𝟢𝟢𝟫 ┊ 𝗆𝖾𝗋𝗋𝗒 𝖼𝗁𝗋𝗂𝗌𝗍𝗆𝖺𝗌
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FELIZ NATAL
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"Estou perplexa, corando todo o caminho até em casa
Eu vou passar a eternidade me perguntando se você sabia...
Eu fiquei encantada em conhecer você"
Taylor Swift — Enchanted
PARA LILITH, O NATAL ERA apenas mais um dia vazio, cheio das tradições bregas que todos amavam e seguiam à risca. Em sua família, nunca houve nada como ceias festivas ou presentes brilhantes sob a árvore. Não era só a pobreza que impedia, mas também o espírito amargo de Diana.
— Eu odeio o Natal — ela desabafou com seus amigos nos momentos finais da aula.
A única consolação eram as duas semanas de folga por conta do feriado.
— Como você pode odiar o natal? É um feriado mágico. A troca de presentes é minha parte preferida — Eli expressou sua incredulidade.
— Só se for pra você, aspirante a duende do Papai Noel — Lilith rebateu com uma pontada de sarcasmo.
— Por que não gosta do natal? — Demetri indagou, curioso.
— Acho que a falsidade me irrita — mentiu, escondendo a verdadeira razão — As pessoas compartilham o "espírito natalino" com as outras como se realmente não fossem um lixo nos outros dias — talvez não fosse só por essa razão, mas esse motivo também a irritava.
— Mas essa é o intuito, tratar as pessoas bem, ficar com a família e essas coisas — Moskowitz argumentou.
— Mesmo assim, isso me irrita.
Apesar da personalidade de Lilith sempre ser assim, de mal com o mundo, Miguel percebeu que seu ódio pelo Natal era excepcionalmente intenso. Ninguém odiava tanto uma festividade sem uma razão mais profunda por trás. Talvez fosse um trauma, ou algo assim.
MAIS TARDE, ENQUANTO LILITH mergulhava nas páginas de um livro, batidas na porta interromperam sua tranquilidade.
— O que foi? — ela perguntou, erguendo o olhar para encontrar Miguel parado à sua frente.
— É que... — ele hesitou, visivelmente nervoso — Queria te convidar para passar o natal com minha família. Você, seu irmão, sua mãe também pode vir.
— Você esta falando sério? — Lilith se aproximou da geladeira em busca de algo para beber, e Miguel a seguiu — Não ouviu quando eu disse que odeio o natal?
— Ouvi muito bem, na verdade. É por isso que vim até aqui, para te mostrar como o Natal pode ser especial quando passado com as pessoas que se amam.
Lilith quase engasgou com o suco ao ouvir suas palavras. "Pessoas que amam"? O que ele queria dizer com isso?
— Provavelmente minha mãe chegará tarde e bêbada hoje. Tem promoção nos bares da cidade — ela evitou encarar Miguel.
— Mas isso não é motivo para que você e seu irmão não venham.
— Onde nós vamos? — Apólo saiu do quarto, curioso.
— Bom, vocês podem jantar com a gente hoje à noite — Miguel sorriu para o garoto — Isso se Lili deixar de ser ranzinza.
— Sério? Podemos ir, Lili? Por favor! — Apólo implorou, seus olhos brilhavam com a ideia.
Lilith alternou o olhar entre Apólo e Miguel, ambos cheios de entusiasmo e esperando sua resposta.
— Tudo bem, não é como se tivéssemos planejando algo mesmo — ela finalmente cedeu, e os dois garotos comemoraram com um toque de mãos no ar.
— Esperamos vocês às 20:00 então.
ÀS 20:00 EM PONTO, os dois irmãos desceram as escadas em direção ao apartamento dos Diaz. Não estavam muito arrumados, mas vestiam roupas melhores do que o habitual.
Assim que bateram à porta, ela se abriu rapidamente.
— Que bom que vieram! — Carmen os recebeu com um sorriso caloroso.
Ela abraçou os dois, e mesmo que não estivessem acostumados com demonstrações de afeto, aceitaram o gesto com gratidão.
— Hola, como estão? — a avó de Miguel se esforçava para falar a língua deles.
— Muito bem, ficamos felizes pelo convite.
— Miggy, Lilith e Apólo chegaram e o jantar está quase pronto! — Carmen chamou Miguel.
Levando Lilith e Apólo até o sofá, Carmen logo se juntou a eles. Pouco depois, Miguel se juntou ao grupo.
— Olha como você está elegante — ele sorriu para Lilith — Sair um pouco de casa parece ter feito bem.
— Essas velharias? — ela olhou para suas roupas — Nada demais.
Enquanto Miguel e Apólo começavam uma conversa animada sobre jogos ou desenhos, Lilith se ofereceu para ajudar Carmen e Rosa a colocar a mesa. Alguns minutos depois, todos estavam sentados, prontos para fazer uma oração.
A maior parte da oração foi em espanhol, mas todos deram as mãos e fecharam os olhos em união.
— Amém — disseram no fim.
Aquela família tão unida no natal fazia Lilith repensar sobre seus conceitos quanto ao feriado. Talvez ela só odiasse por não ter lembranças felizes na época, mas quando se passa com as pessoas que gosta, o natal pode ser mágico.
Com o canto dos olhos, Miguel observava Lilith com um sorriso, enquanto ela conversava animadamente com Carmen. Era a primeira vez que a via tão feliz, e isso o deixava incrivelmente realizado. Estava contente por poder proporcionar aquela experiência à sua amiga.
— E como vai na escola, Lilith? — Carmen perguntou.
— Acho que tudo bem, nada para me gabar — respondeu enquanto experimentava um pouco de cada prato.
— Mentira — Miguel interferiu, brincalhão — Ela é maior nerdona, só não deixa que os outros saibam.
— Não me explana assim! — Lilith brincou, dando um tapinha leve no braço do amigo.
— Que bom, os estudos são uma parte importante na vida de qualquer um — Carmen comentou, sorrindo — E sobre faculdade, já pensou sobre isso?
— Na verdade não, não sei se essa seria uma possibilidade para mim.
Faculdades são tão caras, Lilith jamais poderia pagar por aquilo.
— É uma possibilidade para todos, por isso existem várias bolsas de estudo.
— Quem sabe em um futuro próximo não começo a me preocupar com isso — ela sorriu, encerrando o assunto.
O jantar foi muito bom, e no fim, todos foram para a sala jogar mímica.
Miguel fazia gestos estranhos com a mão enquanto Lilith tentava adivinhar.
— Um cachorro! — ela arriscou.
Miguel assentiu, mas continuou com sua representação.
— Um cachorro dançarino? — Lilith observou a dança peculiar que Miguel executava.
Ele confirmou novamente, mas começou a girar as mãos para cima.
— Um cachorro bailarino? — Lilith franziu a testa, tentando decifrar.
— Isso! — Miguel e ela se cumprimentaram com um high five animado.
— Não sei não em, Miggy. Acho que você e Lilith estão roubando — Carmen brincou, rindo da cena.
— Não estamos! — Miguel protestou — Não tenho culpa se somos uma dupla imbatível — ele colocou o braço em volta dos ombros pálidos de Lilith.
Na mesma hora que ele fez isso, a platinada sentiu um arrepio por todo o seu corpo. O que seria isso? Está certo que normalmente ela que faz isso com o garoto apenas para provocá-lo mas por que se sentiu assim de repente?
Com todos os pontos somados, ficou claro que Lilith e Miguel eram os vencedores da partida.
A noite foi incrível, e Lilith estava convencida de que o Natal podia ser uma data maravilhosa.
NA HORA DE SE DESPEDIREM, Miguel acompanhou os dois garotos até a porta, mas para Lilith, aquele momento era mais do que uma simples despedida.
— Tenho uma coisa para vocês, para os dois — com isso, ele pegou uma sacola atrás da porta — Isso é para você — entregou um pequeno vídeo game portátil antigo para Apólo.
— Para mim? — Apólo perguntou, surpreso.
— Sim, sei que é simples, mas não queria que você ficasse sem presente.
— É o melhor do mundo — agarrou o jogo com um sorriso largo.
O sorriso radiante de Apólo aqueceu o coração de Lilith, mas era Miguel quem ocupava todos os seus pensamentos naquele momento.
— O que você diz ao Miguel?
— Obrigada, Miguel. Você é incrível — Apólo nem sequer olhou para cima, tão concentrado estava no jogo.
— De nada, garotinho — Miguel sorriu ao ver a felicidade do garoto.
— Posso subir para jogar, Lili? Não quero mais esperar.
— Tudo bem. Vai lá — apontou para as escadas com a cabeça e ele subiu correndo.
Miguel sorriu, e seus olhos encontraram os de Lilith. Em seu olhar, ela viu algo que a fez perder o fôlego por um instante. Era como se ele entendesse tudo o que ela estava sentindo, como se pudesse ver através dela e alcançar seu coração.
— Não precisava fazer isso.
— Precisava sim. Tem algo para você também.
Quando ele entregou a caixa para Lilith, suas mãos tremeram ligeiramente. Ela abriu a caixa com cuidado e encontrou uma pulseira simples lá dentro. Sem pingentes extravagantes, apenas algumas bolinhas adornando-a, mas era bonita mesmo assim.
— Miguel, eu realmente não posso aceitar — Lilith disse, mas sua voz falhou um pouco, denunciando a emoção que ela tentava conter.
— Pode sim — ele tirou a pulseira da caixa e segurou o braço de Lilith, colocando-a delicadamente — É um presente, para ver se todo esse seu ódio pelo natal passa — brincou, mas havia uma ternura genuína em sua voz.
— Mas deve ter sido caro.
— Isso não importa.
— Me sinto mal por não ter comprado nada pra você — ela estava envergonhada.
— Não se preocupe, não comprei isso para receber um presente em troca, comprei porque realmente gosto da sua amizade.
Existe alguém com o coração mais puro que Miguel? Este garoto é perfeito, era oque Lilith achava.
Os olhos de Lilith encontraram os dele, e nesse momento, ela soube que algo estava mudando dentro dela. Havia uma conexão entre eles, algo que ela não podia mais ignorar. Ela sentiu as "borboletas" no estômago, e pela primeira vez, ela não as atribuiu ao Natal, mas sim a Miguel.
Desculpa o sumiço, não vou parar com a fic não, tenho um carinho enorme por todas que escrevo.
Realmente esses dois tem química, e essa é uma quedinha passageira talvez. Lembrando que a fic é do Robby mas a personagem vai se envolver com várias pessoas ao decorrer da história. Não fiquem muito apegados com a ideia de casal perfeito com o Robby, porque se tem uma coisa que esses dois não são, é perfeitos.
Espero que gostem!❤️
S C A R S
© 𝖻𝗒 𝗅𝖺𝗐𝗅𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋𝗌, 2022.
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