[ É como Hueningkai realmente disse: se eu tenho algo para fazer, que faça logo]
O dia foi um completo saco para Yuna. Ela e Hueningkai não tinham um encontro no dia pois ele estaria muito ocupado e sua irmã passava boa parte do tempo com Mingyu e os livros. Yuna foi em direção ao jardim, analisando mais uma vez aquela pequena plantação de Jasmim. São flores tão delicadas, lembrava a Rainha Emma. Parecia que algo estava fora dos eixos para Yuna, não parecia ser algo bom.
⎯⎯ Irmãzinha! ⎯⎯ Tzuyu pulou nas costas da irmã.
⎯⎯ Ah nossa! Lembrou que tem irmã?.
⎯⎯ Nossa... não fale assim.
⎯⎯ Parecia que somente o Mingyu e os livros existiam no seu mundinho.
⎯⎯ Oh... não seja tão ciumenta! ⎯⎯ Tzuyu beija a bochecha da mais nova que faz careta. ⎯⎯ Vamos, me conta tudo, o que está acontecendo?.
As duas se sentam no banco mais próximo, em meio às Jasmim e as gardenias.
⎯⎯ Não sei... está tudo tão estranho. Eu estava com Hueningkai andando pelo local até que houve um acidente com uma criança e o garoto simplesmente me pediu para ser sua Rainha.
⎯⎯ Ownnt! Que fofo.
⎯⎯ Não, Tzuyu, eu nunca quis ser Rainha.
⎯⎯ Eu sei meu amor, mas isso não pareceu incômoda-la.
⎯⎯ Meu pensamentos reconsideraram. Eu não queria mas...
⎯⎯ Você pensou. Você quis, mesmo que seja por um momento.
⎯⎯ Não pensava que ser Rainha era tão especial assim.
⎯⎯ Olha, dê um tempo, pense mais no assunto, com calma. Sem pressa. Aliás, você tem tempo demais para pensar, eu vou assumir o trono e você e Hueningkai não vão se casar de verdade. Você não será Rainha tão cedo. Tem tempo o bastante para pensar.
Yuna parou. Era verdade, ela tinha tempo o bastante para pensar.
A princesa passou o resto do dia inteiro com sua irmã, aproveitando os últimos momentos, e logo sentiu uma dor no meu peito ao se imaginar sem Tzuyu naquele longo e vazio Palácio.
*
Ao ouvir quatro batidas na porta Tzuyu atendeu com um sorriso no rosto, pois sabia que era Mingyu voltando para recolher os livros.
⎯⎯ Tem bastante, ainda bem que trouxe uma cesta. ⎯⎯ Ele coloca a cesta na mesa e começa a organizar os livros.
⎯⎯ Obrigada, você tornou a minha estadia nesse castelo melhor.
⎯⎯ Não precisa agradecer, fico feliz que tenha gostado.
⎯⎯ Vou sentir falta daquela biblioteca...
⎯⎯ Você pode... vim visitar sua irmã, não é?.
⎯⎯ Talvez eu consiga convencer a minha mãe disso.
⎯⎯ S-Seria ótimo.
⎯⎯ Quer que eu volte? ⎯⎯ o guarda para o que está fazendo e encara Tzuyu ansiosa apertando a barra do vestido.
⎯⎯ E-Eu... eu preciso fazer isso. É como Hueningkai realmente disse: se eu tenho algo para fazer, que faça logo.
Tzuyu ficou extremamente confusa, Mingyu tocou na mão da morena, a puxando aos poucos para si. Sua mão desocupada parou na bochecha dela, a acariciando.
⎯⎯ Sei que eu não posso... que não podemos mas... não sei quando nos veremos novamente, e eu só... queria você.
⎯⎯ Min...
⎯⎯ Está tudo bem, só tem a gente aqui. É a nossa despedida.
Tzuyu sentiu seu estômago embrulhar. Passará tão pouco tempo ali mas já sentia que sentiria a falta de Mingyu pelo resto da sua vida, ela estava começando a se apaixonar por ele. E ele estava certo, o casamento é de mentira, logo após, nunca mais irão se ver.
Tzuyu abraçou o guarda que não hesitou ao fazer o mesmo. Os dois se encaram mais uma vez, sentia dentro do olhar um do outro que aquilo era forte demais para ser tão passageiro. E assim, Tzuyu o beijou. Era para ser o seu primeiro mas o fez com a mesma intensidade que um último beijo.
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