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❪ 00 ❫. O MUNDO COMPETITIVO DAS MULHERES REAIS


━┅┅┄  PRÓLOGO  ┄┉┉
〝  𝓞  mundo competitivo
das mulheres reais... 〞

MUNDO REAL
Califórnia, 2023

                         RAQUELLE ROSS
ESTÁ ACOSTUMADA a competir por atenção e, no mundo em que ela vive, mulheres disputam com mulheres o tempo todo, por isso talvez você nem se surpreenda quando eu disser que uma das coisas mais medíocres e cruéis que ela já fez nos últimos dias nesse quesito, foi pisar no mindinho de uma renomada estilista californiana só pra roubar a única bolsa da coleção tropical em que as duas ficaram de olho ao mesmo tempo. ' Era prada!... ', se justificou por uma semana inteira. Acho que se o mundo real fosse uma savana, a maioria das garotas lutariam feito animais selvagens.

           ──   Mais para a direita...   ──  abanou com os dedos   ──   Você não tá focando em mim! Eu devo ser o centro da propaganda, Aaron! Tá vendo?! É por isso que você é estagiário.

           ──   A senhorita está se mexendo muito!  ──  afastou a câmera dos olhos, exausto  ──   E além disso, fui contrato para atender telefonemas. Não sou produtor audiovisual. Eu nem sei o que eu tô fazendo aqui, pra falar a verdade.

           ──   Mas você é estagiário... Quer dizer, em outras palavras, você é tudo o que a empresa disser que deve ser! E não pode reclamar.  ──  sorriu.

              Ele ficou em silêncio, pensando melhor a respeito por um mísero minuto:

           ──   Que nem a Barbie?!  ──  sugeriu.

              Poucas pessoas podiam se gabar que fazem de 'tudo um pouco' profissionalmente na vida. Quem sabe fosse o caso daquele atrapalhado.

              Raquelle não entendeu exatamente a conexão. Apertando os braços, teve calafrios só de ouvir o nome da boneca loira de supetão. Aquela raiva nunca passava, o ressentimento nunca ia embora. Se considerando uma idiota por atribuir tal reação a um objeto inanimado.

           ──   Aaron, arte é movimento! E antes que eu me esqueça, vamos de novo. Do começo, tá legal?!

               É complicado não ser competitiva quando você é parcialmente o rosto da Mattel. Ross é o marketing da empresa e, nesse meio, ou você vende a imagem perfeita ou as pessoas não estão dispostas a comprar. Todos sempre buscam uma vida de plástico, sem defeitos, sem surpresas. O que deve ser apenas culpa do mercado, mas para garotas que viveram toda a pré-adolescência se comparando com a Barbie e com exemplos extremamente magros como as integrantes do Spice Girls, fica difícil não relacionar uma coisa a outra e torná-la pessoal.

              ──   O que foi?...  ──   a morena arregalou os olhos, incomodado pela forma como ele tremia   ──  Eles tão rindo de mim, por acaso?

                Sabia que a gravação ia ficar péssima graças aquilo.

                Era meio da tarde, o sol acompanhava cada take do vídeo produzido amadoramente para o novo produto da linha fisher-price, um projeto de golfe para bebês, favorecendo cada traço do rosto da morena, até que este foi interrompido por uma multidão exorbitante de pessoas gargalhando sem parar.

                Estavam na pracinha central do bairro. E enquanto Raquelle analisava a si mesma, apavorada, pensando ser a pidada da vez, antes de surtar por completo, Aaron Dinkins, o estagiário, apontou na direção para a qual todos olhavam.

             ──   Eles não estão rindo de você, mas, daqueles dois... Com certeza. Não têm como duvidar!

                 Espremendo as pálpebras, numa passada ligeira de olhos deu um pulo ao observar de longe o que parecia ser um casal vestindo a roupa mais brega que já presenciaria em toda a sua vida. Não era um brega vintage, perdoável. Era um brega escandaloso, cores fortes, rosa e amarelo em disputa. Maiô, shorts, camiseta estampada, pochetes, viseiras e polainas da década de oitenta. Não esquecendo dos patins fluorescentes que brilhavam em seus pés. Ela quase vomitou por encarar aquele assassinato a moda, uma overdose de tons.

           ──   Dá um sorriso, loirinha!  ──  um homem desagradável cercou a mulher, que foi rapidamente se afastando.

           ──  Por que eles tão olhando assim pra mim?

                 Que ela chamava atenção, era indiscutível, o que não significava passe livre para tal atitude absurda. Seu olhar azulado percorria todo a extensão, sentindo tamanho incômodo, sua barriga dava voltas como jamais antes. Feito um cordeirinho sendo encarado por leões famintos, ansiosos para devorá-la.

            ──  É. Eles também tão me encarando.   ──   confessou o homem que a acompanhava, igualmente loiro, com um sorriso largo, orgulhoso.

             ──   Ui! Adorei isso!  ──   vibrou um desconhecido de camiseta rosa, avaliando o bom porte do primeiro, o considerando atraente ao passar por ele.

            ──    Eu me sinto meio constrangida. ──   começou a gaguejar, nervosa  ──   É... Eu, eu não sei bem a palavra certa. Eu tô... Desconfortável, mas é, por minha causa que eu tô assim.

                Ambos iam se aproximando inconscientemente de onde Raquelle e Aaron decidiram filmar, tentando fugir do público que se formou ao entorno deles.

              ──  Jura? Eu não tô sentindo nada disso. O que eu sinto só pode ser descrito como admiração. Mas não cobiça, e não tem nada de violência.

              ──   Pra mim, com certeza, há violência.  ──   a loira de fios compridos lamentou, segurando as lágrimas.

              Raquelle notou que havia algo de muito esquisito com eles, eram perfeitos demais, autênticos de um jeito que invejava. Deslocados da realidade. Ela também pensou que os conhecia por um breve minuto. Detestando a ideia de agora serem o centro das atenções, especialmente a garota, pois suas características físicas: cabelos dourados, pele pálida, sorriso branco e perfeito, olhos claros, corpo escultural... Eram tudo o que costumavam deixá-la insegura desde a infância.

                E Ross nunca sabia lidar com as sensações que esse sentimento provocava. Ela tinha medo de ser inferior.

             ──  Ah, olha! Um canteiro de obras! Precisamos dessa energia boa feminina!...   ──   a mulher de aparência gritante o encarou, o puxando e indo em direção aos funcionários cabisbaixos no sobrado inacabado, empolgada.

                   Do outro lado, a morena franziu o cenho, sem compreender o que ela queria dizer com aquilo. E por que ela se comunicava tão alto?

                  No entanto, a surpresa a pegou em cheio quando desequilibrando-se em seus próprios patins, sua esperança de encontrar mais mulheres e um pouco de conforto, perdeu-se no instante que aquele sufoco e vergonha se expandiram para o resto do corpo novamente. Eram todos homens, uma fileira de peitorais peludos. Quer dizer, quem contaria a ela que mulheres não são bem vistas ou levadas realmente a sério em trabalhos braçais? Talvez por isso a maioria dos engenheiros que exercem seus cargos, sendo respeitados ao redor do mundo, em sua maioria, são homens brancos.

                  O que não é exclusivo da profissão, em qualquer lugar que você vá, consegue encontrá-los no poder.

                ──    Uau! Se eu fosse um plano de saúde, jamais deixaria você passar carência! ──    se atreveu o de barba longa, mordendo os lábios. Tentando chamar a atenção da loira.

                 ──   Meu amor, você é um banco? Porque eu tô me vendo aí em você!  ──   um segundo riu, sem desviar o olhar do maiô da mulher de acabamento fino preso entre as pernas, a deixando incomodada.

                 ──   Eu não sei exatamente o que querem dizer com essas gracinhas, mas... Eu tô notando algo que parece ter, duplo sentido. E eu gostaria de falar para vocês que, eu não tenho vagina! E ele não tem pênis. Nós não temos genitais!  ──   confessou, dando um sorriso simpático e ingênuo, enquanto todos se encaravam confusos.

                   A curiosidade da de cabelos negros cresceu sobre o casal, considerando aquilo inusitado, que pessoa fala algo assim em voz alta? Tão espontâneo! Cômico ao ponto de lhe despertar interesse em conversar com eles.

                  ──  Cê tá filmando isso?  ──  se voltou para o estagiário, incrédula,  num nítido julgamento.

                   Se bem que ele parecia mais congelado com a câmera na mão, fazendo aquilo involuntariamente, tendo um extenso momento de surto dentro da própria cabeça.

                 ──   É... Bom, eu tenho todos os genitais!   ──   quis justificar o loiro, após o olharem com certa indiferença, deixando os trabalhadores para trás e seguindo a namorada.

                ──    Me acompanha!...    ──    exigiu a Aaron, tendo a incrível coragem de correr até eles e recuperar o foco para si.

                   Mesmo naquele traje de tenista branco, com os cabelos desgrenhados e divididos em duas maria-chiquinhas baixas, bochechas queimadas pelo sol, parecendo mais infantil que de costume, Raquelle conseguiu roubar um pouco da concentração dos desconhecidos.

               ──    Ei! Oi... ──  iniciou   ──   Você tá procurando uma garota?

               ──   Estou. ──   as curvas de seus olhos se encheram de brilho quando percebeu que falava com uma ──    Ei, você é uma garota!

              ──   Sou. Muito prazer, me chamo Raquelle.  ──  lhe estendeu a mão. 

              ──  Raquelle, eu sou a Barbie!   ──   a apertou delicadamente.

              ──   Barbie? E ela ainda é loira!     ──  se gabou para Dickens, que gargalhou pela ironia.

              ──   Desculpa, eu não entendi a piada.  ──   fez bico.

              ──   Barbie, você não vai me apresentar?  ──   o homem a interrompeu com os olhos fixos em Ross, algum tipo de êxtase fora do comum permitia que ele aumentasse sua virilidade perto delas.

              ──    Ah, é claro! Esse aqui é o Ken.   ──   apontou, pela primeira vez feliz num espaço de dias.

              ──   Ken?....  ──   franziu o cenho  ──    Barbie e Ken?!...  ──   gritou.

                   Um filme chocante e repleto de inconstâncias atravessou a mente magnífica de Raquelle. Não era pura empolgação, ela apenas não podia crer naquela estupidez. Assim como vocês provavelmente estão tentando conectar as peças, os pensamentos entrando em colisão, se perguntando: Barbie e Ken no mundo real?! Eu sei. Uma bomba!... Tá, tudo bem, vocês não precisam mais fingir surpresa. Todos já sabem... Dã, todo mundo leu a sinopse!...

                     Mas Ross não. Ela não sabe ainda, nem faz a menor ideia do quão sério essa informação está prestes a se tornar.

                     Contudo, a explicação de como Barbie deu infinitos passos com aqueles pés não tão mais perfeitos e arqueados, de Barbielândia até a Califórnia, acontecerá tão em breve. Mas por hora, só quero que entendam que embora isso quebre todos os paradigmas da realidade na qual vocês acreditam. Barbie e Ken não são apenas bonecos, e nesse caso, eles até andam e falam deliberadamente.

              ──    É, isso mesmo!  ──  confirmou, ela adorava como seus nomes soavam juntos  ──   E esse seu amigo é o?...  

              ──   Aaron. Muito prazer!

              ──   Não, pera aí! Vocês tão zoando comigo, não é? De qual evento cosplay vocês vieram?

              ──   Cosplay? O que quer dizer essa palavra?  ──  Ken encostou o indicador no queixo, as sobrancelhas enrugadas.

             ──   Ah, ok... Então saíram de um hospício! Acertei?  ──    Raquelle completou.

                Barbie achava divertido cada palavra que Ross pronunciava, justamente por não entender completamente o significado de algumas delas. E ao tempo em que a voz agitada da outra foi se distanciando de sua mente, paralisada e distraída do assunto em questão, deslizou os dedos por seus fios dourados, fixando a visão no outdoor a beira da estrada. Aquele imenso telão estampava uma sequência de sete mulheres diferentes entre si, seminuas, com seus corpos magníficos em seus biquínis diminutos, sem qualquer celulite ou cicatriz. Se tratava de um anúncio sobre um desfile de moda e, pela forma perfeita com a qual cada uma das participantes foram photoshopadas ali, só podiam ser de fato modelos.

               ──   Aí meu Deus! Será que você poderia me apresentar a suprema corte?  ──   deu um pulinho, mostrando aos outros o que acabara de ver.

                 Eles nunca entenderiam.

                 Aquele não era um mundo liderado por mulheres.

                  Por esse motivo a morena sacudiu lentamente a cabeça, se esforçando para acompanhar o raciocínio dela. Falhando miseravelmente e sussurrando para Dinkins, seu funcionário, trêmula:

                ──    Aaron, ao meu sinal você corre...  ──   tentou não assustá-lo, mas assustando... ──  Tá! Claro! Tudo bem! ──   respondeu à loira, com um sorriso engatado no rosto   ──   Vamos dar o fora daqui!  ──   murmurou entre os dentes.

                  Seus olhos castanhos arregalados encontrando os verdes do homem pálido, e superando o susto inicial com o berro engatado na garganta, dispararam em direção à vã preta da empresa.

                   ──  Ei! Espera! Eu, não...    ──    ela desistiu de dizer, quando ainda sem entender, os viu longe o bastante para escutá-la, entrando no automóvel num pulo   ──   Puxa, eles já se foram!

                  ──   Tão rápido, né?  ──    Ken concordou.

                 E tendo a vã arrancado do canto em que se mantinha estacionada, espirrou certa quantia de lama molhada na roupa do casal inusitado que abriu os lábios, parando de persegui-los.

                    Raquelle olhou pelo retrovisor, apertando o braço do estagiário.

                   ──  Foi mal! Eu fiz algo errado?   ──   seus dedos suavam ao conduzir o volante.

                   ──  Não, Aaron! Você é um máximo! ──   depositou um beijo inesperado em sua bochecha direita, o deixando vermelho  ──    Aquele outfit era uma droga, agora a lama resolveu tudo!  ──   gargalhou.

MATTEL ENTERPRISE
sede da Mattel, Califórnia

                  Quando estacionaram em frente ao edifício cinzento e colossal da Mattel, Raquelle estava decidida a revogar sua vaga. Ela passou pelo tapete de estrela vermelha no chão do hall e tomou o primeiro elevador, depois deixou Aaron em sua mesa e pegou uma carona no segundo elevador executivo que dava para a sala presidencial... Ela diria aquilo cara-a-cara, o marketing era um negócio legal, mas estava se tornando destrutivo. Há sempre uma dose para tudo na vida, se pesa demais, causa desequilíbrio. E quando falamos de vender para crianças, tudo precisa ser abordado com o máximo de cuidado possível.

                    E quem sabe, talvez se manifestasse seu desejo pessoal pela primeira vez, enfim fosse ouvida.

             ──    Espera Raquelle, você não pode entrar! Ele está em reunião..
  ──   a secretaria executiva do dono, sempre tão zelosa e cabisbaixa, focada em seus esboços de moda que escondia a sete chaves em suas gavetas de trabalho, ergueu a voz assim que a viu no final do corredor, tentando alertá-la.

               ──    Quero ver quem vai me impedir. ──    Ross a desafiou, com os olhos refletindo puro fogo   ──   Não me diga que vai ser você. Sério? Uma secretariazinha? Duvido muito!...

                  A mais velha, que atendia pelo nome Glória, o que ficava evidente no crachá que usava, respirou fundo, sem saber o que dizer e temendo rebater tal opinião. Permitindo que a de cabelos escuros entrasse pela porta principal. Ela já conhecia Raquelle a tempos e sabia de seu temperamento ácido, além de impulsivo e dramático.

                   Assim que deu o primeiro passo para a sala cor-de-rosa, a mulher revirou os olhos. Tudo ainda era tão igual ao começo, as bonecas como foco da marca. Bonecas que nem muito eram conhecidas, porque falando com sinceridade, todos só pensavam em uma Barbie quando ouviam o seu nome.

                    Ela não se identificava com aquilo, muito menos com homens maduros como aqueles sentados ao entorno de uma mesa gigantesca, rindo feito um par de hienas, fingindo que estão fazendo algo de relevante pela corporação, quando os funcionários se matam para desempenhar suas funções. A única coisa fofa e relevante parecia ser a camiseta social rosa junto da gravata pink por debaixo do terno preto. Que os tornava um por cento mais gentis.

                    Cada um dos doze administradores fizeram um silêncio fúnebre quando ela parou no interior da sala, dramático do jeito que gostava, pensou. E exibindo um sorriso que beirava a loucura e a concentração para usar as palavras certas, ela inflou o peito.

                        Palavras estas que estavam engatadas num nó permanente em sua garganta, prestes a se soltar.

           ──  Quem deixou você entrar aqui?  ──   foi a primeira frase intimidante que o CEO encontrou para desconcertá-la.

                       Só que raramente um homem consegue abalar Raquelle Evangeline Ross.

                ──    Eu não sabia que precisava da sua permissão...  ──   retrucou, fazendo todos se levantarem pasmos. Completando:  ──   Papai!

               Tá, cofesso, detesto ser estraga prazeres. Mas tá na hora desse 'casos de família' ficar para o próximo capítulo.
             
                 Acho que agora temos um comercial para rodar...

ANTES DE TUDO!
DURMAM COM ESSA BOMBA E OS
DEVIDOS REFRESCOS DO CAPÍTULO!
Agora sim, vamos aos avisos...

OO1. Oi Barbie's! Oi Ken's!
Esse foi o nosso primeiro
capítulo, espero que tenham
gostado deles.

OO2. Quem me conhece sabe
que sou apaixonada em
plot twists e esse foi o
primeiro que acabei
criando para essa história.
Além do que eu já queria
mostrar de cara um gostinho
de como será a interação
entre a Barbie e Raquelle.

OO3. Também tentei abordar
temas interessantes e
necessários conforme
a proposta do filme.
Espero ter conseguido,
mas ainda teremos bons
capítulos pela frente para
desenvolvê-los mais e dar
a profundidade adequada.

OO4. No mais é isso, espero que
continue aqui comigo na
Barbielândia e, nos vemos
nos próximos capítulos! ♡♡

#bjinhosrosas
BIERLINA

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