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ℂ𝕙𝕠𝕧𝕖 ℂ𝕙𝕦𝕧𝕒.

Nos teus olhos
Encontrei a alegria
Que a tanto tempo não via.

Nos teus olhos
Dei um mergulho profundo
E descobri a fantasia
Que colore, com cores mais vivas
Mais alegres
A nossa vida.

Nos teus olhos
Busquei a esperança
E minha alma
Se encheu de paz.

Nos teus olhos
Soltei-me livremente
E qual uma criança
Sem compromisso
Percorri, alegremente
Os teus caminhos.

Yamaguchi Tadashi.
{20/03/2023}.
15:38.

As gotículas de chuva eram pequenas, o vento que soprava minha casa fazendo a estrutura ranger também carregava os pequenos e quase invisíveis de tão finos pedaços de água, eu contemplava pela janela o sol sumindo por entre as nuvens brancas, como sempre está frio, como sempre meu corpo estava gélido.

Os remédios foram aumentando conforme as consultas e os efeitos colaterais foram se tornando mais fortes, por conta desse grande empecilho tive que me abster das bebidas alcoólicas, ficou muito aparente que os comprimidos não eram as únicas coisas que eu consumia e como punição tive que ouvir um sermão do médico e um olhar julgar de "eu te avisei" da mamãe.

Bom, de todo modo, encontrei um substituto perfeito para o amargo uísque, a maconha, o uso do entorpecente aconteceu em uma balada, eu não estava bebendo no dia, pois os remédios haviam me deixado tonto e enjoado, as luzes vibrantes daquele lugar fazia minha visão ficar turva e a qualquer minuto eu poderia desmaiar, não queria incomodar os meninos do time já que fazia muito tempo que não nos reunimos e o melhor que eu pude fazer foi sair sorrateiramente em um momento de discussão do Kageyama e do Hinata, do lado de fora do estabelecimento eu ainda podia ouvir a música eletrônica e aquilo já estava me irritando um pouco, foi quando eu vi ele. Tendou Satori, o avermelhado estava em uma discussão ávida no telefone e aos berros ele repetia que "eu já disse que estou bem!", minha primeira reação foi tentar voltar para a balada já que eu não o conhecia e não queria ser inconveniente, entretanto, fiquei fraco de repente e meu corpo quase cedeu ao chão, Tendou viu e me ajudou, seu rosto estava banhado em lágrimas aquele dia e o mesmo só conseguiu se acalmar após tragar um pouco de sua maconha, foi meu primeiro contato com um "baseado" e desde então não consigo suportar as dores sem fumar-lo.

No primeiro momento cogitei esconder o novo vício de Mina, entretanto, não queria mais manter segredos. Recentemente eu e ela havíamos nos aprofundado em uma conversa, foi logo após o sermão do médico sobre as bebidas que eu vivia ingerindo, mamãe demonstrou todas suas inseguranças, preocupações e esperança sobre meu tratamento, eu tive coragem de finalmente confrontar-la sobre sua possível volta ao alcoolismo, nunca de fato falamos sobre minha futura morte eminente, um dia depois dos desabafos nos sentamos de frente à televisão e conversamos por hora, não havia profundidade nas palavras tampouco uma grande lição de moral por trás, eram assuntos triviais sobre o tudo e o nada em particular, mas eu me senti tão... mágico com a conversa, sabe, depois que você descobre que a morte vai bater na sua porta muito mais cedo que o planejado toda interação humana se torna muito mais... vivida.

Também não havia razões para esconder meu novo relacionamento com o Kei, o nosso lance ainda não tinha rótulo e eu preferia assim, não queria que Tsukishima ficasse preso à alguém que tem seus dias contados, é o certo a se fazer e pensei que o loiro iria concordar com veemência comigo, ledo engano.
Uma discussão foi iniciada, o de óculos dizia que era egoísmo meu pensar o que é bom apenas para minha pessoa, eu tentei explicar-lhe que eu estava priorizando ele primeiro e isso incluía nunca aceitar ou propor um pedido de namoro, eu acabei ficando muito estressado com toda a gritaria e corri para minha escrivaninha em busca do baseado, foi a primeira vez que o Tsukki me viu fumar o entorpecente, impressionantemente ele não me criticou ou tentou me parar, apenas me observou atentamente até eu relaxar, depois disso ambos conseguimos conversar de modo decente um com outro.

Um som no andar de baixo foi escutado, algo pesado parece ter caído no chão, eu à passos calmos e lentos desci a escada sentindo minhas pernas fraquejar à cada caminhar, quando meu pé tocou o último degrau eu tive o vislumbre de uma figura de baixa estatura, os cabelos arrepiados e as roupas levemente encharcadas indicava as longas horas debaixo da fina chuva.
Soltei um som de surpresa do fundo da minha garganta olhando-o com surpresa, seus olhos estavam vermelhos e suas bochechas exageradamente coradas, ele havia chorado.

Yamaguchi: Aconteceu algo?.- finalmente perguntei depois de superar a surpresa.

Ele concordou com a cabeça e logo mais e mais lágrimas brotaram em seus olhos castanhos, tentou inutilmente parar de chorar conseguindo apenas uma série de tosse seca, eu me apressei em o segurar nos meus braços quando o mesmo quase caiu no chão.

Hinata: Eu não aguento mais o Kageyama! Ele não fala o que quer de mim, não define o que somos e só me quer por perto quando o convém!.- desabafou em meio às lágrimas.

Surpreso pela revelação da relação complicada deles soltei outro som de surpresa, o ruivo parecia muito transtornado para reparar que acabara de revelar sua relação com o moreno e sua sexualidade de brinde.
Não era um momento para eu fazer perguntas impertinentes, talvez quando o "clima" melhorasse eu poderia perguntar tudo.

Acho que a tarde será longa para mim e para o baixinho.

Yamaguchi: Se você quiser desabafar estou aqui, ou se quiser apenas minha presença eu sou todo seu, mas acho que precisamos trocar suas roupas primeiro e pedir alguma coisa para comer.- falei entre o abraço.

Ele concordou com a cabeça e desfez o abraço a contra gosto, ele ainda chorava entretanto optou por não esconder as lágrimas dessa vez, suspirei fundo e peguei meu celular no bolso da calça de moletom cor cinza, fiquei surpreso ao ver uma mensagem do Tsukki brilhar na tela.

Tsukki❤
-o Hinata aí????
15:45✔

Eu
Ele chegou agr-
15:50

Eu
Oq krls acontecendo?????-
15:50✔

Tsukki❤
-graças a Deus.
15:50✔

Tsukki❤
-eu vou mandar o rei da quadra pra tu
15:51✔

Tsukki❤
-n fla nada pro Hinata.
15:51✔

Tsukishima Kei.
15:52.

Os olhos azuis do moreno estavam tão arregalados que eu me perguntei se era possível isso acontecer, ele se encontrava em estado de pânico, em primeiro instante eu tentei conversar com o Tobio, entretanto, ele não correspondia aos meus chamados e ficava perturbado se eu me aproximava muito, depois de alguns segundos repetindo "Hinata" sem parar o levantador parou de falar e agora está encolhido no canto.

Como isso aconteceu? Simples, estava me preocupando com o Yamaguchi como sempre enquanto fazia o dever de matemática que no que lhe concerne estava difícil, eu não conseguia me concentrar direto nos números no papel já que o esverdeado parecia muito mais interessante ser pensado, foi quando o barulho da porta principal foi ouvida e eu corri em direção à mesma comemorando internamente pela distração, assim que abri a porta o Kageyama entrou como um foguete repetindo a pergunta "onde está o Hinata?!" totalmente transtornado.

Eu tentei entender primeiro toda a situação, mas o Tobio não colaborava, acabei mandando mensagem para todos do time perguntando sobre o paradeiro do ruivo, depois disso e mais insistência por minha parte o moreno finalmente admitiu o porquê de tanto transtorno, pasmem, ele estava em um relacionamento com o Shoyou e os dois acabaram brigando. O choque foi grande, mas após pensar um pouco estava muito óbvio que os dois estão namorando, quer dizer, quase namorando, Kageyama confessou não querer pedir o pequeno em namoro e que isso sempre acaba sendo motivo das discussões deles.

Kageyama: Ele deve estar todo molhado.- divago em um murmúrio.

Olhei para ele surpreso com sua fala repentina, guardei o celular no meu bolso e decidi que era a hora de descobrir a história completa.

Tsukishima: Por que você não quer pedir ele em namoro? Você é praticamente a cadelinha do baixinho.- falei sarcástico.

Ele me olhou por alguns segundos antes de ficar cabisbaixo, sua linguagem corporal era de alguém hesitante, ele não irá contar nada à mim e isto me deixo raivoso. Eu tive que aguentar todo seu drama sobre algo que nem é tão sério assim para não receber nada em troca! Sinceramente, me pergunto como seres humanos conseguem fazer esse negócio de ser um bom "ombro amigo".

Ele olhou para o chão e começou a mexer nas mãos, um suspiro longo saiu de suas narinas.

Kageyama: Meu senhor, não molhe o meu divino amor.- implorou olhando para o céu como uma reza.

Agora que eu não estou entendo porra nenhuma mesmo!.

Kageyama: Eu sou autista, o Hinata não sabe e eu estou com medo de contar pra ele e ele se afastar.- confessou cansado.

Autista?!.

Fiquei atônito com sua fala, as suas palavras passavam em "loop" na minha cabeça como um grande eco, demorei a acreditar em sua confissão.
E então uma chave virou em meu cérebro, como em um grande quebra-cabeças as peças começaram a se encaixar com rapidez.

Todas às vezes que o levantador se incomodava com o barulho muito alto da conversa de Tanaka e do Nishinoya, quando o mesmo ficava focado demais nos jogos que passavam na televisão e analisava tudo fixamente se esquecendo das pessoas ao redor, às vezes que o moreno repudiou o toque físico quando o indivíduo estava suado, as ocasiões em que ele não sabia falar com todas as palavras o que exatamente queria dizer e ficava frustrado quando ninguém (exceto o Hinata) entendia. Tudo fazia sentido.

Tsukishima: Agora tudo faz sentido.- divago comigo mesmo.

O moreno pareceu se encolher ainda mais, as suas bochechas estavam vermelhas como um pimentão e em sua boca havia um biquinho patético, ele está totalmente envergonhado e isso soa tão engraçado que eu não consegui segurar meu riso, gargalhava alto sentido até meu pulmão doer antes de procurar oxigênio com avidez.
Tobio parecer interpretar meus risos como julgamento por parte de sua neuro doença, seus olhos ficaram com lágrimas que ameaçaram cair entretanto o mesmo segurava-as com força.

Oh, porra!.

Me aproximei do mesmo e me ajoelho à sua frente, o vejo recuar ainda mais batendo suas costas na parede, estava parecendo até um gatinho de rua arisco, não ousei o tocar pois agora que eu sabia do seu autismo posso lidar com tudo com mais facilidade.

Tsukishima: Ei, rei, eu não estou rindo do seu autismo, idiota, estou rindo porquê você tá parecendo um otário.- falei dando um pequeno sorriso.

Ele não pareceu acreditar na minha palavra por alguns segundos antes de acenar com a cabeça.

Tsukishima: Vamos, iremos até o Yamaguchi, sua rainha está chorando no colo do Yama.- avisei sério.

Ele se levantou em um pulo, seus olhos azuis ficaram grandes e tive certeza que sua pupila havia dilatado, com pressa o levantador se moveu em direção à porta principal sendo parado pé um silvo alto meu, ele virou para trás desesperado para sair logo porta a fora e correr em direção ao ruivo, o problema é que ele não sabe onde o Tadashi mora e ainda está garoando lá fora.
Levantei-me e com calma até o outro andar murmurando um "espera" para o moreno, abri a porta do meu quarto e peguei o guarda-chuva grande e amarelo que estava repousado no meu guarda-roupa de madeira.

Quando pisei meu pé no último degrau disse:

Tsukishima: Não era você que estava fazendo uma prece pra Deus não molhar o seu divino amor?.- questionei rodando o guarda-chuva nas mãos.

Ele sorriu de orelha a orelha para mim.

Yamaguchi Tadashi.
16:09.

O som do choro do pequeno era a única coisa ouvida no cômodo, ele não parava de chorar desde que passou encharcado pela porta, eu dei uma troca de roupa seca e limpa que ficou grande demais nele, mas nada de mais, agora o mesmo resmungava e chorava enquanto devorava mais um pedaço de pizza.

Onde diabos está o Tsukki?!.

Pensei com dor de cabeça de tanto ouvir o choro do ruivo.

Como se minhas preces estivessem sidos ouvidas a porta foi novamente aberta, eu acabei deixando-a destrancada, pois ansiava a chegada do loiro, e quando o mesmo atravessou a porta com um olhar entediado e com um guarda-chuva grande e amarelo sendo fechado não contive um imenso sorriso, logo veio atrás o Tobio, ele parecia transtornado e quando colocou os olhos no ruivo correu em sua direção.

Hinata que murmurava ao meu lado no sofá pulou imediatamente se afastando do moreno, eles se encaravam agora e ambos choravam, era tão estranho ver a cena, é tão pessoal e eu me sinto um intruso vendo isto.

Hinata: O que você tá fazendo aqui?!.- sussurrou em meio às lágrimas.

Ele pareceu ficar ligeiramente medroso com a fala e o afastamento do ruivo, Tsukishima que ainda estava na porta se aproximou do Kageyama e colocou a mão no ombro do mesmo encorajando-o a falar.
Agora mais confiante, Tobio, finalmente falou.

Kageyama: Eu...sou autista, eu não queria te dizer porque não queria te afastar e eu acabei não ter pedido em namoro pois não sabia como você iria lidar com isso.- confessou com lágrimas nos olhos.

O ruivo sorriu genuíno antes de gargalhar um pouco e secar as lágrimas rapidamente, nos 3 encarávamos Shoyou ser saber o porquê de sua reação, foi um choque imenso até mesmo para mim que não sabia de nada e só estava esperando o loiro chegar com o moreno e do nada tenho tamanha revelação.
Tobio deu um passo para trás parecendo pensar que o ruivo está debochando dele, Tsukki reparou também e colocou uma mão nas costas do mesmo impedindo-o de ir mais para trás.

Hinata: Kageyama baka, eu já sabia disso à muito tempo, apenas não comentei porque eu pensava que você sabia que eu sabia.- falou rindo logo em seguido.

QUÊ?!.

Kageyama: Como você sabia?.- perguntou ainda pasmo.

Hinata: Ora, Natsu é autista também então eu sei como identificar um.- riu ainda mais.

O moreno correu em sua direção ainda correndo e abraçou o pequeno com toda força que tinha, ele levantou o pequeno no processo causando ainda mais gargalhadas no Hinata, as pernas de Shoyou estavam em volta da cintura do moreno que sorria de orelha a orelha pro ficante.

Kageyama: Você quer namorar comigo?.- propôs.

Hinata: SIM!.- aceitou.

E lá estavam os pombinhos se beijando amorosamente enquanto comemoravam o novo relacionamento, sorria bobo para os dois, estou tão feliz por eles! Mesmo com toda a diferença que ambos têm e com o autismo do moreno isso não deixou de fazer com que ambos namorarem.

Autismo... câncer... mesmo ambos tendo suas diferenças eles se amam... mesmo com a doença ambos se namoram.

Olhei para o loiro que sorria minimamente para a cena.

Yamaguchi: Quer namorar comigo?.- propôs.

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Demorei pra krl mas cheguei ksksksksksk.

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