Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝕆𝕟𝕕𝕖 𝕒𝕟𝕕𝕒 𝕧𝕠𝕔𝕖̂?

Quando o
Coração disparou
Eu entendi
O que era
Mas fingi não
Entender pra não
Piorar.

Tsukishima Kei.
{06/03/2023}.
18:36.

Os olhos escuros dele que brilhavam um pouco com a luz do poste não refletiam nenhum tipo de mentira, seus lábios não tremiam enquanto cuspia as palavras que saiam de sua boca com tamanha firmeza que não pensei que teria, eram palavras escassas, porém duras que ecoaram pela minha cabeça e queimava meu coração, a minha garganta seca talvez fosse um resquício do quão afetado eu estou, as mãos trêmulas, por outro lado já eram causadas pela ansiedade, bom, já que ambas estavam protegidas do frio que assolava Miyagi este era o único bom motivo.

Dos lábios do agora parcialmente esverdeado surgiu um sorriso pequeno e bobo, seus olhos fechados e sua postura relaxada me deixava distante da imagem que o mesmo possuía em quadra, a imagem de um Yamaguchi tenso e ansioso, aquele surgimento de dentes foi o suficiente para dispensar o ar denso que se formou em nossa volta e principalmente fazer uma grande palpitação no meu coração iniciar.
A lua brilhante aparecia um pouco por entre as poucas nuvens cinzentas para iluminar ainda mais o pequeno Tadashi, a imagem era simples e sem pretensão nenhuma, é apenas uma janela sorridente de seu interior tão resplandecente quanto o exterior, naquele banco de braço o qual repousava percebi uma coisa que vinha ignorando a muitos anos, eu estou perdidamente apaixonado por cada pedaço de ser e alma do pequeno Yamaguchi.

Tsukishima: Por que nosso relacionamento é tão complicado assim?.- perguntei mesmo tendo ciência da possível volta de ar mórbido.

O seu sorriso fraquejou um pouco, entretanto não deixou de existir, sua postura ainda estava relaxada, entretanto vi que sua mão apertava firmemente o cantil de metal, um longo suspiro saiu de seus lábios agora levemente puxados.

Yamaguchi: Nos conhecemos desde que éramos crianças, Tsuki, não estou falando que odeio os meninos ou algo do tipo, não, apenas que nossa conexão é maior e isso torna tudo mais difícil.- explicou meio melancólico.

Um suspiro saiu de seus lábios, era um tópico um pouco delicado para nós dois, entretanto, quando o nosso relacionamento amigável se tornou algo de enorme tabu, sempre fomos bons amigos e não havíamos necessidade de proferir isso, porém agora é estranho, o fato de não conversamos sobre nossa amizade se tornou algo tão diferente do habitual que ficou apenas desconfortável demais, é como se o fato dele... futuramente vim a óbito deixasse tudo mais desconfortável.
Encostei minhas costas no banco de madeira e arrumei o cachecol no meu pescoço que estava caindo um pouco, minhas mãos cobertas foram em direção à mão do esverdeado, arranquei o objeto metálico de seus dedos avermelhados e balancei-o percebendo que lá já não havia nenhum líquido, fiquei um pouco aliviado ao perceber que o cantil já estava vazio e que Tadashi não iria mais beber por hora.

Yamaguchi: Decepcionado por não ter bebida? Da próxima eu guardado para você.- disse brincalhão.

O olhei com seriedade e vi o sorriso infantil do mesmo fraquejar um pouco antes dele murmurar um pedido de desculpas, não gostava do fato dele estar se afundando tanto assim nas bebidas, o câncer já está em estágio avançado e logo ele estará condenado a ficar em uma cama até sua morte, beber tanto assim apenas está acelerando o processo, ambos sabemos, todavia Tadashi prefere se manter na ignorância.

Tsukishima: Você sabe que não gosto de o ver bebendo, dona Mina também não, ela sabe que você rouba as bebidas dela.- digo em tom de bronca.

Ele me olhou por alguns segundos antes de dar uma risada fraca e sem um pingo de sinceridade, os seus olhos ficaram brilhantes de repente e eu só pude me entristecer por ser lágrimas que escorriam por sua bochecha corada.
A cena fez meu coração doer ao ponto de eu acreditar que foi esfaqueado por uma adaga de culpa, nunca gostei muito de ver o pequeno chorar e agora com sua doença eu consigo ficar ainda mais triste, eu só queria que ele ficasse feliz até sua hora de partir.

Yamaguchi: Se ela estivesse tão preocupada assim ela estaria aqui!.- disse alto e em angústia.

Um sentimento quente se apoderou de meu coração, senti o sangue correr por minhas veias sendo protegidos por minha pele coberta, um zumbido irritante no meu ouvido surgiu e a cena se desenrolou em velocidade mínima, nada mais importava além de mim e a raiva que eu sentia pelo esverdeado.
Em um movimento bruto e rápido eu já estava de pé e em frente dele, meus dentes cerrados bem como meus punhos eram apenas pequenos sinais de minha raiva comparado ao meu olhar fulminante.

Tsukishima: NÃO FALE ASSIM DA MINA, ELA TEM TE TRATADO COMO UM REI DESDE QUE ESSE MALDITO CÂNCER SURGIU.- gritei com ele sentindo meus pulmões ficar sem fôlego.

Olhei para ele com repúdio e remorso, nojo por sua atitude totalmente babaca e sem nenhuma explicação e triste por estar gritando com ele ao ponto de me faltar fôlego. Sua reação no entanto era de pura surpresa com uma pitada de raiva, talvez por o álcool em seu organismo ainda existir ele tenha demorado demais para deixar transparecer o ódio, ambos estávamos com dentes e punhos cerrados e inclinados para frente fazendo nos aproximarmos mais.

Yamaguchi: MINHA MÃE APENAS ME SOCORRE QUANDO EU JÁ ESTOU BÊBADO DEMAIS, PORRA! É PEDIR DEMAIS PARA CONVERSAMOS? OS MENINOS DO TIME NÃO SÃO DIFERENTES.- despejou também raivoso.

Ele pareceu ficar sem fôlego assim como eu, engolindo a seco ele abriu a boca e a fechou logo em seguida por um instante tive a ilusão do mesmo ficar sem palavras, a realidade era que o mesmo apenas queria mais um pouco de bebida e talvez por isso ele balançou o cantil em busca de algum resquício de seu veneno alcoólico, o pequeno então lembrou-se que o objeto metálico já estava vazio fazia alguns minutos e soltou um suspiro de decepção. Com toda essa cena de tentar se embriagar ainda mais ele esqueceu-se de mim.

Tsukishima: PORRA! OS MENINOS DO TIME ESTÃO SEM SABER O QUE FAZER, ELES SABEM QUE VOCÊ VIVE BEBENDO E ESTÃO MAIS PREOCUPADOS COM SUA SAÚDE DO QUE VOCÊ MESMO, TODO DIA ELES ME PERGUNTAM SE VOCÊ REALMENTE ESTÁ BEM JÁ QUE VOCÊ SÓ CONTA MENTIRA PARA ELES, ELES TEM MEDO DE SE APROXIMAR DE VOCÊ E ACABAR AFASTANDO VOCÊ MAIS AINDA, AH, E SUA MÃE ATÉ PODERIA CONVERSAR COM VOCÊ DIREITO SE VOCÊ NÃO TIVESSE DORMINDO DE TANTO BEBER- revidei todas suas acusações sentindo meu coração doer a cada palavra.- Como você acha que eu me sinto... cada vez que você se distância sem dar explicações... eu sinto tanto sua falta.- confessei agora em um sussurro de voz rouca.

Ele se levantou de repente, o barulho do seu pé batendo violentamente no chão era acompanhado por o som de nossas respirações altas e falhadas, o ar em minha volta pareceu ficar mil vezes mais quente por conta da raiva que fazia meu sangue borbulhar e minhas bochechas ficaram coradas, o óculos deslizou um pouco do meu nariz por minha posição estar inclinada e quase caiu no chão sendo salvo por minha mão que permanecia até então cerrada.

Yamaguchi me olhou com lágrimas ameaçando cair, a raiva só me fazia enxergar a cena deprimente com seriedade e não havia um resquício de arrependimento em meu coração, não me senti um monstro por o fazer chorar apenas me senti bem comigo mesmo por fazer-lo "cair na real", todo essa ladainha de que todos estão se afastando dele não o contrário já estava me deixando puto de ódio.

Yamaguchi: PORRA TSUKI! Sempre que conversamos é sobre o meu maldito câncer e como você vai sentir minha falta quando eu morrer, você e o resto dos meninos estão me tratando como se eu fosse o câncer não como se eu tivesse o câncer, e a minha mãe só está usando eu como pretexto para voltar a beber.- falou dessa vez mais calmo, não abandonando a raiva.

O olhei desacreditado, então era assim que ele enxergava nossas conversas? Eu realmente vivo falando sobre sua condição, especificamente como ele não tem se cuidado direito e como isso pode prejudicar ainda mais a doença, eu só me preocupo demais com ele, e agora ele vem e me fala tudo isso? Eu sou patético.

Suspirei alto.

Tsukishima: E você tá usando nós como pretexto para ser um babaca... um babaca que... que... porra.- minha voz ficou embargada e baixa abandonando o tom raivoso.

Minha visão embasada pelas gotículas salgadas das lágrimas me fazia ver uma versão borrada do esverdeado, um soluço ficou entalado na minha garganta me fazendo tossir fortemente, uma fungada, um som de descontentamento, um par de lábios trêmulos, uma mão segurando o óculos agora com pequenas lágrimas, um... coração partido.

Quando dei por mim braços me abraçavam fortemente, em seu abraço pouco firme eu me senti tão... exausto, eu só não conseguia mais me perguntar onde ele está, com quem ele está, a saudade só é grande e destruidora demais para meu coração despreparado, em seus braços eu percebi que estava tão apaixonado por ele que chegava a ser cansativo, tão cansativo que fazia-me ficar aos prantos.

Tsukishima: Onde anda você, Yama? Eu sinto tanta sua falta.- confessei com minha voz sendo abafada pela curvatura de seu pescoço.

Uma de suas mãos se posicionou na minha cintura deixando ali um carinho contínuo e a outra foi em direção aos meus cabelos começando um cafuné tímido, eu nunca fui o tipo de ser humano que adora contato com outras pessoas e em algumas ocasiões eu ficava até desconfortável se alguém invadisse meu espaço pessoal sem explicações, Yamaguchi sempre soube disso então ele raramente me tocava tão casualmente, não que eu me incomodasse com seu afeto, ao contrário disso eu até amava, é apenas muito diferente do toque de terceiros, é... bom.

Yamaguchi: Eu também sinto sua falta, por favor fique aqui.- pediu em um sussurro de voz chorosa.

Eu sorri com seu pedido tímido.

Tsukishima: Eu nunca sai.- digo feliz.

As lágrimas que rolava agora era de felicidade, saber que toda a saudade que assolava meu coração também era presente para ele me deixou tão contente, é simplesmente reconfortante e maravilhoso saber que a pessoa que você nutre uma grande paixão sente sua falta e talvez até fique pensando em você noite a fio me deixa extasiado.

Tirei meu rosto de seu pescoço para poder o encarar, sua mão parou se alisar minhas madeixas e desceu até minha nuca repousando ali, a outra mão que permanecia em minha cintura deixava lá um certo calor que nem a veste me impedia de sentir.
Nos encaravamos com carinho, nossos rostos ainda estavam banhados por lágrimas, suas bochechas gordinhas tinham uma cor rosada que ficava mais e mais avermelhada, seus lábios convidativos expressavam um pequeno sorriso fechado, os olhos iluminados pela lua e pelas lágrimas se fecharam um pouco.

Tão lindo, tão sublime.
Você, Yamaguchi Tadashi, me faz me sentir suficiente.

Ele se inclinou ainda mais para cima, estava na ponta dos pés e parecia prestes a cambaleia e ceder ao chão, talvez por conta da bebida ou talvez por conta de ser desastrado de natureza, não pude impedir um pequeno riso que saiu de meus lábios mas logo disfarcei, minhas mãos foram em volta de sua nuca e eu inclinei-me um pouco para baixo.
Nossos rostos nuca estiveram tão próximos assim, conseguia até mesmo sentir sua respiração bater em minha face, meus olhos fixaram em sua boca admirando-a e percebendo que ela estava levemente aberta e parecia clamar por se juntar à minha.

Yamaguchi: Por favor, me deixe te beijar.- implorou cedendo.

Tsukishima: Não precisa pedir mais de uma vez.- falei risonho.

Me inclinei ainda mais e bati meus lábios nos seus.

É como alcançar o céu e tocar as estrelas.

-----------------------------------------------
Olá queridos (as) leitores (as).

Desculpa pela demora, eu tava com um puto bloqueio criativo, prometo que vou começar a me programar melhor .

Para hoje eu deixo " Onde anda você " para executarem enquanto leem o cap .

Link da música encima 👆

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro