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[ 𝐈𝐈 ] ── 𝘀𝘁𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲 𝗁𝖺𝗉𝗉𝖾𝗇𝗂𝗇𝗀𝗌 ❟﹗

❛ 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑𝐒 ⌗
( acontecimentos estranhos ) 𖤐 ⤸ ❜

ALESSIA NÃO sabia ao certo o que sentia naquele momento. A raiva, culpa e dor tomavam completamente todo o seu ser. Esse mix de emoção a fazia se sentir como uma tela abstrata de um artista confuso.

Apesar de todos os problemas que tinha com sua mãe, ela a amava mais do que qualquer coisa. E saber que não pode expressar isso a doía mais ainda.

Culpada, era como se sentia. Culpada por não conseguir ter feito algo, culpada por não estar lá para ajudá-la e principalmente, culpada por não conseguir dizer como a amava.

A Fawley se sentia quase da mesma forma em relação a morte de seu pai, só que pior. Da última vez que elas haviam conversado, ou melhor, discutido, ela disse que a odiava. Claro que não eram palavras sinceras, mas ela nunca saberia.

A mulher enxugou as lágrimas que caíram acidentalmente de seus olhos e então estacionou em frente a um bar no centro da cidade.

Quando adentrou no local, viu alguns grupos de amigos animados e sorridentes, mas isso fazia apenas sua cabeça doer. Ela só queria gritar para que calassem a boca, mas sabia que não podia.

— Uma dose de tequila — Pediu a um moreno alto que estava logo atrás do balcão.

— Pela sua cara, precisará de uma dose dupla — O homem afirmou e entregou para a mulher, que no mesmo instante virou o copo e arrastou o copo pelo balcão, pedindo mais uma dose — Caramba! Você quer desabafar? — O homem questionou intrigado.

— Eu quero tequila. O desabafo vem quando eu estiver sentindo o efeito dela — O homem assentiu e lhe ofereceu mais uma dose.

— Eu fico aqui desde que esse bar abriu e com certeza você é a cliente mais baixo astral que eu já vi — A garota tomou novamente todo o copo de uma vez e suspirou.

— Isso era para ser algo bom? — O homem deu de ombros — Qual o seu nome? — Alessia questionou enquanto via o homem encher seu copo novamente.

— Marcel Gerard, e o seu? — Devolveu o copo a morena que rapidamente virou ele novamente.

— Alessia — A Fawley disse com a voz levemente embolada — Você já perdeu alguém, Marcel? — Pronunciou o nome do homem lentamente e logo depois riu. Foi assim que o barista percebeu que a bebida realmente fazia efeito.

— Muitas pessoas para falar a verdade — O moreno disse em um tom sarcástico, mas com um óbvio sentimento de tristeza no fundo de sua voz — E você? — Ela riu.

— Duas — Fez um dois com as mãos — Meu pai e minha mãe, eu sou oficialmente uma órfã — Riu.

— Agora eu entendi. Toma aqui —  Lhe passou a garrafa toda de tequila e a mulher sorriu.

— Obrigada.

— Também perdi meus pais. Não conheci minha mãe e meu pai não era flor que se cheire, digamos assim — Alessia suspirou.

— Meus pais eram ótimos pais. Principalmente o meu pai. Quando era criança, eu era apaixonada em Pocahontas, mas não encontrava esse filme em nenhuma locadora local. Meu pai viajou até Los Angeles para encontrar um e negociou com o locador. Já minha mãe, era complicado — Ela virou a garrafa — A última coisa que eu disse era que a odiava.

Marcel lhe lançou um olhar triste. Ele normalmente não ficava no bar, mas hoje em questão ele queria aproveitar um pouco mais sua pequena conquista. Ele ficou feliz em saber que pode atender a garota, assim poderia ter certeza que ao menos ficaria segura.

— Acho que você precisa parar — Puxou a garrafa da mão de Alessia, que rapidamente relutou — Vamos — Ele atravessou o balcão e levantou a garota de seu banco, que quase caiu com a rapidez do movimento.

— Eu não deveria deixar você me levar assim, não é? — Questionou enquanto Marcel a guiava para fora do bar.

— Obviamente, não aceite tão facilmente isso de outra pessoa. Na verdade, não aceite — Aconselhou e colocou Alessia dentro de seu carro — Amanhã você pega o seu, está bem?

— Já entrei no carro de um homem desconhecido por menos — A mulher brincou, mas ao invés de receber risadas, viu um olhar severo vindo de Marcel.

— Minha esposa adorará você — Gerard suspirou e ligou o carro.

O evento Big Bang é uma teoria física que descreve como o universo se expandiu a partir de um estado inicial de alta densidade e temperatura. Em outras palavras, kabum. Alessia sentia como se todo um sistema solar tivesse surgido em sua cabeça.

Entretanto, o que mais a deixou confusa foi o ambiente desconhecido em que estava. Ela sequer se lembrava de como entrou no bar.

— Ah, está acordada — Uma mulher loira sorridente apareceu na sala de estar em que a Fawley estava deitada.

— Eu dormi com você? — Perguntou confusa, o que fez a mulher rir.

— Não. Meu marido é dono do bar que você estava, provavelmente quem te atendeu também. Ele ficou preocupado, você parecia estar muito embriagada — Pequenos lapsos da noite passaram pela mente da morena e então ela se lembrou.

— Ah, certo. Obrigada por isso — Alessia se sentou no sofá e segurou firmemente sua cabeça, tudo parecia girar.

— Tudo bem, quer um café?

— Eu adoraria, na verdade — Arregalou os olhos e começou a procurar pelo seu celular — Puta merda! — Exclamou assustada.

— Algum problema? — Alessia começou a pegar suas coisas desesperadamente.

— Sim! Meu primeiro dia no trabalho, estou atrasada — Disse desesperadamente enquanto colocava sua bota.

— Deuses! Quer carona?

— Você é muito gentil, mesmo! Só que já usei muito da sua bondade. Eu realmente preciso ir agora, muito obrigada! — Abraçou a mulher e saiu correndo.

Não muito tempo depois disso, um garoto bronzeado, com olhos castanhos e cabelos levemente ondulados desceu as escadas confuso.

— O que a tia da Lydia estava fazendo aqui? — Questionou confuso.

Alessia sempre odiou esportes, sempre ficava em recuperação de recuperação em Educação Física. Apesar disso, ela se sentiu como um verdadeira atleta quando correu até o centro e pegou um táxi. Apesar de ter sido apenas duas quadras, para ela foi com certeza o momento mais atlético de sua vida.

— Sr. Watson, mil perdões — A mulher disse tentando recuperar seu fôlego depois de correr do táxi até o hospital.

— Alessia, você chegou! Precisa de uma água? — Perguntou notando a falta de ar da mulher, que negou.

— Eu sinto muito pelo atraso, eu garanto que isso não vai se repetir.

— Está tudo bem, sempre acontece alguns imprevistos — A morena suspirou — Seu uniforme está no vestiário, pode bater seu ponto — Tocou em seu ombro rapidamente como apoio e então seguiu pelo corredor.

Alessia ficou aliviada em saber que o homem não havia se incomodado com seu atraso, mas ao mesmo tempo estranhou isso, não esperava isso.

Entretanto, não pensou muito sobre isso, tinha muito a fazer ainda. Como por seu uniforme, para início de tudo.

O dia em si foi calmo, não teve muitos incidentes para atender. Na emergência, penas dois pequenos acidentes e um homem esfaqueado. Acredite, era pouquíssimo movimento para um único hospital da cidade.

No anoitecer, no entanto, foi quando as coisas ficaram estranhas.

Um adolescente de cabelos negros adentrou no hospital com sua garganta dilacerada enquanto um grupo tentava socorre-lo.

— O que foi que aconteceu aqui? — Alessia perguntou horrorizada ao grupo, que pareciam tão horrorizados quanto ela — Meu Deus! Não sei se temos alguma chance, mas vou fazer o que estiver ao meu alcance — Tentou consola-los, mas sem prometer algo. Ela aprendeu isso depois de um tempo em sua profissão, nunca prometa nada.

Um homem de cabelos loiros que estancava o pescoço do garoto parecia em choque ao ver a médica. Alessia, no entanto, nem sequer havia notado. Ela estava concentrada em como lidaria com o garoto.

A garota de cabelos castanhos escuros era quem parecia a mais atordoada com toda a situação. Seus olhos exalavam culpa.

Alessia encaminhou o garoto até a sala de atendimento privada da emergência, impedindo que qualquer pessoa tivesse notícias do mesmo.

— Pulso fraco, mas ainda consigo sentir — Afirmou uma enfermeira, o que fez Alessia tentar achar uma solução, mas falhou miseravelmente.

Sua traquéia estava tão dilacerada, que realmente a surpreendia o garoto ainda estar vivo, mas isso não a fez desistir.

— Certo — A mulher começou a pensar em como pararia o sangue enquanto ele circulava por suas mãos enquanto ela tentava estanca-lo — Emma — Antes que a mulher pudesse dizer algo, ela pode ouvir os aparelhos recém conectados parando — Enfermeiro Johnson, faça o seu máximo para estancar o sangue aqui — Ordenou rapidamente e começou a fazer massagem cardíaca no peito do adolescente — Desfibrilador! — Exclamou aos enfermeiros e Emma o pegou rapidamente.

Porém, era tarde demais. Alessia tentou reanima-lo com as próprias mãos novamente, mas infelizmente falhou. O garoto estava morto.

— 19:45, senhorita Fawley — O enfermeiro Johnson ressaltou para a médica, que suspirou.

Por mais que todo dia encarasse a morte, nunca ficava mais fácil. A pior parte era contar para família, Alessia nunca sabia como conseguia não desabar junto aos familiares.

— Vou ir avisar a família. Emma, ligue para o xerife e avise do acidente — A mulher disse atordoada com as mãos ainda sujas de sangue, ela tentou limpar em seu paletó, mas falhou miseravelmente.

— Ah, meu filho, doutora. Ele está bem? — Uma mulher aos prantos correu desesperada até Alessia, que lamentou internamente.

— Senhora — A morena começou seu anúncio com um tom de voz cabisbaixo, o que fez a mãe do garoto voltar a soltar lágrimas — Eu sinto muito, mas ele chegou tarde demais. Meus pêsames — A mulher desabou, sempre tinham a mesma reação e Alessia nunca aguentava nenhuma das vezes.

Ela rapidamente saiu da recepção. Odiava quando isso acontecia, se sentia inútil. Como se tudo para o que tinha estudado não tivesse utilidade.

Ela até pensou que poderia beber, mas depois que acordou no sofá de um estranho. Decidiu que pararia de beber, pelo menos naquele dia.

𝐍.𝗢𝗧𝗘𝗦

Oiê, lindos. Como estão? Gostaram do capítulo? Não revisei muito bem, então pode ter alguns erros. Comentem muito e votem, até a próxima! <3

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