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#OO9 ── Ela se chamará Drasilla

Madlyn não ficou melhor nas semanas que se seguiram, no máximo tinha ficado mais calma, mas ainda parecia tão triste e receosa, seu brilho parecia minado pela forma como foi privado dela a felicidade de viver o amor que queria, alguns poderiam chamá-la de dramática, as amas sabiam que Madlyn nunca quis se casar, mas, na verdade era medo, a criança que só conheceu a raiva da irmã e viveu escanteada na Fortaleza Vermelha por anos, ela não sabia o que era amar de verdade, tão forte, quando provou isso, lhe foi negado da forma mais cruel. Obrigaram Madlyn a ser mulher, quando ela era só uma menina assustada.

Daemon não a perdia de vista, quase nunca, quando não estava com ela, era Aemma ou uma ama de sua confiança, ele queria que fosse a cunhada, mas Aemma tinha uma filha agora, mesmo que não precisasse estar com Rhaenyra o tempo todo, Daemon sabia como ela se sentia, não abandonaria seu filho se tivesse um, ele se sentia estranho pensando nisso, logo ele que também nunca quis se casar, com medo de perdê-la como seu pai perdeu a sua mãe e lembrar de Alyssa trazia outro ponto obscuro a sala, uma gravidez.

Já havia toda aquela aura soturna por Madlyn, intensificou-se em torno deles quando Viserys confirmou a todos a morte do grande Balerion, o dragão do conquistador que o jovem príncipe tinha reclamado menos de dois anos antes. Aquela situação só ficou realmente alarmante quando um meistre precisou ser chamado para Madlyn naquela noite, quando ela queimava de febre, quase não dormia e quando acontecia era entre delírios, o que só deixava Daemon, Viserys e Aemma mais preocupados com ela, chegando a um ponto em que Baelon e a própria Alyssane estavam na entrada do quarto dela, quando Daemon chegou.

── O que aconteceu aqui? ── O jovem príncipe viu o meistre e uma ama ao lado da cama de uma Madlyn encharcada de suor, segurando a mão dela - no entanto - estava Aemma, ela não deveria estar lá. ── O que ela tem?

── É grave Grande Meistre? ── A voz de Alyssane chamou atenção de todos. ── Onde está o meistre que está cuidando sempre da Lady Madlyn?

── Ele está medicando o Viserys. ── Aemma respondeu, se levantando devagar.

── Balerion. ── Baelon sussurrou do lado da mãe.

Era sábio que Viserys nunca se importou em domar um dragão, não como o pai, quando seu ovo não chocou na infância, diferente de Daemon, ele não ficou triste, amava dragões, amava Valíria, mas não era como se ter um animal como aquele fosse representar tudo que ele era, pelo menos foi o que pensou, até se conectar com Balerion de uma forma que ele mal conseguia explicar em palavras, até mesmo Jaehaerys se surpreendeu e alegrou pelo neto, mas depois da partida do dragão havia só uma névoa em torno do príncipe.

O grupo, no entanto, não perdeu o foco de Madlyn, o silêncio pela fala de Baelon durou poucos segundos, até Madlyn tossir, Aemma se lavantou, dando dois passos para o lado, ela segurava uma xícara com a mão livre, Daemon viu que estava vazia, talvez algo para acalmar a amiga, algo quente, para ajudar o corpo a dormir melhor, mas não havia surtido efeito. O Grande Meistre olhou para a rainha, Alyssane soube ali que era sério, era com se ele pedisse permissão.

── Ok, vamos sair daqui e deixar a Madlyn descansar. ── Ela acenou para todos. ── Vamos Aemma, Baelon e você também Daemon.

── Eu não vou sair daqui até saber o que ela tem. ── O príncipe Daemon se manteve firme, olhou a avó e depois a garota a cama. ── O que ela tem?

── Alteza? ── O homem a cama perguntou a Alyssane.

── Tem certeza? ── Ela só quis saber.

── Como a senhora na última vez. ── Ele confirmou e depois olhou para uma Madlyn que respirava baixo, nem conseguia falar.

── Ok... ── Alyssane olhou Daemon e depois deu um passo entre ele e Baelon. ── Ela está grávida.

Aemma tinha um bom ouvido, melhor que muitos ali, ela gostava de dizer que é porque veio do Vale, sabia interpretar os ventos, sabia ouvir os pássaros e saber qual é qual, naquele momento ela poderia jurar que ouviu Daemon trincar os dentes de ódio puro, ouvir aquelas palavras era como uma facada no coração do jovem príncipe, que como sempre se deixava guiar pela ira antes de qualquer outra coisa e não vacilou um momento sequer ao pensar de quem era a culpa. Aemma era observadora, como Viserys, por isso eles se davam tão bem, sabia que antes Daemon não queria muita responsabilidade, só queria montar em um dragão e sair por aí, mas desde que aceitou o fato de que amava alguém e achou que ela era uma realidade possível, o viu mudar, ali ele se deu conta de que não tinha lhe tirado só a possibilidade de viver um amor, mas de ter uma família.

Se não fosse a figura de Alyssane entre ele e Baelon, com toda certeza Daemon teria voado no pescoço do próprio pai ali mesmo, não importava que Baelon fosse maior, mais forte e bem mais treinado no combate que o filho de dezesseis anos, Daemon tinha o ódio e a dor ao seu lado, mais do que Baelon teria, esse era acompanhado da melancolia após perder sua Alyssa e, anos depois, o seu amado irmão Aemon, ele era outono, logo ele, o Príncipe da Primavera. Alyssane ergueu a mão, passando a frente de Baelon e o afastando do rumo da porta e depois olhando para Aemma e Daemon.

── Os dois. ── Ela falou baixo. ── Para fora. 

── Não. ── Daemon respondeu com raiva. ── Eu não vou sair do lado dela.

── Isso não é um pedido. ── Alyssane costumava ser boa e gentil, mas não estava com paciência, olhou Aemma passar por ela e parar no corredor. ── Ela precisa descansar e não da sua raiva, vai.

── Daemon, vamos ver o Viserys. ── Aemma ajeitou o casaco sob seus ombros. ── Ele também precisa de nós.

O príncipe mais jovem olhou o pai, com genuína raiva e depois para Aemma, rosnou concordando com a cunhada e depois passou pela avó perto da porta, assim que isso aconteceu a porta se fechou, deixando o Grande Meistre, Baelon e Alyssane com Madlyn, fraca e cansada, com o psicológico exausto pela situação que vinha passando desde quando tinham anunciado seu casamento com Baelon, ela era um sol que tinha a sua chama cada sua mais fraca e Daemon temia tanto o que essa gravidez e o casamento fariam com ela, mas Aemma estava certa, Viserys precisava deles.

Daemon não conseguia tirar da cabeça a cena de Madlyn doente naquela cama, as suas mãos ainda formigavam, de tal maneira que ele se sentia mais nervoso ainda, queria voltar, arrombar a porta, ficar do lado dela, mas haviam duas coisas que o impediam naquele momento: 1 - Alyssane estava lá e ele confiava em sua avó e 2 - Viserys também precisava dele. Aemma andava na frente, Daemon a achava pequena e frágil, ela só tinha 15 anos e já tinha dado à luz a primeira filha, Viserys recém tinha feito 18 anos, apesar de ser menor que o irmão, ele era de fato um homem, Aemma parecia praticamente uma menina, Madlyn não era muito maior que ela, apesar de um ano e seis luas mais velha, antes que eles alcançassem o quarto da cunhada e do irmão, Daemon parou Aemma com a mão em seu ombro, silencioso.

── Posso te fazer uma pergunta? ── Ele raramente puxava assunto com ela ou pelo menos só com ela. ── Vai ser rápido.

── Dói, a maioria do tempo é desconfortável. ── Ela se ajeitou em suas roupas o encarando. ── Eu estava em pânico quando descobri, mas o Viserys segurou a minha mão e disse que estaria lá, o tempo todo, e ele esteve.

── Foi mais fácil mesmo vocês não se amando? ── Daemon entendia as palavras dela, como ela entendia sobre o que ele estava curioso, a gravidez de Madlyn. ── Eu sempre torci para que ele tivesse alguém gentil, fiquei feliz quando escolheram você.

── Eu amei o seu irmão desde o dia em que pude conhecer ele melhor, Viserys foi meu amigo antes de ser meu marido, não vou poder te dizer se seria mais fácil sem amor, mas foi muito mais sabendo que tinha alguém comigo. ── Ela sorriu singelo, encarando os olhos lilás dele com os azuis dela. ── Ela nunca vai ter o que eu e ele temos, ela pode gostar muito do Baelon e ele pode ser o mais gentil dos maridos, mas é você que ela ama.

── Aemma, eu tentei, você sabe que ...

── Eu sei. ── Ela tomou as mãos de Daemon com as suas, precisava dizer tanto a ele e raramente o príncipe dava alguma abertura. ── Esteja ao lado dela, só isso, faça ela se sentir confortável, esqueça qualquer raiva que você tem do seu pai, tem tanta dor e medo nos olhos dele, Daemon você não faz ideia.

── Eu faço, não sou idiota também. ── Ele puxou as próprias mãos. ── Ele é assim desde que perdeu a minha mãe.

── E você vê a dor dele, se você ficar se focando só nisso, se o pior acontecer, você vai viver a vida toda pensando no que não fez e em como não esteve com ela. ── Aemma ergueu a mão, o censurando assim que ele abriu a boca. ── Agora vamos, o Viserys precisa de companhia.

Eles caminharam calados até o quarto da dupla, passaram por um guarda na porta, que os cumprimentou com um aceno de cabeça, quando viram a situação dentro do quarto eles ficaram parados, lado a lado, observando Viserys enérgico, o chá deveria justamente acalmá-lo, Aemma não sabia se ficava mais feliz ou triste de ver seu marido assim. Havia vários desenhos em folhas no chão, Viserys parecia organizar os rascunhos como em um mapa, demorou a perceber ambos ali.

── Querido? ── Aemma o chamou, falando baixo. ── O Daemon veio te ver.

── Deuses... ── O mais jovem parecia tentar entender como o irmão se portava. ── Visch? O que você está desenhando?

── A Cidade Franca de Valíria, não é óbvio? ── Ele sorriu, se curvando para rabiscar algo. ── Eu ouvi.

── Ouviu? ── Aemma estreitou os olhos. ── Onde?

── E de quem? ── Daemon completou. 

── Do Balerion. ── Viserys disse sorrindo, nessa hora Aemma sentiu uma lágrima escorrer pela bochecha. ── Que quando estiver pronto eu devo fazer uma maquete e a gente vai até as ruínas

── Porque você quer ir até lá? ── Aemma deu passos a frente, sabia que Viserys as vezes tinha alguns delírios, ela olhou Daemon, a negação era uma fase do luto. ── Não lembra o que houve com Aerea? 

── Por isso o mapa, para não cometer o mesmo erro. ── Ele insistiu e deu a volta, parando perto dela e impedindo que ela pisasse em uma das folhas.

── Viserys. ── Daemon o chamou, o mais velho e Aemma olharam o mais jovem dos filhos de Baelon. ── O Balerion está morto, descansou aos pés do Monte Dragão, sua carcaça foi comida por dragões selvagens e em alguns meses o seu crânio será trago para ser colocado no Grande Septo.

── Não ... ── Viserys parecia em negação. ── Não, não. Você está mentindo, tentando me enganar.

── Você precisa aceitar que ele se foi, ok? ── Ele então colocou as mãos sob os ombros do irmão. ── Ele e a mamãe. Nós estamos aqui, nós precisamos de você.

── Vocês estão bem e eu vou encontrá-lo. ── Viserys tentou se desvencilhar do irmão, sem sucesso. ── Ele está sozinho lá fora, eu posso ouví-lo chorar, me deixa ir.

── Aceita isso, não tem ninguém te chamando irmão. Você tem que ficar aqui, eu preciso de você. ── Daemon puxou Viserys pelos ombros, o envolvendo em um abraço, ele quase nunca fazia isso, quase nunca se deixava levar por algo que não fosse a raiva, via Aemma sob o ombro do irmão, com os olhos cheios de lágrimas. ── A Madlyn está grávida do nosso pai.

── O que ... ? ── A voz de Viserys se dissipou de toda a sua dor por segundos, focando apenas nas poucas palavras ditas pelo irmão, como se um buraco abrisse por baixo de seus pés. 

Foi como se Viserys fosse puxado de volta para a realidade, que seus devaneios por um momento fossem dissipados, Daemon e Aemma se olharam, a garota balançou a cabeça negativamente e depois se abaixou, puxando um a um os desenhos do marido do chão e os segurando nos braços, Daemon permaneceu abraçado a ele por mais alguns segundos, Viserys sussurrava coisas em seu ouvido, como se perguntasse como aquilo tinha acontecido e ema suas palavras até se culpava, já que o irmão estava longe, ali ele só compartilhava a culpa que os outros dois também sentiam.

Eventualmente, nas semanas seguintes, a saúde de Madlyn melhorou, Daemon, Aemma e Viserys se revezavam para estar quase sempre com ela e era uma alívio para a jovem Baratheon, que apesar de ainda temer a gravidez, ficava mais tranquila com eles por perto, era possível até que a ouvisse dar uma risada ou outra e as vezes, quando se esquecia de toda a dor, falava alegremente sobre o bebê, principalmente com Rhaenys, que tinha vindo passar uns dias em King's Landing, a princesa precisava de novos ares, deixara as crianças com Corlys, Driftmark vinha sofrendo com problemas com uma febre, o fato dela ter levado Jocelyn deixou Rhaenys arrasada e receosa de permencer lá por um tempo.

Estar na capital, ainda mais depois de lembrar que sua reivindicação ao trono foi preterida em relação a seu tio, deixava Rhaenys incomodada, ela tentava não pensar em como se sentia por não ser mais a herdeira do trono ou por Madlyn ter se casado com Baelon, algo que sua mãe reclamou até seus últimos dias, ela via a jovem Baratheon mais como um peão que foi movido a contra-gosto naquele jogo. Na ocasião, as duas estavam caminhando pelos jardins, o Grande Meistre achava prudente que Madlyn tomasse sol pela manhã e Daemon ficou mais tranquilo para voltar alguns dias a Pedra do Dragão com Rhaenys na capital praticamente tomando o lugar dele em acompanhar Madlyn.

── Já pensou em algum nome? ── A mais velha quis saber, naquela ocasião - em 97 d.c. -  Rhaenys tinha a pouco completado seus 22 anos, enquanto Madlyn tinha 16. ── Aposto que todo mundo tem uma ideia que parece incrível.

── É, todo mundo tem o nome ideal. ── Madlyn riu, levando as mãos atrás, a barriga não estava grande, ainda usava seus vestidos de antes, só lhe pareciam um pouco apertados as vezes. ── O Baelon queria Visenya, ele perguntou se eu não me importava de usar Saeron se fosse menino, é o nome que o filho da Alyssa teria se tivesse sobrevivido.

── E você não se importa? ── Rhaenys a olhava de canto, lembra de ter deixado Corlys escolher o nome dos gêmeos. ── Estranho ele não ter escolhido Aegon.

── O Viserys pediu esse nome. ── Madlyn riu, vendo a guarda passar mais distante. ── Mas não me incomodou, eu não pensei em nomes, Boremund escreveu em uma carta que eu deveria dar um nome Baratheon se nascesse com cabelos escuros.

── Rhaenys não é um nome Baratheon. ── A mais velha lembrou, pegando uma mecha do próprio cabelo. ── Visenya é bom, é um nome forte.

── É, mas há algumas polêmicas sobre esse nome, sobre ela. Eu gostaria de dar o nome da minha mãe, mas é dornês demais. ── Madlyn dá de ombros, não convivera muito com a mãe, mas achava Casella lindo. ── Daria Jocelyn para uma de suas filhas?

── Não sei se quero ficar relembrando dela agora, tão cedo. ── Rhaenys então parou.

Madlyn não tinha ficado triste por perder a irmã, sequer tinha derramado uma lágrima, talvez tenha ficado receosa por Rhaenys, ela era a única que realmente era apegada a mãe, Boremund já tinha se afastado de Jocelyn nos últimos anos, ele preferia não criar brigas dentro da própria família, enquanto ela nunca perdoou o pai, mas para sua única filha era diferente. Rhaenys se tornara, na terna idade de 22 anos, uma das pessoas mais tristes que existira, bastava você olhar direito para ela, a perda do pai e da mãe em menos de 5 anos deixou algumas sequelas na princesa.

── Me desculpa eu ... ── Madlyn iniciou.

── Não, tudo bem. ── Rhaenys limpou os olhos marejados. ── Então precisa de outro nome, para substituir Visenya.

── Tem outro, mas eu não sei ... ── Madlyn ponderou com a cabeça. 

── Que outro nome? 

── Drasilla. ── A mais jovem então se virou para a mais velha, colocando as mãos sob a barriga enfim. ── Viserys que me contou, era como a Alyssa queria que se chamasse o bebê se fosse menina e o Baelon queria muito uma filha. De acordo com o Daemon, o Baelon sempre teve ciúmes do Aemon, porque ele tinha uma filha e ele não.

── Mas ele tem dois ótimos filhos. ── Rhaenys deu um curto sorriso melancólico. ── Não que eu possa chamar o Daemon de ótimo o tempo todo.

── É, mas ele queria uma menina, acho que é aquilo ... Os meninos seriam filhos do reino, mas a menina não, ela seria a garotinha dele. ── A voz de Madlyn embargou um pouco, se lembrando do que Boremund havia dito sobre Rogar. ── Mas enfim, estou torcendo para ser uma garota, mas não falei com ele sobre o nome.

── Fale, aposto que ele vai gostar disso, ele pode não assumir mas é bem sentimental em algumas coisas. ── Rhaenys então passou o braço de Madlyn pele seu. ── Sobre o parto, não se preocupe, voarei semanas antes para cá, para me juntar a Alyssane e a Aemma ao seu lado.

── Obrigada, de verdade. ── Madlyn apertou os dedos de Rhaenys junto aos seus.

Madlyn morria de medo de como as coisas iriam acontecer nesse momento, sabia que também poderia ser surpreendida com um parto de gêmeos, como Rhaenys, apesar da mais velha ter certeza disso semanas antes, quando o Grande Meistre a examinou, Madlyn era pequena, quanto maior a barriga, mais ela de sentia acuada e assustada. Parte de si queria que sua mãe estivesse lá, pelo que Boremund a contava de Casella, com toda certeza seria uma apoio e tanto, talvez ela nem tivesse se casado, sua mente já elaborava milhares de possibilidades caso não tivesse perdido os pais ou pelo menos um deles.

Semanas depois daquilo havia uma viagem marcada para a família real, Jaehaerys não se encontrava com uma saúde impecável e uma discussão recente com Alyssane tinha feito o clima entre o rei e a rainha ficar um pouco complicado, com isso foi Baelon que havia sido determinado como representante da coroa, ele quis que Viserys fosse com ele, Aemma receosa com a saúde da pequena Rhaenyra e com toda certeza não-amante de torneios preferiu a capital. Completando o grupo estava Daemon, que lutaria sob o estandarte da casa Targaryen, ele estava animado, já Madlyn - um pouco mais corada - implorou ao marido para que a levasse junto, ela amava torneios.

── Tem certeza que está bem para isso? ── Baelon olhava alguns livros na biblioteca. ── Uma viagem pode deixá-la cansada e é Winterfell.

── Vocês nem vão voar para lá, por favor. ── Ela insistiu, as mãos para trás e um grande sorriso. ── Você sabe como eu amo torneios e o Daemon vai competir.

── É, ele tem uma boa chance. ── Baelon ponderou, era estranho olhar para ela, as vezes ele sentia que ela era como sua terceira filha, de certo Alyssa amaria conhecer Madlyn, poderia ter sido uma de duas damas de companhia caso ele e a esposa se tornassem reis. ── Só se o Grande Meistre aprovar, não quero que a Drasilla se sinta desconfortável na sua barriga.

── Ela e minúscula ainda, pelo que ele me disse uma última vez. ── A Baratheon ponderou. ── E nós já falamos sobre isso, pode ser um menino.

── Os deuses não vão me dar outro Daemon para cuidar. ── O príncipe riu, se aproximando dela e colocando a mão sob o ombro. ── Nós sabemos que não teremos sorte de ter outro Viserys.

── É, não acharíamos outra Aemma para ele. ── Ela ponderou e sorriu de canto. ── Falarei com o Grande Meistre, mas promete? ── Ela estendeu o mindinho.

── Prometo. ── Baelon pegou o dela com o seu. ── Agora vá comer algo, quero você robusta e saudável.

De fato Madlyn poderia ser persuasiva, principalmente se algo a animava, como aquilo, então insistiu até que o Grande Meistre a liberasse, dois dias depois lá estava a comitiva real, enfrentando longos dias na estrada para chegar a fria Winterfell, eles haviam se dividido em duas carruagens, por mais que Daemon quisesse ir com Madlyn todos concordaram que não era exatamente prudente, com isso Viserys e uma ama acompanharam a jovem dama, enquanto o príncipe mais velho e o pai iam na outra.

O frio do Norte deixava as bochechas de todos meio avermelhadas, Madlyn foi a primeira a espirrar, isso fazia com que seu rosto ficasse mais corado, junto do nariz, com a ajuda de Viserys ela saiu da cabine da carruagem, ainda era um período tranquilo da gestação, seus pés inchavam um pouco, algo que Rhaenys e Aemma já haviam a alertado, mas nada pararia seu ímpeto, ela adorava aquela atmosfera de torneios.

De fato, havia uma movimentação anormal no Norte naquela ocasião, quando pararam no pátio lateral sentiam o vento no rosto, do outro lado estavam os Stark, a comitiva era liderada pelo Lorde Benjen, junto com uma orda de guardas, ao lado dele estava um garoto que deveria ter seus 4 ou 5 anos, agarrado a perna do homem, curioso ao ver os Targaryen pessoalmente pela primeira vez em sua vida, seus olhos no entanto ficavam em Madlyn, usando um vestido amarelo opaco embaixo das peles que seguravam o calor de seu corpo, enquanto os outros três homens usavam preto.

── Altezas ... ── Benjen fez a reverência. ── É uma honra tê-los em Winterfell.

── É uma honra para nós vir ao torneio mais antigo e famoso do reino. ── Baelon deu um passo a frente, apertando a mão de Benjen. ── Ainda mais para ver meu filho ganhar essa.

── Ele é alto e forte com toda certeza alteza. ── Benjen olhou Daemon sério atrás do pai. ── Mas terei que torcer para meu filho Rickon.

── E quem é esse garotinho lindo? ── Madlyn se inclinou vendo que o menininho se escondia mais atrás do avô.

── É meu neto, Cadmus. ── Benjen sorriu, se abaixando e pegando ele. ── Atualmente meu herdeiro, é filho do meu segundo filho, Bennard.

A menção a Bennard surtiu um efeito quase imediato, um homem de cabelos longos passou por entre os guardas, ele parecia ofegante, seus olhos tremeram ao ver o garotinho no colo do lorde, ele demorou um minuto ou quase dois para perceber os Targaryen ali e fez uma reverência enquanto ainda buscava seu fôlego, havia procurado pelo filho por mais de uma hora, só para achá-lo no colo do avô, deveria ter adivinhado.

── Desculpem minha chegada altezas. ── Bennard fez outra reverência. ── Crianças são imprevisíveis, estava procurando ele por um tempo.

── Você é bom de se esconder, Cadmus. ── Madlyn riu, acariciando a bochecha do garoto que se encolheu, ela tossiu depois.

── Vamos entrar, ela precisa tomar algo quente e descansar. ── Daemon interrompeu a conversa, passando o braço pelos ombros da madrasta.

── Eu estou bem. ── Ela o censurou com o olhar.

── Grávidas sempre acham que tem razão. ── Viserys comentou tirando o riso de todos.

A comitiva Targaryen então se juntou aos Stark, entrando no interior do castelo que estava bem menos frio, mas ainda mais gelado que o calor da capital, os três homens Targaryen seguiam preocupados com Madlyn, mas ela estava quase saltitando de felicidade, ela amava torneios.

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