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𝑿𝑰𝑿. sherlock and holmes.

CAPÍTULO DEZENOVE
Sherlock e Holmes.

JOHNNY LAWRENCE já havia feito Theodora Young fazer coisas estupidamente inconsequentes, como treinos de karatê pesados em ferros velhos, entrar dentro de um caminhão de cimento, invadir o festival de All Valley com um número improvisado, se meter em uma briga violenta na escola por conta de karatê... Mas perseguir um carro em movimento? Essa era a primeira vez.

Theo havia deixado a bolsa no hospital com os Diaz e resolveu seguir dirigindo atrás do LaRusso e do Lawrence. Por que? Honestamente ela não tem a resposta. Era uma ideia estúpida em muitos níveis, à começar pela bronca que levaria de Christopher se ele descobrisse, afinal o carro era dele, e em seguida o que ela faria se os dois mais velhos realmente encontrasse o Keene?

Quebrar o nariz dele de volta parecia uma opção razoável.

Estava pensando em dar meia volta e desistir mas a sua curiosidade falava mais alto, como um letreiro em luz neon piscando incansavelmente e tirando o foco da garota das coisas que realmente importavam.

Daniel e Johnny (ou como Theo havia apelidado carinhosamente graças à missão: Sherlock e Watson) haviam feito as paradas mais estranhas possíveis, primeiro em uma clinica de reabilitação, logo em seguida um presídio, um posto de gasolina e agora estavam parados fora de uma oficina suspeita.

A garota estava estacionada na entrada da rua, distante do carro do LaRusso, espionando pelos vidros do automóvel enquanto batucava o volante impaciente, no ritmo de uma música do Queen que tocava na rádio.

Ela pensou novamente em voltar ao hospital, segurar a mão de Miguel mais uma vez enquanto compartilhava com Carmen suas poucas e fracas esperanças, como ambas haviam feito durante semanas. Mas então a imagem foi inundada pelo grito do Diaz enquanto caia escada a baixo.

Theo sacudiu a cabeça focando no presente. Ela precisava fazer isso.

── Foi você que me procurou, LaRusso! — a Young se assustou momentaneamente quando Johnny saiu aos gritos da oficina, seguindo Daniel. O loiro mais velho estava ofegante e seus machucados pareciam piores do que nunca — Não faça isso de novo!

── Relaxa. Não farei — o LaRusso se virou revoltado gesticulando loucamente — Não consigo acreditar que você deu aula para adolescentes.

── E você é um ótimo professor. Olhe o que aconteceu com Robby! — a resposta afiada fez Daniel congelar onde estava com a porta do carro entreaberta.

── Pelo menos, eu estou disposto a admitir quando erro. E talvez eu tenha errado. Ou talvez, ele parecesse demais com você.

Johnny analisou o inimigo incrédulo por alguns segundos, antes de dar meia volta e caminhar em direção a mini van, supostamente roubada pelo Keene.

── Aonde está indo? — perguntou Daniel. A mesma face abatida de quando ele falou com Theodora no cemitério, como se o calor do momento o afetasse e ele falasse mais do que deveria.

── Eu tenho outro lugar pra ir — o loiro respondeu, batendo a porta e arrancando o carro.

Theodora engoliu em seco, dividida entre seguir Johnny e esperar Daniel. Ela sabia que não deveria está ali, invadindo uma conversa pessoal. Seus dedos apertaram o volante um pouco mais firme, amaldiçoado sua decisão de espionar os mais velhos.

Até o telefone do LaRusso tocar.

── Alô? Não, estou sozinho... Calma, devagar. Ele está aí? — uma pausa de segundos que pareceu ter durado anos — Certo. Estou a caminho.

Theo assistiu quase que hipnotizada enquanto Daniel entrava no carro e dava partida. Suas mãos tremiam enquanto ela girava a própria chave na ignição, seguindo o homem.

A cabeça da garota estava em outro plano, ela dirigia no automático enquanto pensava em inúmeras possibilidades. Quanto mais perto de Robby mais seu coração acelerava e as palmas das mãos suavam em uma ansiedade crescente.

Antes que pudesse perceber, o LaRusso parou em frente a clínica de reabilitação visitada mais cedo. A Young assistiu de longe enquanto o mais velho saltava do carro agilmente, acelerando o passo em direção ao rico edifício.

Theodora desligou o carro. O motor parou de roncar e o radio de chiar, só a respiração dela preenchia o ambiente.

O Keene estava ali, naquele edifício, impune. Fugindo das consequências dos seus atos. E Daniel iria protege-lo até o fim, afinal ele era seu primeiro pupilo além da própria filha.

A loira não podia descer do carro. Seria burrice alertar sua presença para o garoto e contar com a possibilidade de uma fuga. Ao invés disso ela enxugou as mãos suadas na calça jeans, procurando o celular no banco do passageiro e ignorando as mensagens da Srta. Diaz e do seu pai.

Os dedos trêmulos procuraram pelo ícone do telefone, discando os números com um pouco de dificuldade e colocando o celular no ouvido.

Uma chamada. Duas chamadas. Três chamadas.

Até que na quarta alguém finalmente atendeu.

── Polícia de All Valley. Como posso ajudar? — a voz no aparelho quase fez a garota saltar de susto, o coração batendo desordenadamente na caixa torácica.

── Eu gostaria de fazer uma denúncia. Anônima. Sobre Robby Keene, o garoto da briga da escola — um barulho de teclado ecoa levemente do outro lado quando a atendente pede mais detalhes e Theodora os deixa escorrer pela língua tão fácil quanto arrancar doce de criança, informando o endereço da clínica de reabilitação.

Quando a ligação se encerra só sobra o silêncio. Está feito.

Theo respira metodicamente, inalando com o nariz e exalando com a boca, durante os dez minutos mais longos da sua vida, até duas viaturas policiais surgirem no fim da rua.

A Young assiste de camarote os oficiais de uniforme e armados adentrando o edifício. Ela respira fundo se agarrando ao volante. Mais uma eternidade parece se passar até a confusão finalmente explodir.

Uma multidão de pesssoas internadas na clínica se reunem na entrada assistindo Robby algemado, com seus cabelos cortados e roupas amarrotadas, sendo levado por um policial até uma viatura. Uma mulher de cabelos loiros, que Theo reconhece imediatamente como Shannon Keene, a mãe do garoto, tem as mãos sobre os lábios enquanto tenta abafar um soluço assistindo a cena.

E por ultimo há Daniel, seguindo desesperado o jovem algemado, implorando para ele ouvir suas palavras, jurando que não foi ele quem chamou a policia mas que o Keene ficaria bem, afinal os LaRussos tinham bons advogados.

As palavras do mais velho pareciam vazias para o garoto, em fase de aceitação da sua punição. Antes de entrar na viatura Robby cometeu o erro de olhar ao redor, sendo atraído para os olhos dela como um imã.

A espinha de Theo gelou, enquanto ela engolia em seco, sentindo-se mais vulnerável do que nunca a mercê do olhar do Keene. Não havia raiva nos olhos verdes dele, como ela esperava que tivesse, só uma profunda melancolia e culpa que transpassava as entranhas da Young com violência.

O policial o empurrou para dentro do automóvel batendo a porta em seguida.

Theo sentiu que podia finalmente respirar quando a viatura arrancou com suas luzes azuis e vermelhas piscando em plena lua do dia. Entretanto, o alívio que tanto almejou sobre esse momento não veio. Só o imenso vazio e o coração palpitando sobre a garganta fechada.

O som do telefone tocando no seu colo, a fez acordar dos devaneios. A loira limpou a garganta antes de atender.

── Alô?

── Onde está você? — Christopher pergunta do outro lado da linha, parecendo levemente agitado.

── Saí pra dirigir. Precisava pensar um pouco — se isso fosse uma conversa ao invés de uma chamada, Theodora podia imaginar o pai acenando com a cabeça positivamente.

── A Srta. Diaz me ligou — o coração da garota se contorceu novamente esperando pelo pior — Miguel acordou. Ele perguntou por você.

˚ ⊹˚.⋆ ₊

Theodora torceu para que seu pai não recebesse nenhuma multa devido ao jeito imprudente que ela havia dirigido até o hospital, ultrapassando o limite de velocidade permitido.

A garota mal podia ouvir as conversas baixas nos corredores enquanto seu coração batia tão alto, fazendo o sangue fluir pelos ouvidos. Ela brincava com o adesivo de visitante preso a camiseta de manga vinho que utilizava, caminhando rapidamente em direção ao quarto que visitava todos os dias durante um mês, quando foi interceptada por um dos alvos do seu plano de espionagem mais cedo.

── Ei garota — Johnny limpou algumas lágrimas fungando disfarçadamente, os machucados no rosto dele pareciam piores de perto — Como estão suas costelas?

── Melhores. Eu parei com os analgésicos e não sinto mais dor — respondeu a mais nova, depois de divagar por alguns segundos, desviando o olhar para os próprios tênis azuis marinhos. Não conseguia encarar o Lawrence depois de tudo que tinha ouvido mais cedo e muito menos depois de ter mandado o filho dele para o reformatório — Minha doutora disse que eu posso tirar as bandagens próxima semana.

── Isso é ótimo — um silêncio esquisito se estendeu enquanto ambos se entre olharam, o mais velho limpou a garganta — Desculpe... Por não ter vindo lhe visitar....

── Não se preocupe. Eu não estava muito afim de receber visitas de qualquer forma — a Young soltou um riso nasalado sem graça, trocando o peso do corpo de um pé pelo outro.

O mais velho concordou com a cabeça, usando a deixa pra se retirar se despedindo com um sussurro. Theodora seguiu na direção oposta mas só conseguiu dar dois passos, antes de parar e virar.

── Sensei — Johnny se virou com o coração apertado, enquanto a loira mantinha os olhos no dele com uma feição seria — Não foi sua culpa.

O jeito gentil que Theodora havia o tratado em contraste com a raiva de Miguel recém acordado do coma, seus dois melhores alunos, despertaram um turbilhão de emoções submersas no mais velho. Apesar das palavras da garota, ele sabia que pelo menos uma culpa parcial era sua. Ele acenou positivamente com a cabeça antes de se virar e seguir seu caminho para esconder as lágrimas.

Theo assistiu ele se afastar por um segundo antes de continuar seu caminho até o fim do corredor, até o quarto que o Diaz estava. Ela seguiu até a porta aberta com as pernas um pouco tremulas.

Miguel estava sentado sobre a maca, mexendo em sua comida sem graça do hospital, lágrimas corriam do rosto dele, provavelmente devido a conversa anterior com o Lawrence. O barulho de uma respiração sendo segurada levou os olhos castanhos do menino até a porta, encarando a garota loira que considerava uma irmã.

── Theo... — a voz baixa do garoto foi o suficiente para a Young perceber que aquilo não era um sonho. Lágrimas começaram a cair do rosto da loira enquanto ambos abriam os braços buscando pelo conforto do outro.

Theodora se sentou na beirada da maca, envolvendo o Diaz em um abraço cuidadoso ao mesmo tempo que o garoto firmava os braços quentes nas costas dela. Ele não tinha cheiro do seu perfume amadeirado mas sim de antisséptico e hospital mas mesmo assim a garota fechou os olhos aproveitando a sensação dele está vivo e em seus braços, em uma mistura engasgada de riso e choro.

── Você parece bem melhor do que da primeira vez que eu te vi — sussurrou aliviada.

── O doutor disse que eu posso nunca mais andar — Miguel confessou, engasgando no próprio choro. Theo sentiu todo o alívio que sentia evaporar e causar uma pressão esmagadora no coração dela.

── Nada na medicina é 100% conclusivo, Miggy. Você vai ficar bem ela respondeu em uma tentativa de consolo, inclusive pra si própria. Ter esperança era o exercício mais difícil de todos, a Young não sabia se um mês praticando havia lhe deixado melhor ou menos paciente — Você vai ficar bem.

˚ ⊹˚.⋆ ₊

Theodora tinha passado por uma montanha russa de emoções em um período de doze horas e Christopher sabia a consequências desastrosas das emoções intensas da garota nesse período delicado, então fez o máximo que pode para distrai-la, sugerindo uma maratona de filmes. Os Youngs estavam jogados no sofá, envoltos em uma coberta, jogando pequenos punhados de pipoca a boca enquanto as cenas que passavam iluminavam a sala escura.

A mais nova resmungou frustrada quando colocou a mão sobre o balde de pipoca e estava vazio. Ela se arrastou pra fora da coberta imitando sons de zumbi, como os que passavam na TV, arrancando uma risada de Chris que pausou o filme.

A loira foi em direção a cozinha, ligando a luz. Ela deixou as meias deslizarem sobre o piso enquanto dançava pelo cômodo, colocando outro pacote de pipoca no microondas e apertando os botões no visor. O silêncio rapidamente se transformou em uma melodia de pops rítmicos enquanto a garota se recostava na bancada.

── Teddy, você pode aproveitar e tirar o lixo? Esqueci de fazer isso mais cedo — disse o mais velho um pouco alto devido a distância.

Theodora tinha os olhos semicerrados em direção a janela, uma silhueta estava encostada sobre um carro com os braços cruzados, observando a casa astutamente como se estivesse ponderando bater na porta.

── Estava indo fazer isso agora.

A garota enfiou os tênis nos pés sem se preocupar com os cadarço soltos e pegou o lixo já separado, saindo pela porta da frente. A silhueta do homem se ajeitou, descruzando os braços, quando a garota se aproximou jogando o saco na lixeira.

── Como sabe onde eu moro? — a loira franziu as sobrancelhas na direção do mais velho.

── Eu poderia dizer que fiz reconhecimento no Vietnã, treinei nas forças especiais e tive 18 meses de operações secretas... Mas seu endereço estava no cadastro — o Kreese respondeu, observando a adolescente.

Ela não podia acreditar que ele tinha tido a cara de pau de ir até sua casa, depois de tudo que tinha feito com Johnny, depois de ter roubado o Cobra Kai.

── Não faça isso de novo, você parece um velho esquisito — a Young rebateu, girando os calcanhares em direção da casa azul.

── Por que você não voltou ao dojo? — a mais nova congelou no lugar, sabendo que aquele questionamento surgiria em algum momento, ela só não esperava que partisse de John Kreese.

── Eu pensei que o karatê fosse a solução dos meus problemas e só deixou as coisas mais bagunçadas do que nunca — Theo voltou a observar o mais velho com os braços cruzados — Eu estou levando uma surra da minha própria vida no momento.

── Bata de volta.

── Ah cala a boca — a loira revirou os olhos, como se rebater fosse a solução inteligente pra tudo. Esse conceito poderia funcionar em uma luta ou dentro do dojo mas não quando seu melhor amigo está em uma cama de hospital podendo nunca mais andar.

── Meus outros alunos não lutam tão bem quanto você — John deu um passo a frente, usando todas as suas habilidades de persuasão para convencer a garota. Lá dentro, no fundo do peito, ele sabia que era verdade. Theodora tinha algo no olhar que ele só tinha visto em Johnny Lawrence durante a década de oitenta.

A loira não pode conter outra risada nasalada irônica.

── Então boa sorte em arrumar outra versão minha.

Os lábios do Kreese se entreabriram em choque, pela primeira vez na sua vida uma adolescente havia lhe deixado sem palavras. A Young caminhou de volta a casa, batendo a porta, sem olhar para trás.

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