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𝑿𝑰𝑰. you're alive in my head.

CAPÍTULO DOZE
Você está viva na minha mente.

                O LARUSSO ainda tinha fresca na memória a lembrança de Theodora, usando um kimono preto do Cobra Kai e sorrindo ao lado de Johnny no festival, enquanto se abaixava na altura da lápide da mãe da garota.

Ele passou a mão por cima da pedra gelada, não havia nenhuma folha solta. O túmulo parecia muito bem cuidado, com exceção do buquê de flores murchas em um arranjo.

O homem não verbalizou nada, mas pensou em Winter, na amizade dos dois durante a adolescência, no amor platônico, das promessas que fizeram, em como ele só ficou sabendo do câncer dela no estágio final, porquê ela queria ser lembrada além da doença.

Imediatamente também seus pensamentos voaram para Theodora, mas não a jovem no presente, mas sim a garotinha de cabelos castanhos que ele segurou no colo na maternidade e lembrava tanto a mãe, mas com a bravura do pai.

Agora uma aluna do Cobra Kai.

O LaRusso sentiu o peito apertado ao imaginar o que Winter pensaria da própria filha e se sentiu responsável por não ter impedido o Lawrence de tamanha aproximação.

Mais profundamente ainda se sentiu culpado pela sua saudade e seu luto serem tão grandes que o impediu de está lá para a pequena Theodora. Se existisse uma personificação do egoísmo era como as escolhas do homem refletiam sobre seus ombros.

Um som de um galho quebrado interrompeu seus pensamentos. Daniel se colocou de pé, vendo a figura de Winter em cabelos loiros segurando um buquê de lírios laranjas.

── Posso ajudar? — perguntou Theodora seca. O pai de Samantha estava tirando a garota do sério com suas tentativas desesperadas de sabotar o Cobra Kai, ela não via motivos para alimentar uma rivalidade de décadas atrás.

Um silêncio perdurou por alguns segundos, a Young remexeu os dedos sobre as flores.

── Posso falar com você? — perguntou o mais velho.

── Você já está fazendo isso.

O homem abriu espaço, assistindo enquanto a garota se abaixava e as mãos delicadas trocavam o arranjo velho pelo novo, arrumando as pétalas. Enquanto ele pensava nas palavras certas a serem usadas ainda abalado pelo corte bruto da conversa.

── Eu sei que esse é um assunto complicado...

── Sabe, eu acho que você devia ir embora — a loira se manteve sentada, de costas para o homem, os dedos pálidos dando os toques finais no arranjo — Esse é um lugar pessoal.

── Theodora... — o LaRusso implorou, se aproximando — Você precisa sair do Cobra Kai.

As palavras serviram de combustível para a mais nova se por de pé, frente a frente com Daniel, os punhos cerrados envolta do buquê de flores murcho e os músculos tensos como uma pedra. O moreno estaria mentindo se dissesse que a postura agressiva da mais nova não lhe assustou, o que ela estava se tornando?

── Eu estou falando sério. Eu realmente não dou a mínima pra rivalidade ridícula entre você e o sensei Lawrence — ela rosnou entredentes — Saia.

O homem suspirou.

── Sua mãe não ficaria feliz de te ver lá.

Os olhos da Young hesitaram por um segundo, ainda focados no mais alto. Quem ele pensa que é pra falar da sua mãe como se a conhecesse?

── Com todo respeito senhor LaRusso, quem é você pra me dizer o que ela gostaria.

A garota tomou ar, as narinas dilatadas pela raiva.

── Ela está morta. Nada vai mudar isso— as palavras afetaram mais Daniel do que ele gostaria de assumir — E você nem conhecia ela.

Ele respirou fundo, engolindo em seco.

── Eu... Eu a conhecia...

O murmuro foi tão baixo que Theo jurou ter ouvido errado, os lábios dela se separaram para protestar mas nem um som saiu.

── Sua mãe foi uma das melhores amigas que eu tive durante a adolescência, Theodora. Ela me ajudou durante muitos momentos difíceis — o homem explicou delicadamente — Eu sinto muito por não está lá.

Theodora abaixou a cabeça, um riso engasgado escapando dos seus lábios.

Ele simplesmente não estava lá. Não fazia sentido. Ele não encarou a parte mais difícil da doença da mulher, que era o luto depois que ela se fora e agora queria clamar que sabia o que era melhor para Young mais nova.

Primeiro a ligação de Johnny com Robby e agora o LaRusso com a sua mãe. Por que as coisas sempre tinham que voltar ao passado?

Theodora queria gritar, espernear, vomitar. Ela estava cansada das correntes do tempo à prendendo, impedindo-a de seguir em frente.

── Vai se foder — rebateu a garota, caminhando em passos pesados em direção a saída.

Os olhos da loira estavam embaçados quando ela jogou o buquê antigo no lixo, sem se preocupar com as pétalas murchas com coloração amarronzada que caíram no chão.

Os passos dela aram firmes e rápidos apesar das pernas trêmulas.

O caminho de casa pareceu um borrão e quando ela adentrou a porta da frente da casa azul o rosto estava cravado de lágrimas, como rios.

── Theo filha, é você? Onde estava? — a voz de Christopher soou da sala de estar, alguns passos ecoaram — Ainda não fiz o jantar, estou pensando em... — a feição do homem despencou ao ver a água que corria no rosto da garota.

A visão do seu pai foi a faísca que faltava para Theodora explodir.

A mais nova deu passos hesitantes pra frente enquanto o moreno a envolvia com os braços, os soluços dela preenchendo o corredor vazio.

── Tá tudo bem, eu estou com você, Teddy — sussurrou — Estou com você.

Christopher depositou um beijo no topo das madeixas loiras, enquanto alisava as costas da filha esperando ela se acalmar. Theodora enfiou o rosto no peito do homem, soluçando, o cheiro suave de perfume amadeirado trazendo certo conforto.

A cabeça de Theo não parava, era como se o turbilhão de emoções a deixasse fisicamente tonta. O que sua mãe pensaria dela? As palavras do LaRusso a abalaram mais do que ela ousaria admitir.

Naquele dia, depois de relatar os acontecimentos sem muita animação, Theodora foi pra cama mais cedo. Enrolada nos lençóis macios brancos, esperando pelo sono a levar enquanto fungava levemente, a garota não pode evitar de ouvir as vozes abafadas no escritório do pai. Ele estava claramente brigando com alguém no telefone.

"Você fez suas escolhas. Saia de perto da minha filha." Foi a última coisa que a loira conseguiu distinguir antes de se render ao sono, com os olhos fixos no poster da Alexandra Trusova que tinha na parede, a patinadora russa de cabelos vermelhos costumava ser sua grande inspiração.

Theo sonhou que estava patinando.

˚ ˚.⋆ ₊

── Vocês precisam entender que Mogadíscio nos anos 90 era um inferno. Bandidos controlavam áreas inteiras da cidade. A missão da minha equipe era limpar o local — o Kreese explicava mais uma das suas milhões de missões no exército para alguns alunos.

Theodora assistia a tudo sentada no tatame, inclinando o peso do corpo sobre as pernas em posição de borboleta para alongar. A garota tinha leve manchas arroxeadas debaixo dos olhos inchados, que indicavam a noite anterior não muito agradável.

── Quantos você matou? — Falcão perguntou empolgado.

── Você conta cada formiga que esmaga?

A Young agradeceu aos deuses pelo homem mais velho está de costas, pois não pode conter uma revirada de olhos. Do seu lado, o Diaz fez o mesmo, esticando-se para encostar na ponta dos pés.

── Sinistro.

── Eles tinham menos armas, e nós, menos homens. Estou dizendo, Ruanda não foi brincadeira — o mais velho gesticulava com uma feição séria.

── Não era Somália? — o olhar duro do Kreese e o dos alunos que prestavam atenção na conversa recaiu sobre a loira sentada no chão, que deu de ombros — Mogadíscio é na Somália.

── Claro, Somália — o homem se corrigiu com um sorriso amarelo — Passei tanto tempo naquela região que tudo meio que se mistura, sabe?

── Atenção! — o grito do sensei fez todos desviarem a atenção do John "ruim de geografia" Kreese — Temos novos recrutas. Todos em formação! Em fileiras e linhas organizadas.

A Young se levantou do chão ocupando o típico lugar na primeira ao lado do Diaz e Falcão. Johnny começou a caminhar pelas fileiras, fazendo sua análise.

── Coluna reta, irmãos ferrugem — Theo ouviu a voz do mais velho, sem saber para quem a ordem pertencia — Sinto muito, pais não podem ficar. É uma questão do seguro.

── Não sou pai. Eu estou aqui para descer o cacete, senhor — uma voz masculina adulta respondeu.

── Já te conheço?

── Sim, vendi o espelho para você. A gente trocou ideia, falamos sobre bandas de rock — a garota não resistiu ao impulso de virar um pouco o pescoço, os olhos encontrando o dono da voz, um homem baixo e gordo usando uma faixa azul e uma camiseta da mesma cor.

── Você está meio velho, a aula é para adolescentes — respondeu o sensei.

── Eu posso com eles. Não tenho medo de crianças senhor — os argumentos não pareciam convencer o mais alto — E minha mãe não cobra aluguel de mim, então tenho muito dinheiro para gastar — o homem estendeu uma nota para o sensei.

── Certo — resmungou o Lawrence, puxando a nota — Vamos fazer um teste.

Theodora voltou seu olhar para frente quando o sensei voltava em passos lentos. O olhar do Kreese parou sobre ela por alguns segundos, fazendo os pelos dela de eriçarem. Ainda não gostava desse homem.

── Achei que meu último grupo era patético — resmungou — Mas, se fizerem o que eu mandar, podem até virar lutadores. Mas, pra isso, precisam lutar. Então... quem vai encarar o campeão? — o Diaz levantou o queixo confiante, enquanto o segundos de silêncio no dojo se estendiam.

Até uma voz feminina cortar a tensão.

── Eu topo — os olhares voaram para o fundo do cômodo onde uma garota loira tinha uma expressão calma, Theodora não pode conter a curva que se criou nos seus lábios.

── É mesmo? — questionou o sensei, analisando a garota de cima a baixo como se duvidasse do potencial da mesma.

── Vi a apresentaçãozinha de vocês no festival. Fazem um bom show. Mas sabem lutar de verdade?

── Me parece um desafio.

── Gosto de desafios — o sorriso convencido da garota deixou Theodora intrigada. Mais representatividade feminina no Cobra Kai era muito bem vinda, principalmente quando ela consegue deixar Johnny Lawrence sem palavras.

── Sr. Diaz, mostre a Srta. Espertinha o que é o Cobra Kai — o mais velho ordenou, os alunos rapidamente saíram de cima do tatame se acomodando nas extremidades.

── Tem certeza de que quer... — Miguel começou se dirigindo ao centro mas foi pego desprevino quando a garota subitamente chutou o peito dele fortemente. O garoto cambaleou pra trás, um sorriso brotando nos lábios dele, assim como nos de Theodora que assistia atentamente — Beleza. Vamos lá.

O Diaz entrou em posição de ataque, agilmente desviando dos socos da garota. Eles dançavam pelo tatame rapidamente, era possível perceber que a técnica do garoto era melhor mas a loira não era fraca, o que tornava a luta bastante equilibrada.

── Feche o espaço — Miguel aconselhou.

A garota não ouviu, disferindo um chute nele. O Diaz foi mais rápido em agarra-la pela perna arremessando a loira no chão. Mas ela não se deu por vencida, dando uma cambalhota e voltando a posição inicial de ataque.

A loira partiu pra cima, diversos socos foram distribuídos mas Miguel foi mais rápido em pegar o braço da mesma e empurra-la, fazendo a garota cambalear. Ela tentou uma cotovelada, bloqueada, e se virou para tentar mais socos, desviados.

── Está dando dicas — o garoto provocou ofegante, chutando as pernas dela — Assim eu consigo prever.

A garota sorriu raivosa, avançando e o agarrando pela cintura. As costas dele foram no chão enquanto ela dava uma cambalhota para se levantar.

── Previu isso? — também provocou ofegante.

Miguel deu uma chave de perna nela, agora eram as costas da garota que estava no chão enquanto ele estava sentado no tatame.

── Talvez — ele se levantou, estendendo a mão — Meu nome é Miguel.

── Tory — a garota aceitou a ajuda, mas antes de se levantar completamente torceu o braço do garoto o derrubando uma última vez, enquanto o imobilizava — Com Y.

── Aposto dez dólares que eles ainda vão se pegar — a Young sussurrou para Aisha, que apenas sorriu.

˚ ˚.⋆ ₊

Theodora estavam na loja de conveniência ao lado do dojo, escolhendo alguns chocolates para levar pra casa. Depois de uma semana como aquela, ela sentia que merecia, quando Aisha bufou com os olhos vidrados para o telefone.

Antes que a Young pudesse fazer qualquer pergunta uma voz feminina se sobrepõe.

── Vou adivinhar. Foto de pau? — Tory se aproxima dos grandes freezers, escolhendo um refrigerante.

── Não. Minha mãe quer ir comigo ao clube de praia — a de óculos revirou os olhos entediada, resultando em uma risadinha das loiras.

── Meu Deus, mas que coisa horrível! — a novata ironizou.

── Não. É que a Sam provavelmente vai estar lá — Theo se forçou a não torcer o nariz com a menção dos LaRussos — Ela e eu não estamos muito bem amigas no momento. Dane-se. Me chamo Aisha.

── Tory.

── Theodora. Mas pode me chamar de Theo. Pulseira legal a propósito — a loira apontou para o pulso da garota.

── Essa? — Tory olhou para a pulseiras com spikes, um sorriso brotou no rosto dela — Não é só enfeite. Um cara tentou me agarrar no shopping, mas consegui bloqueá-lo e dar um presente inesquecível — a garota repetiu o movimento com o braço.

── Parece que você já sabe se virar bem — Aisha respondeu surpresa — Por que precisa do Cobra Kai?

── Fiz um pouco de kickboxing, mas sempre quis quebrar tábuas de olhos vendados e nocautear crianças inocentes — ela sorriu, se referindo ao número das duas amigas no festival.

── Então você está no lugar certo — a resposta de Theodora fizeram as três sorrirem. Depois de tanto tempo cercadas por testosterona as amizades femininas eram outra emoção indescritível.

Tory estava prestes a ir embora e Theo estava se direcionando ao caixa, quando uma lâmpada se acendeu na cabeça de Aisha.

── Ei, vocês por acaso querem ir a praia comigo? — questionou — Preciso de reforços.

── Acho que aguento um dia na praia.

˚ ˚.⋆ ₊

O clube na qual Aisha era sócia era bastante chique, talvez até um pouco mais do que as duas amigas esperavam.

── Bom aqui não é a praia — comentou Theodora, usando um biquíni vermelho, um short jeans azul escuro e um boné também azul dos Yankees (apesar de não entender um pingo de baseball).

── Onde estão os sem-teto com patins e os caras enfiando demos de hip-hop na sua cara? — Tory perguntou, se inclinando pela sacada do clube enquanto analisava as piscinas cheias de gente

── Não se preocupe. Eles vão aparecer depois que servirem os aperitivos — Aisha respondeu rindo.

Um pouco mais longe dali, na beira da piscina o olhar de Samantha LaRusso fixou-se na amiga, acompanhada de duas garotas loiras, rindo.

── O que foi? — Robby se remexeu na espreguiçadeira, notando o incômodo da morena.

── É a Aisha — ela respondeu, o olhar do Keene seguindo o mesmo fluxo do de Samantha — Não nos falamos desde o lance no festival. Eu queria aliviar o clima, mas ainda estou brava que estragaram nossa exibição.

O olhar do garoto ainda estava sobre as figuras loiras, uma desconhecida e outra tão desconhecida quanto. Por um segundo Robby se viu descendo o olhar sobre o corpo de Theodora.

── Eu acho que você devia falar com ela — o Keene voltou o olhar para a LaRusso, desejando que ninguém naquele ligar pudesse ler mentes. As bochechas quentes dele passando despercebido pela morena — Na pior das hipóteses, se tiver uma briga, a gente filma.

A garota sorriu.

── Quem sabe eu volto com uma nova aluna para o Miyagi-Do? — ela se levantou esperançosa, caminhando em direção ao buffet.

Theodora e Aisha conversavam animadamente com pratos na mão antes de Samantha chegar, fazendo o assunto morrer rapidamente e o sorrisos desaparecerem.

── Oi — a morena disse tentando ser simpática e se juntando as duas com um prato na mão.

── Oi — responderam as duas amigas em uníssono.

── E aí, tudo bem?

── Sabe que não estamos de boa — a garota de óculos respondeu.

── Por que está brava? Vocês quem estragaram nossa exibição! — Theo abaixou a cabeça fechando os olhos com força, essa era a conversa de Aisha, ela não ia se meter.

── Depois que seu pai atacou nosso dojo. O que deveríamos ter feito? — rebateu a Robinson.

── Não foi ataque — Samantha se defendeu, resultando em uma risada sufocada da Young. Ela não ia se meter.

── "Cobra na grama"? Muito sutil — Aisha ironizou, voltando o olhar para os bolinhos expostos na mesa.

── Ele só quer fazer o que é certo.

── Então o Cobra Kai é errado? — Theodora não se conteve, franzindo as sobrancelhas.

── Não é errado, só... — a morena suspirou, em uma saia justa — O que estamos fazendo? São nossas férias de verão. Estamos na praia brigando por causa de karatê?

A feição de Aisha pareceu suavizar com a mudança de assunto, enquanto a Young voltava sua atenção para as comidas expostas na mesa a sua frente.

── É. Talvez devíamos brigar por garotos — Aisha respondeu, mais tranquila.

── Ou por esse último pretzel — a LaRusso brincou.

── Não, esse é meu.

Theodora se absteve novamente, ela ainda não tinha uma opinião 100% formada de Samantha, mas só de imaginar encontrar com o pai da LaRusso os músculos ficavam rígidos.

── Vai ser só você e o tanquinho treinando o verão todo? — perguntou Aisha ao perceber onde os olhos da LaRusso estavam focados. Theodora levantou a cabeça por reflexo, encontrando a figura de Robby, sem camisa, tomando sol na espreguiçadeira.

── Oh Deus, eu vou vomitar — a loira resmungou, se afastando para procurar Tory enquanto deixava as amigas sozinhas para fazerem as pazes.

Mas Theo nem conseguiu ir tão longe quando a outra loira apareceu, com um sorriso radiante e uma mão sobre a bolsa que carregava no ombro.

── Olha o que eu tenho! — ressoou a Nichols sorridente, mostrando uma garrafa de vodka de cor azulada, provavelmente mais cara do que as três amigas podiam pagar sozinhas.

── Onde conseguiu isso? — a Young perguntou rindo, ao mesmo tempo que o rosto de Samantha torcia em uma careta.

── Peguei no bar. Relaxem! Os adultos estão bebendo, nem vão notar.

── Devia devolver, você vai acabar arrumando problema — a LaRusso comentou de frente para as duas amigas loiras.

── E você é? — Tory deixou uma risada engasgada escapar, analisando a morena.

── Sam, essa é a Tory. Tory, Sam — apresentou Aisha rapidamente.

── Ah, a famosa Sam — ironizou.

Theo foi obrigada a pressionar os lábios em uma linha fina. Definitivamente aquele não era um clima agradável.

── Não vão sentir falta de uma garrafa de vodka. Eu poderia pegar metade dos talheres de prata e nem iam perceber — a Nichols explicou.

── Você não deveria roubar — de repente a conversa havia se tornado uma discussão sobre ética e moral. Theodora revirou os olhos para o comentário de Samantha.

── Você é freira? — rebateu a novata.

── Ela não está roubando, somos convidados, temos o direito de desfrutar de uma garrafa de vodka. Não acha? — comentou Theo, deixando a LaRusso sem resposta.

── E aí, vamos beber?

Aisha mordiscou os lábios hesitante, era como escolher o lado de uma briga. Ela gostaria ficar de terminar de fazer as pazes com Sam mas nesse momento a sua vontade de ir com as alunas do Cobra Kai era dez vezes maior.

── Tudo bem, um copo — a de óculos respondeu, fazendo dois grandes sorrisos surgirem nos lábios das loiras.

── Essa é a minha garota — Theo passou o braço sobre o ombro da amiga, enquanto as duas caminhavam buscando um lugar para sentar e deixando uma LaRusso com o ego ferido mais atrás.

˚ ˚.⋆ ₊

Algumas horas depois, as três garotas cobras conversavam sorridentes, graças aos efeitos do álcool, caminhando em direção a saída quando Samantha se aproximou com passos pesados e uma cara fechada.

── Ei! A carteira da minha mãe sumiu — o comentário da morena fez Theo franzir as sobrancelhas.

── Que pena — Tory respondeu, enquanto as três se entreolhavam confusas.

── Sabe de algo?

── O que está sugerindo, LaRusso? — Theodora se pronunciou assim que as palavras começaram a parecer mais uma acusação do que uma pergunta inocente. O sobrenome escapando dos lábios com acidez.

── Devolva, e não direi nada à segurança — a morena cruzou os braços.

── Você só pode está brincando — Tory parecia em choque, assistindo as denúncias sem prova tomarem cada vez mais forma.

A única coisa que passava na mente de Theodora era como a família LaRusso tinha tudo que queriam e mesmo assim ansiavam por mais. Ansiavam por aquilo que era o conforto dela como um veneno se espalhando por uma corrente sanguínea. Primeiro a fixação deles de acabarem com o Cobra Kai, em seguida Daniel com sua mãe e agora Samantha com sua amiga.

── Sam, ela não roubou a carteira da sua mãe — Aisha saiu em defesa da loira.

── Claro — ironizou — E ela não roubou uma garrafa de vodka. E não roubaria os talheres de prata.

── Escuta aqui, eu não roubei sua mãe, vadia — Tory rosnou, se aproximando da morena.

── Vamos embora — Theo se pronunciou. Se antes ela não tinha nada contra Samantha, ela era apenas a namorada perfeitinha de Miguel. Mas agora o ódio pelo sobrenome LaRusso começava a fervilhar no sangue da loira.

A Nichols se virou, para acompanhar as amigas mas foi surpreendida pela morena que segurou seu pulso, tentando puxa-la.

── Me larga!

Tory se virou, empurrando a LaRusso para se soltar. Mas o que todos menos esperavam era que Samantha cambalearia para trás caindo sobre a mesa de doces. O barulho dos pratos quebrando chamando a atenção de todos para a garota coberta de chocolate.

A Nichols foi rápida em caminhar para longe com passos pesados. Se a vida fosse um desenho animado provavelmente Tory teria fumaça escapando pelos ouvidos.

── Você está bem? — Aisha perguntou hesitante.

── Muito legal sua nova amiga — o comentário amargo de Samantha arrancou uma risada nasalada da Young.

── Vai se foder, LaRusso — foi a última coisa que a loira disse, antes de também se retirar a procura de Tory.

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