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𝔻𝕖𝕤𝕖𝕟𝕥𝕖𝕟𝕕𝕚𝕞𝕖𝕟𝕥𝕠.

Asahi Azumane.
{16/02/2020}.
15:13.

A senhora de idade já avançada não poupava palavras duras em tom alto sobre como nossa incompetência não iria passar impune, o silêncio reinou por alguns segundos assim que a moça decidiu beber um pouco de água, o olhar ameaçador dela ainda nos vigiava como uma águia.
Particularmente eu não estava prestando muita atenção em sua bronca, meus pensamentos iam unicamente para o pequeno que parecia zangado e estava ao meu lado.

Como eu pude entrar entrar em conflito com minha paixão?.

Nishinoya:Já acabou?.- perguntou em deboche.

A senhora tossiu em choque com a petulância do líbero que apenas a observava com total desinteresse, eu estava um pouco surpreso também com o seu descaso, bom, no final das contas esse ainda é o Nishinoya Yu, ele sempre foi assim briguento e debochado, acho que nada vai mudar sua personalidade tão forte e inabalável.

Hori:Não seja mal educado comigo, Yu, lembre-se que eu ainda sou diretora deste lugar e exijo respeito de vocês!.- gritou irritada.

Asahi: Porra! Acho que já entendemos, você já chamou nossos pais não é mesmo? Para que tanta gritaria se você vai ter que falar todo de novo na presença deles?.- revidei tão irritado quanto ela.

Ela me olhou surpresa antes de abrir um pequeno sorriso sarcástico e revidar com um tom manso e diplomático.

Hori: Não se esqueça que você está na corda bamba, Azumane, devo lembrar das suas vindas persistentes na minha sala?.- ameaçou com maldade.

Engoli a seco e neguei com a cabeça lentamente, infelizmente sua ameaça não é nem um pouco vazia, os professores realmente viviam me mandando para cá mesmo que de maneira injusta, não há como eu argumentar contra isso e será batalha perdida eu tentar qualquer coisa, infelizmente terei que aguentar isso de boca calada.
Não posso ser expulso, isso iria pegar mau para meu currículo e só falta 1 ano para eu me formar e procurar finalmente uma faculdade e quem sabe me mandar daquela casa.

Nishinoya: Eu realmente odeio ter que esperar qualquer coisa, de você pudesse ficar quieta, senhorita Hori, eu ficaria agradeci.- novamente o sarcasmo destinado a diretora.

Ela o olhou desafiadora e deu mais um sorriso vitorioso.

Hori: Saiba que eu também posso suspender você do time por tempo indeterminado, eu não entendo muito de vôlei mas sei que sua posição é muito importante e que você é o único com essa posição na Karasuno.- devolveu a ameaça com escárnio.

Os olhos do baixinho quase caiam para fora e sua boca estava tão aberta que era possível ver sua guela.
Depois de alguns segundos nesse estado ele concordou lentamente e abaixou a cabeça parecendo tão derrotado quanto eu.

Asahi: Desculpa.- pedi à ele em um sussurro quase inadiável.

Ele me olhou de escanteio, a mágoa que eu sentia parecia não ser o suficiente para atingir-lo já que o mesmo apenas entortou o nariz e balançou a cabeça negativamente. Aquilo doeu tanto no meu coração, era óbvio que ele não iria me perdoar, não depois de tudo que eu disser à ele.

Asahi: Me perdoe Nishinoya, sinto que não poderei mais te ver depois disso.- imploro com a voz um pouco rouca.

Ele me olhou por alguns segundos antes de voltar sua atenção a Hori que parecia digitar algo de extrema importância em uma folha, fiquei cabisbaixo e senti as pequenas lágrimas se formando no canto de meus olhos, aquilo era a prova que eu precisava para saber que eu o perdi de vez.

A porta foi aberta com brutalidade e de lá saiu a mulher que eu pensei que não veria tão cedo, seu olhar de puro ódio se direcionou a mim com dureza nunca vista antes, ela não demorou muito a se aproximar de mim e deixar em minha bochecha um tapa forte, eu fiquei em choque por alguns segundos antes de me lembrar que essa era a exata atitude dela, olhei para ela com nojo e nada disse, ela assim como eu se manteve calada o tempo todo antes de segurar com firmeza meu braço e começar seu monólogo.

Miko: É melhor você continuar calado, Asahi, já não basta aquela vergonha que você me fez passar.- ameaçou com dureza.

Apenas balancei a cabeça não querendo receber mais um tapa ou algo do tipo, sua mão no meu pulso ainda dói bastante e não quero que ela aperte ainda mais.

Nishinoya: VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE BATER NELE!.- gritou de repente.

Sua mão foi em direção ao meu outro braço livre e com uma força bruta o pequeno me puxou para si, a troca de olhar deles era intensa demais porém eu só conseguia pensar em como sua mão é quente ao redor do meu braço, os olhares só foram interrompidos pela diretora que deu um forte tapa na mesa chamando atenção de todos presentes na sala.

Hori: Já chega Yu, esse é um problema familiar, não fique se intrometendo.- avisou como ultimato.

Nishinoya: Eu não quero saber, quando uma mãe encosta a mão no filho ela não pode mais ser considerada mãe.- disse todo olhando diretamente para Miko.

Dos lábios da pequena um sorriso sarcástico saiu, ela parecia prever todas as falas do pequeno já que não recuou diante de sua hostilidade e raiva.
A mão na cintura e os olhos castanhos em brilho davam a ela uma pose de poderosa.

Miko: Não deveria falar assim com os mais velhos, principalmente comigo, sou a mãe do garoto que você brigou, eu até poderia processar seus pais por educar tão mal assim você.- ameaçou grandiosa.

Nishinoya: Eu quero que você tente fazer algo.- disse no mesmo tom.

E estava mais uma troca de olhar que foi interrompida pelo som da porta sendo brutalmente aberta, de lá saiu uma mulher pequena com cabelos tão curtos e de óculos de grau quadrado, em sua mão uma bolsa de couro bem como sua jaqueta, ela olhou para o Yu e soltou um suspiro meio decepcionado antes de se virar para mim e dar um sorriso constrangido.
Essa deve ser a mãe do Nishinoya.

Kaguya:Olá, meu nome é Kaguya, sou mãe do Yu e queria pedir desculpas para você.- estendeu a mão em minha direção com um sorriso tímido.

Aceitei seu aperto de mão sorrindo de volta.

Miko: Eu sou a mãe do Asahi.- se virou para a mulher com um sorriso bondoso.

Ela sorriu de volta antes de ficar com uma cara estranha de pura confusão, me encarou por alguns segundos parecendo me analisar e então olhou para Yu com a sobrancelha erguida.

Kaguya: Agora eu estou confusa, esse não é o Asahi Azumane que você tanto fala? Pensei que eram melhores amigos.- confessou confusa.

Minhas bochechas ficaram vermelhas quando eu imaginei o cenário do Noya falando sobre minha pessoa para sua mãe enquanto ficava corado e com um sorriso de orelha a orelha, quando olhei para Miko vi que a mesma estava com os olhos brilhando em puro ódio, aquele olhar me deu arrepios e eu até esqueci que Noya contava de mim para sua matriarca.

Nishinoya: Não somos mais amigos.- sussurrou cabisbaixo.

O olhei por alguns segundos antes de ouvir uma exclamação de sua mãe que se virou para mim e pareceu analisar agora os machucados que o líbero havia causado.

Kaguya: Sério? Olha, eu espero que vocês voltem logo a se falar, Asahi, eu sei que Yu pode ter pegado pesado mas creio que possam resolver isso sem nossa interferência, ele é muito explosivo mas tem um bom coração, espero que possa perdoa-lo.- disse tudo com um lindo sorriso acolhedor.

Eu iria a responder antes da porta ser aberta novamente dessa vez com delicadeza, de lá saiu uma brasileira preocupada e com uma grande expressão chocada, ela correu em minha direção não esperando nem a diretora falar se poderia sim ou não entrar na sala, suas mãos foram em direção ao meu rosto e logo uma série de perguntas feitas em português veio me deixando sem fala.

Hori, vendo toda a intromissão decide finalmente fazer algo, sua mão pesada foi novamente em direção à mesa deixando ali um tapa grande que causou um grande barulho.

Hori: Já chega! Senhorita Smith, é melhor você sair dessa sala imediatamente, senhorita Nishinoya, senhorita Asahi, quero conversar com vocês em particular, Azumane e Yu podem esperar lá fora.- ordenou tudo com firmeza.

Todos balançaram a cabeça em afirmação e logo começamos a nos mover, a porta já estava aberta então eu somente saí sendo acompanhado dos outros dois adolescentes, antes de eu fechar a porta percebi que Miko e Kaguya agora já estavam sentadas nas cadeiras ocupadas anteriormente por mim e por Noya.

Agora estávamos todos no corredor, eu queria apenas ir embora porém sabia que isso só geraria mais brigas familiares e isso é tudo que eu menos quero agora, eu só queria respirar tranquilamente agora.

Bianca: Vocês vão me explicar tudo desde o começo.- exigiu totalmente autoritária.

Nishinoya: Seu amiguinho só foi um idiota que não sabe assumir as próprias consequências, não há muito oque dizer.- falou com deboche.

Não é isso.

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Olá queridos(as) leitores(as).

Demorei mas cheguei.
Kskskslsllsls

Sem enrolação, tá ali encima o link da música👆

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