𝟢𝟤𝟣 ┊ 𝗃𝗎𝗌𝗍 𝖿𝗋𝗂𝖾𝗇𝖽𝗌?
⎧ ୧ ⋅ 🥋 SCARS ❱ 𓆗•˖*
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⸝ 𝗋𝗈𝖻𝖻𝗒 𝗄𝖾𝖾𝗇𝖾 & 𝖿𝖾𝗆 𝗈𝖼 ;
࣪ ˖˙ 𝐜hapter 021 ◞ ̑̑
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APENAS AMIGOS?
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❝ Não sei se você sente o
mesmo que eu sinto
Mas poderíamos ficar juntos
Se você quisesse
(Eu quero saber?)
Se esse sentimento é recíproco? ❞
Do I Wanna Know? — Arctic Monkeys
LILITH OBSERVAVA ROBBY se afastar da festa com Samantha e várias emoções confusas e desagradáveis começavam a aparecer dentro dela. A cada passo que ele dava para longe, parecia que as cicatrizes que Lilith tentava curar voltavam a arder com uma intensidade insuportável. O passado que ela se esforçava tanto para deixar para trás, insistia em continuar perseguindo ela, esse passado era Robby, que nunca falhava em reabrir velhas feridas.
Enquanto isso, Miguel e Falcão que estavam ao seu lado, apenas deixavam o desconforto ainda maior. A última coisa que Lilith queria era lidar com tudo aquilo na frente deles. Não agora, não quando ela parecia estar finalmente feliz com sua nova vida.
── Você está bem? ── a voz de Falcão cortou o ar, carregada de preocupação.
── Estou ótima ── Lilith lutou para manter a compostura, forçando um tom de indiferença enquanto respondia ── Por quê?
Falcão estreitou os olhos, não convencido pela resposta dela. Ele a conhecia bem demais para saber que ela não estava sendo sincera.
── Não sei, talvez porque você conhece aquele cara que estava com a Samantha e parecia querer passar uma faca no pescoço dele ── ele disse com uma pitada de sarcasmo, mas ainda assim demonstrando interesse por sua reação ── Que merda foi aquela?
Cruzando os braços, Lilith endureceu as feições tentando mascarar qualquer vestígio de vulnerabilidade.
── Apenas Robby Keene ── ela respondeu com desdém.
── E quem é esse tal de Robby Keene? ── Miguel que estava em silêncio, finalmente perguntou o que o estava incomodando.
Lilith sentiu uma onda de irritação crescer dentro dela. Ela não queria abrir aquela porta, não para eles.
── Só alguém que eu conhecia antes, nada demais ── respondeu ela de forma curta, sem revelar mais do que o necessário, indicando que o assunto estava claramente encerrado.
── Antes? ── Falcão insistiu, sem tirar os olhos dela.
Soltando um suspiro pesado, Lilith endureceu ainda mais o olhar.
── Não é da conta de vocês. Parem de ser tão intrometidos!
A resposta dela estava carregada de dor e desespero, algo que ela tentava desesperadamente esconder. Ela odiava se sentir pressionada, principalmente para falar sobre algo que tanto a incomodava, como o seu passado. Aquelas memórias não traziam nada além de dor e ela preferia esquecer tudo o mais rápido possível, sem ter que compartilhar isso com alguém.
── Não estamos tentando ser intrometidos, só... queremos entender ── Miguel franziu o cenho, confuso e um pouco magoado pela resposta fria.
Lilith começou a se sentir sufocada por todas aquelas palavras e dúvidas. Não era crime querer manter o passado no passado.
── Entender o quê? Eu já disse que ele é alguém que eu costumava conhecer. O que mais tem para entender? ── a voz dela saiu mais afiada do que pretendia.
── Ei, ei, não precisa ficar tão estressada. É normal querer saber mais sobre você já que você nunca nos contou nada da sua vida ── Falcão tentou acalmar a garota colocando uma mão leve no ombro dela.
Ela se afastou rapidamente do toque dele cruzando os braços, como se isso pudesse criar uma barreira física entre eles e suas perguntas.
── Eu não preciso compartilhar nada com vocês, ok? Algumas coisas são pessoais e preferem ficar enterradas.
Os garotos a encararam sentindo indignação e confusão, e ainda com um pouco de curiosidade, mas Lilith permaneceu firme. Ela não queria falar sobre seu passado, não queria que eles conhecessem todos os momentos ruins que ela já teve que enfrentar até chegar onde está.
Robby tinha uma habilidade sutil de manipular os sentimentos de Lilith, algo que ao longo do tempo a ensinou a desconfiar profundamente das pessoas. Cada gesto, cada palavra ao seu redor passou a ser questionada, como se tivesse sempre uma segunda intenção oculta nas interações de todos. Esse ciclo de desconfiança mudou ela completamente, a forçando a erguer muros cada vez mais altos ao seu redor. Ela se fechou em sua própria bolha, guardando seu mundo interior a sete chaves, revelando o mínimo possível e deixando que ninguém chegasse perto o suficiente para ver suas feridas.
── Tudo bem, se não quiser falar, não fale ── Miguel levantou as mãos em sinal de rendição, apenas para que Lilith relaxasse um pouco.
Apesar de Miguel querer esquecer aquilo, Falcão não parecia disposto a deixar o assunto morrer tão facilmente. Ele sentia que havia mais na história, algo que Lilith estava escondendo e que o deixava curioso e inquieto. Mas antes que pudesse insistir, Aisha apareceu ao lado de Lilith.
── Acho que já tivemos discussões o suficiente 'pra uma noite. Isso aqui é uma festa, estamos aqui para curtir ── Aisha declarou, tentando amenizar o clima pesado que se instalou ao redor dos três.
Lilith deu um pequeno sorriso de agradecimento e se afastou com Aisha, aliviada por escapar da pressão dos garotos, mesmo que por um breve momento.
── Ei! ── Falcão chamou antes que ela pudesse se afastar completamente ── Nós ainda temos que terminar a nossa conversa.
Lilith parou por um instante soltando um suspiro longo e pesado. Por um breve momento ela havia esquecido da conversa inacabada entre eles. Depois de todo o drama da noite, a coragem que ela tinha antes parecia sumir aos poucos, tudo que ela queria naquele momento era beber e esquecer todos os acontecimento da noite.
── Agora não, ok? ── respondeu ela, seu olhar cansado na direção de Falcão.
Sem olhar para trás, ela se afastou ainda mais com Aisha ao seu lado, fugindo tanto da conversa quanto das emoções que vinham com ela.
Falcão observou Lilith se distanciar, um suspiro frustrado saindo de seus lábios. A complexidade e os segredos de Lilith o deixavam louco. Ele queria entender o que havia no passado dela, queria conhecer tudo sobre ela, descobrir qual a razão de toda aquela frieza de Lilith. Mas ao mesmo tempo ele sabia que se ela não estivesse pronta para se abrir, não havia nada que ele pudesse fazer para forçar isso.
── Vamos dar um tempo para ela ── Miguel sugeriu, colocando a mão no ombro de Falcão enquanto observavam Lilith se afastar ── Acho que todos nós precisamos de um tempo.
── Talvez você tenha razão ── Falcão concordou, desviando o olhar por um breve momento ── Vamos beber, cara.
A festa continuou, mas não do mesmo jeito de antes, o evento tão animado se transformou em algo mais melancólico. Os minutos se transformaram em horas e o grupo foi diminuindo aos poucos, até restarem apenas os mais resistentes. O cânion estava escuro e congelante, as fogueiras já estavam reduzidas a brasas tímidas que mal conseguiam afastar o frio da noite.
Com a festa se esvaziando aos poucos, Falcão teve uma ideia para estender a diversão. Com um sorriso confiante e um brilho travesso nos olhos, ele se adiantou chamando a atenção de todos.
── After na minha casa! Quem tá dentro? ── anunciou ele, sua voz cheia de entusiasmo enquanto olhava ao redor, até seus olhos se cruzarem brevemente com os de Lilith.
Lilith hesitou, ainda sentindo a irritação devido aos acontecimentos daquela noite. Sua mente estava uma bagunça e a última coisa que ela queria era se jogar em outra socialização. Porém, Aisha, percebendo a hesitação da amiga, deu uma cutucada leve no braço dela, oferecendo um sorriso encorajador.
── Vamos lá, vai ser divertido. Além disso, acho que você e Falcão têm uma conversa inacabada, não tem? ── Aisha brincou, piscando para a amiga.
Lilith suspirou, desanimada. Ela sabia que Aisha estava certa e ignorar a situação só faria as coisas mais complicadas depois.
── Tá bom, vamos nessa ── ela concordou, forçando um pequeno sorriso.
A FESTA NA CASA DE FALCÃO estava a todo vapor, com a música alta e os risos ecoando por todos os cantos da casa. Garrafas de cerveja e copos de plástico estavam espalhados pela sala enquanto o som abafado de conversas e risadas preenchiam o lugar. O grupo tinha se espalhado pelos cômodos, alguns jogavam videogame, outros conversavam na cozinha, enquanto alguns relaxavam na piscina.
Lilith circulava pelos grupos, mas sempre sentia os olhos de Falcão sobre ela. Ele estava a alguns metros de distância, envolvido em uma conversa com alguns amigos do Cobra Kai, mas seus olhares se encontravam frequentemente, cheios de uma tensão silenciosa que qualquer um conseguia perceber.
Ela sabia que precisava falar com ele, mas estava com receio do que essa conversa faria com a amizade deles.
Falcão por sua vez, também não parecia estar totalmente presente. Ele ria e brincava com seus amigos, mas seu olhar constantemente buscava Lilith no meio da multidão. A cada vez que seus olhares se encontravam, havia uma energia inegável que parecia crescer ainda mais.
Em um momento, enquanto pegava uma bebida na cozinha, Lilith sentiu a presença de Falcão se aproximar. Em poucos segundos, ele estava perto demais, encurralando ela contra o balcão. Suas mãos se apoiaram na superfície do mármore, bloqueando qualquer rota de fuga para Lilith.
── Precisamos conversar ── ele disse com uma voz grave, cheia de urgência.
Lilith respirou fundo, pressionando seu corpo ainda mais contra o balcão, como se isso pudesse criar a distância que desejava — ou precisava.
── Sobre o quê? ── ela perguntou, se fazendo de desentendida. Mas ela sabia sobre o que era. Sabia muito bem.
── Não se faça de idiota, Lili ── Falcão se inclinou um pouco mais perto, seus olhos carregados de uma intensidade que ela jamais havia reparado nele ── Você disse que queria conversar no cânion e eu não vou dormir se você não me disser o que é.
O coração de Lilith batia descompassado, acelerado. Ela sabia que esse momento chegaria, mas agora que estava diante dele tudo parecia mais complicado.
Após um instante de hesitação, ela finalmente assentiu, seus olhos se desviando enquanto ela começava a seguir Falcão.
Eles caminharam em silêncio, passando pelos amigos que estavam tão imersos em suas conversas e danças que mal notaram a saída dos dois. Quando chegaram ao pé da escada, Falcão lançou um último olhar para a festa, como se estivesse se certificando de que ninguém os seguiria antes de começar a subir os degraus.
O som da festa começou a diminuir à medida que subiam e o silêncio entre eles era cada vez mais perceptível.
Quando finalmente chegaram ao corredor do andar de cima, Falcão parou em frente à porta do quarto. Sem uma palavra, ele girou a maçaneta, abrindo a porta e permitindo que ela entrasse primeiro.
Lilith deu um passo hesitante para dentro do quarto, onde uma iluminação suave e amarelada envolvia o ambiente, se diferenciando totalmente da energia caótica da festa lá embaixo.
Quando a porta se fechou atrás dela, o som do clique da tranca foi como um sussurro final, confirmando aquilo que fazia ela hesitar. Agora, eles estavam verdadeiramente sozinhos, sem mais barreiras, sem mais desculpas.
Lilith permaneceu encostada na parede, seus braços cruzados em uma tentativa instintiva de criar uma barreira invisível ao seu redor, mesmo sabendo o quão frágil era. Já Falcão, inquieto, caminhou até a janela deixando seu olhar se perder na escuridão do céu lá fora. Ele estava buscando uma coragem que até aquele momento ainda não havia encontrado. Por trás da fachada de confiança com o karatê e o moicano, a verdade era bem diferente. Ele ainda não havia conseguido falar sobre seus sentimentos por Lilith, e agora ela tinha descoberto sobre isso, mas não por ele.
Finalmente, ele se virou para encará-la, e o que Lilith viu em seus olhos fez seu coração acelerar. Não era só desejo, mas uma vulnerabilidade que ela nunca imaginou ver em Falcão, especialmente na sua versão mais confiante.
── Aisha me disse que você sabe ── ele disse sem rodeios, a seriedade em sua voz era totalmente diferente do tom brincalhão que costumava usar quando falava com ela.
── Aquela fofoqueira te contou que me disse isso? ── Lilith tentou mascarar a tensão com uma brincadeira, embora sua voz vacilasse.
Falcão soltou uma risada curta e amarga, balançando a cabeça.
── Ela não precisou dizer muito, mas eu já imaginava.
A tensão no quarto estava pesada como uma tonelada. O olhar de Falcão normalmente seguro e desafiador, agora estava carregado de incerteza, uma fragilidade que Lilith não estava preparada para enfrentar. Por um momento, ela desejou poder voltar atrás, desfazer o que já havia sido revelado, mas sabia que isso era impossível. A conversa com Aisha havia aberto uma porta que não poderia mais ser fechada.
── Falcão, eu... eu realmente não sei o que dizer ── Lilith suspirou, deixando os braços caírem ao lado do corpo.
── Então não diga nada ── ele respondeu rapidamente, como se qualquer palavra dela pudesse acabar com o pouco de coragem que ele havia conquistado ── Eu só precisava que você soubesse. Mesmo que... mesmo que você não sinta o mesmo.
Lilith sentiu o coração apertar. Ela sabia que ele estava falando sério, mas ao mesmo tempo não podia ignorar o jeito impulsivo de Falcão, a forma como ele agia sem pensar, movido por uma paixão que nem ele compreendia completamente. Aquilo não era amor, ela sabia, era algo mais complicado e confuso, uma tempestade de emoções que ele não conseguia controlar.
── Falcão ── ela começou, escolhendo cuidadosamente suas palavras ── Eu preciso ser honesta. Isso... entre nós... é complicado.
Ele assentiu lentamente, como se já tivesse esperado por aquela resposta, mas isso não tornava as palavras menos dolorosas.
── Complicado ── ele repetiu, deixando a palavra pairar no ar ── Eu entendo.
O silêncio que se seguiu era pesado, repleto de dúvidas e emoções que não estavam sendo reveladas totalmente. Finalmente, Falcão deu um passo à frente, seus olhos fixos nos dela em busca de algum sinal de esperança.
── Mas por favor, seja sincera comigo. Nunca pensou na possibilidade de nós dois... juntos?
Lilith sentiu seu coração acelerar naquele momento. Ela sabia que não podia mentir, mas a verdade era igualmente perigosa.
── Eu posso ser sincera dizendo que você não deveria gostar de mim, Falcão ── respondeu, sua voz contendo um tom de hesitação ── Eu não sou uma boa pessoa para se apaixonar.
── E por que não, Lilith? ── Falcão avançou um passo na direção dela, a proximidade tornando a tensão quase insuportável.
── Porque você não me conhece como acha que conhece. Eu sou... complicada, traumatizada ── ela desviou o olhar, tentando escapar da intensidade que crescia entre eles.
── Se você está dizendo isso para me assustar, sinto em te dizer, mas você está falhando ── a determinação na voz dele fez um arrepio correr pela espinha de Lilith, ela não conseguia diferenciar se era medo ou atração.
── Esses sentimentos deveriam desaparecer. Não vale a pena esperar por alguém como eu.
── Alguém como você? ── Falcão olhou para ela, a intensidade de seu olhar penetrando todas as suas defesas ── Por que você se rebaixa tanto, Lili? Você é incrível ── ele segurou o rosto dela com as mãos, o toque gentil dele fazendo as pernas de Lilith bambearem por um segundo.
── Não sou incrível o suficiente para você.
── Isso é a sua maneira de dizer que não sente o mesmo? ── ele olhou para os olhos verdes e profundos de Lilith, buscando uma verdade que temia encontrar.
── Talvez ── ela sussurrou, a dor e o arrependimento já evidentes em sua voz.
Falcão se aproximou mais e a eletricidade entre eles quase visível.
── Lilith, por que você tem tanto medo de se permitir sentir?
Ela queria responder, mas as palavras simplesmente não vinham. Em vez disso, ela fechou os olhos, tentando controlar a tempestade interna. Quando abriu eles novamente, se encontrou perdida na intensidade do olhar oceânico de Falcão. Se ele continuasse insistindo, ela sabia que a qualquer momento poderia se afogar naquele mar de emoções no qual ele tentava envolvê-la. Cada olhar, cada palavra dele parecia empurrar ela mais para a beira e a sensação de pelo menos tentar se entregar completamente a ele se tornava irresistível, mas também assustadora.
── Porque eu não quero me machucar. E principalmente, não quero machucar você.
Falcão se inclinou, seus rostos tão próximos que suas testas quase se tocavam.
── Talvez a gente precise se machucar um pouco para descobrir se vale a pena.
Lilith sentiu um nó na garganta, suas defesas desmoronando completamente diante da sinceridade e da intensidade dos sentimentos de Falcão. Ela sabia que estava à beira de um precipício, mas com um movimento hesitante, fechou a distância entre eles. Seus lábios se encontraram em um beijo cheio de sentimentos reprimidos.
O beijo era intenso, uma perfeita mistura de desespero e desejo, enquanto as mãos de Falcão se entrelaçavam nos cabelos de Lilith, puxando ela para mais perto.
Ela se perdeu naquele momento, se permitindo sentir algo que há muito tempo evitava.
Quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, o silêncio que voltou estava carregado de uma promessa silenciosa.
── Isso pode não ser o que você espera ── Lilith murmurou, com os lábios ainda próximos aos dele.
── Não importa. Eu só quero você ── Falcão respondeu com uma voz rouca carregada de um desejo que ele mal conseguia controlar ── Nem que seja apenas pela porra de uma noite antes que eu desista completamente de você.
A intensidade entre eles aumentou, como se o próprio ar no quarto estivesse eletrificado. Lilith sentiu a respiração acelerar, o calor subindo em seu corpo enquanto as palavras de Falcão ainda ecoavam em sua mente. "Nem que seja apenas pela porra de uma noite..." Aquilo foi a última resistência que precisava ser quebrada.
Falcão a puxou para mais perto, seus lábios encontrando os dela com uma urgência que queimava. O beijo que antes era hesitante e cheio de incertezas, agora era feroz e cheio de uma necessidade quase desesperada. Lilith retribuiu com a mesma intensidade, suas mãos se perdendo na parte traseira do moicano dele, enquanto Falcão mantinha as mãos firmes na cintura dela, a puxando para ainda mais perto.
Ele a empurrou gentilmente contra a parede e quando o corpo dele pressionou o dela, Lilith sentiu cada parte de seu corpo ascender. O calor entre eles era inegável, uma chama que ameaçava consumi-los a qualquer momento. As mãos de Falcão exploravam cada centímetro dela que podiam alcançar, o desespero era tanto que parecia que aquela era a única noite que os dois poderiam ter.
── Lilith... ── Falcão murmurou contra seus lábios, sua voz era rouca e carregada de desejo.
Ela respondeu apenas com um gemido suave, incapaz de formar qualquer frase completa. Suas mãos deslizaram por debaixo da camisa dele, sentindo o calor da pele, os músculos tensos sob seu toque. Falcão estremeceu ao contato, a sensação das mãos dela em sua pele intensificando ainda mais o desejo que já ardia nele.
Para Lilith e Falcão, a situação era completamente diferente. Lilith sentia o desejo ardente, é claro, mas para Falcão era algo além disso. Nunca antes uma garota o havia tocado daquela forma, e a cada novo toque, ele sentia que seu corpo estava à beira de explodir em êxtase, como se tudo fosse intensamente novo e avassalador.
Sem quebrar o beijo, Falcão começou a guiar Lilith em direção à cama. Eles tropeçaram pelo caminho, trocando risos abafados e alguns suspiros altos. Quando suas pernas finalmente encontraram a beirada da cama, ele a deitou com cuidado, o olhar nos olhos dela enquanto se ajoelhava sobre o colchão, a expressão no rosto dele era de pura adoração por Lilith.
Falcão se inclinou sobre ela, a mão deslizando suavemente por sua perna, subindo devagar até alcançar sua coxa, sua pele se arrepiando ao toque. Lilith sentiu o coração disparar, ansiosa por mais. Seus olhos se encontraram mais uma vez, e naquele momento não havia mais dúvidas ou mais hesitações. Eles estavam entregues ao momento, ao desejo inegável que os dois compartilhavam.
── Eu preciso de você ── ele sussurrou, a voz era quase um gemido.
Suas mãos firmes, mas gentis começava a tirar as roupas que ainda os separavam.
Lilith correspondeu, seus dedos ágeis desabotoando a camisa dele e deixando cair no chão. Cada peça de roupa que era removida parecia diminuir a distância entre eles até que estivessem completamente expostos um ao outro, sem barreiras.
Os toques se tornaram mais ousados, mais intensos. A boca de Falcão traçou um caminho pelo pescoço dela, descendo pela clavícula, cada beijo enviava ondas de eletricidade através do corpo de Lilith. Ela se arqueou contra ele, os dedos dela cravando nas costas dele enquanto o desejo tomava conta de ambos.
Com agilidade, ele pegou um preservativo na gaveta da mesa de cabeceira, algo que Lilith não imaginava encontrar ali. Assim que ela o ajudou a colocar, eles voltaram a se deitar na cama.
Falcão parou por um instante, apenas o suficiente para olhar nos olhos dela mais uma vez, como se quisesse memorizar aquela visão. E então sem mais uma palavra ele penetrou completamente, seus corpos se unindo em um ritmo urgente.
Os gemidos que saíram dos lábios de Falcão eram como música para os ouvidos. Estava claro para Lilith que ele nunca havia feito aquilo na vida, e ela estava disposta a fazer de tudo para tornar aquele momento o mais especial possível para ele.
Os movimentos que Falcão fazia com o quadril eram rápidos e fortes, carregados de uma urgência. Seus olhos não se desgrudavam dos dela nem por um segundo.
── Está bom assim? ── ele questionou com uma insegurança oculta em seus olhos.
Lilith deu um pequeno sorriso e levou uma mão ao rosto dele.
── Com um pouco mais de calma, tudo bem? ── ela acariciou a bochecha de Falcão com ternura, tentando transmitir mais confiança a ele ── Você tem que apreciar o momento.
Falcão assentiu, agora reduzindo a velocidade de seus movimentos.
Enquanto seus corpos colidiam um com o outro, suspiros ecoavam de ambos. Eles estavam totalmente entregues ao momento, sentindo o mundo ao seu redor desaparecer, existindo apenas ele.
O quarto se encheu de gemidos, respirações ofegantes e o som de corpos se encontrando, a intensidade entre eles atingindo um ápice febril. Era um frenesi, uma rendição total ao desejo que ambos haviam reprimido por tanto tempo.
Falcão se assustou um pouco quando Lilith segurou seus ombros e inverteu as posições, mas assim que teve a visão da garota em cima dele, sentiu uma sensação ainda melhor.
Enquanto Lilith movimentava seu corpo em cima de Falcão, seus olhares continuaram presos um ao outro. Não havia espaço para vergonha ou insegurança naquele momento. Eles eram melhores amigos e se sentiam confortáveis o suficiente para aproveitar aquele momento sem se preocupar com o que o outro acharia. A ligação profunda entre eles deixava tudo mais íntimo e profundo.
Quando Falcão agarrou o quadril de Lilith e começou a se movimentar mais rápido, juntamente com ela, soube que aquele era o momento.
Quando chegaram ao clímax juntos, foi como se o mundo explodisse em uma onda de calor e prazer, deixando ambos exaustos, mas satisfeitos. Deitados lado a lado, eles ofegavam enquanto a realidade começava a retornar lentamente.
O silêncio que se seguiu foi confortável, como uma calmaria após a tempestade. Lilith virou um pouco o rosto, apenas para olhar para Falcão. Os olhos dele ainda brilhavam por conta de tudo aquilo que eles acabaram de compartilhar. Ele a observava em silêncio e com sorriso suave nos lábios, seus olhos continuavam com a mesma adoração que ele sempre mostrou por Lilith.
── Eu sei que isso não resolve nada ── ele murmurou com a voz baixa e rouca ── Mas estou feliz por ter acontecido.
── Eu também estou ── ela concordou.
Ambos sabiam que a situação deles estava longe de ser resolvida e com o que aconteceu, pode ter piorado cem vezes mais. Mas naquele momento, eles se permitiram apreciar o momento, sem arrependimentos, sem esperar pelo que viria depois.
E ali, deitada na cama enquanto observava Falcão, Lilith finalmente percebeu que às vezes o erro é a única maneira de encontrar alguma verdade.
Olá, leitores!
Tenho vergonha de aparecer nas notas depois de um hot mas vou falar um pouquinho sobre o que eu achei do capítulo.
Me encheram tanto o saco por causa de Lilith e Falcão que eu decidi ceder.
Não me perguntem o que eu vou fazer agora porque não faço a mínima ideia, talvez eu precise de um tempo para pensar e decidir os próximos acontecimentos.
Vai ser difícil superar esses dois agora, Robby é que se cuide.
Meu plano era fazer Falcão e Moon namorarem, enquanto ele e Lilith só ficariam juntos lá no ato 3. Agora não sei de mais nada. Se tiverem sugestões, sintam-se à vontade para comentar.
Ainda estou na dúvida se Lilith irá ou não ganhar o torneio, espero receber uma mensagem divina sobre o que eu deveria fazer.
✭ Espero que gostem! ✭
S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.
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