𝟢𝟣𝟤 ┊ 𝗇𝖾𝗐 𝗌𝗍𝗎𝖽𝖾𝗇𝗍𝗌
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❝ Venha amor, está tudo bem
O paraíso sabe que eles
querem te destruir ❞
No Good — KALEO
PARA A SORTR DE MIGUEL E LILITH, todos os envolvidos na briga não foram colocados na detenção na biblioteca. Pelo que Lilith soube, os outros garotos iam cuidar da limpeza do refeitório, então se sentiu agradecida por guardas alguns livros.
Quando a detenção finalmente acabou, Miguel e Lilith foram direto para o dojô contar ao Sensei Lawrence sobre o que aconteceu.
— Os quatro? — Johnny perguntou, suas sobrancelhas erguidas em surpresa.
— Isso — Miguel confirmou, com uma mistura de empolgação e satisfação.
— Até o grandão idiota?
— Até ele — Lilith acrescentou, sentindo uma onda de triunfo.
— Nada mal — Johnny sorriu, um brilho de orgulho nos olhos.
— Foi muito rápido. Tudo foi se encaixando. Eu bloqueei. Eu antecipei. Eu... — Miguel procurava as palavras certas para descrever.
— Deslizei — a platinada completou.
— As mães vão fazer uma rebelião contra mim.
— Não se preocupe com a minha, eu enfrento meu próprio diabo — a garota respirou fundo.
— Mas a minha não vai ficar sabendo. Quando a escola ligou, minha yaya atendeu. Nunca a vi tão orgulhosa. Ela não vai contar.
— Certo, deixe-me ver se entendi — Johnny se levantou e aproximou-se dos garotos — Vocês usaram as lições que eu ensinei para dar uma surra naqueles idiotas?
— Foi basicamente isso.
— Venham comigo.
Johnny saiu do escritório seguido por Miguel e Lilith. Os 3 estavam parados em frente ao porta malas do carro de Johnny.
Quando ele abriu, lá havia um kimono meio empoeirado.
— Eu usei isso para treinar pro meu primeiro torneio em 1981. Quero que fique com ele — encarou Miguel.
Lilith sentiu uma pontada de decepção por não ganhar nenhum e apenas observava a cena.
— Tem certeza? — Miguel pegou o kimono.
— Pode crer. Você mereceu.
Os dois apertaram as mãos e se abraçaram, enquanto Lilith observava, um sorriso forçado nos lábios.
Lilith pigarrou tentando chamar atenção dos dois.
— Você ainda ganhará o seu, assim que ficar pronto.
Tudo bem, ela também ganharia um, mas não era isso que a incomodava. O que a deixava chateada era que Johnny tinha dado algo realmente simbólico para Miguel e o dela seria apenas um kimono qualquer com um bordado de gráfica.
Por que ele não poderia dar algum kimono de torneio para ela também?
— É isso. É a melhor coisa que tenho — Johnny falava para Miguel.
Lilith era uma garota durona, mas ficar olhando os dois se abraçando enquanto ela estava lá plantada a incomodou. Ela pairou o olhar por todo o centro comercial cogitando entrar no dojô e deixar os dois curtindo esse "momento".
Seus olhos encontraram outro par, inesperado naquele contexto: Robby Keene.
'O que será que Robby Keene faz aqui?'
'Estaria ele me seguindo?'
'Será que não fui clara o suficiente aquele dia na pista de skate?'
Os olhares se encontraram, faíscas de emoção arrepiando a pele de Lilith. Robby parecia consumido por uma intensidade carregada de emoção, uma mistura de raiva e ressentimento.
Lilith não sabia que seu ódio não era dirigido a ela, mas sim a questões mais profundas e complicadas...
Antes que pudesse pensar em abordá-lo, Robby desapareceu com seu skate, deixando Lilith com um turbilhão de sentimentos não resolvidos.
A NOITE CHEGAVA, TRAZENDO a tensão que Lilith já esperava em casa: uma mãe pronta para despejar sua raiva.
— Andou aprontando na escola, né? — a mãe não esperou nem que ela fechasse a porta para começar o interrogatório.
— Aconteceu um acidente com alguns garotos, como o diretor já te contou — ela trancou a porta e deixou a chave pendurada.
— Foi uma tremenda vergonha para mim saber que você anda se envolvendo em brigas na escola. Pensei que fosse mais esperta do que isso.
— Agora você acha que eu sou esperta? — Lilith arqueou uma sobrancelha, resistindo ao impulso de retrucar com sarcasmo.
— Acho que me expressei mal. Não pensei que fosse tão idiota, não tanto do que já é.
— Parece que é o caso — Lilith sabia que era inútil discutir com a mãe quando ela estava nesse estado.
— Você deveria estar se aproveitando da ingenuidade desses garotos ricos para conseguir algo a seu favor, não batendo neles.
— O que te incomoda é que eu não estou extorquindo ninguém e sim revidando um simples ato de bullying? — Lilith franziu o cenho, exasperada.
Não era a primeira vez que ela ouvia esse tipo de crítica ácida da mãe, mas ainda assim doía.
— Sim, pense grande, nas inúmeras possibilidades.
— Prefiro não pensar nisso.
— Talvez se você fosse mais esperta, não viveríamos nessa miséria! — a mãe aumentou o tom de voz, apontando para o apartamento como um todo.
— Talvez se você tivesse um trabalho e não gastasse todo o dinheiro com cerveja não viveríamos na miséria! — Lilith retrucou, sua própria voz elevando-se em indignação.
— Vocês estão brigando de novo? — Apólo, que estava no quarto, saiu, parecendo preocupado.
Sem jeito, mãe e filha ficaram em silêncio, encarando as paredes enquanto a tensão pairava no ar.
Pelo menos nisso elas concordavam: era melhor deixar Apólo fora dessa rixa.
— Não se preocupe, não vamos brigar mais — Lilith forçou um sorriso ao irmão.
Lilith forçou um sorriso ao irmão, tentando dissipar a atmosfera pesada.
Antes de cada uma seguir para seu quarto, elas passaram lado a lado, trocando olhares intensos que falavam mais do que palavras.
LILITH DESPERTOU NA MANHÃ de sábado com a determinação de ir direto ao dojô, mas ao se preparar para sair, foi interrompida por Apólo, que acabara de acordar e perguntava pelo café da manhã. Sabendo que não podia deixar o irmão sem comer, ela rapidamente correu até o mercado ao lado e comprou alguns itens para preparar sanduíches. Embora desejasse oferecer algo mais substancial, a situação financeira apertada não permitia extravagâncias como bacon ou outros ingredientes caros.
— Aqui seu sanduíche, fofinho — ela colocou o prato dele na mesa, esperando que ele entendesse a limitação.
— Você não vai comer comigo? — Apólo perguntou, com um pedaço de torrada na boca.
— Não, tô atrasada pro treino — Lilith começou a dizer algo, mas interrompeu-se para não falar de boca cheia, retirando a torrada.
— Você tá sempre no treino agora — ele murmurou, cruzando os braços com uma expressão triste.
Lilith pôde sentir a falta que Apólo sentia dela. Dos momentos que costumavam compartilhar. Era uma raridade agora.
— Volto mais tarde. Prometo que faremos algo incrível.
— Tudo bem — ele respondeu, mordendo o sanduíche sem demonstrar muita confiança em sua promessa.
LILITH PEGOU O CARRO E PARTIU em direção ao dojô. Ela tentou chegar o mais rápido possível mais ainda assim chegou um pouco em cima da hora. Ao abrir a porta do local, se assustou com a quantidade de pessoas que haviam lá. Eram mais de uma dezena.
Ela vasculhou a multidão em busca de rostos familiares, esperando ver Miguel ou Aisha, mas foi surpreendida por uma visão inesperada: Demetri e Eli estavam conversando animadamente em cima do tatame.
— Veja só quem decidiu não ser mais o nerd atrás da tela de computador — ela brincou ao se aproximar dos garotos — Ainda bem que há tempo antes dos músculos atrofiarem.
— Pra sua informação, ficar no computador também é uma atividade que fortalece os músculos — Demetri respondeu com sua típica sagacidade.
— Músculos? Com esses bracinhos de piriquito? — ela provocou, beliscando o braço dele.
— Aí! — ele reclamou — Estou falando que fortalece os músculos cerebrais. Só figurativamente.
— Viemos treinar de verdade — Eli explicou.
— E posso saber o porque da mudança de opinião tão repentina? — Lilith perguntou, curiosa.
— Bem, vimos o que você e Miguel fizeram na escola. Quem não gostaria de derrotar qualquer um que mexesse com você?
— Verdade que é bem maneiro — Lilith concordou, sorrindo e dando um tapinha no braço de Eli.
— Lili! — Aisha chamou, interrompendo a conversa.
— Já falo com vocês — Lilith se dirigiu a Aisha, que estava perto do vestiário.
— O Sensei mandou fazer kimonos personalizados pra gente. Legal, né? — Aisha exibiu o kimono que já vestia.
— Muito — Lilith tentou demonstrar um pouco de animação.
— Tem um no vestiário pra você. Vai logo se vestir — Aisha a empurrou para dentro.
— Sim, senhora — Lilith respondeu, entrando no vestiário e fechando a porta atrás de si.
Quando Lilith saiu do banheiro, o dojo já estava agitado com os gritos de Johnny. Ela se apressou em se juntar a Miguel e Aisha enquanto os outros alunos se concentravam nas palavras do Sensei Lawrence.
O ambiente estava carregado de tensão à medida que Johnny examinava cada um dos presentes, avaliando não apenas suas habilidades físicas, mas também sua determinação e força de vontade.
— Camiseta legal — Johnny elogiou Demetri.
— Valeu — o pálido agradeceu, com um sorriso de canto.
— Mentira. É ridícula — retrucou Johnny, provocando risos na turma.
Johnny continuou sua inspeção, parando em frente a cada aluno com uma mistura de crítica e encorajamento.
— Um conselho. Se tiver dentes horríveis, não sorria — sugeriu, olhando para um rapaz de dentes tortos.
Ele andou um pouco mais e encarou um garoto mais novo que estava lá.
— Nossa, só de olhar para você eu me sinto um virgem — encarou o garoto de cima a baixo.
Ele caminhava lentamente entre a turma.
— Quando olho para esse dojô, eu não vejo alunos do Cobra Kai. Eu vejo perdedores, nerds, vejo um gordo tetudo com um boné engraçado — Lawrence parou em frente a turma — Mas em minha pouca experiência como Sensei, eu presenciei alguns milagres — o homem encarou seus alunos mais antigos com um pequeno sorriso — Então, talvez exista esperança. Primeiro, quero ver como estão. Todos em formação!
Todas as pessoas no dojô começaram a se entreolhar, confusas com as instruções.
— Quer dizer alinhar — Johnny explicou.
Todos se dirigiram para atrás de Miguel, Lilith e Aisha, formando três filas grandes atrás deles.
— Não, não em uma fila. Façam linhas. Linhas! — Johnny chamou a atenção de todos.
— Ta falando de fileiras? — Demetri questionou com uma sobrancelha arqueada.
Johnny afundou o rosto nas mãos, parecendo impaciente.
— Façam várias fileiras, pessoal — Lilith se propôs a ajudar o grupo.
Após alguns minutos com Miguel, Lilith e Aisha organizando o pessoal, todos estavam encarando Johnny, esperando o treino começar.
Johnny ordenou que todos começassem uma sequência de jab e direto, para que ele pudesse analisar as habilidades de cada um.
— Vamos. Corrija a postura. Firme os pés — ele ajeitou o garoto virgem enquanto andava pela turma — Yeah! — comandou os movimentos novamente — Tem certeza que é destro?
Ele continuou comandando o treino, gritando para que socássemos para frente.
— Tetas, pode fazer melhor que isso. Use seu peso. Pronto? — parou ao lado de um garoto gordinho.
Então, sua atenção se voltou para Eli, e um olhar de desaprovação cruzou seu rosto.
— Ei, Lábio — Eli foi chamado por Johnny, provocando murmúrios entre os alunos — O do lábio esquisito. Com quem acha que estou falando? — ele exclamou e Eli desviou o olhar.
— Com licença, Sr. Lawrence — Demetri interrompeu.
— Sensei Lawrence! — Aisha o corrigiu, com garra.
— Ta bom — Demetri deu uma pequena risada de deboche — Não devia tirar sarro da aparência física de alguém.
— Ah, é mesmo? — Lawrence arqueou uma sobrancelha, surpreso com a audácia de Demetri — Não devo mencionar o lábio dele?
— Bom, não — Demetri respondeu como se fosse óbvio.
— É, talvez ensinem isso na escola, mas no mundo real, não pode esperar que as pessoas ajam direito.
O constrangimento de Eli era evidente, e Lilith sentiu pena dele. Ele parecia tão desconfortável naquele momento.
— Ouviu, Lábio? Se não sabe lidar com isso, como vai lidar com um soco nos dentes?
— Chamando a polícia — Demetri respondeu, debochando.
— Demetri, cala a boca — Lilith tentou acalmar as coisas, mas sabia que a situação estava prestes a piorar.
— O quê? — Demetri olhou para ela, indignado — Ele sabe que os nazistas perderam a guerra, certo? — apontou para Johnny — Por que eu deveria ter medo dele? Porque tem uma cobra na parede? Ele não é um professor que pode nos dar uma nota ruim. Estamos pagando. Ele trabalha para nós. Ele não pode nos machucar — Demetri argumentou, desafiador.
Johnny olhou para Demetri com uma mistura de irritação e desdém, e Lilith sabia que as coisas estavam prestes a esquentar.
— Merda — Miguel murmurou, quando Johnny se aproximou de Demetri.
Todos se afastaram quando Sensei Lawrence ficou frente a frente com Demetri.
— Já terminou? — Johnny questionou.
— O quê? — Demetri recuou um pouco.
— Bata em mim — Johnny pediu, seus olhos brilhando com a promessa de um desafio.
Demetri permaneceu imóvel, sem saber o que fazer.
— Vá em frente, me bate. Me bate aqui — Lawrence apontou para seu próprio rosto.
Demetri entrou em posição de luta e desferiu um golpe na intenção de acertar Johnny. O Sensei não teve dificuldade em bloquear sua mão, aquele soco foi ridiculamente fraco.
— Mais forte — Johnny pediu.
Demetri se recompôs e acertou outro soco, que novamente foi defendido.
— É o seu melhor, princesa? — o loiro o provocou.
Miguel e Lilith se entreolharam, preocupados com a situação, já sabendo o que estava por vir.
Quando Demetri tentou outro soco, dessa vez mais forte, Johnny agarrou seu braço e o derrubou de costas com muita facilidade.
Enquanto todos estavam surpresos com sua atitude, Johnny se aproximou de Demetri no chão, ameaçando socá-lo no peito. Antes que pudesse fazer, se levantou.
— Que sirva de lição para todos — ele declarou, sua voz ecoando no dojô.
Com um misto de dor e constrangimento, Demetri se ergueu do chão, sentindo-se mais vulnerável do que nunca diante de seus colegas.
Johnny, com uma expressão sombria, deu a ordem para que todos fossem embora, deixando claro que não tinha mais nada a ensinar naquele momento.
Eli estendeu a mão para ajudar Demetri a se levantar, compartilhando o peso do fracasso do amigo.
Enquanto as pessoas saíam do dojo, Miguel e Lilith se aproximaram, preocupados com o estado de Demetri.
— Você está bem? — Miguel perguntou, observando a frustração estampada no rosto de Demetri.
— Não! — respondeu Demetri, sua voz carregada de raiva e desapontamento.
— Você é muito burro, Demetri — repreendeu Lilith, seu tom de voz transmitindo uma mistura de frustração e preocupação. — Deveria ter me ouvido quando te mandei calar a boca.
Demetri rolou os olhos em resposta, mostrando sua teimosia habitual.
Eli permaneceu em silêncio, absorvendo a situação com uma expressão séria.
— Vamos para casa, Eli — Demetri chamou, aceitando sua derrota com resignação.
Eli lançou um último olhar para Lilith, que respondeu com um sorriso de encorajamento, transmitindo e ele um apoio silencioso enquanto eles se afastavam do dojô.
Oi, meus queridos leitores! Como estão?
Peço perdão pelo desaparecimento de quase um ano. Nada que não aconteça na vida de uma escritora kkkkk
Gostaria de deixar claro que jamais vou abandonar essa fanfic, ela é meu xuxuzinho das fanfics.
Sinceramente, estou sem inspiração alguma, mas vou tentar postar toda semana para vocês.
A propósito, tenho um perfil no tiktok onde posto algumas coisas sobre minhas fanfics. Quem quiser seguir, o @ é @lawletters tbm.
Espero que gostem! 🫶
S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.
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