
sudden regret | 𝓒𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟑
— CAPÍTULO TRÊS. | TEMPORADA UM.
atualmente | Nova Iorque.
❝ arrependimento súbito. ❞
QUANDO REBECCA BRUTO DESAPARECEU HÁ OITO ANOS ATRÁS Anya tentou ajudar, ela ficou semanas a procura de respostas, fez questão de ir até a Vought um ato que ela odeia, caçou por informações e nada. Todos os funcionários diziam a mesma mesma coisa, que ela era uma excelente profissional e não sabiam do seu paradeiro, que ela apenas deixou de ir trabalhar.
Ela foi a polícia, com seus recursos tentou ficar dentro da investigação o máximo que pode. Rebecca foi uma de suas únicas e a mais especial amizade que poderia ter, ela não deixaria seu desaparecimento em vão. Mas messes se passaram, Anya estava triste e agoniada, tinha uma filha e uma vida que não poderia parar.
Semanas após se distanciar um pouco e se afastar do caso, William Bruto, ou melhor, Billy Bruto. O marido de Becca, bateu em sua porta tarde da noite.
Anya e ele nunca antes foram tão próximos e no máximo eram colegas, conviveram poucas vezes mas entendiam o papel de cada um na vida de Becca.
A Blanchet deixava ele sempre inteirado na investigação, eles acabaram até se aproximando um pouco por conta do trágico ocorrido. Então ela não estranhou ele bater em sua porta após as 23hrs da noite, as vezes ele só precisava de apoio e uma palavra amiga.
Mas não era nada disso.
Ele praticamente pulou em cima dela a pegando pelo pescoço e tacando na parede, Anya deu sorte de Meadow estar com pai, se não ela teria ouvido tudo.
A loira é uma super, foi fácil contê-lo, ela praticamente o tacou na parede usando apenas uma mão.
Mas então segundos depois ela escutou a pior sequência de frases que poderia ouvir em sua vida, Bruto a culpou pelo desaparecimento de Becca, dizendo que se ela sabia como é hostil o ambiente da Vought, por que não a impediu de trabalhar lá? Anya se perguntava isso todos os dias. Eles discutiram tanto um com outro que extrapolaram e disseram coisas que não precisam ser ditar em voz alta.
Anya berrou e pela primeira vez deixou que alguém de fora a visse vulnerável, merda. Ela já se culpava todos os dias por milhares de coisas e agora isso, ela já se culpava sobre isso sozinha e não precisava de Bruto jogando isso em sua cara.
Ela deixou claro que odeia a Vought tanto quanto ele, mas foi em vão. Ele saiu da casa tão abalado quanto entrou e desde então, Anya nunca mais havia o visto novamente.
Até agora.
─── Que porra você tá fazendo aqui? Fica aí. ─ Anya falou brava erguendo a mão.
Rapidamente seus olhos tornaram a cor cinza brilhante, deixando claro que se ele se aproximasse mais sofreria as consequências.
─── E você vai fazer o que? Me partir ao meio em um estacionamento cheio de câmeras? ─ Ele falou irônico ─ Estragar sua identidade que já está escondida há anos? Ah, xuxu! Você é mais inteligente que isso.
Anya sentiu seus olhos voltarem ao normal aos poucos quando observou as câmeras de segurança espalhadas pelo lugar. Inferno.
─── Mãe? ─ A voz alta de Nate se fez presente.
A loira se virou vendo o menino com a cabeça para fora da janela e Meadow abria a porta se colocando de pé, a adolescente tinha um olhar franzido observando o homem de longe.
─── Filho novo? Esse veio a cara do pai. ─ Falou com sorrisinho zombeteiro observando os dois ─ Fala aí, Mae! Ta grandinha, ein filha?! ─ Exclamou vendo a adolescente o olhar confusa.
Anya revirou os olhos.
─── Crianças no carro, agora. ─ Mandou firmemente.
Mesmo retraídos eles obedeceram, mas não deixando de olhar protetores pela mãe através dos vidros do carro.
Anya andou em passos decididos e firmes, pegando o homem pelo braço tendo muito mais força que ele o arrastando para longe do veículo.
─── Não fala com meus filhos, idiota. ─ A loira avisou mostrando toda sua fúria ao soltá-lo ─ O que você tá fazendo aqui? ─ Perguntou direta.
─── Eu ia dar uma passadinha na sua casa, mas você mudou de endereço. Te encontrar aqui foi sorte do destino. ─ Bruto dizia com sorriso convencido até ele sumir aos poucos vendo a expressão fechada de Anya ─ Preciso de ajuda, você me deve isso. ─ Pediu mais sério.
A Blanchet o olhou com desdém.
Lhe deve? Me poupe.
─── Ajuda? Você me atacou. ─ Anya lembrou ─ Tem sorte de estar respirando.
─── Você odeia a Vought assim como eu.
Ela sentiu seus ombros caírem, tudo que envolvia aquele lugar é como se tocasse em uma ferida aberta.
─── Você odeia Super. ─ Anya agora dizia calma ─ Eu sou super. ─ Olhou irônica enquanto cruzava os braços ─ Eu odeio a Vought mas não quero me meter com eles, tenho filhos que precisam de mim. Seja lá o que for a merda que tá planejando, me tira fora dessa, eu quero permanecer viva. ─ Falou firme.
Anya lhe deu um último olhar sem importância, antes de se virar e caminhar em passos decididos até o carro.
A Blanchet havia saído do mundo heróico mas sempre teve olhos e ouvidos neles, soube que Bruto esteve e está atrás da Vought por anos em busca de respostas. Ela também queria ser assim, mas tem pessoas que precisam dela, ela pode estar sendo egoísta no que pensa, entretanto, precisa viver sua vida e não pode parar pelo desaparecimento da amiga.
Obviamente ela queria ferrar com a Vought, porém
Ter sua vida calma e pacata por conta de seus filhos era uma regra número um em sua lista, ela não se meteria em besteiras. Apenas se fosse realmente para por um ponto final nisso.
Exatamente o que Bruto quer.
Ele bufou irritado vendo a mesma se afastar. Mulherzinha difícil. Pensou sabendo que precisaria apelar.
─── Nem se pudesse acabar com Vought?
Anya parou de andar. Uau. Essa é uma proposta tentadora. Se fosse feita há alguns anos atrás ela chamaria a pessoa de louca, mas agora faz total sentido.
Para ela essa empresa é a pura ilusão do mundo de heróis, apenas uma camuflagem para o público de que esse meio é incrível. Mas é uma merda. Se pudesse dar um fim nisso, garantindo que ficasse longe de seus filhos, sua família ou de qualquer pessoa.
Ela aceitaria sem pensar duas vezes.
Anya se virou sua expressão estava mais suave mostrando que sua guarda havia abaixado, Bruto deu um riso satisfeito dando alguns passos até ela.
Quem ela iria enganar? Estava escondido.
Tem sede de vingança.
─── Quem tá envolvido nisso? ─ Anya perguntou com um calmo suspiro.
─── Uns caras... Bem, nosso querido Trem-Bala matou a namorada de um e agora tá cheio de merda até o cu fazer bico. Conseguimos umas informações boas pra cacete. ─ Contava anulando alguns detalhes que haviam acontecido recentemente.
Trem-Bala? Essa era nova. Anya sabe que ele é um otário de primeira classe, mas geralmente quem fica envolvido em matança acidental é o escroto do Capitão Pátria. Na verdade, todos eles ficam. Com sangue inocente nas mãos há mais tempo que poderiam contar.
─── E o que quer de mim? ─ Perguntou se dando por vencida.
Bruto sorriu zombeteiro.
─── Vai descobrir, nesse endereço as cinco. ─ O homem avisou puxando um pequeno cartão de seu bolso estendendo para ela ─ É um trailer pitoresco no final da rua, vai achar fácil. Loira.
A mulher pegou o cartão de sua mão e fez careta vendo o papel meio sujo com as letras legíveis porém esquisitas.
─── Sem atrasos. ─ Pediu com sorrisinho.
Anya olhou dentro de seus olhos, com a expressão mais irônica que poderia lhe dar.
─── Vai se foder.
A mulher bufou lhe dando as costas ouvindo sua risada baixa, ela caminhou rápido até o carro pensando na loucura que havia acabado de aceitar.
Preciso achar o Translúcido. Isso piscou em sua mente.
Seja lá o que ele esta planejando fazer com a Vought, não poderia prejudicar o pai de seus filhos. Ele era o único dali que Anya prezava que saísse inteiro, afinal, tem pessoas que precisam dele. Não consegue nem imaginar como Meadow ficaria se algo de mal acontecesse com o pai.
A loira abriu a porta do carro, sentando-se e batendo a mesma irritada colocando o papel no bolso da calça e depois colocando o cinto de segurança com movimentos bruscos.
─── Mãe. ─ Nate chamou retraído vendo a mesma irritada ─ Quem era ele? ─ Perguntou curioso.
Meadow olhou curiosa do banco de passageiro, vendo o quão brava sua mãe está.
─── Era o marido dela, não era? Da tia Becca...? ─ Falou de forma baixa.
Anya pareceu sentir o assombro passar por seu corpo e assentiu arrasada.
─── Quem é Becca? ─ Nate indagou confuso.
Diferente de Meadow, que conheceu Rebecca e chegou até conhecer Billy. Nate não os conhecia e pouco se ouvia falar.
Mae quando era criança esteve na semana que ficaria com Anya, mas a mulher precisaria comparecer em uma reunião e Becca acabou se oferecendo para passar a tarde com ela.
Foi onde Meadow conheceu Bruto, ele foi um cara legal com a mesma lhe oferecendo uma rosa de papel no restaurante que almoçaram. Essa era a vaga lembrança que tinha dele.
Anya não conversava sobre ele ou sobre Becca, então ela não fazia ideia de que sua mãe agora parecia não gostar do homem pela forma que os bisbilhotou do carro.
Quanto a Nate, ele não conheceu Rebecca. Na época em que Anya o adotou a mulher já iria fazer um ano de desaparecimento.
─── Uma amiga. ─ Respondeu Anya a pergunta do mais novo com um sorriso triste ─ Preciso deixar vocês com a vovó hoje a noite, tudo bem? ─ Avisava ligando carro.
─── Onde vai? ─ Meadow perguntou curiosamente.
─── Resolver algumas coisas. ─ Contou minimamente ─ Tudo certo para você, meu amor? ─ Olhou o filho pelo retrovisor.
Nate franziu o nariz e em seguida deu um sorrisinho fazendo a mulher sorrir, Meadow se remexeu desconfortável enquanto se encolhia no banco e escutava eles engatarem em um papo sobre a corrida.
Ela tinha certa inveja da relação dos dois, sempre foi mais próxima do pai mas desejava ser próxima de Anya também. Porém, parecia que uma certa barreira sempre a impedia disso.
Meadow respirou fundo ouvindo Anya rir de algo que Nate havia dito, ela pegou seus fones de ouvido no bolso colocando rápido e se dando por agradecido por estarem conectados ao bluetooth e a voz de Tyler the creator soar em seus ouvidos.
Desejava baixinho que seu pai estivesse seguro pois precisa do mesmo, para conselhos, segurança, ou até mesmo desejar carinho paterno em momentos como esses.
ANYA SENTIA QUE HAVIA DADO DOIS PASSOS PARA TRÁS NA SUA VIDA APENAS POR ACEITAR A PROPOSTA DE BRUTO. O que ela faria? Não é mais uma super-heroína. Seja lá no que ele precisar de ajuda, ela tentará sair de fininho apesar de sua curiosidade a fazer sair de casa. A mulher dirigiu por alguns minutos até chegar no endereço que ele havia passado, um beco sem muitos holofotes escondido no centro de Nova Iorque.
Ela estacionou seu carro metros longe do trailer e já fez uma careta ao ver o veículo que parecia cair aos pedaços, não pode deixar de pensar que deva ser uma verdadeira espelunca em seu interior. Retirou os cintos, pegando seu celular e suas chaves, ao sair do veículo ela o desligou no pequeno botão da chave em sua mão e caminhou em direção ao trailer.
Colocou o celular no bolso da calça preta jeans que veste e as chaves no bolso de sua jaqueta preta, usava também uma regata cinza e seus cabelos platinados estão presos em uma trança lateral como de costume. Quando chegou na frente do veículo, Anya bateu na porta três vezes e esperou.
Uma brecha se abriu e um homem branco com cabelos escuros, barba rala e semblante curioso surgiu. Ele segurava uma pistola tentando a esconder atrás da porta, mas não funcionou já que Anya viu e no mesmo momento revirou os olhos impaciente.
─── Eu vou enfiar essa pistola no seu cu se não abaixar isso. ─ Ameaçou tranquila.
O homem ergueu as sobrancelhas surpreso e antes que pudesse responder algo, Billy Bruto arreganhou a porta do veículo e sorriu convencido olhando Anya.
─── Olha só quem veio, passarinho da paz. ─ Disse com ar de superioridade e um sorriso ladino totalmente convencido ─ Que prazer te encontrar aqui. ─ Implicou.
─── Imenson... ─ Anya ironizou carrancuda.
Claro que ela viria. Anya e Bruto nutrem certo ódio um pelo outro mas tem um propósito em comum que os unia.
Raiva incomum pela Vought.
Ele abriu mais as portas e a mulher subiu o pequeno degrau entrando no trailer, haviam mais dois homens com eles mas Anya nem sequer prestou atenção. Estava muito ocupada julgando o estado do ambiente e higienização do lugar.
─── Quando você disse 'trailer pitoresco'... Eu imaginava algo melhor do que essa pocilga. ─ Falou com desdém se virando para o homem que trancava as portas do trailer.
─── Ah! Querida. ─ Bruto debochou ─ Me perdoe se não está de acordo com o que vossa majestade deseja. ─ Fez uma leve reverência.
─── Se higiene básica é algo estranho para você... sinto muito, Shrek. ─ A platinada alfinetou fazendo o sorrisinho do homem sumir.
Anya sorriu ardilosa e o homem a olhou sem paciência alguma, enquanto os três homens no recinto a olhavam com feições curiosas e um deles até divertida por ver a dinâmica entre os dois.
Eles não sabiam que Bruto havia chamado ou muito menos adicionado mais uma pessoa em sua pequena 'equipe'.
─── A gente tá adorando o showzinho. Mas qual é, Bruto? ─ O homem negro sentado à frente do computador chamou curioso ─ Quem é essa aí? ─ Perguntou direto.
Bruto suspirou colocando um sorriso no rosto, ameaçou pegar nos ombros de Anya para a apresentar. Porém, a mulher lhe deu uma cotovelada e ele resmungou irritado, colocando um sorriso forçado no rosto.
─── Anya, esses são, Francês, Hughie e Leitinho. ─ Apresentou apontando para cada um deles ─ Pessoal, essa é a Anya. Nossa amiguinha que vai nos ajudar, por conhecer esse mundinho sujo. ─ Falava irônico apontando para a mulher ao seu lado.
Anya cerrou os olhos olhando Hughie, eles trocaram breves olhares em cumprimento. O cara da loja de eletrônicos? E também o fotógrafo que estava com a luz estrela. E agora, o cara que está metido em seja lá qual merda Bruto tenha arrumado desta vez.
A Blanchet tem várias habilidades, como super força, visão raio laser e a principal de renascer, mas a menos mencionada e a sua favorita é de sentir as pessoas sem ao menos toca-las. Anya sentiu Hughie. De todos no ambiente ele é o que mais exala nervosismo e medo.
Pobre coitado. Um medroso? Ela teve que prender o riso que ameaçou soltar. Estava prestes a se apresentar também quando Bruto a impediu.
─── Ela é uma super.
A platinada arregalou os olhos vendo a postura dos três que a observavam mudar, Leitinho deixou seus músculos rígidos e sua expressão se tornou mais dura.
Francês tinha uma feição ainda curiosa, se perguntando mentalmente quem ela poderia ser e o que faz.
Quanto ao Hughie? Céus. Ele engoliu seco e parecia explodir de medo.
─── Tá de sacanagem? Trouxe uma super? Sabe que ela pode entregar a gente, não sabe? ─ Leitinho exclamou ao gesticular nervoso e irritado.
─── Ela não vai, tá na merda igual a gente, tá legal? ─ Bruto revirou os olhos.
Anya tossiu.
─── Na merda igual a vocês um caralho! Eu nem sei com o que estão metidos. ─ Defendeu-se bravamente ─ E outra, não vou contar para ninguém. Tenho outras coisas com que me preocupar. ─ Respondeu com uma segurança implacável.
─── Ah! É? Tipo o que? ─ Leitinho ironizou ainda não confiando na mulher.
─── Tipo com o que o carinha da loja de eletrônicos tá fazendo aqui. ─ Anya falou curiosa olhando Hughie que arregalou os olhos vendo todos olhando para o mesmo ─ Você vendeu um vídeo-game para meu filho não tem nem dois messes. ─ Acusou firme lembrando-se do ocorrido.
─── Moça, olha, e-eu...
─── O garoto é um dos nosso agora. ─ Bruto o cortou.
─── E você tava dando em cima da luz-estrela. ─ Lembrou a platinada com um sorrisinho.
─── Que?! Eu? Não, imagina. ─ Hughie riu nervoso erguendo as mãos ─ Eu e a Annie somos só amigos. ─ Falou descontraído.
─── Annie? ─ Anya sorriu zombeteira.
Hughie ficou completamente vermelho, Anya riu alto feito uma criança implicante enquanto Leitinho revirou os olhos voltando sua feição ao computador. Bruto não deixou de olhar Hughie achando suspeito sua reação, eles usariam Luz-Estrela como uma espécie de laranja e se aproveitariam de informações privilegiadas.
Ele não deveria ficar vermelho. Não, não mesmo. Isso não pode acontecer.
Bruto estava prestes a puxar para realidade quando Francês o impediu correndo para frente deles, abraçando Anya e praticamente se jogando nos braços da mulher a fazendo dar um gritinho assustado.
─── Eu sabia, eu sabia, eu sabia... não me esqueceria dessas madeixas nunca. ─ Francês com um forte sotaque francês. Dizia animado se afastando da mesma e segurando seu rosto e apertando suas bochechas vendo a careta da mulher ─ Fênix De Prata! Eu sou o maior fã do seu cabelo, mon chéri. ─ Contou com leve sorriso.
Anya desfez a careta do rosto e afastou as mãos do mesmo, ela deu um sorriso sem graça e sentindo-se envergonhada.
─── Calma... tu é a esposa do Translúcido? ─ Leitinho perguntou alarmado.
─── Ex-esposa. ─ Anya respondeu com um suspirar.
Os três novamente tiveram reações diferentes, Leitinho respirou fundo fazendo sinal de negativo enquanto olhava Bruto no canto do trailer. O homem deu de ombros despreocupado.
Francês engoliu nervoso e deu um passo se afastando dela lembrando-se desse detalhe, quanto a Hughie.
Esse daí sentiu que poderia desmaiar.
No entanto, Anya estava ainda se recuperando do abraço de Francês e de sua vergonha que se quer notou suas reações.
─── Tá legal, chega de falar da minha vida pessoal. O que estão fazendo? ─ Perguntou caminhando até Leitinho e visualizando o computador do mesmo.
O homem olhou todos eles, Hughie sentia suas mãos suarem e seu coração bater rápido enquanto o nervosismo fazia parte de seu corpo observando a mulher chegar perto do mesmo. Puta merda. Todos nesse trailer estão unido por um propósito.
Mas a forma como se juntaram é diferente, tudo começou porque Hughie Campbell perdeu sua namorada para um trágico acidente que envolvia o Trem-Bala. Coincidência ou não, foi no mesmo dia que ele viu Anya pela primeira vez.
Após atende-la na loja de eletrônicos, Robbin, sua falecida namorada, apareceu por lá como de costume. Eles foram almoçar enquanto discutiam coisas do cotidiano, com clima leve e alguns sorrisos apaixonados. Até a mulher sair da calçada e descer ao meio fio sendo atropelada por Trem-Bala que levou seu corpo todo embora deixando apenas as mãos da mulher no corpo petrificado de Hughie. Essa porra de cena o traumatizou e o perseguirá por anos.
Um tempo depois Bruto apareceu na sua vida, com um plano para acabar com a Vought e o homem mesmo retraído topou.
Se enfiando em uma merda.
Billy o fez aceitar a proposta de 'paz' com a indenização que ofereciam apenas para ir até a torre e eles conseguirem plantar uma escuta, isso ocorria bem. Se Meadow não fosse mais inteligente que eles.
Ela viu toda cena por Hughie plantar a escuta no banheiro errado, entregou a seu pai e Translúcido viu a imagem do homem na câmera de segurança e saiu em busca do mesmo. O que ele não imaginava é que seria pego, muito menos morto. Cheio de bomba no rabo.
Francês entrou no plano quando Hughie e Bruto o capturaram, eles tentaram matar o homem de qualquer forma e maneira mas não conseguiram. Porém, Francês ao assistir um documentário sobre tartarugas notou.
'Ele é mole por dentro.'
E essa foi a deixa para o apagarem e encher o rabo do mesmo de explosivos, Translúcido ao acordar obviamente ficou apavorado e falou meia dúzia de informações que sabia sobre o Trem-Bala. Estava prestes a abrir mais o bico quando Capitão Pátria apareceu por perto. Bruto e Francês saíram em busca de despistar o super enquanto Hughie ficou com Translúcido.
O Campbell entrou recentemente nesse mundo, ele é sensível e frágil. Num jogo de persuasão, Translúcido conseguiu que ele abrisse sua cela e assim ele saiu dela.
Estava caminhando pela sala prestes a chegar na porta de entrada sumindo de novo, e então Hughie lembrou de Robbin.
E apertou o botão dos explosivos.
Translúcido, suas vísceras, seus rins, sangue e sua dura pele voaram para todos os lados.
Ele matou Translúcido.
Hughie Campbell matou um super.
E foi assim que Leitinho foi convencido a estar com eles, obviamente ele também tem seus motivos para odiar a Vought e seus determinados super heróis, querendo que eles acabem. Mas agora naquela sala, olhava para Bruto reprovando total sua ação da adição de Anya.
Ela é uma super.
Uma super ex-esposa do cara que eles mataram.
Mãe da filha dele.
Hughie olhava ela completamente nervoso, passou a mão por sua testa sentindo seu suor frio. O que ela faria se descobrisse que foi ele? Porra.
Bom, eles são ex-maridos certo? Hughie pensava ao tentar se acalmar. Ela deve odiar ele, precisa odiá-ló. Só assim ela não odiaria a ele e pior. Se ela quisesse vingança?! A mente do pobre jovem está em colapso com essa hipótese.
─── Puta que pariu. Essa é a lâmina? ─ Anya xingou incrédula olhando a tela do computador.
Lâmina era uma das super que infelizmente não tem credibilidade alguma no mundo heróico, mas a Blanchet reconheceu a mesma por se lembrar do tennager kicks que a mulher participou.
─── Caraca meu. ─ Billy falou surpreso vendo a cena no monitor.
Bruto e os demais se aproximaram totalmente incrédulos com que viam, Lâmina fazia agachamento no supino com diversas anilhas de academia possivelmente carregando até uma tonelada. O que é impossível para ela, já que suas habilidades não incluem super força.
─── Eu te falei. ─ Leitinho falou despreocupado já que foi o primeiro ver a cena ─ Ela está assim a uma hora. ─ Contou virando-se e direcionando seu olhar afiado para única mulher presente.
Anya franziu o cenho olhando ao redor e erguendo dedo levando ao seu peito perguntando se era com ela mesmo fazendo o homem revirar os olhos.
─── Tu mesmo, colega. ─ Leitinho falou sem paciência vendo ela sorrir envergonhada ─ Já que é super, sabe que porra é o 'composto V'. Não sabe? ─ Olhou sugestivo.
Ela rapidamente assentiu.
─── É a nossa cocaína. ─ Respondeu com um riso irônico voltando observar lâmina ─ Tem Super que toma isso só para dar uma turbinada, nunca testei. Ela tomou isso? ─ Perguntou inocente observando a cena ao computador.
─── Uma dose enorme.
─── Vicia. ─ Anya falou com certa pena olhando a mulher transtornada ─ Como sabia que ela tomaria isso? Aliás, como instalaram câmeras na casa dessa coitada? ─ Perguntava com certa descrença ao se dar conta.
─── Nosso amigo Hughie, aqui. ─ Bruto olhou com certo orgulho ─ Fingiu que ia fazer um servicinho de instalação de internet na casa dela e a mocreia caiu direitinho. ─ Deu batidinhas no ombro do mesmo.
─── Parabéns?! ─ Anya exclamou com certo deboche.
Ela olhou o jovem vendo ele tentar forçar um sorriso sem graça e falhando miseravelmente ao assumir uma expressão arrependida.
─── Estão vendo a malinha vermelha, bem ali? ─ Leitinho explicou apontando para uma das câmeras que estavam no quarto bem visando a cama da mulher ─ Eu sou malandro suficiente para sacar que aquilo é droga e ela disse ao Trem-Bala que o 'V' é uma 'tremenda roubada.' ─ Contou convencido do que dizia.
─── Trem-Bala tá usando essa droga? Puta que pariu. Achei que só os baixa renda usassem essa merda. ─ A Blanchet assumiu com certa surpresa.
─── Bom, isso pode ser verdade já que essa daqui parece ter experiência. ─ Leitinho maneou a cabeça em certa concordância ─ Eu imaginei que bastava esperar e uma hora iria rolar. ─ Expos seu pensamento.
─── Mandou bem aí... Sherlock! ─ Bruto brincou se curvando atrás do mesmo e pondo a cabeça próxima ao ombro do amigo ─ Admite, isso é muito melhor do que ser babá de jovens infratores não é não? ─ Questionou com certo isso.
Leitinho revirou os olhos sentindo o mesmo se afastar, todos cinco permanecerão em silêncio observando a mulher treinar. Lâmina ficou bastante tempo socando próprio ar, mostrando as lâminas que saem do seu pulso do lado de fora e grunhido com raiva deixando claro a raiva que estava sentindo no momento.
Eles ficavam em silêncio vendo a mulher, até a companhia da mesma tocar e todos ligarem o sinal de alerta.
─── Ai não.
Anya cruzou os braços curiosa ouvindo Lâmina reclamar quando viu pelo pequeno olho da porta de sua casa, logo em seguida a abrindo e fazendo o maior sorriso falso de todos para o homem que lhe procurava.
─── Oi Lâmina. ─ O homem cumprimentou educado.
─── Sr. Lutz, serviço a domicílio? ─ Ela perguntou com falsa simpatia.
─── Eu só vim receber o aluguel, o aluguel que você disse que iria pagar. ─ Ele lembrou envergonhado.
─── Entra, vai. ─ Ela pediu com um sorriso e voz sem graça ─ Ou pode esperar aí se quiser, mas eu vou demorar para fazer o cheque. Eu não mordo, a não ser que você queira... ─ Avisou brincando.
Anya deu um riso nasal negando com um aceno e leitinho a olhou com uma expressão divertida assim como Bruto, que em pé ao lado da mulher carregava a mesma expressão e postura que a Blachet. Francês olhava ansioso e desconfiado, todos quatro sabendo exatamente o que iria acontecer.
Enquanto Hughie ao lado direito de Anya, virou a cabeça para o lado os olhando completamente não fazendo a mínima ideia das intenções de Lâmina.
─── Brincadeira, Alek. ─ Ela disse fingindo falsa alegria ouvindo o homem resmungar envergonhado ─ É Alek, certo? ─ Perguntou.
─── Tudo bem eu espero um minutinho. ─ Ele se deu por vencido entrando no apartamento e fechando a porta atrás de si.
─── Quer tomar alguma coisa Alek, enquanto espera? Prefere Alek ou Alexander? ─ Perguntou Lâmina amigável.
─── Alek. É diminutivo de Aleksy. ─ Explicou.
─── Eu acho bonito, soa mais exótico. ─ Lamina disse sedutora lhe servindo um drink.
Ele resmungou nervoso e ela sorria todo momento, até ficar mais séria pensando no que estava prestes a fazer. No momento em que do outro lado da rua, cinco pessoas viam tudo de dentro de um pequeno trailer.
─── Tá gostando? ─ Pergunto Lâmina charmosa vendo que ele observava sua foto em um ensaio semi-nua na parede.
─── An? Não. Sim. Quer dizer, é bem bonito. ─ Respondeu sem jeito.
─── Tudo bem. Muitos homens fantasiam com super-heroís. ─ Disse atrativa.
Anya no trailer resmungou um 'hum' com uma pequena risada em deboche achando o jogo de sedução dela uma palhaçada.
─── Já te pediram pra você usar tua fantasia de pombo, loira? ─ Perguntou Bruto descontraído.
Francês foi o primeiro a se virar para ela, curioso erguendo as sobrancelhas simultaneamente quando Hughie e Leitinho também olharam.
─── Sua mãe pediu que eu vestisse enquanto comia ela na noite passada. ─ Respondeu indiferente sem o olhar com seus olhos presos no desenvolvimento da cena na tela do monitor a sua frente.
Leitinho foi o primeiro a rir baixo, Hughie deu um sorriso fechado e Francês deu uma risadinha, todos olhando a careta contragosto de Bruto e sua postura mudar para uma sem jeito quando ele ajeitou os braços.
─── Como? E-eu? Quer dizer...
O homem estava caindo direitinho feito um pato, deixando que ela chegasse atrás de si e agarra-se seu ombro indo até seu ouvido.
─── Sabe, que existe um mundo onde podemos chegar a um entendimento...?
Lâmina conseguiu ser persuasiva e ganhou aquele jogo, minutos haviam passado e ela conseguiu exatamente o que queria. O distrair com sexo para não pagar o aluguel.
Os cincos agora observavam eles fazendo sexo, Anya tinha uma expressão apavorada venho Lâmina humilhar o homem enquanto sentava em seu rosto. Hughie desconfortável olhou para eles, trocando um breve olhar com a Blanchet ambos sentindo vergonha de ver e ouvir aquela cena.
Eles estavam em um sexo estranho, não parecia diversão ou prazer. Parecia ríspido e impiedoso. Lâmina se esfregava nele fechando suas pernas e o homem começou a se contorcer, agarrando a coxa dela batendo na mesma pedindo que parasse.
─── Ele tá sufocando. ─ Hughie falou nervoso indo correr para porta do trailer.
Ele provavelmente queria ajudar, correndo até o outro lado da rua e indo bater na porta mas nada adiantaria. E quando Lâmina abrisse, o que Hughie ia dizer? Por isso Anya o pegou pelos braços, segurando no mesmo momento.
─── Ou, ou, ou. Espera, calma. ─ Ela falou mansa vendo o homem a olhar agoniado.
─── Dá um tempo. ─ Bruto acrescentou olhando o mesmo.
Lâmina gemia se contorcia se esfregava de pernas fechadas, liberando as lâminas em seus pulsos as cravando no chão e se prensando ainda mais contra a cabeça do homem o fazendo se debater mais e mais pedindo socorro, ela fechou suas pernas e sentou com tanta força que a cabeça do cara explodiu liberando todos seu cérebro e miolos ao chão.
Ela o matou.
Anya entreabriu os lábios com um grunhido chocado, Hughie ao seu lado deu um gritinho levando a mão aos lábios e abaixando a cabeça se escondendo atrás da Blanchet para que não visse a cena.
Leitinho e fechou os olhos com força, francês chegou a ir para trás com o susto mas logo deu dois passos a frente curioso olhando o monitor e Bruto fazia uma careta não tão surpresa.
Lâmina as poucos parou sua euforia e se levantou, gritando de susto quando viu o homem morto no chão se dando conta do que havia acabado de acontecer.
─── Deixou o cara morrer. ─ Hughie falou em choque ─ Ele não fez nada de errado. ─ Afirmou culposo.
─── Ele já estava morto. ─ Bruto falou indiferente o olhando.
─── Porra nenhuma. ─ Rebateu bravo.
Bruto deu dois passos a frente, Anya dividiu o olhar entre os dois estando no meio do fogo cruzado.
─── Você ia atravessar a rua e subir quatro andares de escada em 10 segundos como os super, será? ─ Bruto debochou calmo ─ E mesmo se tivesse chegado, ela teria arrancado a porra da sua cabeça. Agora ela tá não mão da gente. ─ Adicionou firme do que dizia indo vestir seu sobretudo.
─── O que? Do que você tá falando? ─ Hughie perguntou confuso e irritado.
─── Você é esperto mas ainda não sacou qual a fraqueza de todos eles. ─ Falou chegando perto do mesmo e olhando a platinada ao seu lado ─ Anya, querida. O que vocês se importam mais? ─ Perguntou retórico e bem humorado.
A Blanchet olhou o mesmo por um segundo, respirando fundo sabendo que anos se passariam e ela ainda sentiria essa fraqueza que todos eles possuem.
─── Reputação. ─ Respondeu simples.
Bruto piscou a Hughie, lhe dando dois tapinhas no peito depois desviando do mesmo.
─── Vamos lá, Francês. ─ Chamou.
Eles dois andaram em passos rápidos e precisos, Francês abriu a porta do trailer saindo e Bruto foi logo atrás batendo a mesma com força para que se fechasse.
Anya respirou fundo, levando sua mão até o lado direito do pescoço o massageando espantando o incômodo que sentia.
─── Você mesmo disse. ─ Leitinho disse calmo ─ Qualquer preço vale, né? ─ Se virou a Hughie.
Anya olhou os dois pensativa imaginando quando o homem poderia ter dito essa frase tão certa e pesada, iria perguntar sobre mas seu celular vibrou no seu bolso traseiro a detendo. Ela esticou sua mão até seu bolso, sua tela brilhava exibindo um nome que a muito tempo não aparecia ali.
'Madelyn Stillwell.'
Ela olhou confusa, toda via logo se recordou de que seu ex-marido estava desaparecido, não havia conversado com a diretora sobre mas sabia que com certeza ela estava ciente do desaparecimento e agradeceu pela ligação respirando aliviada e não pensando duas vezes em atender.
─── Alô, Anya? ─ A voz calma da mulher se fez presente em seu ouvido antes que ela dissesse algo.
─── Sim, sim. ─ Anya respondeu rápida sentindo os olhares curiosos de Hughie e Leitinho sobre ela ─ Alguma notícia dele? ─ Perguntou ansiosa.
─── Sim. Você poderia vir até a torre? Agora. ─ Pediu com certo suspirar pesado.
Anya assentiu rápido mesmo que ela não visse.
─── Estou a caminho. ─ Avisou desligando a chamada sem chance de resposta e guardando celular no bolso ─ Eu preciso ir, emergência familiar. ─ Contou com uma expressão sem jeito e um curvar de lábios.
─── Tá de boa. ─ Leitinho respondeu indiferente.
Ela sorriu ao mesmo, virando a Hughie e lhe acenando um tchauzinho que foi retribuído logo depois dela sair pela porta.
Anya caminhava ansiosa até seu carro, contente por finalmente sair dessa 'escuridão' sobre o paradeiro do ex-marido.
ANYA DIRIGIU TÃO RÁPIDO QUE O TRAJETO QUE FARIA DE 40 MINUTO ATÉ A TORRE ELA FEZ NA METADE DO TEMPO, seu coração batia forte desde o momento em que pisou na torre imaginando que finalmente pudessem ter achado alguma pista ou então, até onde Translúcido poderia estar. Suas mãos tremiam nervosas fazendo ela as esconder no bolso da calça, sua respiração pesada deixava um gosto enjoativo em sua boca a medida que o andar da sala de reuniões se aproximava. Quando ela chegou na torre, nem precisou avisar já que no momento em que ela pisou na recepção uma funcionária a avisou que a esperavam lá em cima.
Um bipar se fez presente e a porta do elevador se abriu revelando o corredor da enorme sala de reuniões, Anya sentiu o gosto enjoativo piorar e seu estômago se revirar. Ela estava passando mal antecipadamente. Temendo de que as notícias não fossem as mais perfeitas, quebrando sua expectativa.
Ela deu alguns passos a frente chegando a entrada da sala, Madelyn, Profundo e o Capitão pátria estavam presentes.
─── Fênix. Feliz que recebeu nosso chamado. ─ O homem falou com um sorriso atrativo vendo ela descer os degraus de entrada e caminhar para perto deles ─ Como vai? ─ Perguntou educado.
─── Cadê o Translúcido? ─ Anya foi direta.
─── Anya, eu... ─ Madelyn dizia tentando procurar as palavras certas.
O homem loiro com traje azul, olhava para ela completamente sem paciência alguma. Ele já não nutria apreço pela mulher, queria contar logo para ver sua reação e tentar matar a charada de que ela pudesse estar envolvida no acontecimento.
─── Ah meu Deus! Profundo, fala. ─ Capitão pátria interrompeu com serenidade.
─── Bom, um amigo meu encontrou... ─ Falou se levantando da cadeira em que estava sentado.
─── Era um golfinho. ─ Capitão interrompeu novamente com um revirar de olhos ─ A porcaria de um golfinho achou isso no fundo do porto. ─ Explicou rápido.
Anya desconfiada viu Profundo caminhar contra gosto até um baú, ela caminhou em passos lentos e quando chegou perto suficiente o homem destravou ele para que ela pudesse ver.
─── Sem timidez Fênix, olha logo. ─ Capitão Pátria brincou sorridente.
Ela o olhou ainda cismada mas deu passos a frente por fim chegando ao baú, Anya se curvou colocando as mãos na borda e o abrindo.
Seus olhos se arregalaram.
Rins, vísceras, pedaços de pele, muito sangue.
Em um grito alto assustado ela fechou o baú e deu um passo para trás, levando as duas mãos a boca completamente chocada. Seu coração começou acelerar, seus olhos começaram a arder e enfim sentia que poderia vomitar.
─── É o Translúcido? ─ Ela perguntou com a voz falha.
Capitão Pátria sorria, Madelyn estava quieta com uma expressão de condolências por incrível que pareça e Profundo parecia apático.
Anya olhou suas feições e sentiu sua visão ficar turva, parecia que ia desmaiar e precisou se apoiar sobre a mesa atrás da mesma. Seus olhos ficaram inundados, liberando as primeiras lágrimas que desceram por sua bochecha. Receber uma notícia de morte é horrível e com certeza devastador, muito difícil de descrever com precisão.
Mas a Blanchet sabia.
Seu corpo inteiro parecia doer e uma tristeza profunda inundou seu coração, pensando nos anos em que conviveram juntos.
Pensando em seus filhos.
Pensando em Meadow e Nate.
O Que ela diria a eles? Anya sabia que sua mais velha iria desmoronar como nunca fez, Madelyn não vai saber lidar com isso e Nate tão pouco.
Capitão pátria a olhava, cético vendo sua reação de tristeza chegando a concluir que talvez... apenas talvez. Anya não fizesse parte disso, já que ela era sua primeira suspeita da lista apenas por ter uma filha com Translúcido.
─── Fênix. ─ Capitão Pátria chamou fazendo a loira e erguer um olhar choroso ao mesmo ─ Me escuta um minuto. Profundo, o que a minha visão não atravessa? ─ Perguntou retórico.
─── Zinco, Capitão Pátria. ─ Respondeu em prontidão.
─── Correto. E de que é feito a caixa? ─ Questionou irônico.
─── Zinco.
─── Correto de novo. ─ Afirmou divertido andando até a Anya ─ Sabiam que íamos achar o translúcido ou o que restou dele. ─ Falou com uma falsa risada fazendo Anya engolir sua própria raiva ─ Estavam ganhando tempo.
─── De que porra você tá falando? ─ Ela perguntou irritada.
Anya estava começando a ter que lidar com esse luto e ele parecia adora isso, estava a irritando. Ela não amava translúcido, mas já um dia, eles tem uma filha juntos, obviamente ela sentiria.
─── Que bom que você perguntou. ─ Capitão falou se colocando ao lado dela.
Ele apontou para Profundo que caminhou até o baú do o abrindo de novo, Anya por um segundo fechou seus olhos vendo os restos mortais de seu ex-marido. Pensando que essa cena ficaria para sempre guardada em sua mente a assombrando por um bom tempo.
Quando abriu seus olhos novamente, uma enorme mensagem estava pichada na parte interna do baú fazendo a mesma jogar a cabeça pra o lado confusa enquanto fungava.
'Eu vou te pegar.'
Está enorme gravado dentro do baú, fazendo ela pensar quem seria e porque viriam atrás de translúcido. Óbvio que ele estava cheio de merda até o pescoço só pelo fato de ser um super da Vought, mas ele não fez nada de extrema seriedade nos últimos tempos. Se tivesse feito Anya saberia, porque ele simplesmente lhe contaria.
─── Quem quer que seja, já declarou guerra. ─ Capitão Pátria falou com a voz suave e cheia de ironia.
Anya respirou fundo sentindo outra lágrima grossa escorrer por sua bochecha. Não importaria a guerra que estivesse se metendo, ela não faria isso por vingança. Fará por seus filhos.
Porque eles vão sentir.
NOTAS FINAIS!
as interações do bruto e da Anya será
movida a farpas e alfinetadas, e nós vamos
amar ver isso até chegar num ponto q eles vão cair na porrada ou se pegar 🤩🤩
os cinco juntos tô emocionadíssima que já já é seis com a kimiko, ela é a Anya vão ser muito lindinhas 😭
finalmente ela agora sabe que o translúcido
tá morto, basta saber agora ela saber
quem matou....
GOSTARAM DO CAPÍTULO? não se esqueçam de votar e comentar bastante me incentiva e ajuda a continuar :)
bjo
amo vcs <33
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