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𝑿. team work.

CAPÍTULO DEZ
Trabalho em equipe.

                ── SE VOCÊ não parar quieto eu vou acabar cortando sua orelha! — Theodora riu, enquanto Miguel se esquivava da tesoura novamente. Talvez, ele não deveria ter confiado na melhor amiga o objeto afiado para cortar o cabelo... Mas qual era a pior coisa que poderia ocorrer, ele ficar careca? Ela cortar a orelha dele e ele acabar surdo?

── Você sabe o que está fazendo — o garoto ajeitou a toalha que carregava sobre os ombros. Sentado em um banco, observando a loira em pé, em uma tentativa de amenizar a diferença de altura dos dois — Não sabe?

── Eu corto e pinto meu cabelo sozinha desde os treze anos, acho que eu tenho um pouco de experiência — respondeu.

── Jesus Cristo, se você destruir meu cabelo eu te mato — o Diaz ameaçou, voltando o olhar pra frente. Os dedos pálidos da loira começaram a trabalhar, mexendo nas madeixas castanhas.

── Você devia deixar crescer — um estalo metálico da tesoura foi ouvido, algumas mechas caíram no chão — Vai ficar legal também.

── Você está dizendo isso enquanto picota meu cabelo — Miguel riu, tentando virar a cabeça para fazer contato visual.

── Parado! — Theo repreendeu, segurando a cabeça do mais alto no lugar, o que resultou em uma explosão de risada dos dois.

O clima leve do ambiente fez a Young perceber o quão confortável se sentia ao lado do Diaz. Ele era importante pra ela e ela era importante para ele, mas do lado de Theodora era diferente, porque ela não se lembrava a ultima vez que tinha confiado tão cegamente em uma amizade.

Bom, não depois de Robby.

Miguel trouxe um compilado de coisas boas para a vida da garota, incluindo o karatê, ela era imensamente grata ao amigo e detestaria perde-lo.

── Miggy, cheguei — um farfalhar metálico atraiu a atenção dos dois jovens para porta, onde Carmen, a mãe de Miguel, havia acabado de entrar. Apesar da feição cansada e as roupas do hospital que denunciavam o longo plantão que tinha enfrentado, ela carregava um sorriso no rosto, como se odiasse estragar o momento — Ah olá, Theo!

A loira sorriu quando seu apelido saiu dos lábios da mais velha, que despejava o molho de chaves sobre a mesa de jantar. Carmen era uma pessoa tão gentil naturalmente que a Young se perguntava como isso era possível.

── Oi Srta. Diaz — Theodora respondeu animadamente.

── Só Carmen, querida — corrigiu a mulher com um sorriso carinhoso, se dirigindo para a cozinha — Você vai ficar conosco para o jantar?

Miguel olhou para a amiga com as mãos entrelaçadas e olhos de cachorrinho abandonado, resultando em uma risadinha da garota.

── Se não for incomodo — Miguel comemorou em silêncio.

── Você nunca é incomodo, querida — a mais velha disse simples.

A Young sorriu, voltando ao trabalho no cabelo do amigo. Os Diaz provavelmente eram as pessoas mais simpáticas que ela já conheceu. Carmen tinha um jeito maternal que fazia a garota se sentir acolhida e a lembrava um pouco da sua própria mãe as vezes, Rosa, a avó de Miguel, era um amor, extremamente engraçada e carinhosa e Miguel era o melhor amigo que ela poderia ter pedido, era quase um irmão, mesmo que não compartilhassem o mesmo sangue.

Era difícil entender como essas pessoas entraram na vida de Theo tão rapidamente e se tornaram pessoas tão importantes, ela não teria palavras para expressar a gratidão dela.

˚ ˚.⋆ ₊

As coisas estavam indo bem no Cobra Kai, podia se dizer que era o começo de uma nova era. E com a grande quantidade de novatos entrando as brincadeiras dos veteranos aumentavam. Theo ria de um comentário que Miguel havia feito quando sua atenção foi atraída para o sino da porta, que emitia um som agudo.

Um homem velho carregando uma bolsa nas mãos parou em frente ao tatame, os olhos afiados percorreram por toda extensão do dojo enquanto ele murmurava algo, provavelmente um xingamento.

── Quem é o vovô? — a loira comentou baixinho com os amigos.

── Não sei — o Diaz franziu as sobrancelhas, nenhum dos dois conhecia o estranho.

Aisha e Falcão pareceram não ligar, retornando a conversa anterior, mas Theodora estava intrigada demais para deixar passar batido.

A garota cruzou os braços enquanto os olhos cinzentos acompanhavam os passos cautelosos do homem, que analisava tudo profundamente. Em um determinado momento, o olhar dos dois se chocou, fazendo a espinha da loira gelar, um mau pressentimento. Theo não era do tipo que odiava sem motivo, mas a revirada no seu estômago a fez ficar apavorada, intuição não falha, certo?

Apesar disso, a garota levantou o queixo tentando demonstrar confiança.

O olhar do mais velho foi atraído para o obstáculo em sua frente.

── Posso ajudar, senhor? — Miguel disse educadamente.

O olhar do homem navegou dos pés a cabeça do Diaz, antes de responder secamente.

── Não. Mas talvez eu possa te ajudar — o garoto franziu as sobrancelhas confuso, isso era algum tipo de charada ou pegadinha? Talvez o mais velho fosse um mendigo com problemas mentais? Não, ele estava muito bem para isso. Miguel lançou um olhar semi desesperado para Theodora que respondeu sem emitir nenhum som 'não faço a mínima ideia.'

Johnny finalmente saiu do seu escritório, atraindo a atenção do mais velho, ambos começaram a conversar. Uma sensação de alivio percorreu o corpo de Theodora, ao menos ele era um conhecido do sensei, mas algo dizia que esse alivio não ia durar.

Depois de alguns minutos de conversa dos mais velhos, o Lawrence finalmente ordenou que todos se alinhassem no tatame, começando a aula.

── Classe, temos visita — o sensei deu espaço para o homem velho se juntar a ele — Esse é o Sr. Kreese. Ele é só um observador. Finjam que ele não está aqui — Theo resistiu a vontade de franzir as sobrancelhas, o Kreese era muito estranho — Diaz, comande o aquecimento.

Enquanto Miguel se dirigia para frente da classe, Theodora se remexeu desconfortável, sabendo o que estava por vim e sentindo que não era o momento certo.

O garoto ordena os movimentos enquanto a turma obedece, um soco, um chute e a brincadeira que inventaram de fazer com os novatos. O dojo explode em risadas, mas a feição do sensei parece tudo menos feliz.

── O que foi isso? — questionou o Lawrence.

── É só uma brincadeira — Miguel tentou se explicar. Os lábios, que antes sorriam, pressionados em uma linha fina — Falta quase um ano pra próxima Regional.

── É. Além disso, a gente já manda bem — o comentário de Falcão fez a carranca do sensei aumentar. Theo mordeu os lábios, abaixando a cabeça, claramente as ações dos amigos afetariam no dojo inteiro e definitivamente não era de maneira positiva.

── É mesmo? Então sabem tudo — ironizou — Não há nada mais para aprender?

Uma risada quebrou a tensão que se instalava no cômodo. Os olhos da loira arregalaram em direção a sua direita, onde Aisha tinha a cabeça baixa tentando abafar o sorriso com as mãos.

Os passos meticulosos do mais velho ecoaram sobre o dojo.

Oh deus. Eles estavam fodidos. Completamente. Dos pés a cabeça.

Se antes havia algum jeito de escapar dessa situação sem punição, essa possibilidade havia acabado de ser jogada no lixo, extinguida da face da terra.

── O que é tão engraçado senhorita Robinson?

── Desculpe, sensei. Você não entenderia — a de óculos mordiscou os lábios tentando controlar o riso.

── Tente.

── É um cobra-do.

Todos os alunos pareceram segurar o riso, inclusive Miguel e Theodora. A loira tinha a cabeça baixa, tentando passar despercebida ao olhar do mais velho.

── O que é um cobra-do? — o dojo inteiro explodiu em chiados, imitando uma cobra com a mão. Os olhos do Lawrence se arregalaram e sua carranca endureceu — Silêncio! Amanhã 5h da manhã. Esquina da Fulton com a Raymer. Quem não aparecer está fora da equipe. Classe dispensada.

˚ ˚.⋆ ₊

Theodora sentia cada músculo do corpo dela fadigado, implorando por socorro. O dojo estava em um canteiro de obras, preparando toneladas de cimento, a garota derramava um pó fino sobre um carrinho de mão, onde Miguel misturava e Falcão despejava água.

── Sensei, porque estamos fazendo cimento? — o Diaz questionou ofegante.

── Sem perguntas — cortou — Continuem mexendo.

Johnny se acomodou do lado do Kreese, observando o trabalho dos alunos.

── Por que você ficou com a parte fácil? — a Young questionou, batendo as mãos para se livrar da poeira. A garota trajava roupas de academia, uma legging preta básica e uma blusa azul marinho de mangas, que agora se encontravam dobradas até o cotovelo. Ela limpou a testa suada, desejando mais do que nunca nunca ter entrado no Cobra Kai. Talvez agora ela pudesse está entre lençóis cheirosos — Você é o motivo de estarmos aqui em um sábado.

── Então agora é a minha culpa? — Falcão rebateu, franzindo as sobrancelhas.

── Se você não tivesse tido a brilhante ideia de brincar com os novatos — as palavras são raivosas, a dor muscular misturada com o cansaço alimentando a raiva dos dois amigos.

── Ei, galera, tá tudo bem — Miguel interviu, sabendo muito bem onde os dois estavam se metendo e onde a briga ia parar.

── Qual o seu problema, loira? — Falcão tinha o queixo levantado e uma postura agressiva, ambos prontos para cair no soco.

── Você — ela respondeu. E teria partido pra cima se os braços de Miguel não tivessem a segurado, entrando na sua frente. Theo resistia tentando se esquivar do amigo e alcançar o seu alvo de cabelos azulados, quando uma buzina de caminhão atraiu a atenção de todos.

O sensei conversou com o motorista rapidamente, adquirindo as chaves. Enquanto o grupo de alunos se amontoava confuso, Theo e Falcão parecem ter esquecido o motivo da briga.

── Acham que podem relaxar porque ganharam a regional? Tenho novidades. Ganhar um campeonato não significa nada! — o Lawrence caminhava de um lado pro outro, repreendendo os alunos — Um verdadeiro campeão treina sempre. Vocês precisam avançar, senão vão ficar estagnados onde estão. Como o cimento nesse caminhão — Theodora tinha os braços cruzados e as sobrancelhas arqueadas, ela mentiria se dissesse que estava com medo do plano de Johnny — Se o tambor não girar, o cimento vai endurecer e ficar parado. Querem que isso aconteça com vocês?

── Não, sensei!

── Ótimo. Então entrem ali e girem ele — Theo não pode evitar de deixar o queixo cair, enquanto os outros alunos se entreolharam preocupados.

Um pequeno sorriso maquiavélico se formava no rosto do Kreese.

── Sensei, desculpa pela brincadeira — Aisha se pronunciou, junto a murmúrios de concordância.

── Aprendemos a lição — completou Falcão.

Os apelos pareceram não ter efeito sobre a carranca do Lawrence que abriu a escada do caminhão com um baque metálico.

── Entrem! — o mais velho gritou.

── Sensei, isso parece perigoso — a Young rebateu nervosa.

── Só o combustível... — Miguel tentou ajudar a amiga mas foi cortado por um grito estridente de silêncio, típico de Johnny, mas não vinha dele.

Os olhares se fixaram no Kreese que se aproximava em passos lentos. Theo sentiu sua espinha gelar, ela não gostava da sensação que a presença do mais velho trazia.

── Esse homem os levou ao topo da montanha, e vocês o questionam? Olhe só para vocês. Olhe só para todos vocês. Não acredito que esse bando de frouxos competiu no regional. E ainda ganhou! É um milagre! — a loira ajeitou a postura quando o olhar dele cruzou com o dela — E quem é responsável por esse milagre? — ele se virou apontando para o homem loiro — Johnny Lawrence. O melhor aluno da história do Cobra Kai. Meu aluno.

Finalmente as peças iam se juntando no quebra cabeça mental de Theodora, como uma linha vermelha que ligava todos os personagens em um mural de detetive.

── Você foi o sensei do sensei? — Falcão perguntou, os lábios se curvando para cima como se duvidasse da idade do Kreese.

── Isso aí. E nunca treinei um aluno mais casca-grossa na minha vida. Então, se sabem o que é bom para vocês, é melhor ouvirem cada maldita palavra que ele diz.

O grupo de alunos parecia mais motivado agora. Theo mordia os lábios ainda um pouco hesitante em contraste Miguel deu um passo à frente confiante.

── Eu vou, sensei — a loira assistiu enquanto ele subia as escadas, sumindo dentro do automóvel.

── Foda-se — Theo sussurrou pra si mesma, caminhando na mesma direção do Diaz, enquanto prendia os cabelos com um elástico.

O interior do caminhão era lamacento e escorregadio, além das palavras ecoarem nas paredes metálicas do cilindro.

Theodora tentou evitar, mas acabou escorregando, caindo de bunda no cimento fresco enquanto suas roupas ficavam manchadas.

── Porra!

Miguel foi rápido em estender as mãos para a garota, ajudando a levantar, os dois se apoiando um no outro para não escorregarem.

Falcão, Aisha e outros dois alunos também adentraram o caminhão, ainda um pouco confusos, tentando ao máximo não cairem.

── Não fiquem aí parados — a voz do Lawrence ecoou pelo cilindro de metal — Querem ficar presos? Se mexam!

O grupo se aproximou das laterais, começando a empurrar com dificuldade, devido ao peso e o cimento que cobria todas as superfícies.

As roupas agora iam adquirindo uma coloração acizentada, quando o cilindro saiu da inércia. Gritos animados ecoaram dentro e fora do caminhão.

── Continuem empurrando! — uma voz ordenou, em meio a bagunça.

O tambor do caminhão finalmente pegou velocidade o suficiente, fazendo aplausos abafados serem ouvidos e do lado de dentro risadas e gritos de felicidade ecoavam loucamente, apesar da fadiga muscular.

Miguel, Theodora, Falcão e Aisha trocaram abraços entre si. Antes de sairem do caminhão, cobertos de cimento da cabeça aos pés e a brilhante ideia do sensei Lawrence para se livrarem da sujeira? Jatos de água fria de uma mangueira, como carros em um lava-jato.

── Vocês deviam se orgulhar — Johnny disse em contraste com o barulho da água corrente — Eu estou orgulhoso. Seus pais também ficariam, se contássemos o que fizemos hoje. O que não vamos fazer. Vocês agiram como campeões. Não pararam. Não ficaram satisfeitos. Não desistiram. Se continuarem se esforçando e seguindo em frente — o mais velho parou em frente a Theodora e Miguel — vão chegar a lugares que nem imaginavam — os três trocaram acenos de cabeça e sorrisos cúmplices.

Mais tarde naquele dia, Theo já havia se livrado de todo o cimento incrustado sobre a pele e estava com os cabelos loiros limpos, relaxando no sofá enquanto a televisão passava algum programa desinteressante que mantinha a garota entretida.

Os diálogos na TV não abafaram o irritante barulho de notificação no celular, estendido sobre a mesa de centro. A Young mais nova se esticou para pegar o eletrônico, desbloqueando e arregalando os olhos ao ver as letras luminosas na tela.

── Teddy, querida, pode colocar a louça na mesa? — a voz de Christopher soou abafada do escritório — Vou descer em um minuto, estou só terminando um projeto.

As palavras do pai soaram mais distantes do que realmente eram, Theodora tinha os olhos fixos na letras soltas no celular, que finalmente começavam a parecer uma frase.

── Theo? — a voz abafada questionou, fazendo a Young balançar a cabeça levemente saindo do transe.

── Hm... Já vou — respondeu.

Mas a garota não moveu um músculo, ainda fixa nas palavras iluminadas na sua mão. Uma mensagem de Miguel que dizia: "Acho que descobri a ligação do Keene com o sensei."

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