[ Ele também era interessante para Tzuyu ]
Naquela manhã, todos se juntaram para o almoço. O rei, a rainha, Yiren, Tzuyu, Yuna e Hueningkai. Tudo em perfeita harmonia... ou não.
Yuna estava impaciente, batia sua perna em baixo da mesa sem parar. Toda a briga que teve com o Kamal reprisava em sua mente.
⎯ Você está bem? ⎯ Tzuyu sussurra para a mais nova.
⎯ Estou, estou ótima, não consegue ver? ⎯ toda a ironia cai sobre as suas palavras.
⎯ Pois é melhor mudar essa expressão de felicidade pois a rainha está só a encarando. ⎯ Yuna força um sorriso.
⎯ É o meu primeiro almoço em décadas com visitantes. ⎯ a rainha fala animada. ⎯ isso é realmente ótimo, o que está achando da comida querida Yuna?.
⎯ Muito agradável, a senhora tem ótimos cozinheiros.
⎯ Não me chame de senhora, somos da família agora, me chame de Emma, que é o meu nome. ⎯ Yuna achou aquilo muito interessante pois esquecerá que a rainha não é coreana e amou seu nome.
⎯ Seu nome é muito lindo, qual era o sobrenome antes de se casar com o rei? Os americanos têm nomes muito diferentes.
⎯ Era Anderson, Emma Anderson. Mas agora sou Huening Emma. ⎯ a rainha fala com orgulho.
⎯ Simpatia fingida. ⎯ Yuna escuta a voz de Hueningkai e logo seus olhos reviram.
⎯ O que disse filho?. ⎯ Hueningkai balança a cabeça.
⎯ Nada mãe, nada demais. Só estou achando o clima do almoço muito agradável.
⎯ Ah sim e... ⎯ A rainha encara o pescoço do príncipe. ⎯ o que é isso no seu pescoço? Está machucado?.
Hueningkai toca no lugar indicado pela mãe e encara Yuna que baixa a cabeça envergonhada. Bendita hora que morderá o pescoço do Kamal.
⎯ Foi abelhas... benditas abelhas, tão brutas. ⎯ Hueningkai provoca Yuna com o olhar.
⎯ Isso é horrível filho, mostre isso ao médico.
⎯ Está tudo bem mãe, não foi tão sério assim, se tivesse sido eu já teria resolvido o problema. ⎯ Yuna estava cansada de tanto revirar os olhos.
⎯ Está mais para marca de dentes. ⎯ Mingyu que ajudava na mesa comenta fazendo Kai o beliscar.
⎯ Bom... agora que comentou. ⎯ Sua mãe encara mais e Hueningkai tampa a ferida.
⎯ Está tudo bem mãe, não se preocupe, irei acabar com essa ameaça tão furtiva logo logo. ⎯ Yuna sentiu a ameaça sobre si, mas como disserá, não irá deixar esse príncipe mimado a abalar.
*
Tzuyu, diferente da irmã, não tinha um príncipe para brigar e nem uma Dama de companhia então o que a restava era andar pelo castelo a procura de afazeres para si manter ocupada.
Tzuyu odiava ficar quieta demais mas o que a deixava mais nervosa ainda era ficar sem seus livros. Não deu para Tzuyu os trazer por conta da mala pequena, e isso a deixava muito triste.
Andando mais pelos corredores, Tzuyu achou uma grande porta velha e acinzentada mas era como se pudesse sentir o cheiro deles então a abriu e como seu sexto sentido nunca falha, Tzuyu se dá de cara com a biblioteca do castelo.
Seus pulos de alegria mostrava o quanto estava feliz com a descoberta. Todo castelo tinha um e o de Pérsia com toda certeza tinha a maior biblioteca que Tzuyu virá em toda a sua vida.
Encantada com toda a extensão e diversidade de livros do lugar, ela não via a hora de escolher aqueles em que queria devorar por inteiro naqueles dias que passará no castelo.
Enquanto carregava uns três livros que havia encontrado ela é surpreendida por Mingyu apontando uma espada para ela. Por conta do susto, Tzuyu deixa todos os livros caírem no chão.
⎯ Ah meus Deus! ⎯ Ela respira fundo ao ver que era Mingyu. ⎯ Que susto que me deu.
⎯ Perdão princesa, pensei que seria um invasor. A porta estava aberta e ouvi barulhos.
⎯ Isso é uma biblioteca, não é normal vir aqui?.
⎯ Não sei como é isso no seu castelo mas aqui princesa, ninguém pode entrar. É uma zona proibida. ⎯ Tzuyu congela.
Por isso que o lugar está nessas situações. Ela pensou.
⎯ Oh... é proibido? Mas por que? Não me diga que os livros atacam pessoas aqui, eles dão chicotadas com suas palavras? ⎯ Tzuyu ri de sua piada mas Mingyu não, ao ver a seriedade no guarda ela se recompõe.
⎯ O motivo não foi revelado, o rei fechou esse lugar. Então creio que a senhorita não possa ficar aqui.
⎯ Ah sim... ⎯ Tzuyu encara todos o livros com dor no coração. Se via tão animada ao encontrá-los.
⎯ Se preferir... posso levar alguns livros aos seus aposentos. ⎯ Logo o brilho de Tzuyu voltou.
⎯ Sério?! ⎯ Ele assenti. ⎯ Isso é ótimo! Eu iria adorar.
⎯ Só poderei levar um por dia.
⎯ Está mais do que o suficiente.
⎯ Qual preferi?. ⎯ Ela pega um dos que caíram no chão.
⎯ Esse!.
⎯ Pode levá-lo, amanhã irei buscá-lo e entregar outro. Consegue lê-lo em um dia?.
⎯ Me pergunte se não conseguirei lê-lo em três horas. ⎯ Os dois sorriem.
⎯ Isso é interessante, você é interessante. ⎯ As bochechas de Tzuyu logo coram.
Para Tzuyu ele também era interessante, era o primeiro que não a olhava torto ou criticava sua mania de leitura. Ele não a estranhou, ele até apoiou a dando permissão aos livros. Ele também era interessante para Tzuyu.
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