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#𝓞𝟖 - O 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨 𝖺𝗅𝖾́𝗆 𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗅𝗂𝗇𝖺

Era uma manhã relativamente calma quando o rei pediu que a irmã e a filha o encontrassem na sede do pequeno conselho, a noite anterior fora pouco amigável, os sussurros pelo castelo com a partida de Otto Hightower da corte levantavam teorias que a corte não queria ver se espalhando, mas por hora Viserys se concentrava em guiar outras coisas em sua própria morada e garantir que a filha e a irmã tivessem um bom futuro.

— Então ... — Foi a voz de Rhanyra que cortou o silêncio. — Porque nos reuniu aqui? O que a Drasilla fez agora?

— Ei! — A morena protestou. — Eu não fiz nada.

— Dessa vez ... — O rei completou que a loira ao lado de Drasilla riu. — Mas as reuni aqui para reforçar a vocês a necessidade de união da nossa família, do sobrenome e do poder que é ser um Targaryen, sobre prosperidade ... Que vocês precisarão se casar em breve.

O silêncio permeou no recinto, as duas se olharam, num puro silêncio, Viserys sabia que a notícia não seria recebida com animação por ambas, mas não imaginou um grande silêncio, talvez ambas falando uma por cima da outra quem sabe, aquela reação torturava o homem de várias maneiras.

— Eu não quero me casar agora, pai. — Foi a mais velha que rompeu o silêncio. — Quero voar com o Flarion e a Drasilla, te ajudar com sua posição de rei, não morrer como a mamãe tentando dar um herdeiro para alguém.

— Rhaenyra ... — Viserys sentia a dor nas palavras dela.

— E eu não quero me casar. — Drasilla os interrompeu. — Tipo nunca. Essa coisa de esposa de alguém? Não mesmo.

— Eu sei da dor de vocês. — Ele olhou para filha e depois para irmã. — Ou de suas convicções, mas a posição de vocês não vem só com privilégios, ser um herdeiro é garantir o futuro da nossa linhagem.

— Eu não sou a herdeira. — Drasilla comentou afiada, rindo de forma anasalada.

— Claro que é, só não está tão perto do topo da linha de sucessão. — Ele suspirou, dessa vez se sentando. — Eu não queria obrigá-las a nada, mas esse é o nosso dever em algum momento da vida. Porém, quero que casem com alguém que vocês amam, que se sintam bem.

As duas voltarama  fazer silêncio, era longo e o rei coçava a sua barba por crescer enquanto as olhava, Rhaenyra e Drasilla sabiam de suas posições naquela corte, só estavam acostumadas em como as coisas eram naquele momento, não queriam que isso mudasse de fato, mas elas precisavam não é? Parte de crescer com aqueles privilégios era olhar pros seus deveres. As duas se encaravam, como se conversassem telepaticamente, o piagarreio do rei as fez sair daquele transe e olhá-lo.

— O que acha do Laenor? — Drasilla sugeriu. — Os Velaryon são aliados importantes e ele, além de ser da família, é um bom amigo.

— E um montador de dragão. — Viserys concordou, mirava os olhos em Rhaenyra. — O que acha? 

— É uma ótima opção, já que temos que fazer isso, além de que Rhaenys e Corlys aprovariam essa união. — A loira forjou um sorriso de canto, era uma opção muito boa de fato. — Mas e a Drasilla?

— Oh, eu? — Ela fez uma cara de pensativa, se sentando sob a mesa e depois deixando o corpo pender para trás e se deitando. — Aceito a mão da Laena em matrimônio, assim seremos cunhadas.

— Muito engraçadinha. — Viserys balançou a cabeça meneando a mão para que a garota saísse de cima da mesa. — Vamos viajar a Driftmark e conversar com os Velaryon, depois pensamos em um pretendente para Drasilla, ok?

— Ok! — As duas responderam juntas.

As coisas haviam ficado bem mais amistosas com o passar dos dias, a viagem prometia ser rápida, Drasilla e Rhaenyra a fariam de dragão se assim pudessem, pousando em Driftmark horas depois, mas Viserys as acompanharia, o rei não possuía um dragão desde a queda do grande Ballerion, com sua saúde um pouco debilitada mesmo que a fúria negra estivesse pelos céus de Westeros, ele ainda não conseguiria montá-lo, uma pena.

Quando desembarcaram havia uma face jovial para recer o trio e parte dos guardas, Laena e outro guarda fizeram a recepção do rei e as princesas, Viserys não gostou de não ser recebido pela prima ou por Lord Corlys, mas no fim das contas os três se encontraram, enquanto Rhaenyra, Drasilla e Laena caminhavam pelos terrenos de Driftmark, ainda sem sinal do possível futuro noivo.

Tempos depois, já com o futuro casamento acordado, todos dispersaram para alguns afazeres, o trio ainda passaria mais um ou dois dias em Driftmark antes de retornar a cheia Kings Landing, um pouco de calma que eles precisavam. Drasilla tinha saudade dos dias que passou naquele lugar, sabia que sempre poderia voltar, mas agora tinha mais vontade de permanecer a capital, aproveitar enquanto não havia conflitos entre ela e o irmão. Na ocasião, a morena olhava os livros na biblioteca, muitos dos quais ela tinha lido enquanto se aprofundava no alto valiriano.

— Aí está você! — Uma voz chamou a atenção da garota, era Rhaenys. — Achei que estaria voando.

— Não, Flarion ficou na capital. — Ela respondeu, sentia vontade mesmo de tê-lo trago. — Não quis que ele me seguisse.

— Mas tem outro dragão em Driftmark que você pode montar. — Rhaenys se aproximou de forma sugestiva. — Ele sempre fica indo e voltando, acho que de Pedra do Dragão pra cá, esperando por você.

— Ela, na verdade, é fêmea. — Drasilla a corrigu. — E não me deixa montar, mal me deixa aproximar.

— Domar um dragão não é fácil, Drasilla. — Ela colocou as duas mãos sob os ombros dela. — Você e o Flarion nasceram praticamente juntos, o ovo chocou 3 dias após você nascer, vocês aprenderam tudo juntos, é claro que seria mais fácil com ele, mas com esse outro dragão ...

— Eu sei que não ia ser fácil, mas agora não é bem uma boa hora para ficar indo e voltando daqui ou de Pedra do Dragão. — A morena meneou a mão se afastando da outra. — Estamos finalmente tranquilos na capital, mesmo que o Daemon ... Você sabe, esteja banido, de novo.

— Ele está pagando pelas suas próprias decisões, querida. — Rahenys  deu a volta pela sala, sempre mantendo os olhos em Drasilla, mas é bom que esteja bem com Viserys, ele sabe sobre o outro dragão?

— Não, eu sei que deveria ter contado, mas tudo estava muito tumultuado entre nós. — Só de pensar em como as coisas se desenhavam Drasilla ficava inquieta. — Claro que eu sempre vou voltar para ver vocês e ele, mas ...

— Já pensou em morar em Pedra do Dragão?

— O que? — A mais jovem rapidamente recuou. — Aquela é a residência do herdeiro, será onde Rhaenyra morará com Laenor quando se casar.

— Duvido um pouco, ela é apegada ao pai, preferirá ficar em Kings Landing, ainda mais com a saúde do rei se deteriorando.

As duas se olharam, ambas sabiam, como todo mundo, quanto iserys vinha piorando com os anos, elas só não falavam em voz alta, ninguém falava, até o rei já sabia do óbvio, mas todos viviam na névoa, deveria ser por isso que Viserys tinha pressa em casá-las.

— Porque não vai ver o dragão na campina? A essa hora ele costuma estar dormindo por lá. — Rhanys sugeriu.

Drasilla aperta o passo saindo das paredes de pedra, suas pernas doem enquanto sobe a trilha até a campina, deixando a residência dos Velaryon cada vez mais distante, já pode ver alguns dragões a uma longa distância, ela reconhece Meleys e sorri de lado, parando para observar o dragão de Rhaenys, não muito depois ela vê a imensidão de escamas negras sob a relva, era Sigmis.

Quando viu a princesa o dragão hergueu a cabeça, Drasilla fez uma reverência, mas a resposta foi um urro longo e amedrontador, até um pouco quente, ela teve medo, mas não se moveu, só fechou os olhos, o dragão havia se chateado por ela não ter voltado logo, era perceptível, Sigmis era mais sensível que Flarion, será que havia perdido um montador anteriormente? Ela pensava.

— Me desculpe não voltar a tempo, eu senti tanto sua falta, queria estar aqui para voarmos juntas, mas eu precisei estar na capital. — O alto valiriano da princesa havia melhorado, não era impecável, mas era bom. — Queria te levar comigo, mas tenho medo por nós duas na capital.

A garota se aproximou, o suficiente para sentir o calor emanando da pele da criatura, ela até mesmo pensou em ficar ali, era perto o suficiente para o que já tinha feito antes, mas resolveu ousar, até onde Sigmis permitiria, o dragão poderia abocanhá-la e ela morreria, mas ela assumiu o risco, tocando a pele do animal pela primeira vez.

O sorriso no rosto dela mal cabia em si, Sigmis confiava na princesa mais do que ela achava, a deixou tocar em seu dorso, num futuro breve quem sabe pudessem voar juntas. Drasilla se aproximoou mais, tocando o rosto do corpo no dragão que a olhava de canto de olho, desconfiada, tocou sua pele nas escamas e sentiu seu calor. Havia tanta felicidade em Drasilla que o sorriso não saía do rosto, ela queria contar isso a Daemon, sobre os dragões, sua evolução, mas percebeu - bem breve - que outra pessoa merecia saber muito mais, era Viserys.

A morena desceu a trilha que havia vindo correndo, deixando o dragão para trás, se pelo menos ele a deixasse montá-lo poderia voar com ele até o pátio do castelo, uma loucura e um perigo ao mesmo tempo. Ao retornar as paredes de pedra, agora ofegante, ela correu até os aposentos do rei, Viserys tomava um chá e descansava as pernas quando a viu se apoiar no beiral de sua porta, puxando o ar dos pulmões e pedindo um minuto para recobrar o fôlego.

—  Aconteceu algo? — Eleperguntou num misto de curiosidade e preocupação.

— Tecnicamente sim. — Ela ainda puxava o ar quando se aproximou dele. — Eu preciso que me acompanhe até a campina, agora.

— Querida rece...

— Não. — Ela ergueu o indicador. — Eu preciso DE VERDADE que VOCÊ vá, só você, é importante e urgente.

— Tem alguém ferido?

— Não, você vai ver o que é. — Ela então se ajoelhou pedante aos pés do rei. — Não confia em mim?

— Confio, tudo bem, eu vou. — Quando Viserys dizia não a Drasilla e Rhaenyra? Nunca.

Os dois caminharam quase tudo em silêncio, o rei se apoiava em Drasilla e eles caminharam por um tempo além do normal, a doença deixava Viserys mais cansado, indisposto e era uma distância longa. Depois de caminhar por um tempo eles já avistaram o dragão, Drasilla não quis chegar tão perto, não sabia como Sigmis iria reagir ao rei, nem mesmo os Velaryon que sabiam de Sigmis se aproximavam.

— O que é isso? — O rei, um poouco ofegante, quis saber.

— Essa é a Sigmis. — Drasilla apontou para a dragão. — Ela vem me seguindo a um tempo, a mim e ao Flarion.

— Seguindo? Sem atacar nem nada? — Viserys sorriu, a beleza do dragão o lembrava de Balerion, o seu falecido dragão, talvez o tamanho de Sigmis ficasse entre Caraxes e Meleys. —  Você a montou?

— Não, ainda não. — A garota se desvencilhou do braço do rei, dando passos a frente. — Mas eu pretendo, um dia.

— E o Flarion?

— Quero montar os dois! — Os olhos dela brilhavam ao dizer isso. — Acha que consigo?

Viserys só a admirava, quando via quase um brilho a volta dela, Drasilla não se parecia em nada com a criança acuada que ele havia pego dos braços de uma ama depois que Madlyn nasceu, ele prometeu a sua madrasta que cuidaria da garota e agora a vendo fazer algo como aquilo, era quase ... Inacreditável, muitos Targaryens sequer montaram um dragão, ela cobiçava o segundo e o rei acreditava que ela conseguiria. Viserys só conseguia pensar que queria poder falar a Aemma que a garotinha deles tinha crescido e virara uma mulher incrível.

— Claro que acredito e isso é incrível, não lembro de ter alguém que tenha feito isso. — Viserys não almejava a guerra, mas tinha em sua cabeça o quão isso seria útil, mesmo que fosse tentar impedir Drasilla de ir em uma caso acontecesse. — Você é uma verdadeira filha de Valyria.

— Aproveitando que estamos aqui. — Ela recua, parando a frente do irmão, o olhando nos olhos. — Por favor, não me case forçadamente, eu não quero ou preciso servir o reino com uma parideira, eu quero ser uma montadora, lutar pelo rei, ser uma estrategista, estudar sobre leis, normas, estar no pequeno conselho da Rhaenyra num futuro, como mestre das leis quem sabe.

— Querida, acalme-se. — O rei toca o ombro dela. — Eu acredito em você, no seu potencial e no da Rhaenyra, eu e a Aemma criamos mulheres fortes, mas por mais que eu possa te prometer o mundo, talvez não possa te dar. Quando falo em casamentos e deveres, não é porque eu gosto, mas é como as coisas são, as queria livres, como dragões no céu.

Viserys era bom e ao mesmo tempo era sincero, os olhos de Drasilla marejaram, ela abaixou a cabeça, não queria ser obrigada a se deitar com alguém que odiava, pois ela não se via capaz de amar alguém com quem tinha sido amarrada a contra gosto. Sigmis urrou para os dois ao ver a tristeza dela, Viserys olhou o dragão, esperando que ele os atacasse, mas nada aconteceu.

— Você poderá achar o amor e eu não vou te obrigar a casar agora se não quiser, mas você está envelhecendo e logo eles vão começar a falar. — O rei tocou o rosto dela, acariciando a bochecha avermelhada. — Eles até sugeriram um nome, Cregan Stark, filho mais velho do Lord de Winterfell.

— O primo do Cadmus? — Drasilla falou desgostosa dando um passo atrás. — Ele tem 10 anos a menos do que eu, uns 6 quase 7 anos.

— Eu sei, mas assim como Laenor é uma casa influente e uma ótima aliança. — O rei ponderou com a cabeça. — Mas o que eu quero mesmo, hoje, é que você fique perto de mim, da Rhaenyra, da nossa família, você é jovem e observadora, num futuro poderá ser a Senhora Mão-da-Rainha.

— Como eu viveria no norte com dragões? — Ela resmungou e olhou pra ele. — Senhora Mão-da-Rainha soa muito bem.

— Soa bastante bem. — O rei sorriu. — Temos um acordo por hora?

— Sim, nós temos.

Sigmis se mexe, a dupla a olha de imediato, o dragão toma o céu, uma mancha preta em meio ao azul límpido que estava em Driftmark, com poucas nuvens, eles ainda ficariam ali por muito tempo, não viram outro dragão, mas gostavam do vento fresco no rosto, do ar leve e bem menos pesado que o da capital.

— O Flarion vai sentir ciúmes quando ficarem juntos de fato. — O rei a alertou.

— Não vai, ele será sempre meu primeiro amor. — Drasilla riu olhando para Viserys.

Ela via o orgulho que ele sentia dela em seus olhos e ela gostava disso.

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