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𝑽𝑰𝑰. now that we don't talk.

CAPÍTULO SETE
Agora que não nos falamos.

             QUANTO MAIS próximo da data do torneio, mais nervosa Theodora ficava. Não era sua primeira vez em uma competição, mas era a primeira com o karatê, e o medo de congelar igual da ultima vez pairava sobre ela como uma neblina.

Ainda se lembrava frescamente da primeira, e ultima competição, sem sua mãe.

Faziam anos que Theo não competia, apesar de treinar religiosamente, todos os dias.

As mãos suadas e respiração ofegante antes mesmo de sair do vestiário em direção a arena lotada, os olhos verdes que vagaram pela plateia em busca dos olhos castanhos. Em vão. Ela não estava lá.

Theo entrou em pânico, passando a mão desesperadamente sobre o pescoço, a falta do colar de floco de neve martelando na sua cabeça. Era óbvio que ele não estava ali, ela não podia competir com acessórios. As vozes da multidão começaram a se misturar, distorcidas, mas nenhuma prendia sua atenção.

Ao parar em frente a entrada para a arena, a garota de cabelos loiros e collant azul perolado não consegue por o patins sobre o gelo. As memorias viajam para outro lugar, para a noite do incidente.

Para garotinha de cabelos castanhos que acordou no meio da noite ao som de sirenes, sentada no topo da escada, ouvindo as lagrimas abafadas do seu pai. Ambos sabiam que esse dia chegaria mas isso não causava nenhum alivio ou conforto. O câncer era uma praga, destruindo Winter como um jardim, de dentro pra fora.

Antes que pudesse perceber, lágrimas escorriam pela face de Theodora, ela deu meia volta, andando o mais rápido que podia sobre as laminas protegidas, ignorando os comentários preocupados.

A partir daquele dia ela nunca mais subiu em um patins.

Mas um dojo não é uma arena e um kimono não é um collant.

O karatê preencheu a ferida aberta que a patinação artística tinha deixado na garota, trouxe um equilíbrio que nem ela sabia que precisava depois de tanto tempo. E de brinde, novas amizades verdadeiras.

A Young passou o braço sobre o ombro do Diaz, aconchegando o garoto em um abraço de lado e balançando os ombros dele na tentativa de anima-lo, ambos estavam sentados em um banco do parque juntos ao grupo do cobra kai e Demetri.

── Vamos lá, coma alguma coisa. Vai se sentir melhor — incentivou a amiga. Miguel estava pra baixo desde Samantha estava adiando ao máximo a apresentação do namorado a família, simplesmente por ele fazer parte do cobra kai. Tudo isso graças a rivalidade do LaRusso com o sensei Lawrence. E quando ele finalmente decidiu tomar uma atitude sobre, viu a namorada jantando com um garoto desconhecido, como uma família grande e feliz.

── Já disse que estou sem fome — o garoto murmurou, fazendo a amiga suspirar, o soltando-o.

── Ainda acho que você está exagerando — Demetri comentou.

── Não estou exagerando. Sei o que vi.

── Então você a viu jantando com um cara — Falcão se intrometeu, finalizando o novato que estava lutando com um chute no rosto. Theo reagiu ao golpe com uma careta — Deve ser o irmão dela.

── Ou primo — a loira concordou, apontando para o de moicano.

── Não gente, irmãos não olham assim para irmãs nem primos para primas — o Diaz bufou frustrado.

── Depende, de que parte do país você é ou se você está em Game of Thrones... — brincou Demetri.

── Eu só não quero que o que aconteceu com o sensei aconteça comigo.

── Então dê uma surra no cara, assim ele não tem chance — Falcão rebateu, simples, resultando em uma encarada mortal de Theodora — Que foi? Ataque primeiro!

── Não ouça o Eli — o Alexopoulos disse.

── É Falcão — disse entredentes.

── Tanto faz. O fato é que Sam não te deu razão pra não confiar nela.

── Demetri está certo, você vai acabar arrumando confusão por nada, deixe ela se explicar primeiro — Theo defendeu Samantha, concordando com o amigo.

── Vocês provavelmente estão certos...

── Aquela vadiazinha! — exclamou Aisha, fazendo os presentes franzirem as sobrancelhas confusos — Sabe aquele vídeo que eu postei quebrando uma tábua? — o grupo assentiu — Olhem o que a Yasmin comentou.

Theo engoliu em seco ao ver o comentário do instagram refletindo na tela do celular: "Impressionante... A faixa coube na sua cintura."

── Que filha da puta! — a loira exclamou, roubando o celular da amiga.

── Preciso fazer alguma coisa — disse a de óculos.

── Que tal sequestra-la e pedir pro meu amigo tatuar "vadia" na cara dela? — Falcão sugeriu, com extrema naturalidade. Demetri lançou um olhar alarmado para o garoto de moicano, enquanto Miguel olhando para o chão, com a cabeça no mundo da lua.

── Espera aí, eu acabei de ter a ideia perfeita — a Young sorriu diabólica, se ela estivesse em um desenho animado provavelmente existiria uma lâmpada acesa na sua cabeça quando devolvia o celular para dona.

Um story de Yasmin estampava a tela do celular de maneira chamativa com uma sequência exacerbada de emojis.

── Ela vai dar uma festa de aniversário no cânion hoje? — o Diaz questionou, sem entender.

── Não se atacarmos primeiro — Aisha completou, compartilhando do mesmo sorriso diabólico de Theodora.

˚ ˚.⋆ ₊

Invadir a festa de aniversário de Yasmin era a parte fácil, afinal era um local público, ela não tinha como expulsar ninguém. Agora as coisas começam a complicar na hora da de arrumar bebida.

Theo zanzava pela loja de conveniência, ao lado do dojo, enquanto Falcão pegava múltiplos engradados de cerveja. Miguel havia ficado do lado de fora, tentando ligar para a namorada mais uma vez.

A garota estava mais afastada com Aisha, prestando atenção na hora que o de cabelos azuis se debruçou pelo balcão na tentativa de enrolar o vendedor.

── Preciso ver sua identidade — o homem por trás do balcão pediu, arrancando uma risada do mais novo.

── Estou lisonjeado. Acha mesmo que eu sou menor de idade? É o meu filho e minha mulher ali — Falcão apontou para a Young e um garoto mais novo, também de cabelos loiros. A garota foi obrigada a se virar para esconder uma gargalhada, enquanto os olhos dos outros membros do grupo se arregalavam, isso obviamente não ia funcionar.

── Mesmo assim, preciso ver. É exigido por lei.

── Claro. Tem que cumprir a lei — o de moicano estendeu um documento falso, segurando a respiração.

── Tanto faz — o mais velho disse, depois de uma breve checagem, fazendo o grupo suspirar de alívio.

Quando o vendedor se virou para pegar sacolas e empacotar as compras, Falcão fez uma careta, comemorando, que arrancou risadas nasaladas das duas garotas presentes e um revirar de olhos de Demetri.

── Me dê também oito garrafas dessa vodka.

˚ ˚.⋆ ₊

O clima ameno era favorável ao calor do álcool e da fogueira recém acessa, a música animada completava o clima perfeitamente. A grande maioria dos presentes pareciam está se divertindo, exceto por Miguel, que checava o celular constantemente por algum sinal de vida da LaRusso.

── Ainda nada? — perguntou Aisha, carregando um copo vermelho cheio de cerveja.

── Não — o garoto respondeu secamente, guardando de volta o eletrônico no bolso.

── Talvez ela esteja sem bateria — Theo comentou, bebendo um gole do seu próprio copo, a bebida deixando um calor agradável pela garganta.

── Tanto faz — ele comentou cabisbaixo — Vamos começar a festa sem ela — o Diaz se abaixou na direção do cooler, pegando uma cerveja e tomando dois longos goles, o gosto amargo na boca provocando uma careta do moreno e risadas das meninas.

Conforme a noite foi chegando, com ela também trouxe o frio. A Young se acomodou próxima ao fogo, buscando se aquecer, assistindo as ações dos amigos de longe. Bebericando lentamente a bebida barata que esquentava seu interior.

── Esse lugar tá ocupado? — uma voz feminina desconhecida perguntou.

Theo levantou o olhar, uma garota de cabelos escuros e traços asiáticos que trajava vestido rosa e um cardigan branco, segurava um copo idêntico o da loira, apontando para o lugar vazio.

── A vontade — disse a garota de mullet, se esquivando mais pro lado, enquanto a desconhecida se acomodava — Theodora Young — estendeu a mão amigavelmente.

── Catherine Lewis — a morena cumprimentou com um sorriso.

── Você é nova aqui? Eu não acho que a gente já se conhece — Theo inclinou a cabeça, não havia nenhuma familiaridade no rosto da garota, mas a memória da Young não era uma das melhores.

── É, eu acabei de me mudar — respondeu a Lewis, dando um gole da própria cerveja e fixando o olhar no fogo — Não conheço muita gente ainda.

── Bom, uma festa é um bom lugar pra começar — a loira comentou, arrancando uma risadinha de Catherine. Mas a atenção de Theo foi bruscamente arrancada da garota ao seu lado, para os gritos de Yasmin. A loira se pois de pé em um pulo — Merda. Eu já volto, foi mal — ela exclamou pra recém conhecida, deixando o copo de bebida para trás.

── Acha engraçado invadir minha festa? — a garota popular perguntou acida, atraindo cada vez mais os olhares dos presentes.

── Não é sua festa, estávamos aqui primeiro — Aisha respondeu simples.

── É, sei que você e sua turminha de karatê se acham legais, mas nos lembramos de quem você é — Theodora se colocou ao lado da amiga, travando o maxilar — É só uma vadia feia, e seus amigos são aberrações. Vem, Moon. Vamos embora.

A Young não sabia se era o ódio ou o efeito do álcool mas sentiu o sangue borbulhar com as palavras de Yasmin. Aisha passou a lingua sob os dentes, esperando o momento certo de atacar primeiro.

── Repete vadia — cuspiu a loira, ficando frente a frente com a mais alta.

── Não! — Moon protestou, nos braços de Falcão, tentando evitar que a confusão se formasse — Eu vou ficar. Pedi desculpas à Aisha pelo que fizemos, e você também deveria.

── Tanto faz. Você os merece, Moon — a Young cerrou os punhos vendo a garota esbarrar propositalmente em sua amiga antes de sair.

── Ei, Yasmin! — Aisha gritou, fazendo a dona do nome se virar debochadamente.

── O que?

── Eu te levo até o carro — o movimento seguinte foi tão rápido que Theo jurou que os olhos dela estavam inventando, Aisha agarrou Yasmin pela calcinha a suspendendo no ar — Sem piedade, vadia!

A loira foi jogada no chão, fazendo risadas e murmurros chocados ecoarem, a única pessoa que parecia exclusivamente em choque era Moon. Theo foi obrigada a colocar a mão sobre os lábios para conter uma risada, quando a garota saiu correndo desesperada.

É isso que você ganha ao mexer com o cobra kai.

Quando a confusão se encerrou e os curiosos se dissiparam, a Young buscou Catherine com o olhar, em vão, mas logo em seguida ela pode ver de longe Samantha chegando, acompanhada de uma figura masculina. Cujo, a loira supôs ser o garoto das histórias que Miguel havia contado, já que os dois desciam a rampa íngreme de mãos entrelaçadas. A baixa luminosidade também não ajudava as feições do garoto.

── Merda merda merda — comentou Aisha, se aproximando. As duas assistiam um Miguel alterado cambalear na direção da namorada — Isso não vai acabar bem.

── Deixa comigo — a loira disse, pegando um copo descartável com apenas água e caminhando em direção a possível confusão.

O Diaz estava furioso.

── Miguel, calma... — Samantha implorou, colocando uma mecha de cabelo nervosamente atrás da orelha.

── Ei Miguel, eu trouxe a água que você pediu — mentiu a loira com os olhos fixos no moreno, rezando para que ele aceitasse.

── Eu não quero, Theo — o garoto protestou.

── Theo? — a voz do garoto estranho ressoou, confusa.

Quando os olhos dos dois se chocaram foi como se o tempo de Theodora parasse. Robby não era mais o garotinho pequeno e de cabelos loiros curtos que ela considerava confidente, ele estava mais alto, os cabelos mais escuros e longos, e tinha as sobrancelhas franzidas em sua direção. E bom, não era mais seu confidente. Ele estava lá, como um fantasma do passado, tão familiar e ao mesmo tempo tão distante, as memórias da amizade dos dois emergiram como sobreviventes de um naufrágio.

── Você? — foi a única coisa que a garota foi capaz de verbalizar de maneira ácida, também franzindo as sobrancelhas.

O Keene sentiu o estômago revirar. Uma coisa era ver Theo, outra coisa era escuta-la, falando com ele... O garoto engoliu em seco, os olhos travados em cada detalhe do rosto e corpo dela, o cabelo descolorido cortado na navalha, os olhos cinzas carregados de ódio, a camiseta do Judas Priest que ela usava, a jaqueta de couro preta, as botas cujo o estilo ele sempre odiou...

── Vocês se conhecem? — Samantha e Miguel exclamaram simultaneamente.

── Nós éramos amigos — o verbo no passado pairou sobre a mente do Keene, sílaba por sílaba — Éramos.

── É — a loira concordou seca, tirando os olhos do fantasma do seu passado e estendendo o copo vermelho para o Diaz — Beba, vai me agradecer mais tarde — o que antes era um pedido de uma amiga preocupada se transformou em uma ordem.

── Espera, você estava bebendo? — questionou a LaRusso, para o namorado.

── Não ouse virar isso contra mim! Eu liguei e mandei mensagens o dia todo! — Miguel exclamou, afastando o copo d'água enquanto cambaleava, claramente bêbado — E você não pode me responder uma vez?

A loira mordeu o lábio inferior nervosa, isso não ia acabar bem. Na concepção da Young, o amigo tinha uma parcela de razão, mas estava estragando tudo dando ouvidos a raiva, os sentimentos acalorados devido ao álcool.

── Não pude mesmo  — a LaRusso tentou se explicar, as palavras sendo atropeladas pelos comentários ácidos do namorado  — Minha mãe pegou meu celular!

── Isso é tão convincente!

── Ei, cara, não... — a interrupção de Robby, fez o estomago de Theodora revirar, ameaçando expulsar tudo que ela havia comido e bebido até agora, mesmo não estando bêbada.

── Dê o fora daqui! — o Diaz empurrou o Keene com uma força que a loira só havia visto ele usar no tatame. Imediatamente a garota se colocou entre o amigo e a namorada dele, jogando o copo com liquido para longe. Temendo o destino dessa confusão.

── Miguel já chega!  — Theo reverberou, com raiva de todo aquele drama.

── Ei, quer tentar de novo? — Robby provocou, se levantando. Fazendo a Young se virar drasticamente, sentindo os nervos a flor da pele, apontando em direção ao rosto dele.

── Você nem começa! —  gritou a garota. Dessa vez, foi o Keene que sentiu o sangue ferver, o maxilar travando quase que automaticamente.

Porém a provocação do garoto foi a gota d'água para Miguel, que esbarrou em Theodora, avançando no outro garoto. Um soco foi ouvido mas Robby não caiu. A próxima coisa que a loira viu foi a LaRusso no chão, recusando a ajuda dos dois pra se levantar.

Samantha aceitou a ajuda de Theo, que mudou sua feição raivosa para uma genuinamente preocupada. Mas quando a morena pôs-se de pé, as palavras que escorreram dos seus lábios fizeram a garota de olhos verdes engolir em seco, o ódio reacendendo.

── Que merda foi essa?  — gritou  — Meu pai tinha razão sobre o cobra kai — Theo queria engolir a garota naquele exato segundo mas ficou calada, era drama suficiente por uma noite — Boa sorte no torneio. Eu não vou está lá.

A LaRusso saiu em passos pesados, fazendo Robby se questionar se deveria segui-la ou não. O garoto olhou mais uma vez na direção da Young. Era estranho, ele sabia muitas coisas sobre aquela completa desconhecida, ele havia implorado pelo perdão dela tantas vezes, mas agora a culpa se transformava em raiva. Como Theo podia lutar no cobra kai depois de todas as coisas horrendas que o dojo fez com o senhor LaRusso? Como ela podia ser amiga do namorado agressivo de Samantha?

Ele percebeu que não a conhecia mais. A Theodora Young que era sua amiga estava morta.

E então deu as costas, caminhando em direção ao lugar que veio.

Theodora correu as mãos pelas madeixas descoloridas, os olhos ameaçando transbordar, como uma garotinha com medo de fantasmas.

── Parabéns otário  — ela exclamou, empurrando Miguel e pisando forte para longe dali, o mais rápido que pode.

Se a historia estava fadada a se repetir, estava claro que Robby Keene e Theodora Young sempre teriam seus destinos interligados em lados diferentes da moeda.

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