Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ㅤㅤ ㅤㅤ XIV. welcome to the bloody party

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜:  .oi fml, então, dessa vez não tem desabafo aqui não, só pedindo carinhosamente para que votem e tentem comentar ao longo do capítulo. cada coisa que aparecer comentem, eu tenho certeza que TODO escritor adora quando tem bastante comentários, até pq não tem motivos para não, então não tenham vergonha prfvrr! é isso, fiquem com o capítulo. ↓֓ ܸ۠命𐄂

Oh, ela é um doce, mas é uma psicopata
Meio psicopata
De noite ela fica gritando
Eu-eu-eu-eu perdi a cabeça
Oh, ela é gostosa, mas é uma psicopata
Então saia, apesar de ela estar certa
De noite ela fica gritando
Eu-eu-eu-eu perdi a cabeça

sweet but psycho, AVA MAX!

𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖  ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( FESTA DE SANGUE ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ  ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. catorze ๋⇑ܸ 11 ◹

BROOKE ESTAVA CADA VEZ mais neurótica. Sua mente a pregava peças de tanto que estava fraca. Ela evitou a todo custo ficar sob a luz quente do sol, que mais parecia estar vindo diretamente de máquinas de radiotividade perigosas. Seu quarto manteria as cortinas fechadas independente de como o dia estava bonito. Antes isso do que acabar morrendo, que aliás, estava cada vez mais próximo.

Não conseguiu mais dormir depois do sono com Schmidt em baixo de uma árvore. As imagens continuavam voltando, trazendo o medo como a primeira das emoções a retornar em seu ser.

Mal conseguia levantar da cama e completar os afazeres normalmente. Passou por isso na depressão profunda após a morte de Charlotte, entretanto, agora era muito pior. Realmente não conseguia, como se uma doença poderosa estivesse em seu corpo e por nada quisesse sair.

Passou a noite e dia praticamente inteiros no quarto porque Michael tinha acordado finalmente. Não conseguia encará-lo e perceber que já havia se declarado. Como tentava conversar sabendo que ele era apaixonado por ela? Essa hipótese nunca passou pela sua cabeça. Falava da burrice de Michael, mas várias vezes Brooke era lerda. E não conseguia ignorar o fato de também se sentir atraída por ele. Era inegável que era muito bonito, mesmo com um caráter tão podre, para ela. A melhor decisão encontrada, ignorando que isso poderia deixá-lo mal — até porque não ligava — foi apenas ignorar sua existência por completo.

— Posso entrar? — ouviu a voz de Theo batendo a porta.

Foi inevitável não ter um dejavú. Há alguns dias a situação era bastante parecida. Seu tio batendo a sua porta porque ficou trancada no quarto, estando fraca em consequência. Só esperava não descobrir que ele era seu pai também.

— Entra. — disse, sentando-se na cama, mais exausta do que quando deitou, sua visão escurecendo. — Puta que pariu...

— Bebe isso daqui. — Theo empurrou a garota um copo de vidro com um líquido roxo para ela, que pegou confusa. — É vinho com alguns ingredientes medicinais do meu tempo. Me ajudaram na minha iniciação.

Brooke fez uma careta confusa, todavia, não possuía energia para questionar, então apenas bebeu. Na mesma hora sentiu-se melhor, como se fosse mágica. O líquido em que encostou seus lábios antes pálidos ganhavam a cor novamente. A energia que ganhou era como se tivesse ingerido dez energéticos de uma só vez. Suas pupilas dilataram, ainda olhando para Theo, enquanto se levantava apressada.

— Caralho, eu tenho uma festa hoje! — Theo riu da forma como de repente parecia turbinada. — Eu nem comecei a me arrumar e falta uma hora e ainda tenho que buscar o menino loirinho bonitinho. — falava apressadamente enquanto revirava seu guarda-roupa em busca de qualquer coisa acessível para a ocasião. — Que tipo de droga tinha nesse vinho?!

— Não é nada demais. — o homem deu de ombros, levantando-se. — Vou precisar te acompanhar nessa festa. — avisou.

— O quê? — não gostou. Tinha intenção de beber, usar drogas e de transar até morrer. Com um parente na festa isso tornava-se complicado. — Não tem necessidade.

E também péssimo ao fato de que ela havia dito a Schmidt que Theo cuidaria de sua irmã. 

— Não vou deixar minha sobrinha em sua fase psicopata numa festa cheia de pessoas idiotas. Não quero que haja nenhuma chassina. — reforçou seu pensamento. — Ou vai me dizer que já não quer matar alguém que estará lá?

A maioria. — admitiu, lamentando o poder daquela droga de não poder mentir. — Só os que fazem bullying com Ash, na verdade. Isso inclui uma boa parte.

Theo fez uma careta de desgosto.

— Bem, se se comportar talvez podemos acabar com eles.

— Cada um tem a motivação que merece. — riu Brooke da fala.

Era mesmo complicado não gostar de Theodore. Ele tratava todas as crianças, incluindo os Aftons mais novos, e Brooke como seus próprios filhos. O fato de ele, em trezentos anos, não ter procriado ainda, o deixava com extrema necessidade de ter o que todos os pais tinham, acabando afeiçoando-se a filhos alheios. Dificil era não se sentir confortável com a aura paterna que exalava dele, mas Michael realmente estava disposto a ultrapassar o conceito alto em dificuldade.

Em questão de um dia o Kingslon havia conseguido ultrapassado todos os limites de raiva que Afton poderia sentir. Ele foi gentil demais; aconselhou quando pareceu pensativo ao Brooke nem olhar em sua cara, fez até mesmo a janta para ele e os irmãos. Para Mike, estava tomando o lugar que era verdadeiramente de William e ele nem sequer conhecia-o direito. Para ele, era imperdoável que alguém o tratasse como seu pai deveria ter feito. Ele já estava doente há tanto tempo que não conseguia ser curado pelas boas intenções de Theo.

Brooke, ainda anestesiada pela droga de Theo em seu sistema, arrumou-se da forma mais rápida que conseguia e desceu para baixo. Deu o azar de Michael estar jogando videogame na sala enquanto Evan o assistia. Nem reparou quando começou a encarar demais. Não podia negar que ele era uma das pessoas mais bonitas e atraentes que já tinha visto, e mesmo que nunca foi alguém de se importar com aparência, era inegável que a forma como tratava o irmão deixava-a com ânsia. Não porque o tratava ruim — aliás, entre os comentários das pessoas, haviam boatos mentirosos de que Michael era um irmão ruim, o que quem convivia com ele diariamente sabia ser mentira —, e sim porque era bom demais.

Brooke, escorada na parede, pensava que se Michael parasse de ser burro e realmente quisesse a conquisar, faria tão rápido que pensariam que ela era fácil. Duas pessoas tão apaixonantes indivuldalmente poderia dar certo em conjunto?

Seu único refúgio quando tais pensamentos a invadiam era lembrar da traição do Afton. Pensava em como em seu pior momento a ajudou, para depois perceber que ele tinha parcela de culpa pelo pior momento ter ocorrido, além de óbvio e pior, ter matado o seu pai. Isso era algo que sem ou com humanidade, não conseguia o perdoar. Somente pensar nisso fazia com que toda sua atração apaixonante tornasse um suco de podridão.

— Ei, Brooke! — levantou-se ele, notando finalmente como a Emily o olhava. A morena quis se enfiar num buraco, sabendo que não conseguiria ser rápida o bastante para atravessar a sala e sair pela porta da frente sem que o outro a alcançasse. — Ei, espera aí...

— O que quer? — não evitou ser rude. Esperou a resposta de Michael, e só então notou como ele olhava todo o seu corpo de cima a baixo. Quase se esqueceu de que estava arrumada. Ela amava vestir vermelho, e agora usava um vestido dessa cor, curto, não se abstendo em também deixar a maquiagem do jeito que queria. Não ligaria agora para comentários machistas pela forma que deveria se vestir. — Meus olhos são um pouco mais em cima. Não vai encontrar nenhuma verdade encarando meus peitos.

Na mesma hora ele se constrangeu, sua bochecha adquirindo a coloração parecida com o vestido da menina.

— É que eu precisava conversar... — parecia inseguro e na mesma hora a garota gelou. Não era possível que logo agora decidiria abriro jogo e contar o que ela já sabia. — É bem sério...

— Eu tenho um comprimisso agora. — não mentiu, já que estava quase atrasada para buscar Ash e uma festa com pressentimento de muitas coisas. — Quando eu voltar, talvez...

Michael suspirou.

— Você 'tá sendo cruel comigo. — afirmou, contendo mágoa em sua fala.

— Você nunca ligou antes. — pontuou certeira, pronta para dar meia volta e ir para o carro, contudo, o garota estava determinado a conversar agora, segurando seu braço e a forçando a estar próximo demais dela. — Mike, me solta.

Ele parou um pouco ao ouvir o apelido, porém, o pedido teve ordem reversa. Ele, sorrindo, a puxou. Brooke teve que se equilibrar para não cair, resultando em estar apoiada no peito de Michael. Afton fitava ela intensamente, colocando uma mecha de seu cabelo para trás.

— Não vou te soltar até que eu fale. Enquanto você estava morta, muitas coisas se passaram pela minha cabeça. — sua respiração podia ser sentida por Brooke. Estavam tão próximas que um beijo que ambos devagaram na possibilidade de existir desde sempre, não passava de um mero toque de centímetros.

Brooke poderia simplesmente matar sua vontade de conhecer aqueles lábios finos tão apreciáveis, porém, mesmo sem sentimentos, não era uma babaca. Sabia que jamais conseguiria retribuir nada naquele estado onde literalmente tinha que pensar em como alguém com empatia agiria em determinada situação. Não seria como a maioria dos homens que já ficou, e até o que engravidou Vanessa foi. Não queria magoar alguém que sabia que poderia ser presente futuramente em sua vida. E por isso, necessitava agir pela lógica.

— Eu disse que depois conversamos. — empurrou o garoto, que pareceu aborrecido ao bater contra uma mesa, derrubando um pote de vidro, causando um barulho alto. Brooke nem notou que usou mais força que o normal para tal ato. — Não vou pedir desculpas por isso. Você também não se esforçou para fazer isso quando executou — deu ênfase na palavra — erros piores.

Ficou ligeiramente triste com a reação de Brooke, entretanto, não a podia culpar.

— O que está acontecendo aqui? — indagou Theo descendo as escadas um pouco apressado demais após ouvir o som de algo se quebrando.

— Ótimo, você de novo. — o moreno foi rude com o mais velho, que na mesma hora pareceu sentir profundamente o desprezo que o Afton tinha por ele. Tentou disfarçar a tristeza, contudo, foi notável para ambos. — Cara, me poupe.

Brooke ficou em choque. Ela não sabia que Michael estava agindo dessa forma com seu tio, que também não estava tão a fim de desabafar com uma sobrinha tão mais nova e tão sem sentimentos. Na mesma hora sua expressão mudou de confusão para raiva.

— Não contente em ter culpa na morte de duas pessoas da minha família, ainda tem a coragem de continuar tratando pessoas que se importam com você como merda? — soltou, em fúria ao de olhos avelã, que ficou confuso e chateado. — Oh, ficou magoadinho? Cara, me poupe. — repetiu o que falou a Theo, sentindo-se muito mais vingada, embora fosse nítido que o Kingslon não queria aquilo.

— Você não entende nada. — falou irritado. — Nenhum de vocês que fingem se importar.

— Eu não fingo. — rebateu Brooke. Michael ficou esperançoso na possibildade dela dizer que realmente ligava. — Eu não me importo nenhum pouco com o assassino do meu pai.

Demorou algum tempo até notar, e só depois de dias juntando as peças, usou o que restava de sua inteligência descobriu:

— Então agora você é uma vadia psicopata?

— Primeiramente: eu falaria o que acabei de dizer estando ou não com meus sentimentos. Com ou sem, saberia que alguém que agiu como se tudo estivesse bem para me procurar com segundas intenções ao invés de me pedir perdão não merece tanta piedade que estou fornecendo. — foi certeira. — Segundo: qualquer um que me chame de vadia e não esteja fodendo comigo, tem a cara esmagada, e apesar de ultimamente estar convidativo fazer isso, acho que já passamos dessa fase, não é? — Michael ficou mais furioso ainda por não estar tendo chance de se defender. — Terceiro: qualquer um que fale da forma como você falou e age com meu tio, ou qualquer um da minha família, é pior ainda. Eu mato. Então, aviso, Michael Afton. Muito cuidado com as palavras que solta perto de mim. Não sou a mesma Brooke que apenas te chamou de traidor uma vez e acha estar tudo acertado as contas.

— Defende tanto esse cara — não conseguiu não estar ainda irritado com Theo, partindo para o desprezo nítido, estando tão bravo que tornava-se mais burro do que o cotidiano. —, que sinceramente não duvidaria que estivesse dormindo com ele. — Brooke e Theo ficaram em choque. — Morando juntos, conversando, rindo, sabendo mais do outro do que eu sei de você.

— Garoto, você está com ciúmes do meu tio? — ainda estava incrédula com a especulação.

E o que que tem?

Agora entenderam, num lamento. William abusou do próprio filho sabe-se-lá desde quando, e um pai pode controlar o que será ensinado ao seu garoto. Sabia, nesse instante, que Michael passou a sua vida inteira pensando ser normal relações incestuosas e de idade tão diferente porque seu pai normalizou enquanto fazia com ele. Isso era absurdamente triste de se pensar. Brooke nem conseguiu mais ficar tão irada com ele, apenas andou e saiu pela porta finalmente, com seu tio ao seu encalço.

O clima no carro foi tenso. Michael não entendeu a reação dos dois, e muito menos fingiu se importar depois, apesar de obviamente ficar se questionando a noite inteira. Brooke e Theo ficaram em silêncio durante o longo trajeto até a casa de Schmidt, que a garota descobriu ainda no tempo de saber onde estudava.

Quando chegou, ficou pensativa olhando a residência humilde do lado de fora. Desceu, suspirando, ainda atordoada com os últimos eventos. Apertou a campanhia, nervosa por alguma razão que não conseguia entender também. Quando atendeu, a garota levou um choque sincero. O loiro anteriormente não estava arrumado na escola. Seu cabelo era bagunçado e a sua feição assemelhava-se a de alguém que não dormia a dias. Agora, ele tinha o cabelo louro penteado para trás, e de que alguma forma, obtia um realce nos olhos tão azuis que Brooke percebia que caso encarasse por muito tempo, a sensação era de olhar diretamente para o mar. Usava uma jaqueta azul escuro e uma calça jeans da mesma cor.

— Oi. — ele também pareceu muito surpreso em como Brooke estava bonita, olhando a de cima a baixo, e um diferencial do gêmeo, ele perdeu mais tempo encarando o castanho da Emily do que seus seios. — Você 'tá fabulosa!

Brooke riu da escolha de palavra.

— Você também, senhor Schmidt. — brincou, e então lembrou-se da complicação que era por conta da irmã mais nova dele.

Contudo, percebia mais vozes dentro da casa, o que fez a garota estranhar. Não demorou mais de três segundos até a responsável aparecer diante a porta. Era uma mulher loira um pouco velha, sua feição denunciava uma falsidade que não necessitava ter as habilidades de Theo para saber.

— Brooke, essa é a minha tia. — apresentou Ash, com o rosto também sendo possível saber a ausência de felicidade da mulher.

— Ô meu Deus, que garota bonita! — exclamou num sorriso amarelo. — Mike me contou o problema que o atormentava com relação a Abby e diversão com uma menina tão simpática, então estou aqui para cuidar da garotinha a fim de deixar vocês se divertirem.

A morena assentiu com um sorriso também falso. O lado bom é que a irmã dele estaria segura — o que levando em consideração a história trágica dela, era essencial. Mesmo assim, a Emily odiou a mulher tão falsa, que com toda a certeza tinha segundas intenções com essa ação. Ela esperava que Schmidt não ficasse chateado quando Brooke cortasse a garganta da mulher falsa.

Brooke levou o garoto até o carro. Era palpitável seu nervosismo quando entrou e a Emily deu partida, suas mãos suavam. Brooke sempre foi extrovertida então não tinha nervosismo em situações assim, porém entendia quem tinha, sabendo na pele como era por Becky, que aliás Brooke sentia saudade de suas piadas. Envolver essas duas pessoas fez ela pensar em como seria Ash e Becky como um casal se não houvesse Brenda, já que a ruiva era uma panssexual de carterinha e suas personalidades complementavam-se.

Brooke nunca odiou tanto um pensamento na história de sua vida.

— Oi, Mike. — quando o garoto já estava no carro, Theo cumprimentou do banco de trás, e como ainda não havia percebido, influenciando a escuridão, ele se assustou tão forte que pulou do banco, assim como Brooke há alguns dias. — Foi mal.

"Vai se foder, que garoto fofo do caralho", pensou Brooke quando Ash apenas assentiu e colocou a mão sobre sua boca e bochecha, tentando esconder o palavrão na ponta da língua e suas bochechas coradas de vergonha.

— Você vai na festa também, é... — o loiro tentou puxar assunto com o homem no banco de trás, que não tinha lá a melhor das expressões.

— Theo. — apresentou-se. — Ficarei do lado de fora, apenas para garantir que minha sobrinha não vai aprontar muito.

Brooke revirou os olhos.

A casa de Emerald não era muito longe da de Mike, então rapidamente chegaram para o azar do próprio garoto, que parecia mais nervoso do que nunca ao encarar a vida real e necessidade de socializar mais evidente do que nunca. Se culpou por esquivar-se dessa missão a maior parte de sua vida. Brooke percebeu, então antes de sair do carro acaricou levemente a parte superior da mão dele, que relaxou, embora mais envergonhado.

Theo analisou precisamente toda a ação, sorrindo em seguida.

— Divirtam-se, e primeiramente Brooke, tenha maneiras. — deu uma piscadela, sabendo exatamente as atrocidades que sua sobrinha faria com quem merecia.

Viram a multidão ao redor da casa americana. Muitos ficavam do lado de fora para poderem fumar toda a maconha possível enquanto se embriagavam em barris enormes. Emerald estava com um copo descartável vermelho acabando-se no álcool que a poderia deixar o mais liberta possível quando notou os dois andando até ela. Como uma bêbada alegre e desengonçada, foi prontamente dar as boas vindas.

— Caramba, vocês estão uns gatos! — elogiou, completamente grogue. — Até você, Schmidt, uau!

Ela se aproximou para ajeitar da sua forma a jaqueta do garoto, no caso desabotoando mais. Brooke não conseguiu esconder a carranca que se formou, olhando de forma quase assassina aos dois, nem mesmo entendendo da onde surgiu. O loiro apenas retribuiu o olhar de Brooke com um que dizia: "Calma, não tenho culpa".

Brooke sorriu falsamente, sentindo-se a maior inimiga do feminismo por aumentar seu ódio por uma garota por causa do ciúmes de um garoto. Era inevitável de qualquer forma. Adentraram na casa, sendo ofuscados pela luz de led que brilhava intensamente, combinado a conversa e música alta, para Ash, foi um terror de verdade. Brooke percebeu que talvez não tenha sido a melhor ideia.

— Vamos ali. — apontou a cozinha, onde ao chegarem, o garoto aliviou-se por finalmente o barulho ter cessadk gradualmente. — É aqui onde guardam as bebidas.

— Eu nunca bebi... — lembrou a Brooke, que apenas sorriu, enchendo um copo vermelho descartável da bebida que estava num galão enorme de festas, entregando para o loiro, que engoliu em seco. — Uau...

— Relaxa, você consegue. — incentivou. — Vai ser amargo no início, mas depois vai sentir tanta leveza que nem vai ligar.

Ash, querendo impressionar Brooke, acabou por beber tudo de uma só vez, o causando quase vontade de vomitar pelo gosto péssimo. A garota apenas riu.

— Você não é uma boa influência mesmo.

— Não mesmo. — afirmou, bebendo também o seu. Ela era experiente então estava longe de ficar bêbada. Schmidt, porém, já começava a estar tonto. — Tem certeza de que quer mais?

Ele assentiu. Talvez estivesse maluco de vontade de impressionar a garota, mostrar que não era um "marica" como a sociedade o chamava, que podia viver de verdade, que nem ligava mais. Bebeu outro copo inteiro, surpreendendo Brooke.

Foi então que a garota sentiu-se anestesiada pelo sentimento que tomou conta de seu peito, ou melhor, da visão. Da boca fina, idêntica a de seu gêmeo, escorria ainda uma pouco de cerveja que o loiro não pareceu notar. Brooke andou a passos calmos, e tomando a ação mais arriscada com alguém que não era nem seu ficante, colocou suas mãos sobre os braços robustos de Mike e lambeu a bebida que escorria, exatamente como outra coisa em si, mais abaixo.

O garoto corou muito forte, todavia, conseguiu dizer a frase:

— Quando disse que ia me "desvirginar", não pensei que seria tão sério. — brincou, tentando fazer não ser tão notável o quanto estava afetado, principalmente nas partes debaixo.

— É, e acho melhor irmos curtir um pouco antes que isso aconteça. — respondeu maliciosa, puxando o garoto de volta para onde as pessoas dançavam loucamente, atividade que logo começaram também. — Adoro essa música!

Dançar ao som de "I Wanna Go" de Britney Spears era uma das experiências que todos deveriam ter na vida. Nem mesmo Ash que detestava barulhos altos estava ligando muito agora, muito pela influência do álcool, sendo balançado por Brooke. As luzes brilhavam para eles, que se sacudiam no movimento perfeito da voz da cantora com as batidas viciantes.

Do lado de fora, Theodore ao lado de seu carro era encarado intensamente por Emerald. Ele já sabia o que a garota queria a essa altura, e sabia também da necessidade de sua sobrinha em que uma hora os vinhos especiais não seriam o suficiente.

Quando Emerald veio, o Kingslon fingiu interesse em suas cantadas baratas, pensando também o porquê adolescentes tinham tanto fetiche em querer transar com caras tão mais velhos. O homem, embora tivesse morrido na idade de dezenove anos, seu corpo era de alguém de trinta a quarenta. Não demorou muito para que a garota o convidasse para entrar com o destino final sendo o quarto da mesma. Óbvio que Theo não faria nada desse tipo com alguém tão mais nova, além de também não gostar sexualmente de seu gênero.

Brooke parou a dança quando viu seu tio entrar na casa com Emerald segurando sua mão. Ela sabia que ele era gay e que não ficava com pessoas tão mais novas, não vendo sentido naquela visão. Decidiu segui-los após retirar Ash da multidão. Sabia que uma pessoa autista tem tolerância muito baixa a sons graves, e só conseguiu uns dez minutos por estar bêbado. Não queria que ele ficasse mal.

— Você é tão gostoso... — ouviu a fala de Emerald pela porta, ficando em choque que realmente estavam fazendo aquilo. — Nossa, acho que fiquei mesmo drogada.

Brooke nessa hora entrou, abrindo devagar a porta, não querendo chamar a atenção de ninguém. Viu o motivo da fala dela. Emerald estava sentada na cama, de costas a onde Brooke surgiu, ambos de roupa com Theo de pé a frente dela. O diferencial mesmo eram os olhos de Kingslon. Estavam do mesmo modo do dia em que viu ele matar na estrada. Uma sombra vermelha juntamente a linhas negras pela parte inferior dos olhos, e esses tinham as pupilas escarlate com o anterior branco sendo agora um bordô tão intenso que podia ser confundido com preto. Seus dentes da presa estavam maiores que o normal, podendo ser notado através de sua boca fechada.

— Minha sobrinha finalmente chegou, não é divertido? — indagou, abaixando-se a falar no pé do ouvido dela daquela forma, transformado. Brooke sentia calafrios.

Emerald assentia a absoltumamente tudo, completamente hipnotizada quando de repente o homem fincou seus dentes no pescoço dela, assustando a Emily. Não a matou, na verdade, pareceu nem mesmo sugar nada. Se afastou, ainda transformado, para que fosse visível a Brooke o sangue escorrendo.

Foi instantâneo os efeitos em seu corpo. Era como se estivesse a frente daquilo que mais desejava na vida, parado, apenas esperando. Ela podia sentir seus olhos transformando-se numa ardência na pupila para o formigamento embaixo. Suas gengivas doeram e coçaram quando suas presas também aumentaram de tamanho. Sem perder tempo, dominada pela fome, sede e todo tipo de necessidade, virou Emerald para si. A garota estava assustada vendo como Brooke estava idêntica a Theo, e embora tivessse medo, estava completamente paralisada, e não pode impedir quando a Emily a mordeu de forma violenta no lugar onde Theo havia provado anteriormente.

— Uau — ela disse após alguns segundos, jogando o corpo da garota no colchão, completamente morta. Sugou tão rápido que nem entendia como tinha esse poder, apenas que fora como se recuperasse todas as energias de sua vida inteira. O vazio que nunca foi totalmente coberto pelas drogas que tinha que comprar de Mark, ou o sexo com qualquer estranho. Aquela sim era a maior de todos os vicios e necessidade. Sangue humano. — O que foi isso?

— Já explico — falou Theo, conferindo se a garota estava mesmo morta, e ao saber que sim, deu um suspiro triste, sabendo que havia perdido uma refeição tão suculenta. — O que não faço pela família, não é? — ironizou. — Mate primeiro todos que quer e só aí vai saber tudo, apesar de já obviamente saber da parte que somos vampiros, não é?

Brooke revirou os olhos assentindo, limpando o sangue em sua boca com a parte de trás da mão, retornando ao normal também. Com certeza se tivesse humanidade, estaria completamente horrorizada pela sua recente ação. Agradecia por isso, podia aproveitar os benefícios sem surtar.

Iria tentar fazer rápido já que não queria deixar Ash esperando por muito tempo. Ela atraiu todos os atletas idiotas que faziam bullying com um garoto para o mesmo quarto. Não era difícil. Manipular homem héterl babaca era mais fácil do que tirar doce de criança se tivesse um corpo ao qual eles adorariam tirar uma casquinha, e bem, quem acabou sem isso foram eles. Não houve gritos pois foi tudo rápido. Facadas em um, degolar outro, beber o sangue de outro e pronto. Tudo tranquilo.

Bem, eua contagem de corpos agora era de cinco pessoas. Não seria ainda considerada uma serial killer pois teria que ser três pessoas mortas em espaços diferentes de tempo, e quatro numa festa apenas dá o título de spree killer.

— Quero que me conte tudo agora. — disse a Theo quando o encontrou, bebendo um copo de cerveja como se nada estivesse acontecendo.

— Os Iluminados do décimo reino são vampiros. Acho que já notou isso. Bathory, eu, sua mãe, você... — começou. — Os vampiros são lendas de filmes e livros fictícios, porém, toda lenda tem que ter sua origem.

Brooke sentou-se na cadeira, esperando que não levasse tanto tempo.

— Todo reino tem sua particularidade especial. Retornando ao passado para explicar melhor, dez soldados foram expulsos de seu lugar de criação por se rebelarem a espécie humana, sendo condenados a viver no inferno, o pior dos lugares. Seu ódio pela raça humana foi o auge de tudo. Com o auxílio de seu líder, o senhor da bruxaria, conseguiram abrir um portal interdimensional e que assim, a cada século poderiam matar humanos por dois anos. Contudo, não era vantajoso apenas esse curto período de tempo, então acabaram por ter a ideia de terem filhos para isso, e criaram uma competição entre si. Cada um dos dez era diferente do outro, embora viesse da mesma espécie. Tinham características únicas. Eram praticamente deuses. O nosso domínio, no início, foi regido por Ares, que na mitologia grega era o Deus da Guerra, e por isso, tinha afeição ao sangue. Quando um demônio puro procria com um humano, acaba gerando uma anomalia enorme nos genes, que afeta em doenças psicológicas e principalmente no lado poderoso. Por Ares amar brincar com o sangue de suas vítimas em guerras, seus filhos acabaram por adotar essa prática, no entanto, sua condição anormal era a necessidade de ingerir este sangue. Isso os transformou em seres diferentes, que ficavam mais fortes, felizes e completos com o líquido vermelho de Ares. Foram chamados, pela primeira vez na seleção de Elizabeth Bathory. Pela história, em meados de mil e seissentos, foi a primeira vampira pelos seres humanos. E sim, outros já fizeram antes dela, entretanto, sua fama deve-se ao impacto que ela já tinha por ser da elite. Quase cem anos depois foi minha vez. Meus casos inspiraram o popular conto de Drácula, o que eu acho uma tremenda falta de respeito. E bem, é isso.

— Caralho... — Brooke respirou fundo, tendo uma gama de informações grande entrando em seu cérebro. — Quais os outros... outras particularidades dos domínios?

— Já que o assunto é vampiro, por toda a crença de que são inimigos, posso falar sobre o sétimo, que são os Iluminados Lobisomens. — Brooke se surpreendeu. — Seu regente de origem era Quespisiquis, o deus da lua da mitologia egípcia. Por toda a fascinação com o astro, seus filhos acabaram por desenvolver a maldição de, assim como nas histórias, uma vez ao mês tornam-se agressivos e agem como animais raivosos em lua cheia. Não se transformam completamente como em filmes, mas são perigosos pela falta de controle.

— Me sinto vivendo em um livro de fantasia. — soltou Brooke, levantando-se da cadeira, com conhecimento o bastante para não querer mais. — Uma última coisa, vou precisar tomar sangue pelo resto da vida.

— Infelizmente sim, enquanto viva. — suspirou. — Mas relaxa, não precisa matar ninguém. Em casa tem várias bolsas de sangue que roubei do hospital.

Brooke assentiu. Tinha a certeza que surtaria e choraria por essa nova realidade caso pudesse senti-la.

Quatro corpos seria uma merda para uma novata na cidade que coinhecidemente estava na festa, então pegou um esqueiro e aproximou-se de uma cortina quando ninguém estava vendo, colocando fogo nela, para alguns minutos depois, soltar um grito.

— A casa está pegando fogo! Pregisamos fugir! — foi falsa e perspicaz, indo primeira buscar Schmidt, que parecia bem perdido por conta do álcool em seu sangue.

— O que aconteceu? — ele perguntou quando adentraram no carro. — Cadê o Theo?

"Ele já havia ido embora antes", Brooke respondeu. Verdade. Sabia mais do que sua sobrinha que ela não iria querer retornar a casa e ter de encarar a verdade de Michael. Não estava nenhum pouco pronta e tinha raiva por ele ainda continuar com aquilo sabendo que, por suas palavras, tornou-se uma vadia psicopata.

— Minha primeira festa e a casa pega fogo, que sorte... — ele pareceu triste, como se a culpa fosse dele, o que era bem triste a se analisar. Pessoas como eles, Iluminados, estavam fadadas a sofrerem e para isso, outros também tinham de passar. Era uma droga ser amaldiçoado com algo que não pudesse evitar destruir de tudo de bom no caminho.

— Estava uma droga mesmo. — tentou consolá-lo. Só após alguns segundos pensou que poderia ser interpretada de outra maneira.— Não por você, é claro. Na verdade, lamber o lado de sua boca foi o ponto da noite.

Schmidt corou forte dando um sorriso leve, o que Brooke achou adorável mais uma vez.

A casa dele era perto, então não demorou a chegar. Mike sairia do carro, até notar como Brooke parecia incerta, pensativa demais entre retornar a casa ou dormir em um hotel, viajando até os pensamentos de mais uma maldição entrando em sua vida, essa de forma bastante permanente a ser um monstro. Mesmo sem sentir, não podia negar que saber disso despertava a ansiedade nela.

— Você quer entrar? — questionou incerto, atraindo o olhar dela. — Tenho que acordar cedo amanhã, mas minha tia foi, provavelmente, embora depois de Abby dormir. Pode ficar aqui se estiver acontecendo alguma coisa...

Brooke sorriu, imaginando que ele pudesse ler seus pensamentos. Sabia que não pois aí ele jamais deixaria uma vampira entrar em sua casa. Era tão gentil aquela proposta que mexeu com uma garota que não podia ser mexida. Era exatamente o que precisava no momento correto.

— Obrigada, senhor Schmidt. — aceitou, deixando ele feliz pela companhia e o apelido fofo. — Acho que num mundo de garotos tão babacas, você é com certeza o mais cavalheiro.

‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜:  .

I. fml eu to num sono fodido e eu demorei muito a escrever esse capítulo porque ele tá gigante. Se vocês leem só WTD das minhas histórias, nem imaginam que nem em sonho meu padrão de capítulos seja tão longo assim, mas tá foda, é muita história, que aliás, está longe de ser mostrado todos os plot twists, acho que nem mesmo o dos vampiros eu coloquei inteiro (to com tanto sono que nem lembro). tem mta bomba pela frente.

II. se gostaram, comentem o que acharam, suas teorias e votem caso ainda não tenham feito. Até o próximo bjus 💋↓֓ ܸ۠命𐄂

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro