🪐⋆。°✩ 𝓐stroboy ๋⭑🛸๋⭑
Back in mind loving the dark...
Observei Hyunjin se afastar, desaparecendo entre os corredores do escritório. A verdade era que ele tinha razão. Guardar tudo para mim era como carregar um peso que só aumentava, dia após dia.
A noite sempre foi meu refúgio, o único momento em que eu podia ser completamente eu mesmo. Mas ali, naquele ambiente iluminado e cheio de julgamentos, era diferente. Voltei meu olhar para a janela mais uma vez, onde as estrelas começavam a brilhar com mais força, como se me convidassem para escapar.
𝐓𝐨𝐝𝐚𝐲
𝟏𝟗:𝟓𝟖
Já era hora de ir embora, então arrumei minhas coisas e fui saindo do escritório, mas lembrei que teria que entregar os papéis do senhor Lee. Peguei os papéis e fui em direção ao seu escritório, antes de bater na porta sinto uma mão em meu ombro.
_Obrigado Yongbok. Pode ficar de folga no sábado e segunda já que adiantou isso. - ele diz simples antes de jogar fora seu copo e pegar os papéis em minha mão.
_ Denada senhor Lee. Obrigado. - faço um cumprimento antes de sair, mas escuto um "pode me chamar de Minho".
𝐓𝐨𝐝𝐚𝐲
𝟐𝟎:𝟏𝟑
Depois de deixar o escritório decidi ir em uma cafeteria primeiro, a minha favorita, "Kim's Coffe". A noite estava fresca, não estava nem fria e nem quente, estava neutra.
_Boa noite Poeta! O mesmo de sempre? - Emma a única funcionária que me atende.
_Sim, mas vou querer também torta de maçã e 2 croissant um de frango e um de queijo e presunto. - Digo e vejo ela anotar o meu pedido.
_ pode ir na sua mesa de sempre - Agradeci com um leve sorriso e segui para a minha mesa habitual, aquela no canto perto da janela. O vidro mostrava a vista da rua iluminada pelas luzes dos postes e dos carros que passavam. Esse lugar era como um pequeno refúgio, onde o mundo parecia mais lento e eu podia ser apenas eu.
Peguei meu caderno e abri em uma página quase cheia de rabiscos e versos inacabados. Passei os olhos por algumas palavras, buscando inspiração para continuar algo que eu nem sabia se tinha começado direito.
"Sempre querendo tocar a lua,
Então eu levantei minhas mãos bem alto
Eles me chamaram de idiota
Quando eu perguntei por que não podíamos voar (você é louco?) Estou muito à frente dos meus amigos?
Ou estou atrasado?"
Emma logo apareceu com a bandeja com o meu pedido e um sorriso no rosto. _Aqui está poeta.
_Obrigado Emma -murmurei vendo ela se afastar.
Após um tempo escrevendo mais poemas, a porta da cafeteria se abriu, e uma brisa suave acompanhou a entrada de alguém. Não prestei atenção no início, mas logo senti um olhar familiar. Levantei os olhos e, para minha surpresa, era Minho.
Ele parecia ligeiramente desconcertado, olhando ao redor como se buscasse algo. Seus olhos encontraram os meus, e ele ergueu uma sobrancelha, como se me perguntasse o que eu fazia ali.
_Yongbok? - ele chamou com uma voz mais suave do que no escritório.
_Senhor Lee? - respondi tentando esconder minha vergonha e timidez.
_Parece que temos uma coisa em comum né? - ele comentou vindo em minha direção - se importa? - ele aponta para a cadeira vazia em minha mesa.
_Claro que não pode se assentar aí.
Ele se sentou e sinalizou que queria um cappucino amargo para Emma. O silêncio reinou em nós até que ele começou a falar
_Não esperava lhe encontrar aqui
_Digo o mesmo - responde devolta tentando parecer descontraído. - Você também gosta desse tipo de lugar?
Minho deu um leve sorriso antes de responder - Ás vezes, preciso de um lugar para fugir. E esse parece bom o suficiente.
Assenti entendendo oque ele sente quando vem a cafeteria. Era engraçado, eu não imaginava que uma pessoa como ele fica em lugares assim.
_E você Yongbok? - perguntou se inclinando um pouco para frente - Oque faz além de ser um poeta?
_Paz, eu encontro paz nesse lugar, por isso estou aqui.
Minho assentiu lentamente, como se processasse minha resposta. Ele segurou a xícara de cappuccino que Emma tinha acabado de trazer, dando um gole e mantendo os olhos fixos na mesa por um instante.
_Paz... - pensou por um pouco antes de falar denovo - Acho que todos procuram isso né?
_Sim - concordei, sorrindo levemente - Mas nem todos encontram ela..
Minho olhou para mim com seu olhar vibrante e suave - E você Yongbok - de uma pausa antes de continuar - já encontrou a sua? - Aquilo me soava um desafio, mas era apenas curiosidade mesmo sendo genuína.
Suspirei olhando para a janela vendo a noite estrelada e bem iluminada, porém a movimentação atrapalhava a vista, como se fosse proposital, um "Caos organizado".
Minho pareceu perceber minha hesitação e meu olhar distante. Ele encostou a xícara na mesa, cruzando os braços de maneira relaxada, mas seus olhos não deixavam os meus.
_ Você não respondeu, Yongbok. Encontrou a sua paz?
Virei-me para ele, tentando decifrar o tom de sua pergunta. Não era apenas curiosidade. Havia algo mais ali, como se ele estivesse projetando suas próprias dúvidas em mim.
_ Eu tento, senhor Lee. Mas acho que paz é algo que vem em pedaços. Um dia você encontra um pouco, no outro, perde. É uma busca constante.
Ele assentiu, como se minhas palavras o tivessem atingido de alguma forma. Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas o som da cafeteria preenchendo o vazio. Eu podia ouvir o barulho da máquina de café, o murmúrio de conversas distantes, e o leve tilintar de talheres.
Minho finalmente falou, mas dessa vez, sua voz tinha um tom mais pessoal:
_ Pode me chamar de Minho, Yongbok.
Minha surpresa foi evidente, mas ele sorriu, como se achasse graça da minha expressão.
_ Não precisa ficar tão formal fora do escritório, sabe?
_ Certo... Minho - experimentei, sentindo o nome estranho na minha boca.
Ele sorriu mais uma vez e pegou a colher para mexer seu cappuccino. Algo sobre a maneira como ele parecia à vontade ali me deixou curioso. Minho, que sempre era tão sério no trabalho, parecia diferente aqui. Mais humano, menos distante.
_ Você vem aqui sempre? - perguntei, tentando quebrar o gelo.
_ Não com a frequência que gostaria. - Ele suspirou, apoiando o queixo na mão. - Mas gosto do silêncio. E a torta daqui é a melhor.
Dei uma risada curta. Era engraçado vê-lo tão descontraído.
_ Você devia experimentar a de maçã. É a minha favorita.
_ É mesmo? Então acho que vou confiar na sua recomendação da próxima vez.
A conversa seguiu um ritmo inesperadamente natural. Minho perguntou sobre meus poemas, sobre como comecei a escrever, e eu, ainda tímido, mas cada vez mais confortável, compartilhei algumas histórias.
_ Escrever é como... uma forma de tirar um pouco do peso de dentro de mim - confessei em certo momento.
Ele me observou por um longo segundo antes de responder:
_ Talvez eu devesse tentar. Não sou bom com palavras, mas... acho que tenho muito peso acumulado.
_ Todos temos. - Respondi, olhando para ele com um sorriso encorajador.
Minho parecia perdido em pensamentos, e, por um momento, o silêncio voltou a nos envolver. Foi quando ele quebrou o gelo novamente, olhando para mim com um brilho intrigante nos olhos:
_ Você já pensou que a paz que procuramos pode estar em outras pessoas?
A pergunta me pegou de surpresa, mas antes que eu pudesse responder, Emma apareceu para recolher os pratos vazios. Quando ela se afastou, Minho olhou para o relógio e suspirou.
_ Acho que já está tarde. Preciso ir, mas... - Ele fez uma pausa, parecendo escolher bem as palavras. - Foi bom conversar com você, Yongbok.
_ Digo o mesmo. - Respondi, sentindo uma leveza estranha no peito.
Ele se levantou, ajeitando o casaco, mas antes de sair, olhou para mim mais uma vez.
_ Nos vemos no trabalho. Ou aqui, talvez.
Sorri de volta, observando enquanto ele saía pela porta, desaparecendo na noite.
🛸 . •. 🌎 ° .• 🌓 • .°• • 🚀 ✯. •. . •.
. • ★ * ° . 🛰 °· •. ๏ .• 🪐
. • • ° ★ • ☄. ๏ •. . •. . •. . •. •
▁▂▃▄▅▆▇▇▆▅▄▃▂▃▄▆▇▇▆▅▄▇▆▅▄▃▁
Frase do dia: "Às vezes, a paz que buscamos está no silêncio que compartilhamos com quem nos entende."
OI espero que tenham gostado dessa fanfic.
Recomendo ler ela escutando o Suggi que é o dono da música que eu me inspirei sobre.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro