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𝓟𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄.


A MÚSICA CLASSICA ecoava pela arena junto ao barulho da lamina dos patins contra o gelo, os movimentos da menina eram tão precisos e calculados mas ainda sim suaves, ao ponto de se esquecer as perigosas armas que tinham no solado da bota.

O holofote sobre ela a impedia de enxergar os espectadores, porém ela podia sentir o olhar deles enviando uma descarga de adrenalina para o seu corpo junto a rajada de vento gelado, devido aos movimentos bruscos da coreografia, o salto se aproximando cada vez mais.

A garota respirou fundo preparando para o salto, atingindo a velocidade adequada, os pés saindo do chão, uma pirueta, duas, três...

── Terra chamando Theodora — os pensamentos da garota foram interrompidas pela voz masculina no volante, a jovem retirou o fone de ouvido, voltando sua atenção para o pai — Você está bem?

O ruído baixinho do radio preenchia a falta de palavras entre eles e o cheiro das flores ainda estava presente no automóvel, Christopher manteve os olhos na estrada checando a loira pelo canto do olho.

Ela não está no gelo.

A realidade atinge Theodora rapidamente, como uma chuva de verão.

── Eu só sinto a falta dela... — a jovem falou suspirando, o cheiro de lírios invadindo as narinas com abundancia.

Era o ultimo dia do verão, o dia que os dois se reuniam para deixarem flores no túmulo de Winter Young, a mãe da garota, todos as outras datas eram passiveis a imprevistos exceto essa, era uma tradição.

A jovem Young levou a mão ao pescoço, segurando o pequeno pingente de floco de neve no seu colar, ao menos a menina sabia que não estava sozinha, sempre teria um pedaço de sua mãe em si.

── Eu sinto a falta dela também, Theo — Chris respondeu, um pequeno sorriso se formando nos lábios da garota — Ela estaria orgulhosa de você.

O homem sorriu de volta. O luto entre eles nunca deixou de existir, mas juntos iam aprendendo a lidar com a falta que Winter fazia na grande casa, dia após dia, ano após ano.

O resto da viagem seguiu em um silencio confortável, os dois murmuravam algumas canções que tocavam no radio enquanto Theodora batucava o pé na batida da música.

Os Youngs não eram ricos como os LaRussos, entretanto possuíam uma qualidade de vida elevada e uma casa agradável em um bairro próximo a Reseda. Ao parar o carro em frente a garagem da casa azul claro, Christopher retira o cinto de segurança checando o relógio.

── Merda, acho que teremos que pedir o jantar — ele disse enquanto sua filha sorria vitoriosa abrindo a porta do carro.

── Pizza?

── Sempre — o homem concordou com um sorriso enquanto os dois saiam do automóvel, em direção a casa.

Algumas horas mais tarde, Theodora desceu as escadas correndo se jogando ao lado do pai no sofá que assistia um filme dos anos 80, confortavelmente, comendo o resto da pizza do jantar e tomando um refrigerante.

── Você já assistiu esse filme um milhão de vezes — Theo resmungou tentando pegar o controle remoto para mudar o filme enquanto Patrick Swayze e Jennifer Grey dançavam na tela.

── Ei, Dirty Dancing é um clássico! — Chris deu um tapinha na mão da garota, fazendo o objeto cair no sofá — O que você quer Teddy?

A jovem tinha um sorriso misturado com uma cara chocada pela ação do mais velho e o uso do apelido de infância, combinados. A garota se aninhou ao lado do pai.

── Posso usar seu carro? — a pergunta foi feita em um suspiro só e pela primeira vez desde o inicio da conversa o Young mais velho retirou os olhos da tela, analisando a filha.

── Você não vai dirigir e beber né? — ele mantinha os olhos cerrados em direção a loira. Os diálogos do filme rolando ao fundo, Christopher não se incomodou em pausar afinal ele sabia o filme de cabeça.

── É isso que você pensa da sua própria filha? — Theodora colocou a mão sobre o peito fazendo drama — Que eu sou uma irresponsável que vai bater seu carro em uma árvore?

A reação exagerada arrancou uma risada do de cabelos castanhos.

── É isso o que eu espero de todos os adolescentes — o mais velho comentou, dando um gole da latinha de refrigerante.

── Por favor? Por favorzinho? — a garota juntou as mãos implorando, arrancando mais um sorriso do mais velho — Eu trago um chocolate para você...

O Young mais velho pareceu pensar por alguns segundos antes de se manifestar.

── Não ouse arranhar meu carro — Chris disse, bagunçando as madeixas loiras de Theo que se levantou em um pulo.

── Pode deixar, capitão — a garota respondeu com um sorriso colocando a jaqueta de couro preta e pegando as chaves próximo a porta.

Theodora gostava de dirigir a noite pela simples sensação do barulho do motor misturado com a maresia do vento de Los Angeles. As vezes, mesmo sem um objetivo, a garota treinava sua direção ao redor da cidade ouvindo uma playlist que envolvia desde Ozzy Orsborn até Taylor Swift.

E era extremamente isso que a loira fazia, cantarolando baixinho enquanto batia os dedos na direção. A Young parou em frente a uma pequena loja de conveniência já conhecida, desligando o motor e pegando celular e dinheiro.

O sino na porta anunciou sua entrada, a garota cumprimentou o atendente, ignorando a presença de um homem loiro acabado, na opinião de Theodora, que escolhia milimetricamente uma fatia de pizza, irritando o homem do outro lado do balcão.

── Essa aqui — o loiro apontou contra o vidro, ao mesmo tempo que Theo adentrava um corredor procurando pela marca que sempre usava de tinta de cabelo — Você não deveria usar luvas?

Antes que o atendente fosse obrigado a responder a pergunta, o sino da loja tocou novamente, um garoto de pele morena e cabelos curtos escuros cumprimentou o homem atrás do balcão, falando em espanhol.

── Pode colocar num prato? — o homem loiro perguntou mal humorado. Fazendo a Young e o garoto desconhecido no outro corredor fazerem contato visual, algumas pessoas são desnecessariamente rudes.

A garota pegou a caixa da tinta de cabelo e dois chocolates antes de adentrar a pequena fila que se formava em frente ao caixa. O homem loiro lançando olhares de canto para os dois jovens.

── Minha avó está passando mal — o garoto respondeu amigável, apontando para o remédio em suas mãos.

── Não perguntei — a resposta seca do mais velho fez Theodora morder os lábios para abafar uma risadinha. Um homem mais velho dando patadas do quinto ano para um garoto pelo menos trinta anos mais novo era hilário — Como se fala "Me dá logo essa pizza" em espanhol?

Wow. Certamente alguém acordou com o pé esquerdo hoje.

O atendente resmungou algo em sua língua materna em resposta, fazendo o garoto e a garota na fila sorrirem. Theodora sabia que as aulas de espanhol da que tinha no colégio valeriam de algo afinal.

── O que você acabou de dizer? — o homem cerrou os olhos tentando parecer ameaçador — O que ele disse?

── Esquece — o garoto respondeu, enquanto o loiro continuava a insistir — Ele disse que o seu é pequeno...

A cara do homem foi impagável e os segundos que seguiram arrancaram uma risada baixa de Theo, enquanto o loiro jogava o dinheiro sobre a bancada, arrancando a pizza da mão do atendente e saindo do estabelecimento.

── Tá aí algo que eu não esperava ver em uma noite de sábado — Young comentou colocando as mercadorias sobre o balcão — Eu nunca vi você por aqui.

── Minha família acabou de se mudar. Miguel Diaz — o garoto estendeu a mão para a loira amigavelmente.

── Theodora Young — a garota o cumprimentou — Mas meus amigos me chamam de Theo.

Os adolescentes conversaram por enquanto ambos pagavam suas mercadorias. O sino tocou novamente e um grupo de garotos entraram na loja voando em direção aos refrigeradores que continham bebida alcoólica.

Os próximos segundos aconteceram tão rapidamente que Theo ficou confusa, Miguel fez uma pergunta inocente sobre os garotos estudarem com a Young, fazendo o atendente descobrir que eram todos menores de idade, ou seja, tchauzinho cerveja. Quando a garota se deu conta o Diaz estava sendo empurrado contra a porta, para fora do estabelecimento.

── O que está pensando? Por que entregou a gente? — o garoto asiático, que a Young conhecia bem, gritou. Kyler Park era um completo babaca, com histórico de implicar com todos os alunos, incluindo a garota, e parece que ele tinha acabado de encontrar seu novo alvo.

── Eu não sabia que vocês iam comprar cerveja. Me desculpem — Miguel implorou, mas era tarde demais, o seu corpo foi empurrado contra o chão, fazendo a sacola com sua mercadoria voar longe.

── Deixa ele em paz, Kyle! Vocês podem comprar bebida em outro lugar — Theodora gritou, saindo da loja em passos firmes com a sacola na mão.

── Você já é sortuda o suficiente que minha ética não permite que eu bata em mulher, Young! — o garoto rebateu, com o tom de voz elevado. Era uma cena um tanto quanto cômica de se ver, Theodora não era baixa mas o Park era alto e forte, era um lutador no clube da escola. Alguns metros separavam os dois mas o asiático apontava ofensivamente para a loira e mesmo assim a garota não parecia amedrontada.

── Eu não sabia que você tinha ética, babaca! — a Young clamou, Kyle tinha um sorriso debochado no rosto.

── Olhem o que temos aqui — um dos garotos, que Theo não sabia o nome, exclamou, jogando o remédio que o Diaz havia acabado de comprar nas mãos de Kyle.

── Merda, alguém está com diarreia — o asiático falou, analisando o rótulo da embalagem. A risada dos garotos fez o sangue da menina ferver, grandes babacas.

── Ei, vamos chamá-lo de Reia! — outro garoto comentou, arrancando mais risadas do grupo.

Miguel, agora já em pé, aproveitou o momento para tentar alcançar o medicamento nas mãos do Park, que desviava rapidamente, trocando a embalagem de mão em mão.

── Devolva, cara. É pra minha avó.

── Ah, é pra sua avó? Droga, desculpe, cara — Kyle parecia arrependido se aproximando do garoto — Você quer? Pode ficar com tudo.

Antes que Theodora pudesse se quer piscar, o valentão despejou o liquido sobre o Diaz, o garoto agora estava coberto pelo medicamento.

── Babaca — o latino e a loira resmungaram em uníssono.

── O que você disse, Reia? — a resposta fez os olhos de Theo se alarmarem ao verem o asiático dando meia volta, em direção ao garoto.

Mas antes que Miguel pudesse se explicar ou se defender, Kyle acertou um soco no estômago dele, fazendo o garoto se curvar e cair no chão.

Theodora não podia ficar parada, essa não era sua luta, mas ela odiava Kyle, odiava o grupo de amigos dele e acima de tudo odiava injustiça. Ela mal conhecia o Diaz mas assim que viu o garoto atingir o chão, ela partiu pra cima do Park o empurrando.

── O que caralhos tem de errado com você? — a Young era magra e fraca e o asiático era uma muralha, o que resultou em apenas uma risada do mais alto enquanto a loira o golpeava violentamente com a sacola. Um dos garotos do grupo rapidamente segurou a garota pela cintura, afastando-a da briga.

── O que tem de errado, Reia? Não consegue se defender sozinho? Precisa de ajuda da sua namoradinha? — Theodora se debatia, mas os pés estavam fora do chão e os braços que a seguravam eram muito mais fortes que ela. Kyle continuou golpeando o garoto, mesmo com os gritos da loira, até empurra-lo em cima de um automóvel vermelho, chamando a atenção do dono. O homem loiro da loja.

── Deixe o nerd e a garota em paz — o homem manda, fazendo o aperto em volta da garota afrouxar. Theo se liberta do garoto, se aproximando do Diaz.

── E esse cara? Comendo na conveniência como um vagabundo.

── Espera! Eu acho que eu conheço esse cara. É o idiota que limpou o esgoto do meu pai.

── Bom isso explica porque ele cheira a merda — mais risadas do grupo, o clima cada vez mais tenso.

── Olha, vocês estão irritando o cara errado no dia errado, está bem? — o homem loiro, responde.

── Dê o fora daqui, fracassado — Kyle empurra o mais velho, o fazendo cambalear. Tudo acontece tão rápido, igual da primeira vez. Quem ataca primeiro é o homem, chutando a cara do asiático de uma maneira que Theo so achava possível nos filmes de ação.

O Park cai no chão assim como Miguel havia caído alguns segundos atrás, o resto do grupo se prepara pra atacar, mas os esforços são inúteis, o homem parece saber o que faz enquanto bloqueia golpes e difere chutes e socos nos adolescentes.

── Definitivamente não era o que eu esperava de uma noite de sábado — a garota exclama ao lado de Miguel, enquanto os valentões se encontram todos no chão e o homem encara os dois adolescentes, ofegante.

── Puta merda, como você... — cedo demais, Kyle joga por cima do homem. Os dois rolam no chão por alguns segundos, em uma confusão de socos, antes de levantarem, o mais novo dando um mata leão no loiro.

── Qual o problema? Dificuldade pra respirar? — o asiático provoca. O homem segura o cotovelo do adolescente, se inclinando pra frente e jogando o valentão no chão.

A luta não acabou ainda. Os adolescentes se levantam, tentando mais uma vez e falhando miseravelmente. Todo o grupo de garotos está no chão novamente antes das sirenes de polícia se aproximarem.

Theo e Miguel não podem fazer nada, enquanto uma viatura policial chega no local. Os policiais contém o homem usando spray de pimenta e o levam para a delegacia.

Ali parada ao lado de um garoto que acabou de conhecer, em choque pela confusão, Theodora acaba de perceber uma coisa: Esse vai ser tudo menos um ano normal.

── Ei... Você quer uma carona pra casa?

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