🪐⋆。°✩ 𝓐stroboy ๋⭑🛸๋⭑
⋘ ᴛʀʏ ʟᴀᴛᴇʀ... ⋙
Don't need bless yous...
Today
17/10/2030
21:57
_ Felix, eu vou cuidar disso, tá? Você não precisa mais se preocupar com ele. - Seungmin disse, a voz baixa e cheia de determinação.
Felix levantou o olhar lentamente para o primo, seus olhos ainda marejados, mas encontrou ali uma segurança que não esperava. Ele balançou a cabeça levemente, como se estivesse tentando assimilar as palavras, mas não conseguiu dizer nada.
_ Ele precisa de um médico. - Chan sugeriu, olhando para Minho. - Não dá para deixar essas marcas assim. Pode ser pior do que parece.
_ Não quero ir... - Felix sussurrou, finalmente conseguindo falar. - Não quero que ninguém veja. Por favor...
_ Felix, ninguém vai te julgar. - Minho tentou argumentar. - É importante você cuidar disso. E a gente vai estar com você o tempo todo.
Felix hesitou, sua respiração ainda instável. Ele sabia que eles estavam certos, mas o medo de encarar qualquer outra pessoa ainda era maior. Mesmo assim, a presença de Minho, Seungmin e Chan ali, tão firmes, o fazia se sentir um pouco mais seguro.
_ Tá bom... mas só se vocês não saírem do meu lado. - Ele finalmente cedeu, sua voz ainda trêmula.
Seungmin assentiu e olhou para Chan.
_ Você pode ligar para alguém de confiança? Não quero levar ele a um hospital qualquer.
Chan já estava discando um número no telefone. Em poucos minutos, ele conseguiu marcar com um médico amigo da família, que concordou em atender Felix em particular.
Today
17/10/2030
22:43
⋘ʟᴇᴇ ғᴇʟɪx's ᴘᴏᴠ ... ⋙
O médico acabou de cuidar de mim e foi embora, os meninos estão insistindo pra ficarem comigo.
_Felix sem discussão, a gente fica e ponto final. Nem vem com essa de "gente não precisa" precisa sim e eu vou ficar porque eu quero. - Seungmin fala, ele realmente é um irmão mais velho pra mim.
_Ele tá certo, Felix. - Minho disse, sentado no braço do sofá com uma expressão séria. - Não adianta argumentar, porque não vamos sair daqui.
_Eu só não quero incomodar vocês... - murmurei, minha voz fraca.
_Incomodar? - Chan riu de leve, mas havia preocupação em seu olhar. - A gente se preocupa com você, Felix. Isso não é incômodo, é cuidado.
_Pelo visto eu não tenho como fugir de vocês hoje né? - eu dei um sorriso sem graça - tá bom então.
Today
18/10/2030
05:34
Acordei antes de todo mundo. O relógio no canto do celular mostrava 5:34, e o silêncio na sala era quase absoluto, exceto pelo som suave da respiração dos meninos.
Minho estava jogado no sofá, com um cobertor que mal cobria suas pernas. Seungmin dormia encostado na poltrona, e Chan estava no chão, com a cabeça apoiada em uma almofada. Eles realmente tinham ficado comigo a noite toda, apesar de eu insistir que não precisava.
Fui até a cozinha e preparei uma xícara de chá. O aroma calmante de camomila começou a preencher o espaço enquanto eu olhava pela janela. O céu estava começando a clarear, um tom alaranjado tingindo o horizonte.
Enquanto o chá esquentava, me sentei à mesa com um caderno que havia deixado ali antes. As palavras sempre foram minha fuga, minha forma de colocar para fora aquilo que eu não conseguia dizer em voz alta. Peguei uma caneta e comecei a escrever, sem pensar muito, deixando os sentimentos fluírem.
"Estou aqui no escuro com os vaga-lumes e as mariposas, eles festejam "
Olhei para as palavras, tentando decifrar o que elas significavam.
"Eu não entendo porque as pessoas me odeiam
Eu poderia estar brilhando
Mas elas me perdem no escuro "
Suspirei, fechando o caderno. Mesmo com tudo que escrevi, ainda me sentia incompleto, como se a resposta estivesse perto, mas sempre fora de alcance.
Foi nesse momento que ouvi passos suaves vindo da sala. Olhei para cima e vi Minho parado na porta da cozinha.
_Sem sono? - A voz de Minho quebrou o silêncio, me fazendo virar assustado. Ele estava parado na porta da cozinha, com o cabelo bagunçado e os olhos ainda meio fechados.
_Só... acordei cedo. - Respondi, tomando um gole do chá.
Ele se aproximou, pegando uma xícara para si.
_Eu disse que ia ficar com você, e quando eu digo, eu cumpro. - Ele sorriu de leve, mas havia algo mais em seus olhos, como se ainda estivesse preocupado.
_Não precisava... - comecei a dizer, mas ele me interrompeu.
_Precisava sim. - Minho colocou a xícara na pia e se encostou no balcão. - Eu sei que você acha que pode lidar com tudo sozinho, mas às vezes... a gente precisa deixar os outros ajudarem.
_Identidade... - ele me olha confuso - a dica de hoje, acho que já sabe sobre oque estou falando até mas se não souber eu dou uma dica extra hoje.
_Identidade... eu realmente não sei, quero a dica extra.
"Uma coisa ainda não confirmada sobre o espaço"
_Ovnis? Espera Aliens? Me explica isso direito? - ele ficou confuso, qualquer um ficaria.
_ É mais profundo que isso, Minho. _ Felix começou a explicar, sua voz ainda calma, mas carregada de significado. _ Não estou falando de alienígenas exatamente... mas de algo maior. Algo que não entendemos totalmente, mas que está lá.
_ Algo maior? _ Minho arqueou uma sobrancelha, curioso.
_ Sim. Algo que define o que somos, mesmo sem termos todas as respostas. É como... _ Felix hesitou, tentando encontrar as palavras certas. _ Como as estrelas. Elas estão lá, brilhando, mas a gente nunca consegue tocá-las. Só sentimos sua luz.
Minho ficou em silêncio, processando o que Felix dizia. Ele não era o tipo de pessoa que mergulhava em questões filosóficas ou abstratas, mas algo na forma como Felix falava fazia sentido, mesmo que fosse difícil de colocar em palavras.
_ Então você acha que nossa identidade é como essas estrelas? Algo que a gente nunca vai entender completamente?
_ Talvez. Ou talvez seja só algo que a gente sente. _ Felix respondeu, dando um pequeno sorriso antes de terminar seu chá.
O silêncio entre eles era confortável, quase como se as palavras não fossem mais necessárias. Minho deu um passo à frente, pegando o caderno que estava na mesa. Ele leu os versos de Felix com atenção, os olhos se movendo lentamente pelas linhas.
_ Isso é sobre você, não é? _ Ele perguntou, a voz baixa.
Felix desviou o olhar, envergonhado.
_ É só uma ideia... nada demais.
_ É mais do que isso. _ Minho colocou o caderno de volta na mesa e encarou Felix. _ Você está brilhando, Felix, mesmo que nem sempre perceba isso.
Felix levantou o olhar, surpreso com as palavras de Minho. Um calor estranho se espalhou por seu peito, algo que ele não sabia explicar.
_ Talvez você esteja certo. _ Ele disse, sua voz quase um sussurro.
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