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ㅤㅤ ㅤㅤ VI. welcome to troubled family.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas iniciais: só passando para lembrá-los de votar no início para não se esquecerem. fiquem com o capítulo 🙏🕊


Places, places
Get in your places
Throw on your dress and put on your doll faces
Everyone thinks that we're perfect
Please don't let them look through the curtains
Picture, picture, smile for the picture
Pose with your brother, won't you be a good sister?
Everyone thinks that we're perfect
Please don't let them look through the curtains

dollhouse, MELANIE MARTINEZ!

capítulo seis <﹐(WTD)﹐🏠 .
familia conturbada ❳┊-slytheprongs ➹
  ۫   𝆹ㅤ࿀   ׄ   ₊    ۪   ׂ   ۪   ೀ  ˙  𝅄  ֪  ࣪   ♪   ׅ  ࣪

A CHUVA FRIA PARA SEMPRE ESTARIA nas roupas pretas de Brooke, molhando num efeito que acabou a deixando levemente resfriada. Ela sempre gostou desse fenômeno. Sempre sentia paz quando aquelas gotas caiam do céu após a formação das nuvens graças ao ciclo natural da água. Porém, agora, sentia que nunca mais poderia gostar disso, pois o tempo estava dessa forma quando Charlotte Emily fora enterrada.

Foi de longe a situação mais triste que já a colocaram. Nunca esqueceria da forma como todos choravam; como havia repórteres do lado de fora ou do vazio extremo que fora ver o caixão descer para jamais subir novamente.

A morena nem tinha mais tempo de chorar, apenas se sentia mais vazia do que nunca. Os dias que passaram foram terríveis, onde ficara deitada no sofá da sala sem ver o tempo passar mesmo que nada fizesse.

Henry se tornou um pouco mais ausente, o que Brooke entendia, já que seu modo de enfrentar o luto era parecido. Ou seja, quem cuidava dela era apenas Oliver e as outras moradoras da casa.

Os irmãos Emily, basicamente, proibiram Becky e Vanessa de voltarem as suas casas normais, por imaginarem que num momento tão delicado, contudo, fora bem ao contrário. Eles alegavam que era perigoso demais estar sozinhas quando um serial killer estava a solta. Então, ainda estavam lá, esforçando-se para aguentar a pressão que vinha junto.

Todos tinham seu papel na esperança de diminuir pelo menos um pouco da depressão profunda que Brooke adentrou, em específico, Oliver. Tentava dar presentes, café na cama, conversar. Entretanto, Brooke rejeitava tudo. Ela nem conseguia comer e em questão de três dias já havia emagrecido um quilo.

Nem mesmo levantar para ir ao banheiro fazia. Demorou um dia para que criasse coragem para se locomover do sofá para a cama de seu quarto, trancando-a, o que fora péssimo para Oliver, que tentava ainda achar uma forma de hidratar ou alimentar ela. Brooke pensava muito enquanto estava envolto pelas cobertas no meio da escuridão das cortinas fechadas a propocionava. Nada estava confortável, independente de quanto se remexesse na cama, nunca achava uma forma de descansar verdadeiramente.

Sua bexiga doia de forma insuportável naquele ambiente. Fazia agora quase dois dias e meio que não se aliviava. Até tentava as vezes, entretanto, a desmotivação ganhava de lavada. Quando seu corpo não aguentou mais, teve que o fazer, enfrentanto a tontura de se levantar após passar dois dias deitada, sem comer. Ela grunhiu de dor enquanto finalmente o fazia, uma infecção tão potente que a fez lacrimejar os olhos que jaziam a dias na coloração avermelhada.

Aproveitou para limpar seu pulso e o pequeno pedaço de lâmina, ignorando por completo as alucinações de demônios no espelho. Ela não ligava para mais nada, nem diabo, coelho amarelo ou seja lá o que mal a queriam dela, independente se a sequestrassem para o inferno. Ao menos, a dor física que as torturas de lá proporcionariam a fariam esquecer da psicológica que era obrigada a aguentar sem cessar. Até que isso ocorresse, tinha de fazer por conta própria, o que ficava complicado pelo espaço já estar acabado, um desespero para quando uma lembrança forte vir a retornar.

— Brooke, pode abrir para mim? — a voz de Oliver se fez presente do outro lado da porta.

Ela poderia muito bem apenas recusar-se, continuando na efêmera desgraçada cuja não tinha esperança alguma de sair, contando que, até agora, não havia existido nenhum jeito da ciência para reviver pessoas. Todavia, não poderia deixar que seu tio continuasse a sentir-se mal por falhar na recuperação dela.

Quando abriu, fora uma cena bastante engraçada, já que, foi milentricamente certeiro quando o homem se jogou contra a porta para arrombar, porém, Brooke tinha aberto no mesmo momento. Ele caiu com tudo no chão.

— Você fez de propósito, não foi? — disse ele, levantando-se e massageando o ombro que bateu no piso frio. E então, como a melodia da surpresa para seus ouvidos, a risada de Brooke preencheu o ambiente. Inevitavelmente, Oliver sorriu com isso. — Sei que foi.

— Por que você iria arrombar a minha porta? — questionou ainda no meio de uma risada.

— Estava preocupado que você tinha morrido de desidratação ou de fome. — se explicou, levantando-se e indo até o lado de fora, voltando com uma bandeija enorme.

— Eu não 'tô com fome...

— Não quero saber. — a cortou, sem a dar chance. — Você está com fome, apenas não sente animação para se alimentar. Sei como é.

Brooke não queria questionar, porém, sua expressão denunciava a dúvida.

Eu vi os meus pais, e seus avós, serem assassinados na minha frente. Os dois. — disse, a deixando em completo choque. — Não vou entrar em detalhes porque isso te depreciaria mais e não quero despertar nada daquela época, apenas que, realmente já passei pelo o que está passando agora.

— E como saiu disso? — a pergunta soou como um pedido de ajuda.

— Eu tive pessoas que me ajudaram. — seu olhar era de alguém que não queria mesmo reviver aquilo, porém, Brooke precisava mesmo, então sentou-se na cama dela. — Quando aconteceu, eu fiquei em estado de choque. Não chorei, não gritei. Não fiz nada. Apenas fiquei olhando para meu irmão tentando me fazer voltar a uma vida onde nossos pais não estavam mais. Me tornei insuportável quando voltei a realidade. Descontei todas as frustrações em muitas pessoas que só queriam meu bem, tive surtos de raiva e depressivos. Infelizmente, para algumas, jamais terei a oportunidade de sentar e implorar o perdão.

Suspirou para continuar em seguida.

— Por muito tempo me vi como um anti-herói da minha própria história. Eu estraguei minhas próprias relações por conta da minha mente doente. Com o tempo e a ajuda, consegui superar parcialmente o que eu próprio fiz e o que vi acontecer, mas o custo foi alto. — ele levou uma mão para a bochecha de Brooke. — Não vou mentir, a sensação da dor ser como um fluxo do para sempre, é verdade. A dor da perda é a pior que a de qualquer facada, porque não existe cirurgia para que cicatrize. Sempre estará aberta e com o tempo, você terá de trocar o band-aid e rever como a ferida está em você. Até hoje ainda me lembro de como meus pais me olharam quando seus brilhos desapareceram do olhar e choro sim. Infelizmente, eu tive que seguir, independente do sangue ainda estar ali, presente.

Brooke jamais imaginaria isso de Oliver. Era claro que ele beber, transar e se drogar tanto não era a toa. De alguma forma, tudo fez sentido quando a garota se viu naquela posição. Ela era uma cópia de Oliver. A irmã que não era bem vista pela mídia, a que havia enfrentado um trauma enorme, a que se via como anti-heroína da própria história.

— E eu posso ser o seu band-aid. Henry pode, Becky, Vanessa, Brenda, o seu traficante Mark e até mesmo Michael. — Brooke se emocionou fortemente com as palavras de Oliver. Surpreendeu-se quando viu retirar uma carta de seu bolso de trás. — É do último nome que citei. — ele passou a mão pelos cabelos da sobrinha, bagunçando mais ainda, ato que normalmente irritaria Brooke, mas não agora. — Você 'tá fedida. Não toma banho a quanto tempo?

— Desde que minha irmã morreu. — disse seca e Oliver engoliu em seco.

— Muito tempo. Bem, não dá pra ficar nessa situação pra sempre. Vai poluir o ambiente e ocasionar numa aprimoração do aquecimento global. — ironizou e Brooke o fuzilou com os olhos. — Toma banho, come tudo o que preparei, se hidrate e aí sim te deixarei em paz para ler a carta que aposto estar curiosa para saber do que se trata.

A contragosto, a garota caminhou para o banheiro, pegando uma roupa qualquer de seu guarda roupa. A água quente lhe caiu muito bem. Era o que precisava.

Quando estamos em situações de depressão profunda, esqueçamos as coisas que nos fazem bem e quando entramos em contato com ela, sentimos um choque energético por nossa pele. Porém, muito cuidado para não pensar sem querer, por um momento, naquilo que te fez ficar nesse estado. Uma recaída pode vir mais rápido que uma bala.

Brooke saiu do banho, sentindo-se melhor. Até tinha um pouco de energia. Tudo se foi rapidamente quando ela escutou mais uma voz na casa. Ela foi a passos lentos para trás da parede da sala tentar ouvir. Não era Becky ou Vanessa, provavelmente estavam no quarto ou tinham ido a escola. Podia raciocinar a voz de Oliver e de seu pai, entretanto, a de Henry, alterada. Ele provavelmente estava bêbado.

Me desculpa... — ele ficava repetindo essas mesmas palavras várias e várias vezes para Oliver, que tentava achar uma forma de ajudar o irmão. — Deveria ter acreditado em você.

Agora fazia sentido. O que discutiam mais cedo no fatico dia. Oliver acusava William, e agora com a confirmação de Henry a raiva subia novamente em Brooke. Mas por quê? Por que matar uma criança como a Charlotte? Isso não tinha nenhum sentido.

— Nunca deveria ter deixado aquele monstro chegar perto de você antes... — havia rancor e mágoa nas palavras do mais velho. — Não deveria ter deixado acreditado que ele gostava mesmo de você quando apenas abusava de você.

— Henry, William é um desgraçado e odeio ele tanto quanto odeio Elizabeth. — quem era essa mulher? A irmã de Michael? Não tinha sentido nenhum. — Talvez ele até mais, porém, ele não abusou de mim, eu quis no início.

Espera, Oliver já namorou William? Mas que história era essa?

VOCÊ TINHA CATORZE ANOS! — ela se assustou com o berro de Henry. — E ele tinha o quê, mais de vinte? Ele te amolestou!

— Por que você está revivendo esse assunto? — suspirou Oliver.

Porque preciso me odiar. Me odiar por dar uma segunda chance a esse monstro, que além de ter matado todas aquelas pessoas...

— Não se esqueça que temos culpa disso também. — lembrou Oliver. — Todos nós fizemos tudo aquilo.

Agora Brooke acabava de descobrir que seu pai e tio mataram pessoas juntamente a William? Por alguns segundos, beliscou-se, achando estar em um sonho pela falta de lógica de toda a situação.

— Claro... — o homem retomou o que falava anteriormente. — Ele matou os pais de Vanessa. Acho que ele matou a Charlotte porque... — sentiu dor nas palavras de Henry, compartilhada por Brooke com a lembrança. — Bem, olho por olho. Eu retirei a filha dele e ele tirou a vida da minha... Maldito!

O quê?! Vanessa era filha de William? A cabeça de Brooke estava realmente quase explodindo. Como seu pai e tio tinham conhecimento de tantas coisas e não compartilharam com ela?

— Ele vai vir buscá-la. Precisa dela fazendo o que está manipulando Michael para fazer. — ela não entendeu absolutamente nada. — Preciso matá-lo antes disso.

— E quando ele descobrir o outro?

— Provavelmente já sabe, mas prefere focar em um filho primeiro, agora mirou seu foco em Vanessa, então lembre-se de não hesitar em atacar quando ele aparecer aqui.

Ouviu um suspiro da parte de Oliver, em seguida do barulho do sofá recebendo o seu peso.

— Desculpa de novo... Por tudo que te fiz passar antes...

— Para. — interrompeu-o Oliver. — Para de falar como se fosse morrer, seu maluco.

— Sabe que é perigoso o que tenho que fazer...

— Não me interessa! Se eu me esforcei para te perdoar e me perdoar, você precisa se esforçar para ficar vivo pelo menos. Por mim e pela Brooke! — seu tom era o de um sermão. O cérebro de Brooke nem mesmo raciocinou a possibilidade que era seu pai morrer. Era como imaginar o que não existe. Impossível. — Está me entendendo? Não vai morrer hoje e nem nunca se depender de mim.

A mente de Brooke estava um colapso quando se afastou. Poderia ouvir o final do que tinham a dizer, mas já havia recebido informação demais e não estava a fim de descobrir ser adotada. O karma pode ser uma vadia as vezes.

Brooke retornou ao seu quarto, sentando em sua cama e pegando a bandeija, fungindo não estar em completo choque por descobrir tantas coisas de uma vez só. Seu olhar se transformou no de ódio novamente enquanto analisava a carta de Michael, mais especificamente, no "Afton" bordado no final dela, ainda sem ler. Se era realmente William, Brooke não queria que Henry o matasse. Ela que tinha de fazer isso.

— Olha só, bem mais cheirosa. — falou Oliver chegando no quarto, sozinho.

— Pois é. — disse balançando a toalha em sua mão, e fingindo só reparar agora, viu os olhos cermelhos de seu tio. — Estava chorando? Ouvi vozes, tinha alguém aqui?

Brooke pegou a colher e provou a comida com a cara estranha que seu tio fez, percebendo que não era só a aparência que era péssima. Poderia disfarçar, porém fora tão horrível que foi impossível.

— Não, para as duas coisas. — ele fingiu um sorriso. — Na verdade, só o entregador de Pizza. — pegou a caixa e levantou ao ar. — Vamos comer, já que você não tem a arte de apreciar o que é culinária de verdade.

— Culinária para cães? — debochou. — Ou isso, ou matou alguém e me deu de comer. Nunca na vida comi algo tão péssimo. Até as de Becky são melhores, e ela já explodiu a cozinha fritando um ovo.

— Não precisa humilhar também. — revirou os olhos. — Era para ser um Strogonoff...

— Você fez o Strogonoff, comeu ele e depois vomitou nesse prato? — continuou caçoando dele.

— Vai se fuder. — pareceu ofendido.

— Fica assim não. Tem gente que realmente tem zero talento para algumas coisas e em outras são boas. — disse sabiamente.

— E no que eu sou bom? — a desafiou.

Brooke ficou bastante pensativa. Ela sim tinha vários elogios a fazer a alguém tão incrível como ele, entretanto, perderia a graça do humor que estavam agora.

— A maioria das pessoas te acha um gostosão. — pontuou.

— A maioria também é por terem visto o meu nude vazado a uns dois anos atrás. — e aquela revelação sim fez a entrar em choque de vez, com certeza mais nojenta que todas as outras do dia. Sua careta denunciou isso. — Aliás, tenho quase certeza que sua amiga Vanessa esteve pesquisando isso.

— O quê?!

— Estava no histórico do computador. — ele gargalhou, lembrando-se. — Acho que achou. Começou a me olhar estranho depois que descobri isso. Sempre que a encaro ela fica vermelha e sai correndo. É engraçado.

— Que pavor, pelos deuses. — ela se sacudiu, ainda com nojo.

— Vamos logo comer essa enorme pizza. — Oliver gargalhou com gosto pelo olhar arregelado de Brooke com a piada. — Becky e Vanessa daqui a pouco chegam da escola. Vou buscá-las junto com a namorada da ruivinha. Elas querem fazer uma festa do pijama com você.

Brooke assentiu enquanto se acomodava no sofá. Ela estava se sentindo menos depressiva enquanto tentava não pensar em Charlotte. Uma festa do pijama, que ela sempre amou, agora com Vanessa, era uma oportunidade perfeita para ocupar seus pensamentos.

— Enquanto não chega a hora, quer ver um filme? — ela assentiu na mesma hora. — Halloween?

— O Massacre da Serra Elétrica.

— Original ou continuação.

— Não existe outra resposta se não o original, por favor, tio. — disse como se fosse óbvio. — A continuação desse filme é tenebrosa. Destruíram complemente a imagem do Leatherface. Tirou o terror e virou algo que nem consigo por em palavras de tão ruim. Detesto continuações. Só servem para lucrar as empresas, porém, não valorizam todo o trabalho feito no original, e a memória afeituosa vai com Deus quando se depara com o poço de lixo que se tornou e tende a continuar, já que lucro é a única coisa que a indústria se importa.

— Existem nerds acadêmicos. — começou Oliver. — Nerds de filmes, nerds de filmes de terror e nerds de filmes de terror comunistas, que é você.

— Eu tenho a minha marca. — levantou a mão e pegou um pedaço de pizza, ainda encarando a comida com certo receio, enquanto Oliver dava play no filme.

Durante aquele tempo, Oliver não deixou que a garota retornasse ao estado que estava antes. Sempre que a via para baixo ou pensando demais na irmã, tentava puxar assunto ou inventar algo para fazerem, com intuito de distrair a mente dela, e dava muita sorte que a garota era extrovertida porque funcionava bastante.

— Tio. — ela o chamou, dessa vez séria. — Por que meu pai está tão sumido? Quer dizer, eu sei que é pelo luto e tudo mais. Mas eu ainda estou aqui e até agora ele não veio me visitar nenhuma vez e já faz quase duas semanas. — a mágoa por saber que seu pai esteve ali e nem pensou em conferir seu estado foi bastante séria. — Eu sei que sou muito paranoica, mas... ele me culpa?

— É claro que não, querida. — ele limpou uma lágrima que escorria nos olhos dela. Foi muito difícil durante aquelas horas que ficaram ali sentados, não pensar sobre tudo isso que estava acontecendo, e agora atingiu o ponto limite que ela aguentava. — Seu pai é... Como posso explicar? Ele é alguém muito bom e está sempre disposto a acreditar no outro. Entretanto, quando algo o machuca de forma tão séria, ele questiona tudo, e acaba por vezes descontando em quem não tem nada a ver. Ele está afastado porque não quer correr o risco de acabar te deixando pior, mas aconteceria com qualquer pessoa no mesmo ambiente que ele, até se fosse o papa, então te digo, não é você. É que bem, nossa família é toda conturbada.

— Como assim?

— Meio que sempre acabamos fazendo coisas ruins até nas melhores intenções. — disse com pesar. — Nossa mente é completamente fodida. Não era apenas sua mãe que era maluca e precisava de remédios. Seu pai tem transtorno Bipolar e o perigo do luto para ele é esquecer de tomar o remédio, que com ele, é completamente comum. Aposto que você nem apostava isso, não é? — assentiu ela. — E eu, tenho a mesma doença de Melinda. O Bordelaine. Eu me odeio quando lembro que já me humilhei para não ser abandonado por quem já tinha quebrado meu coração. — Brooke pensou em William. — Odeio sentir que tudo é mais intenso. Odeio ainda ter medo de ser abandonado, independente que eu nem namore. Contudo, eu tomo meus remédios e não surto de forma grave há bastante tempo.

Naquele momento, Brooke percebeu que a parte que desde sempre quebrada, não era apenas por Melinda, e sim também por Oliver. Somente nessa história resumida, Brooke pode captar sinais de tristeza, mágoa, revolta e raiva.

— É o Afton, não é? — não pode deixar de questionar. Oliver não pareceu surpreso, apenas assentiu, virando a cabeça para o lado oposto entre lacrimejos. Ainda doía muito lembrar do que lhe foi tirado dele por aquele homem.

Brooke se aproximou e colocou sua cabeça sobre o peito de seu tio, que sorriu acariciando seus cabelos castanhos.

— Nós Emilys, com quedas perigosas em Aftons. — riu Oliver, causando um soco em seu braço e o afastamento e aborrecimento da garota. — Estou brincando, revoltada — o homem deu um beijo na testa da sobrinha e se levantou. — Pode continuar assistindo, ficou hibernando mesmo. Mas já são mais de cinco da tarde e eu preciso buscar as garotas.

Ela finalmente ficou sozinha em casa. Se levantou, sem pausar o filme que estava agora em "A Hora do Pesadelo", para ir até seu quarto pegar a carta. Mesmo que seu ódio por William Afton agora fosse surreal, ainda tinha muita curiosadade para saber o que o seu filho tinha escrito.

"Nada querida Brooke,
Tá, não é o melhor jeito de começar a escrever isso, mas eu sinceramente nem sei como. Estou a um dia pensando sobre que palavras desenhar com a caneta em minha mão. Que coisa poética, eca.
Enfim, indo direto ao ponto, eu quero dizer que sinto muito mesmo, você não faz ideia do quanto estou me sentindo mal, não digo isso da boca para fora, é mesmo real. Eu amava a sua irmã, e meu irmão, Evan, está muito triste. Ele chora o dia inteiro e eu não sei como conforta-lo. Eles eram melhores amigos desde que se entendiam por gente, e recentemente descobri que ele tinha uma paixão infantil por ela, o que deixa tudo mais triste ainda.
Não estou te escrevendo por ele, acho que minha intenção é te fazer sentir-se melhor. Junto com a carta tem um desenho que Evan e Charlie fizeram junto. Eles consideravam a nossa família como uma só, e advinha quem é que oficilizava isso? Incrivelmente nós. Fiquei muito surpreso (e enojado) ao descobrir que eles ficavam horas criando teorias de que nós nos gostavamos. Exatamente. No desenho, é o nosso casamento. Por incrível que pareça eles desenham bem para cacete. Geralmente criança só faz rabisco em cima de rabisco. Tem bastante tons de vermelho porque insistiam em dizer que era nossa cor, alguns são normais, como: vermelho, escarlate, coral, vermelho-laranja, mas alguns acho que inventaram: como carmesin, cardeal, carmin, amarento, e o meu favorito que também foi o que decidiram: bordô.
Eu juro que de todas as vezes que já falei com você, essa é uma das unicas que eu realmente não tenho intenção de tirar uma com a sua cara. Vanessa me contou o seu estado e eu fiquei bastante mal. Não desejaria isso a ninguém. Imagino se fosse Evan no lugar de Charlie. Não estou sofrendo tanto quanto você, mas de verdade estou mal por ela, com Evan eu entraria em desespero, então posso dizer que te entendo. Espero que melhore para que possamos voltar a nos xingar normalmente.
E eu também não vou conseguir esquecer o que aconteceu naquela sala e sei que mesmo que você tente, também não.
Fica bem, Bro, de Michael."

— Uau! — apenas conseguiu dizer isso ao terminar. Foram muitas emoções.

Ela pegou novamente na cara e abriu o pedaço de papel maior, deparando-se com a gama de cores, principalmente o vermelho, que jamais chutaria ser uma criança que fez. Era simplesmente uma obra de arte. Sempre soube que sua irmã amava desenhar, mas àquilo era simplesmente surreal. Nem mesmo ficou enojada por estar, de um vestido branco lindo, beijando Michael, com aplausos de todos, incluindo de seus pais, Oliver, Becky, e os próprios autores.

Uma lágrima escorreu pelos olhos dela, indo até o desenho e o molhando brevemente. Logo tratou de fechar para ter a certeza de não o destruir.

— Obrigada, Mike.

𓄹⸼ ⊹ ִ  notas finais:

I. o capítulo ficou gigantes, mas sei que cês amam, bando de putiferos. enfim, eu simplesmente amei a relação da brooke e do oliver, ainda acho que é uma das melhores, se não a malhor relação de WTD. simplesmente isso:

(colocaria a Charlotte mas decidi botar só os vivos)

II. o que acharam do capítulo? Teorias? Sei que soltei muita bomba então quero saber o que têm a pensar sobre elas. é isso, se ainda não votaram, votem e nos vemos no próximo, bjus favs 💋.

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