ㅤㅤ ㅤㅤ XIII. welcome mike schmidt.
‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚒𝚌𝚒𝚊𝚒𝚜: .sei que quem tá vindo aqui ler é só com esse objetivo, mas por favor, se puderem, leem o que tenho a dizer antes. um dos motivos dos capítulos estarem demorando tanto a sair, além de escola e os caralho, é a minha motivação. simplesmente o engajamento de welcome to dollhouse caiu mais de 100% e eu realmente não entendi. independente das razões, é HORRÍVEL me sentir assim de novo. na antiga versão, isso já tinha acontecido e por isso parei. sei que não deveria, mas me comparo MUITO com outras histórias do mesmo universo e vejo como elas tem muito mais leituras mesmo que a minha tenha vindo bem antes e me pergunto o porquê a minha é pior (lembrando que não é um ataque e nem nada do tipo aos escritores plmds, acho todos queridos), é só que é pessimo demais isso. sinto como se eu não tivesse fazendo o suficiente mesmo que as vezes os capítulos passem das 5k de palavras e faça todos os dias edits para ajudar na divulgação, como se eu estivesse fadado a me sentir assim pra sempre. eu passo horas só pensando em cada plot, capítulo e tudo mais para deixar a história o melhor possível, e saber que o engajamento cai mais a cada capítulo. odeio necessitar da aprovação alheia mas infelizmente nasci assim. ja tive crise já por conta disso. me leva a crer que as pessoas não gostaram do plot que eu desenvolvi com tanto esforço e carinho. tudo isso só aumentou hoje que varias pessoas resolveram me dar Unfollow. por isso eu peço para que por favor, votem de começo. eu sei que tem gente que não faz isso pq é só comparar nas views e votos e é uma diferença absurda. para vocês não custa ou significa nada, mas pra mim sim, assim como seus comentários, então, por favor, sério. se continuar só caindo como na última versão, não vai demorar até que me canse de me sentir assim e suma logo dessa plataforma, e sei que pode parecer dramático demais, mas eu já passei muitas vezes por isso, em todas as minhas histórias, e eu sempre tenho crise por conta disso e fico muito mal. minha sanidade mental não aguenta mais tanta autosabotação e todas por conta daqui. enfim, desculpem o desabafo, mas é isso, fiquem com o capítulo.↓֓ ܸ۠命𐄂
É uma nova trilha sonora, eu poderia dançar ao som dessa batida, batida
Para sempre
As luzes são tão fortes, mas nunca me cegam, me cegam
Bem-vinda a Nova Iorque
Ela esteve esperando por você
Bem-vinda a Nova Iorque
Bem-vinda a Nova Iorque
welcome to new york, TAYLOR SWIFT!
𔖳﹙‣ࣰ𖥣᤺ →𝕨𝕖𝕝𝕔𝕠𝕞𝕖 𝕥𝕠 𝕕𝕠𝕝𝕝𝕙𝕠𝕦𝕤𝕖 ⍰ ׁ ۪
𖥻݁ ⟩ﹴ 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗿: -𝗌𝗅𝗒𝗍𝗁𝖾𝗉𝗋𝗈𝗇𝗀𝗌 ↑ꞌꞋ̸📑ۛ͟ ⸯ̳
✶ ׅ ゜᮫( MIKE SCHMIDT ) 𔓐 ⋆ 𔒅
──۠─᮫֩ ⑇⃫ֳ ៹۠🗒️۪ܺ #𝘤𝘢𝘱. treze ๋⇑ܸ 11 ◹
A MENTE DE BROOKE JÁ ESTAVA um caos após apenas dois dias sem a sua parte que a fazia ser humana. Não era porque havia culpa, e sim por ser muito conflitante. A Emily sempre fora uma das pessoas com o maior índice de sentimentalismo, apesar de, na maior parte dos casos, tomar decisões baseadas em lógica. Ela não existia sem sua revolta, sua alegria para as pessoas e coisas que amava, ou a tristeza que de repente, tornou-se tão presente em seu ser.
E agora complicava-se por situações que não deveriam ocorrer quando não se tem sentimentos. Ele teve um pesadelo terrível enquanto revezava para dormir um pouco, ainda na ida para Nova York de carro. Theo assustou-se ao após trinta minutos em que a garota dormia, acordou gritando, com lágrimas pesadas ao redor do rosto. O homem perguntou o motivo, entretanto, não podia dizer.
Aliviou-se ao buscar em sua memória e àquilo não se passar de um fruto de sua mente ocasionado pelo descobrimento de uma parte do passado de Michael. Ela saberia se algo tão traumático tivesse acontecido consigo.
Mesmo pensando isso, não conseguiu pregar os olhos durante todo o resto da viagem ou até tempos depois de chegarem. Foi um pesadelo tão real. Como se revivesse o momento e mesmo que em certo ponto tenha se tornado um sonho lúcido, não conseguia sair. Continuava tendo que passar por aquele inferno que a ocasionava em vergonha por gritar ao acordar.
Logo chegaram na cidade, e eles bem podiam ficar hospedados em um hotel grande, porém, Brooke sem sentimentos não tinha remorso algum em gastar seu dinheiro. A primeira coisa que fez fora comprar uma enorme residência para que passassem o tempo necessário ali, que Brooke esperava ser bastante. Não queria por nada retornar a Hurricane.
Nova York era enorme. A multidão a dava claustrofobia, que inclusive, pareciam tão acostumadas com toda a beleza da cidade. Garotos e garotas felizes e sem preocupações a vista. Luzes tão fortes e som da movimentação tão elevados que poderia ter ficado doente. Os prédios enormes fascinavam a garota que a vida inteira passara em uma cidade praticamente morta em todos os aspectos. Agora entendia o porquê de Misty não estar contente no dia de seu aniversário em que Oliver a levou para a Fazbear.
Brooke deixou que Theodore ficasse cuidando dos pequenos Aftons enquanto Michael não acordava. Se sentiria culpada se pudesse, entretanto, apenas pensava que ele havia pagado pouco pelo que fez. Uma pancada na cabeça não era equilibrado a poder ter evitado a morte de sua irmã e de matar o seu pai. Preferia que continuasse desmaiado, poupava estresse.
Foi óbvio que resolver sua intriga com Misty foi a segunda coisa que fez. E não será necessário detalhar como Brooke a matou, com o mesmo jogo que fizera com William e um tiro na cabeça no fim. Por conta de Oliver, mesmo que ele mesmo não tivesse tanto afeição a loira, não a fez sofrer muito. Sua participação na morte de Charlotte era indireta, onde sua ação provocou uma série de eventos que ocasionaram em agora não ter sua irmã. Contudo, após ela, não havia mais ninguém que quisesse ferir. Não sairia como uma louca matando pessoas. Na verdade, Misty foi sua única vítima fatal. Quem matou o empregado corrupto de William fora Theo, o que intrigava ainda mais a garota. Por que ele precisava de tanto sangue humano? A dava arrepios.
Se sentia perdida no que fazer em Nova York. Era como se tivesse o mundo em suas palmas. Podia ser a pessoa mais extrovertida do mundo, ir a festas, dançar até que não houvesse energia para nada mais, transar até que perdesse a energia em satisfazer seus fetiches. Era uma infinidade de possibilidades. Nada disso, todavia, a dava muita empolgação.
Só uma possibilidade a remetia a infinitas probabilidades. O irmão gêmeo de Michael estava naquela cidade e era um dos motivos pelo qual vieram para ela. O lado ruim era que a cidade era enorme e poderia estar literalmente em qualquer lugar. Como uma agulha num palheiro gigantesco.
Também estava com um mal estar ferrado para pensar em festejar qualquer coisa. Além de não conseguir dormir, sentia-se muito cansada, como se sua pressão estivesse sempre baixa. Sua boca estava seca e rachada. Parecia que tinha uma sede e fome infinita, não importava o tanto que se alimentasse e hidratasse, não passava.
Theodore percebia que sua sobrinha ficava cada vez pior, e ainda assim conseguia disposição para pesquisar onde Asher Afton poderia estar. Sabia o que fazer para que ela se sentisse melhor, porém, tinha consciência de que poderia ser um choque enorme a ela; uma rotina que jamais esperaria.
— ACHEI! — berrou alto de repente a garota, assustando Elizabeth Afton que Theo tentava fazer dormir. O homem olhou para a sobrinha com raiva. — Foi mal...
— Achou Ash? — indagou ele, enquanto mudava o desenho da televisão para Evan. Apesar de estarem sendo cuidados por Theo, alguém que nem conheciam, não demorou para adquirirem confiança no homem. Em um dia fora melhor a eles do que William em anos.
— A escola em que ele estuda, na verdade. — Colégio Herkimer. — leu no arquivo. — Foi fácil conseguir hackear. Não é todo sistema que tem segurança avançada com isso, e meu pai, ou tio... enfim, Henry, me ensinou a mexer com tecnologia desde que eu era criança. Isso é fácil pra mim.
— E quais outras informações alguém tão inteligente em hacking como você, oh deusa da tecnologia, conseguiu a mais? — debochou o homem em tom sarcástico.
Brooke revirou os olhos.
— Que ele é matriculado e conhecido como Michael Schmidt, o que me revolta porque se você tivesse me dito essa informação teria achado com muita facilidade. — indignou-se ao tio que apenas deu de ombros. — Bem, sei que ele tem espectro de autismo e possui as melhores notas do colégio todo, o que surra muito o gêmeo dele que quase reprova todos os anos.
Theo não conseguiu segurar a risada do tom da garota.
— Descobri, pesquisando mais, que tem uma irmã chamada Abby Schmidt, de apenas um ano. — revelou lendo mais. — Nossa... a mãe dele morreu há alguns mêses. Não achei nenhum registro de padrasto ou algum outro familiar.
Theo ficou em silêncio.
— Caralho, ele tem que cuidar da irmã de nem dois anos sozinho, que vida merda. — percebeu como aquilo era quase uma réplica de sua vida, tirando o fato de que ela estava considerando-se sozinha. Ash realmente estava, e ainda por cima, não tinha as condições financeiras que ela.
— Deixe-me advinhar, agora você vai até lá. — supôs Theo.
— Óbvio.
— Tudo bem. — aceitou. — Vou tentar achar uma forma de acordar Michael. Acho que três dias é o bastante para descansar.
— Isso só com uma pancadinha na cabeça... — ironizou Brooke. — Na minha vez, levei uma facada e uma surra do William e no outro dia estava acordada para me foder mais ainda. Esses homens... — fez pouco. — Não aguentariam passar um dia como uma mulher.
— E você, um dia sem reclamar de tudo e de todos. — riu seu tio. — Agora anda, vai logo. Enche muito o saco o dia todo em casa.
— Verdade. — concordou Evan do sofá, rindo.
— Que ultrajante! — sentiu-se ofendida. — Vou mesmo, mas não por vocês, homens opressores!
Brooke pegou o carro e teve a certeza de que demoraria muito para chegar no colégio. Não porque era muito longe, e sim porque sua coordenação motora e senso de direção era péssimo. Se perderia tanto que agradeceria se chegasse a tempo das aulas do dia seguinte. Sua intuição sempre falaria para a mesma virar a direita quando o caminho certo era continuar reto, ou vice-versa. E em todos os casos confiaria sua segurança a algo que já se provou não confiavel. Felizmente estava errada, no entanto, sofreu reclamação dos vários motoristas no trânsito. Ela ainda estava passando mal e nenhum remédio parecia funcionar em seu corpo. Era uma situação que estava acostumada, já que em sua vida, sempre se curou de doenças a base do tempo, porém, estava a preocupando que não passava nunca.
Ela chegou na escola, notando como era, talvez, umas três vezes maiores que a sua. Óbvio, era Nova York. Brooke adentrou, carregando papéis falsificados de identidade e transferência. Era bastante incrível como até agora, mesmo sendo conhecida, ninguém a reconheceu. Agradecia por isso, levando em conta que seria acusada de forjar a própria morte, e mesmo em sua cabeça toda solução ser óbvio como: "mate e não vai haver acusações", não podia sair fazendo isso.
Para sua sorte — ou frustração —, a recepcionista da escola não estava nenhum pouco a fim de analisar sua identidade ou transferência. Ela nem ligou, apenas entregou os horários para Brooke, que demorou em torno de minutos até assimilar que horas falsificando não serviria de nada.
Óbvio também que, não assistiria nenhuma aula. Nem morta faria isso no estado em que estava. Odiava até saudável, doente nem morta. Apenas tentava rastrear onde o garoto poderia estar agora. Esperou até que o sinal do recreio soasse. A sua maior chance era ali.
Ela correu por muito tempo quando aconteceu. Os alunos não entenderam porque uma garota que nunca tinham visto antes na escola estava parecendo uma louca, voltando de todos os patios para ir a outros, na esperança de que em algum lugar de lazer estivesse seu alvo.
E no fim, completamente exausta, ela viu. Ela se surpreendeu muito. Sentado na sombra de uma árvore mais afastada da escola. Ele era idêntico mesmo a Michael, com as únicas diferenças podendo ser percebidas sendo o rosto mais arredondado, os olhos, que de Michael eram avelãs, de Ash era azul, e o principal, o cabelo loiro do garoto. Ele parecia ser o único, que de algum modo, a conhecia quando apareceu em seu campo de visão.
— Mike Schmidt? — indagou quando conseguiu chegar finalmente a onde ele estava, tendo que passar por muito sol, que aliás, estranhava estar tão quente. Era como se embaixo dele fizesse o triplo de calor, chegando ao ponto de deixar sua pele quase descascando. O pior era que não fazia nem vinte graus. Haviam até algumas pessoas de casaco.
— Brooke Emily? O que faz aqui? — a garota sentiu-se intimidada com a sua identidade revelada tão rapidamente. — Pensei que estivesse morta.
Brooke queria explicar da forma que conseguiria, não assustando, ou seja, com mentiras, porém, ela estava mesmo passando mal. Ela conseguiu apenas se sentar ao seu lado, na sombra da árvore e torcer para que a tontura parasse. Toda vez que olhava ao sol, tinha vontade de vomitar.
— O que aconteceu com a sua pele? — perguntou o garoto loiro, preocupado ao notar como a parte que fora exposta pelo sol durante o período em que corria aos arredores descobertos estava completamente vermelha com queimaduras de primeiro grau.
Ash não conseguia entender o porquê alguém como Brooke Emily estava o procurando. Entretanto, era inteligente para saber que não era nenhum acaso, principalmente pelo estado deteriorado da garota.
— Eu não sei também... — respirou fundo escorada na árvore, ignorando todos os olhares voltados para ela. — C-Como vai?
Ele franziu o cenho. Não estava gostando daquela situação, muito porque havia muita atenção voltada a ele. Odiava situações em que necessitava expor-se a realidade de socializar. Falhou em todas as vezes. Não sabia como o fazer. As pessoas também eram maldosas com ele desde que sua idade atingiu pontos em que percebiam que seu comportamento não era comum. Ele foi diagnósticado com autismo aos dez anos. Agia de uma forma que as pessoas não eram acostumadas a encarar. Perguntas demais, assuntos com não tanto nexo, piadas que só ele entendia. Isso nos anos oitenta era passe livre para sofrer bullying por todo o fundamental e médio. Para piorar aos catorze, o diagnóstico foi de esquizofrenia. Assim como Brooke, via coisas que ninguém mais via. Para sempre se lembraria de gritar no meio da sala de aula, pedindo que os demônios em forma de alucinação os deixasse em paz. O mês seguinte a esse evento foi um ao qual acabou fazendo besteiras sérias demais. As pessoas gostavam de ser cruel com quem sabia que não podia se defender e era de consenso sua estranheza. Nem os professores se poupavam de zombar dele sempre que podiam. E agora, recebia novamente a atenção de tantos alunos por aquela garota tão chamativa estar perto dele. Nada contra ela, mas queria que fosse embora logo e que deixassem-o em paz.
— Confuso. — respondeu fazendo um sinal estranho com a mão, tentando demonstrar confusão em libras talvez. — Por que a filha de Henry Emily está atrás de mim?
Brooke riu com aquilo. Não tinha nem razão para ser conhecida de outra forma. Atualmente era apenas filha de um famoso empresário morto. Era engraçado a forma como ele se expressava, diferente das outras pessoas. Achou fofo suas expressões e trejeitos na hora de falar.
— Me mudei após minha família toda morrer. As pessoas de Hurricane acham que morri porque foi o que dei a entender. — tentou explicar a dúvida que qualquer pessoa teria ao notar que era ela ali, mesmo mentindo em partes. — Mas espera... Se sabe que sou Brooke Emily...
— Sim, eu sei que tenho um irmão gêmeo que também se chama Mike, o que também me leva a pensar que meu nome verdadeiro não seja esse, já que não tem nenhum sentido alguém ter gêmeos com o mesmo nome. — Brooke já sabia, mas ter a constatação que ele havia roubado toda a inteligência de Michael no útero a fez rir levemente. O Afton não chegaria a essa conclusão tão confusa nem por desenhos.
Não era como se estivesse conversando com Michael mesmo sendo tão parecidos. Os dois tinham energias tão diferentes que não precisava ser lembrada, mesmo que ele não fosse loiro ou olhos de cor diferente, de não ser o garoto que cresceu odiando.
— Eu não sabia desde sempre, embora ninguém tenha notado por alguma razão desconhecida. — falou nervoso. Não era acostumado a conversar, e fazia literalmente mais de semanas que não fazia isso, já que, Abby ainda não tinha essa habilidade. — Enquanto minha mãe era viva, não tinha acesso a informações sobre o mundo de famosos e tudo mais, então não tinha conhecimento. Depois dela morrer, foi quando soube. Fiquei muito surpreso por nunca terem feito isso, e com medo do dia chegar, comecei a pintar meu cabelo para disfarçar um pouco.
— É, faz sentido. — respondeu, ainda respirando de forma pesada.
— Você sabe qual é meu nome de verdade? — questionou depois de alguns segundos em silêncio. Era uma curiosidade que tinha desde que a teoria começou a se formar em sua cabeça após descobrir tudo.
— É Asher. — disse, vendo os olhos tão azuis como o mar do garoto brilharem com uma revelação tão importante e essencial sobre si que jamais fora revelada antes. — Mas posso te chamar de Ash, não?
Ele deu um sorriso mínimo. Sua boca era bastante fina assim como de seu irmão, o que deixava ainda mais adorável. Schmidt só sorria quando via sua irmã aprender coisas novas, como andar ou falar as primeiras palavras. Foi uma coisa muito de repente. Estava tendo um dos piores dias de sua vida, que eram basicamente todos desde a morte de Hayley. Agora, conhecia mais de si mesmo com alguém que nunca em sonhos imaginou poder conversar.
— Obrigado.
Aquele pequeno gesto concretou que ele era diferente de seu irmão e para Brooke, não podia ser perdido nas mãos de William. Era alguém puro, que sorria com mínimas coisas boas, porque era tão raras que se tornava inviável não apreciá-las. Mesmo que não possuísse o que chamavam de humanidade no momento, sentia que não podia deixar, tanto para sua segurança, como para de Ash, que algo de tão ruim como ocorrera com Michael, também acontecesse com ele. Foi tomada por uma náusea forte quando sua mente projetou a imaginação dos abusos, fisicos, psicológicos e principalmente sexuais que Mike sofria, sendo impostas a Ash também. Ninguém merecia àquilo.
— Olha só, a novata tá falando com o Schmidt... — Brooke ouviu o começo do bullying recomeçar. O garoto ao seu lado ficou tenso. Então percebeu também que, nem todo mundo conseguia se defender daquilo. No caso de Ash, apenas aceitava. — Será que ainda seria sua amiguinha se descobrisse que é um retardado fodido?
Schmidt apenas abaixou a cabeça, o que indignou Brooke, que se levantou e ficou a frente dos quatro valentões que haviam chegado perto deles. Odiava que ainda houvesse algo como o Bullying tão presente na vida de tantas pessoas; era esse um dos motivos do seu desgostar por Michael no início.
— Eita, a novata é esquentadinha. — debochou ele de maneira nojenta ao qual Brooke já viu anteriormente em Nathan.
— Paul, pare com isso. — antes que Brooke xingasse o garoto musculoso, nivel de atleta, uma garota morena chegou. Ela tinha uma roupa impecável em tons de preto, que eram uma saia curta e um cropped brilhantes sobre o sol que fazia mal a Brooke. — Começamos mal, novata. Poderiamos fazer de novo se nos apresentassemos formalmente. Me chamo Emerald. Você...?
— Katherine. — disse o primeiro que veio a sua mente, que conhecidentemente era parecido com o de sua mãe. Previa seu tio rindo ao descobrir esse detalhe.
— Nome de gostosa. — riu a garota de olhos da cor de seu nome e cabelos tão pretos como sua roupa. — Amanhã vou fazer uma festa por ser sexta-feira. Na minha casa as oito. Traga bebida e algum acompanhante, gostoso de preferência.
Tão idiota que nem percebia que o que faziam era errado. Nem ligou do fato da intriga ter começado pelo Bullying dos colegas dela para com Ash, que estava mais do que desconfortável ainda escorado contra a árvore.
— Eu vou, se me prometerem nunca mais fazer piadinhas ou bullying com Ash. — o garoto ficou muito constrangido. Escondeu seu rosto contra o joelho. Não que estivesse reclamando, mas aquilo mais atrapalharia do que ajudaria considerando que nunca obedeceriam ela. — E todas as outras pessoas que tenho certeza que fazem.
— E se não fizermos? — Paul perguntou dessa vez.
— Bem — sorriu minimamente. Ela obviamente não falaria que os mataria, o que planejava fazer agora mesmo que seguissem suas ordens. — Será desagradável.
A energia que exalava de seus olhos era perversa. Mesmo que os adolescentes não soubessem de nada, podiam sentir que aquela garota era perigosa. Embora todos os garotos ainda estarem relutantes, Emerald aceitou, logo saindo da vista dela após dar o endereço. Sua intenção era descobrir algum podre da novata e usar isso como escudo ou propriamente como chacota, e Brooke conseguia saber isso por seus olhos verdes. Por isso, morreria em breve.
— Não se mete com Emerald. — avisou Ash quando todos foram embora. — Ela era melhor amiga de Misty, sua prima.
Brooke surpreendeu-se, porém percebendo o tanto que fazia sentido a babaquice e senso fraco de manipulação de Emerald. Mais um motivo tinha para acabar com ela.
— Ela também fazia bullying com você? — questionou ela e Schmidt assentiu. Sentia-se muito vulnerável de Brooke estar descobrindo sobre coisas que o deixavam mal dessa forma.
Na verdade, era como se um anjo tivesse caído dos céus quando tudo estava perdido. A depressão que o atingiu a morte de Hayley Schmidt foi muito séria. A pior parte era tentar arranjar energia para cuidar de Abby, que necessitava de todo o carinho do mundo para não ser uma criança triste como ele foi. Era muito difícil não começar a considerar Brooke uma amizade, apesar de saber ser passageiro e que havia uma razão para ela estar ali que não incluia ser amiga dele, ninguém em sua vida fora tão gentil assim com ele. Sim, uma conversa de dez minutos conseguiu superar toda falta de carinho de uma mãe traumatizada e de uma ausência total de qualquer tipo de amizade. Para ele, não era difícil considerar Brooke como um dos seres mágicos e bondosas que vemos em desenhos animados. Porque qualquer um que o abraçasse sem o machucar, seria o primeiro. Seria um anjo.
— Enfim, ela não vai mais. — concluiu. Schmidt perguntaria mas decidiu não saber o que teria acontecido com aquela vaca. Tinha medo de que não fosse ruim o bastante. — Você vai na festa comigo, não é?
— O quê?! — arregalou os olhos. — Não. Não. Não. Não posso.
Era verdade, ao mesmo tempo que era muito mais por medo. Odiava socializar. Nunca nem sequer tinha ido a uma festa anteriormente e principalmente uma ao qual todos o odiavam e faziam bullying com ele era algo que não queria nem ferrando.
— Vai ser legal. — insistiu, mas notou como seu rosto empalideceu e parecia prestes a chorar de nervosismo com a hipótese. — Ei calma. Sua irmã vai ficar sendo cuidada pelo meu rio, que é ótimo com crianças.
— Mas eu trabalho...
— Mentira. — acusou. — Você está procurando emprego, mas ainda não conseguiu.
— Como sabe disso? — ficou surpreso. Brooke apenas deu de ombros e o loiro desistiu de insistir no questionamento estranho. — É que eu... tenho medo...
Brooke entendia isso. Ela já tinha visto em Becky. A ruiva havia passado por uma situação muito parecida. Sofria byllying e não tinha família ou amigos nenhum para contar até que Brooke apareceu e mudou sua vida. Sabia como alguém tão traumatizado com o meio social tinha temor para que enfrentasse novamente. Foi a morena que a retirou dessa situação, e mesmo sendo ruim, através de enfrentar o medo. E hoje, Becky era uma das pessoas mais extrovertidas que conhecia..
— Relaxa, 'tá bom? — teve um leve sentimento de tristeza ao redor de seu peito ao notar como as mãos do garoto suavam. Ele não queria negar de verdade por medo de que Brooke fosse embora. E sim, era exgerado considerando que tinham acabado de ae conhecer, porém, não conseguia não pensar que outra pessoa que se importasse de verdade com ele talvez nunca aparecesse novamente. — Você pode ficar comigo a festa toda. Eu bato em qualquer idiota que ameaçar sequer olhar torto para você, e aposto que nem vai estar tão se importando assim depois da 5° dose de vodka.
— Tudo bem... — aceitou finalmente, e então lembrou-se de algo que o fez rir um pouco. — Eu também nunva bebi.
Brooke surpreendeu-se positivamente.
— Nossa, eu vou te desvirginar tanto... — o garoto arregalou os olhos e Brooke também ao notar o que saiu de sua boca, não se aguentando em gargalhar alto da reação de Ash. — Não nesse sentido... a menos que queira...
Brooke gostou da forma como a palidez fora substituído por uma vermelhidão total e completa no rosto de Ash, parecendo até que fora ele o maltratado pelo sol.
Asher ficou muito constrangido após aquela fala de Brooke, olhando para seu tênis e evitando o castanho dela. Brooke não pode achar uma atitude mais adorável. Realmente não entendia como havia tantas pessoas determindas em fazê-lo sofrer tanto.
Quando o sinal bateu novamente, para os últimos tempos de aula, o loiro esperou alguma reação de Brooke, entretanto, não teve nenhuma. Ela estava com medo de enfrentar o sol terrivelmente quente de novo. Não era burra. Sabia exatamente a teoria do que poderia ser isso e continuava a se negar. Era metade demônio, não metade vampira.
Ash, de repente, deitou-se nas gramas, sobre a sombra extensa da árvore, olhando diretamente a Brooke, que o seguiu.
— Posso te fazer duas perguntas? — indagou.
— Pode, mas, duas? — ficou confusa.
— É que essa foi a primeira. — foi algo muito tosco, mas que a fizera rir. Seu humor quebrado era um contraste se seu coração também estar. Era um gênio por saber que Brooke falaria "acabou de fazer" caso não incluísse àquilo. — Por que fez isso? Quer dizer, me ajudar?
Sentia que não merecia isso. Brooke para ele sempre foi alguém totalmente fora de qualquer limite. Há mais de um ano, quando descobriu o mundo de famosos, foi inevitável desenvolver por ela uma pequena paixão adolescente, o que não era incomum. Brooke era muito bonita, em níveis que para ele, difícil seria achar alguém mais que ela. No entanto, não foi só por isso. Toda matéria que lia sobre a Emily, eram críticas. Ninguém parecia gostar dela e sabia que não merecia esse tratamento. O motivo daquilo era por se identificar com ela.
— As pessoas não precisam de um motivo para te ajudar. — falou, sorrindo olhando para as folhas balançando pela brisa leve de verão.
De fato, se buscasse em sua mente, não tinha nenhum motivo. Quando decidiu conhecê-lo, não passava de curiosidade, e agora, queria o proteger de todo o mal que jogavam nele. Era, na verdade, da natureza dela. Brooke fez isso com Becky, com Vanessa, tentou fazer com Michael e agora com Ash. Era alguém incrível e mesmo no estágio onde deveria matar sem parar, conseguia ajudar mais do que causar. Uma pena que haviam tanta pouca pessoa para apreciar isso.
Ash começava a apreciar. Seus olhos de tonalidade tão azul fitavam intensamente a garota que não parecia mais passar mal como antes. Apenas sentia a leviedade do aroma de grama molhada.
— Não vai voltar para a aula? — questionou, a voz leve pelo sono.
— Já passei de ano mesmo. — respondeu sem se importar.
Brooke não respondeu, apenas sorriu, ainda de olhos fechados. Não demorou mais de cinco minutos para adormecer. Dessa vez, nenhum pesadelo conseguiu a alcançar, na brisa do verão a sombra do ar livre, um dos melhores sonos que já teve na vida.
Mike Schmidt ficou encantado quando notou a dormência da garota ao seu lado. Sorriu lembrando-se de como passava mal sob o sol e agora estava tão tranquila ao seu lado.
— Vou te chamar de vampirinha.
‹ 𓆠⃮ 𝄿ֱ 𝚗𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚊𝚒𝚜: .
I. ai gente, me desculpa mas achei os dois divos aqui extremamente fofos vsfd 🤚. o que vocês acharam dessa interação e sobre o personagem? (que é quase meu por ser literalmente o mike do filme de fnaf mas mudei e acrescentei tanta coisa que me perco em relação a isso).
II. próximo capítulo muito provavelmente vai demorar para ser lançado porque vai ser muito longo, com o tanto de coisas que planejo, então paciência.
III. como disse nas notas iniciais, é muito importante que votem e comentem, qualquer coisa, teorias, o que acharam e tudo mais, se não daqui uns dias vou coringar e começar a colocar meta nessa prr, ai sim endoido msm. enfim, é isso, fiquem bem e até o próximo.
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