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𝑰𝑰. trick or treat.

CAPÍTULO DOIS
Doces ou travessuras.

            O ENSINO MÉDIO era uma chatice. Eram apenas as primeiras semanas de aula e a mente de Theodora já estava preenchida com provas, datas, assuntos, trabalhos... A garota estava começando a achar que West Valley High School não era mais uma instituição pública e que ela ia ter que pagar com a alma.

A conselheira do colégio estava na cafeteria, dando uma palestra sobre cyberbully em que a garota não fazia questão de prestar atenção, ninguém fazia na verdade, todos os presentes estavam no celular ou conversando, ou no caso da Young, morrendo lentamente de tédio.

Theo descansava a cabeça sobre a mesa, usando os braços como travesseiro, tentando ao máximo ignorar a voz da conselheira para conseguir alguns minutos de sono. Os outros membros do grupo, Demitri, Eli e agora Miguel, também buscavam formas de fazer o tempo passar mais rápido.

── O bullying virtual não é brincadeira. Enviar uma mensagem cruel para alguém pode ser tão doloroso quanto dizer na cara da pessoa — a voz monótona da orientadora discursava — Eu não vou citar nomes, mas outro dia uma mãe me ligou, porque o filho dela chorava, depois que zombaram da deformidade facial deles.

Vagabunda. Era o que Theodora pensava da mulher após sua frase, que atraiu todos os olhares da cafeteria para a mesa que ela sentava, para Eli, que se encolheu desconfortável. Como alguém podia trabalhar com adolescentes e saber tão pouco sobre como eles funcionavam? Essa conversa só colocaria gasolina nos ataques ao garoto.

──  Mas hoje, nosso objetivo aqui é tornar nossa escola um espaço seguro para todos os alunos — a Young não pode evitar uma revirada de olhos.

── Se estiver cansado do bullying, meu dojo está precisando de novos alunos  — Miguel sussurrou ao grupo.

── Certo. Ouviu essa, Eli? Um pouco de karatê e você vai botar pra quebrar  — Demitri comentou sarcasticamente como sempre, enquanto gesticulava golpes.

── É serio, Demitri. Meu sensei é o cara. E eu acho que consigo desconto pra vocês.

── Por mais legal que pareça, acho que preferimos passar a tarde jogando Crucible Control do que levando soco — o garoto rebateu — Mas você devia levar a Theo, se tem alguém aqui que gosta de esportes é ela. Sabe todo aquele lance da patinação artis... AI! — antes que Demetri pudesse terminar sua chuva de palavras, ele foi atingindo com um tapa voraz na nuca pela loira, que carregava um olhar mortal — Viu, assassina nata.

Apesar do seu histórico quase perfeito com o esporte sobre o gelo, faziam meses que a garota havia desistido de treinar. Ela não podia suportar a ideia de ir a competições sem sua mãe na plateia. E treinar sem competir? Era um puro desperdício de tempo.

Pouco a pouco, Theodora ia desistindo das coisas que faziam parte de si, com medo de lembrar daqueles que partiram.

── Ah, e mais uma coisa. Estamos todos ansiosos para o baile de halloween, espero que as fantasias respeitem as culturas alheias. Por exemplo, em vez de enfermeira sexy, pode ser um funcionário de hospital sem gênero — a sugestão da orientadora fez os risinhos e murmurros se espalharem pelo refeitório, acabando com a paz.

˚ ˚.⋆ ₊

Era no mínimo incrível o que o grêmio estudantil tinha feito na quadra do colégio com decorações antigas e o orçamento apertado, a musica era alta e todos pareciam se divertir. Theo se aproximou do grupo de amigos, ao mesmo tempo que Miguel.

── Ah, esqueleto. Clássico. Legal  — Demitri comentou ao colocar os olhos no Diaz, sem perceber a presença da garota e a fantasia que ela trajava. 

── Valeu, gostei da sua fantasia de feiticeiro — Miguel teve boas intenções com o elogio mas mesmo assim o garoto de cabelos escuros torceu o nariz.

── Sou um necromante. Não viu The Amulet?  — ele explicou, notando a presença de Theodora — MEUS DEUSES! DAENERYS TARGARYEN!

A garota e os outros dois garotos riam com a reação exagerada. A jovem Young usava um vestido azul típico da personagem valiriana, junto ao colar e as botas iguais a da serie de TV. Apesar do corte de cabelo das duas não ser parecido, ambos eram loiros, compondo o visual. Theo estava linda, seus amigos esqueciam que ela era uma garota as vezes.

── Onde estão seus dragões, my lady? — Demitri brincou, arrancando uma risada da loira.

── Um dragão não é um escravo, my lord  — Theodora entrou na brincadeira, arrancando risadas de todos do grupo  — E você, Eli? 

── Cirurgião plástico. Eu concerto lábios — a garota sorriu o elogiando.

A verdade é que nenhum dos três adolescentes sabiam se portar em festas. Enquanto nos primeiros minutos de festa, Theodora foi tirada para dançar por um desconhecido com mascara de ghostface, os outros três garotos assistiam no canto do salão um trio de amigas fantasiadas de meninas super poderosas, sem coragem de chama-las pra dançar.

Theo está procurando pelos amigos com o olhar, quando uma notificação no celular a chama atenção. Uma montagem de Aisha como uma porca, toma conta do celular da loira, junto com os dizeres "O bufê está sobre ataque". Aparentemente todos da escola receberam, pois logo começam as risadas e burburinhos, enquanto a garota de cabelos curtos sai da quadra em passos rápidos com vergonha.

A Young se sente horrível pela menina, mas não possui intimidade o suficiente para ir consola-la. E se sente pior ainda quando o garoto fantasiado que a tirou pra dançar, também ri, com o celular na mão.

Sem dar nenhuma explicação, a loira se retira da quadra, ela não sabe onde estão seus amigos mas está farta das pessoas dessa escola por hoje. Theo precisa de um banho quente e sua cama.

Ao abrir a porta da casa mais cedo do que o horário previsto, a jovem teve a visão de seu pai concentrado na cozinha. Christopher havia alimentado essa fixação por receitas assim que sua esposa faleceu, visando tentar suprir a falta que Winter fazia naquela parte da casa.

── Chegou em casa cedo, pensei que tínhamos combinado as onze — o Young mais velho comentou tirando algo do forno — A festa estava tão ruim assim?

── Na verdade não, mas cada dia suporto menos as pessoas daquele colégio — a garota arrancou as botas e se sentou na bancada da cozinha de frente pro pai — O que você tem aí, chef?

── Torta de maçã, mas acho que errei no ponto do recheio — Chris sorriu, cortando um pedaço para os dois sem a necessidade da filha pedir — O que aconteceu?

── Bullying — Theodora deu de ombros, enquanto alcançava o garfo que o mais velho estendia, roubando uma garfada da torta ainda quente — Adolescentes são muito insuportáveis as vezes. Eu não ligo sobre o que eles falam de mim mas as vezes eles pegam muito pesado com meus amigos e outros alunos. Eu queria fazer algo sobre.

Christopher deixou um sorriso leve escapar dos lábios ao perceber a preocupação empática e genuína da sua filha, mesmo com os desafios da vida ele teve a certeza que não estava falhando em criar Theo.

── Talvez você possa — o homem respondeu, também roubando um pedaço da torta.

Theodora levantou o olhar encontrando o olhar do pai, uma ideia rodando sua cabeça.

── Talvez — a loira murmurou, levando mais uma garfada a boca.

˚ ˚.⋆ ₊

Os dias que sucederam o baile forma horríveis pra muitas pessoas. Pra Miguel foram horríveis pela surra que havia levado e a proibição de lutar karatê, para Aisha foram horríveis pelos comentários maldosos nos corredores, para Johnny Lawrence e Daniel LaRusso foram horríveis pelo renascimento da rivalidade entre os dois e brigas com seus respectivos primogênitos.

E bom, para Theodora foram horríveis porque ela ainda sentia a sensação de estar de mãos atadas, não havia nada que ela pudesse fazer.

Ao menos que...

── Então é isso, sem mais karatê? — Demitri perguntou ao latino, o grupo todo estava reunido na biblioteca fazendo uma tarefa de cálculo. Theodora tinha os olhos concentrados no livro, enquanto anotava seus raciocínios no fichário.

── Acho que não — Diaz resmungou, desapontado, sem tirar os olhos do livro.

── Talvez seja melhor assim. Estava começando a aumentar sua confiança — o comentário do garoto faz a Young levantar a cabeça para fuzila-lo com o olhar.

── Isso não é uma coisa boa?

── Não. O que a confiança já deu a alguém alem de um olho roxo e a mochila jogada no lixo?

── Eu achei legal como você enfrentou o Kyle — Eli refutou, timidamente.

── É, eu também — Theo concordou, voltando a matemática.

── Vocês são malucos? — o surto de Demitri tirou a atenção da garota dos estudos novamente, soltando o lápis sobre os livros — Tenho uma pergunta. Qual o melhor super poder que alguém pode der?

── Super força.

── Telecinese.

Miguel e Theo responderam rapidamente.

── Errado e errado. Invisibilidade. Em segundo lugar, super velocidade para fugir rápido.

── Fugir de quê? — a voz de Kyle fez a espinha da Young gelar e o sangue ferver, por deus como ela odiava esse cara. Ele não podia só deixar seu grupo de amigos em paz?

── De quem — o outro garoto corrigiu o erro gramatical, enquanto o grupo que estava sentado juntava os cadernos e livros pra ir embora em um ato rápido.

── Ei, aonde vai? Olha só essa aberração — o garoto asiático segurou Eli pelo queixo, examinando o rosto dele — Nossa. Que lábio estranho. Que garota ia querer beijar esse troço?

── Solta ele, Kyle — Theodora disse ríspida, colocando a bolsa sobre os ombros. O Park soltou o garoto mas em consequência foi se aproximando cada vez mais da loira na tentativa de intimida-la.

── Que foi? Esse aqui é seu namoradinho também, Young? — o tom debochado do garoto fez Theo cerrar os olhos — Puta merda, você é realmente tão vadia assim pra precisar de três namorados?

──  Se falar de novo assim com os meus amigos, eu corto sua garganta com a lâmina do meu patins — o tom de voz da garota é baixo, mas ela não hesita por um segundo. Uma coisa boa sobre ter uma reputação de maluca é que ninguém sabe quando a Young está brincando ou não.

Antes que mais alto possa avançar sobre a garota, esquecendo completamente de sua política "não bato em mulheres" a voz do Diaz se faz presente.

── Deixa ela em paz, cara — Miguel diz, atraindo a atenção de todos pra si.

── O que foi? A surra não foi suficiente pra você? Ainda quer mais, Reia? — o asiático provoca, empurrando o mais baixo, que cambaleia um pouco pra trás — Dê o fora aqui, esquisitos.

Contudo, antes que o grupo inteiro possa ir embora, Kyle agarra Demitri pela mochila, jogando o objeto no lixo que fica completamente sujo de iorgute.

── Seu sensei te ensina como lidar com babacas como aqueles? — Theodora pergunta, caminhando ao lado do garoto latino enquanto o grupo se retira da biblioteca. Ela aparenta estar calma mais por dentro ferve de raiva lentamente, como uma xícara de café amargo. Essa foi a gota d'água.

── Basicamente — Miguel responde.

── Ótimo, estou dentro.

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