividida da alma de Lúcifer quebrada por Miguel.

— Existe tudo isso? — o garoto estava surpreso com a descoberta.

— É o que as lendas falam. — deu de ombros o mais velho. — Lúcifer e Miguel é a versão da biblia cristã. Os nomes e signficados mudam para cada religião. Não sabemos o que é ou não verdade, apenas o que se obtem pesquisando religiões e comparando os fatos que já sabemos do inferno real.

— Acho que entendi. — suspirou Mike. — E como a gente mata esse Aquiel?

Oliver teve que segurar a risada por conta do olhar de repreensão de Henry.

— Não fala o nome dele, é perigoso demais. — repreendeu Henry. — E meio que não pode-se matar uma entidade. — respondeu compreensivo.

— É por isso que estamos tão preocupados. — chegou Theo. — Nenhum de nós teve o desprazer de ser amaldiçoado por Aquiel, caso fossemos, estariamos mortos. Ele não aparece para qualquer um, apenas para os que representam risco sério ao equilíbrio natural.

— Que risco? — todos os adolescentes agora pareceram partilhar da preocupação dos adultos.

— Brooke é a primeira híbrida de reinos desde três mil anos antes de cristo. — se surpreenderam a fala de Theo. — Iluminados não podem partilhar dois reinos. Apenas um. Mas ela é filha de Katharina, do décimo reino, e Oliver... do primeiro.

— Quem pode afastar Aquiel é apenas o usuário amaldiçoado por ele. — concluiu Henry. — Mesmo que doa em nós, não há nada que possamos fazer...

— Seria mais fácil se Oliver não agisse como se Brooke fosse um objeto dele. — alfinetou Mike, ligeiramente enciumado e irritado com a persistência em não o deixar aproximar-se da própria namorada

— Você está com ciúmes de um pai protegendo a própria filha?! — Becky gargalhou, não conseguindo segurar. Ela estava incrédula com a fala e o sentimento que sobressaiu sobre ele. — Garoto, por favor, vá para a terapia! Isso é doentio, porra!

Michael não pôde controlar seu ciúmes e ainda não recebeu nenhum tratamento para curar toda a cicatriz que William causou nele. Vindo de um lar onde o pai abusava sexualmente do filho e aprendendo a alguns poucos anos que era errado, ainda era outro mundo pensar que isso não acontecia sempre e que haviam sim pais bons.

— Que eu saiba o pai dela era o Henry. — concluiu, com mais raiva. Essa fala saiu por maldade na impulsividade, em vingança pela antipatia de Oliver. Ele sabia a bastante tempo sobre esse fato.

Não houve surpresas quando Oliver colocou sua filha sentada confortavelmente no sofá e deu um soco poderoso no rosto de Michael, e um golpe de um Iluminado como ele, adulto, fazia um estrago enorme. Ele andou a passos lentos até onde o Afton fora arremessado. Theo e Henry tentaram impedir, porém um olhar e movimento de seus dedos fez com que os adultos paralisassem. Quando Mike estava se recuperando e levantando o olhar, viu a mão do homem com uma energia azul radiante, poderosa, pronta para acabar com ele.

— Eu não sou Henry e não sou Theo. — avisou ele, de forma lenta, deixando o moreno com medo. — Se me insultar novamente, agir com falta de educação com a minha pessoa ou sequer pensar em magoar a minha filha, eu não vou te bater, eu vou te matar. Estamos entendidos?

— Brooke nunca te perdoaria se fizesse isso. — Michael era orgulhoso e não se deixou vencer mesmo a ameaça de morte do pai de sua namorada.

Oliver sorriu e desfez a energia em sua mão, abaixando-se e sussurrando no ouvido dele:

— Aposto que ela não se importaria se soubesse do seu segredinho sujo. — Michael arregalou os olhos. — O quê? Acha que não sei? Meu querido, já estive no seu lugar e no de Brooke. Sei que quando ela descobrir e suas ações depois a magoarão.

— Você não sabe de nada! — Mike ficou furioso. Tentou atacar Oliver, mas um simples movimento de sua mão o fez ser jogado na parede novamente.

— Ah, eu sei sim... — Oliver olhou para trás e percebeu a tensão presente em todos, em especial, Vanessa. Nunca viram o homem tão irritado e malévolo. — E quando ela chorar por sua causa, não vai existir Henry, Theo ou seu paizinho para te salvar. — riu de forma debochada. — Preciso te lembrar o porquê William não tentou capturar Vanessa novamente quando recuperei meus poderes? Porque nem ele pode comigo. Ninguém nesta sala pode, além de Brooke. — não houve contestação. Henry e Theo sabiam ser verdade. — Já matei pessoas como você antes, e devo acrescentar que fui um Serial Killer bem cruel há quase vinte anos atrás. Posso facilmente me lembrar caso você faça o que prevejo que fará. É bom que se mantenha na linha com todos aqui, seus irmãos, amigos, pessoas que te veem como algo que não merece e principalmente, minha filha. — Michael engoliu em seco, sentindo-se humilhado. — Agora pergunto novamente: estamos entendidos?

— Claro... — Oliver o soltou e Mike tossiu devido a pressão forte que o poder esmagador do homem tinha.

Ninguém imagina que o Emily pudesse ser tão poderoso, até mais do que William. Se Brooke tivesse esse mesmo poder, com o acréscimo do de uma mãe rainha do inferno, o potencial da garota era algo estrondoso.

Ash em todo o assunto ficou estático. Na verdade, depois de citarem Charlotte. O gatilho que recebeu com a irmã mais nova de Brooke morta foi avassalador. Ninguém sabia, com excessão de sua mãe, sobre a morte de Garrett a cinco anos. Sua vida poderia ser considerada até feliz antes disso. Seu padrasto era alguém do bem e que o tratava aceitávelmente. Entretanto, teve culpa em não cuidar de seu irmão quando sua mãe pediu, distraindo-se com um disco de brinquedo que caiu perto dali. Quando notou, seu irmão já estava no carro de um estranho e nunca mais foi visto. Todos os seus problemas se intensificaram. Teve mais surtos, culpa e raiva de si mesmo. Sua mãe que já era neurótica, enlouqueceu completamente, descontando sua fúria da perda de dois filhos no que sobrou, e com seu marido fugindo, foi um inferno real até Abby nascer pelo fruto de uma noite qualquer em um bar.

Em toda a briga de Oliver e Michael, Ash conseguia apenar encarar Brooke deitada e amaldiçoada. Se ainda doía nele a morte do irmão que aconteceu a anos, para ela que era recente, a dor era indescritível. Ele não queria que ela continuasse sentindo dor.

Movido pela intuição, ou alguma vontade além de seu conhecimento, aproximou-se mais e pegou na mão dela. Oliver estava chegando novamente no sofá e estranhou, parando por um minuto e apenas encarando o que ele iria fazer.

Fechou os olhos e pensou em ajudar Brooke de alguma forma, independente dos riscos ao qual corria. Quando os reabriu, percebeu que não estava mais na sala de casa. Era um lugar escuro, sem nenhum tipo de sentimento positivo. No mesmo instante em que encarou a imensidão de caos do lugar, o desespero invadiu seu peito. Estava sentindo o mesmo que Brooke.

Ele correu, seus passos ecoando sobre o vazio. Não sabia porquê tinha tanta pressa, na verdade, duvida de que era ele mesmo controlando seus movimentos. Continuou no mesmo ritmo frenético de desespero até ver uma figura ajoelhada com as mãos sobre a cabeça. Schmidt só tomou novamente o controle de seu corpo ao abaixar-se para ajudar Brooke.

— Ei, eu 'tô aqui — falou, ainda sem um pingo de calma, tentando a fazer sair do transe.

— Não! Me deixa! Sai da minha cabeça! É minha culpa! — ela repetia, mas não era para ele, era para algo que não podia saber.

— Brooke, sou eu, o Ash! — tentou a retirar dali, porém era como se a garota não pudesse resistir, como uma dor sem fim em seu inferno pessoal. — BROOKE!

Finalmente ela abriu os olhos, que sangravam em agonia, uma a qual refletia o quanto ainda estava quebrada e assombrada. Brooke parecia buscar esperanças em sair de seu inferno nos olhos azuis de Ash, e por mais boas as intenções e ações dele fossem, não tinha como a ajudar mais nisso.

Sentiram seu medo se intensificar com a pressão de alguém se aproximando. Era ele, a entidade Aquiel aparecendo atrás deles, correndo com a sua representação de fogo que destrói tudo que o toca. Podiam sentir, apesar de ser apenas um desastre natural, o ser maligno indo com tudo em direção a eles, aquele responsável por tudo de ruim que acontecia com sua espécie. Ele estava vindo, a escuridão agora se iluminando com sua queimada cobrindo os oljos de Ash e Brooke.

— Olha para mim! — Ash pegou no rosto da garota e a forçou a encarar seus olhos. Ela chorava de medo, culpa e dor. — Você é a única que pode nos salvar e se salvar agora!

— Não... e-eu não consigo. — gaguejou, fraquejada pelo medo da entidade cada vez mais próxima, podendo ser visto sua expressão em meio ao fogo.

Consegue sim! — insistiu, tentando pensar em qualquer coisa para dar forças a ela. — Alguma vez você negou enfrentar algo que estava em sua frente! Mesmo perdendo você tentava, para proteger quem você ama. — aquilo a fez se sentir pior por conta de Charlotte, o que era péssimo pelo fogo estar cada vez mais próximo, pronto para eliminar a alma de ambos, a deixar para sempre apenas dois corpos vazios. — Me escuta, isso vindo de alguém que também perdeu o irmão mais novo, NÃO É SUA CULPA! VOCÊ NÃO PODIA IMPEDIR NADA DAQUILO! PARA DE SE CULPAR E REAGA AO QUE ESTÁ NA SUA FRENTE AGORA! SEJA A BROOKE EMILY QUE CONHECI E ME FEZ TE AMAR!

Isso sim pareceu funcionar. Brooke levantou-se secando suas lágrimas de desespero e colocando em seu rosto novamente a máscara de imbatível. Mas agora não era apenas um máscara, era quem deveria ser no momento e nada além disso. Seus olhos se fecharam enquanto agora estava preparada ao ser chegando em toda velocidade para a destruir. Não  haveria ninguém para a destruiria mais. Não mais.

Quando a forma representada em calor de Aquiel chegou, Ash se cobriu para se proteger, imaginando que era o fim. Contudo não era. Brooke com duas duas mãos erguidas segurava todo o fogo do inferno que queimava tudo por onde passava. Ela conseguia dominar a entidade, e não ligava para os efeitos colaterais em seu corpo, como a dor e a pressão que tinha de fazer para isso. A sensação era de fato como se estivesse lentamente morrendo, mas não dava a mínima.

Você não vai me pegar agora! — ela gritou, tentando empurrar, usando todo o poder que não tinha domínio. Era muito difícil. A força que Aquiel tinha era além de sua compreensão. — Não vai me pegar...

Eu disse que eu devoraria a sua alma, garota. — a voz grave da entidade ecoou por todo o vazio de sua mente, aumentando a relutância de Brooke.

Ash pensou em algo.

— Essa coisa estava em posse da sua irmã! — exclamou, atraindo a atenção da garota, ato que quase a fez perder a competição com a entidade. — A forçava a te atormentar. Não deixava Charlotte descansar...

Funcionou novamente. Brooke se virou novamente, seus olhos agora se alterando para o esquerdo com o de vampiro, e o direito, brilhava num azul intenso, da mesma cor que Oliver quase matara Michael a minutos atrás. Aquiel surpreendeu-se e tentou usar mais poder para acabar com aquilo logo, entretanto, não teve efeito algum.

A entidade então viu pela expressão de Brooke, através de seu medo transformando-se em força, pela personalidade que denunciava sua busca por justiça e revolução. Aquiel viu o resplendor de alma da iluminada que retirou a vida a milhares de anos. Agora, sentia sua vingança e seu poder em meio de Brooke.

Você não vai me pegar de novo! — dizendo isso, o fogo de Aquiel fora pressionado por Brooke com seu grito, surgindo um calor mais intenso através de si mesma. A cor vermelha queimando como um mar bordô foi a última coisa que o maligno de Aquiel sentiu, o berro de Brooke, a última que ouviu, e seu olhar repleto de brilho, a última coisa que viu.

E Brooke fez aquilo que nem mesmo Oliver acreditava ser possível. Ela matou Aquiel, uma das entidades, uma parte da alma do que em ambas as religiões, era descrito o pior e mais poderoso.

Brooke e Ash acordaram em sobressalto. Todos arregalaram os olhos pois não imaginavam nem que a garota pudesse resistir a força da entidade, e nem que fosse agora, com a ajuda do Afton mais novo, que tinha seu nariz sangrando tanto como seus olhos, a ponto de desmaiar em exaustão. Não perderam tempo e abraçaram a garota com força. Oliver até mesmo chorava de tanto alívio.

Mas Brooke não prestava atenção nisso. Tinha um brilho atrás de todas as pessoas importantes que restaram. Ela os afastou com educação para seguí-lo, ação que deixou todos confusos. Fez um sinal para que ninguém a seguisse e foi em direção a ele.

Subiu as escadas, seus olhos apenas reparando na intensidade a qual encantava seus olhos castanhos. Chegou até seu quarto e sua surpresa apenas não foi maior do que sua decepção.

Puppet, o animatronic que Henry criou para cuidar de Charlotte estava lá, em cima de sua cama. A irritação de Brooke foi grande assim como a tristeza dentro de si.

— Sai daqui. — falou como se o boneco pudesse responder. — Sai daqui! — repetiu, dessa vez com lágrimas escapando de seus olhos. — SAI DAQUI! A CHARLOTTE MORREU E NÃO VAI MAIS VOLTAR! — Brooke correu até Puppet e o arremessou no chão, pisando-o e o quebrando entre gritos de dor. — SAAAAAI! — nem soube como fez, mas usou seus poderes para criar uma bola de energia que destruiu completamente o animatronic.

Brooke não conseguiu notar entre os soluços que soltava em como todos da casa estavam na porta do quarto, não conseguindo conter o choro ao ver o estado dela. A Emily apenas parou quando viu a luz dourada e iluminada sair dos restos de Puppet e se projetar como Charlotte a frente dela, e dessa vez, todos puderam ver.

— Char... — Henry abriu a boca em surpresa e tristeza tão grande que as lágrimas vieram com força.

— Papai. — a alma da garotinha sorria sob a luz reluzente que emanava.

O homem correu e se abaixou, abraçando com todas as forças sua filha uma última vez. Por incrível que pareça, era Charlotte que consolava ele. A garota já havia aceitado o seu destino e agora passava as mãos sobre os cabelos pretos de Henry, tentando fazer com ele também aceitasse.

— Tio Oliver! — o sorriso da garotinha surgiu ao ver a figura do loiro ao lado de Henry. Ele tentou sorrir também, mas suas lágrimas foram mais fortes que o brilho de seus dentes. — Não fiquem assim, eu estou em paz agora.

Ela se desvenciliou do abraço de seu pai e ergueu os braços para seu tio, do mesmo modo que fez no aniversário de Misty, e chorando, Oliver a pegou no colo e levantou-a para que olhasse todas as pessoas como se estivesse na altura delas. Algo que jamais aconteceria.

— Becky! — a ruiva soluçou forte com a voz da garota exclamando seu nome. Becky morava a tanto tempo com os Emily que Charlie era quase como sua irmã mais nova. — E a namorada da Becky! E Vanny!

Brenda e Vanessa também choraram. Não conheciam Charlotte como os outros, contudo, no tempo em que puderam o fazer, foi impossível não se afeiçoar com a garotinha. Ela era amável com todos.

— Mike! — Charlotte gritou feliz vendo o garoto moreno que abaixou a cabeça para limpar suas lágrimas. — E... outro Mike?

Todos riram da confusão da pequena, e até mesmo Ash não pode resistir chorar pela primeira vez em que encontrar a irmã de Brooke ser a última.

— E o namorado do meu papai! — Charlotte gargalhou feliz em ver Theo, e a reação de todos foram iguais, por mais do constrangimento dos dois envolvidos. Nem sabiam como a garota tinha conhecimento daqueles fatos porém foi divertido de todas as formas.

Charlie cutucou gentilmente o ombro de seu tio que ainda chorava e este a colocou no chão novamente. A pequena deu um último abraço e beijo na bochecha de seu pai e correu para os braços de sua irmã, que nunca havia chorado tanto em sua vida como observar aquela cena.

— Brooke — a garotinha a chamou, colocando a mão sob a bochecha vermelha da mais velha. — Não foi sua culpa.

Brooke apenas soluçou mais. A tristeza que sentia era imensa. Charlie não merecia partir dessa forma, tão jovem, com tantas coisas a conquistar, deixando tantos feridas em todas as pessoas que a amavam.

Quando Charlotte a abraçou, Brooke sabia que seria a última vez na eternidade. Não achava ser merecedora de qualquer paraíso que sua irmã estaria depois dos horrores que cometeu. A alma da pequena sumiu por entre os braços de sua irmã para descansar em paz, sem mais nenhum sofrimento, para sempre. A saudade que deixaria, no entanto, seria eterna.

Adeus Charlotte.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜:  .

I. ai migos acho que nunca um capítulo me deu tanta alternância de humor escrevendo, mas no fim chorei mais que uma cachorro parida KKKKKKKKKKKK, alias, praticamente 6k de palavras.

II. enfim, esse foi o ato dois. O que vocês acharam dele? Comentem tudo, escrevam tudo que pensaram sobre tudo, opiniões sobre a dark brooke, casais, personagens e o principal, os plots. Em breve postarei a divisória do ato três para que com seis capítulos esse arco um (que é como um livro, literalmente). se ainda não votaram, p façam por favor! é muito importante todo o feedback! é isso, fiquem bem divos e até o próximo!

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