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#𝓞𝟐 𝖾𝗌𝗍𝗈𝗎 𝗍𝖺̃𝗈 𝗅𝗈𝗇𝗀𝖾 𝗊𝗎𝖾 𝗾𝘂𝗮𝘀𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗱𝗼́𝗶


Era uma dor da qual Drasilla não estava preparada para sentir, quando Baelon morreu ela era tão pequena que não sentira totalmente o que significava perder um pai, mesmo que tenha sentido em algum canto do seu corpo. Quando Aemma partiu e ela voltou para o castelo, era como se um vazio muito grande tivesse ficado no lugar do buraco onde antes a rainha ocupava.

Por dias ela ficou assim , deitada em sua cama, chorando parte da noite, as criadas ouviam do lado de fora, sem poder fazer nada, Viserys sofria por Aemma, por Baelon, mas sofria também pelos gritos de desespero que ouvia vindo do quarto de Drasilla, Rhaenyra passou a dormir com ela, fazendo carinho em seu cabelo até que adormecesse, para que o corpo de Drasilla tivesse a paz que sua alma não tinha.

Demorou para que ela parasse de chorar, para que voltasse a sorrir, para que quisesse montar Flarion novamente. Por um bom tempo Drasilla perdeu a confiança em si, a sua luz, parecia que sua mãe tinha levado isso com ela, era o que Aemma representava para morena, a figura materna que Madlyn não teve tempo de ser. Com o tempo ela conseguiu voltar a voar, seu dragão sentia sua falta, o céu sentia, mas ainda havia uma cicatriz onde a rainha costumava ficar.

Tempos depois, quando todo mundo parecia ter seguido em frente, menos ela totalmente, os boatos começaram a surgir, que o rei iria tomar uma nova esposa, a recém declaração de Rhaenyra era a herdeira de Viserys pareceu não ser o suficiente para evitar murmúrios de que o rei queria ter um herdeiro homem para sentar ao trono e que eles não confiavam na jovem Rhaenyra e muito menos em Daemon, o homem mais próximo na linha de sucessão.

O que pior deixava as coisas fora o nome atrelado ao casamento, que só foi confirmado tempos depois, Viserys chamou Drasilla e Rhaenyra a mesa do pequeno conselho, para dar ambas a notícia de que tomaria Alicent Hightower como sua nova nova, o que deixou Rhaenyra e Drasilla furiosas. Enquanto a filha do rei se encolhia pelos cantos do castelo, a sua irmã era voraz e raivosa.

Drasilla entrou nos aposentos de Alicent sem ao menos ser anunciada pelas criadas, assustando ambas que ajudavam a lady a se vestir, ficou parada lá, como um fantasma, olhando para ruiva que pediu que as criadas fossem embora, Drasilla estreitou os olhos, mal tinha sido feita a aliança de casamento e criadas a serviam? Ela era uma criada também, deveria saber seu lugar.

— A quanto tempo você e seu pai vem arquitetando isso? — A morena praticamente cuspiu a acusação em Alicent. — Tramaram algo pra matar a Aemma também?

— Que tipo de acusações são essas? — Alicent uniu as sobrancelhas indignada. — Nada tenho a ver com a morte da rainha Aemma.

— Eu sei que vocês Hightowers rastejam como cobras na corte e que fazem a cabeça do rei. — Drasilla deu dois passos a frente.

— Tenha muito cuidado com as acusações a sua futura rainha, Princesa Drasilla. — Alicent pressionava os dedos uns contra os outros, mas mantinha o olhar em Drasilla.

— Ou o que? — A morena rebateu dando mais passos para perto da ruiva. — Que tipo de ameaças você pode fazer?

— Nenhuma, mas é bom que se lembre do seu lugar privilegiado nessa corte. — A face de Alicent era imutável, séria, mas suas iris tremiam. — Ainda mais como uma bastarda.

Drasilla não esperava aquelas palavras, o fantasma de ser chamada de bastarda parecia algo tão distante na sua infância, mas agora estava estampado no rubor de sua face. Ela não sabia como isso ainda lhe afetava, só notou quando os olhos marejaram e ela acertou um tapa forte no rosto de Alicent, queria ter batido mais, mas se conteve se afastando.

— Nunca mais ouse dizer isso de novo. — A morena de afastou alguns passos, visivelmente abalada rumo a saída. — Vou garantir que se arrependa.

Drasilla havia se aninhado em seu quarto, a porta bateu tão forte que assustou Sor. Cadmus que estava em pé do lado de fora, ele perguntou algo sobre onde ela estava, mas não houve resposta e ele não quis entrar para ver como ela estava, não era dever dele intervir desse tipo. Passou-se um bom par de horas e a noite já apontava longe com o sol começando a descer, foi quando as batidas porta foram ouvidas.

A jovem achou que fosse uma das criadas, mas quando rompeu a porta viu a figura de Cadmus Stark em pé a sua frente, os olhos dela estavam marejados e ele piscou algumas vezes, ainda perdido no que iria dizer, então os guardas caminhando no corredor o fizeram se lembrar do recado que uma das criadas tinha dado a ele e pedido para entregar a princesa.

— Alteza, vossa graça solicita sua presença imediatamente em seus aposentos, ele deixou claro que caso a princesa resista, devo levá-la a contra gosto. — Havia um suspiro cansado na voz de Cadmus. — A criada queria dar o recado pessoalmente, mas achei que a senhorita iria preferir não ser incomodada, então eu mesmo estou passando.

— Eu vou, pode deixar. — Ela suspirou forçando um curto sorriso e limpando o rosto. — Vamos.

Os dois caminharam em silêncio, Sor. Cadmus vinha a dois passos atrás dela, ele tinha que andar mais devagar, já que por ter pernas maiores dava passos mais largos, ela era menor, mas ainda sim andava rápido. Ao chegar nos aposentos do rei ela foi anunciada, Viserys pediu que Cadmus esperasse do lado de fora, com o guarda que fazia vigia dos aposentos de vossa majestade.

Viserys estava com uma face pouco agradável, arrumava alguma coisa na sua maquete, demorou alguns segundos em profundo silêncio olhando para isso antes de encará-la. Drasilla era impaciente, queria falar algo, mas seu orgulho era bem maior, Viserys não queria falar outras bobagens com ela.

— Chegou até mim a informação de que você estapeou o rosto da Alicent, é verdade? — Ele questionou voltando a sua maquete.

— Você sabe a resposta, porque está perguntando? — Drasilla foi ágil como um corte de espada. — Me puna direto, vai me banir que nem fez com o Daemon.

— Nosso irmão não está banido, ele foi lidar com a Triarquia. — Viserys suspirou. — Você não me respondeu.

— Sim, eu bati e bateria de novo. — Drasilla chegou a trincar os dentes. — Ela me chamou de ... De bastarda. Aposto que por causa dos meus cabelos, por não ser tão valiriana quanto vocês.

— Você monta um belo dragão, seus olhos são tão violetas quanto o da minha avó eram, só porque você não tem cabelos loiros, você é menos Targaryen? — Ele perguntou encaixando algo na maquete.

— Não sei, sua noiva parece achar que sim.

— Eu perguntei sobre o que você acha. — Viserys parou, se levantou devagar. — Você se acha menos valiriana por não ter cabelos claros?

— Não, eu ...

— Eu não quero que você faça o que fez de novo. — Ele a cortou. — Se você fizer algo impulsivo em cima de um dragão você pode acabar em uma tragédia ou pior, morta.

Drasilla ficou em puro silêncio, ela sabia que era assim, Viserys sabia que ela era e todas as vezes que ela agia de tal maneira voltavam os murmúrios e acusações sobre ela não ser valiriana o suficiente, por não ser pura como os outros, por parecer mais uma Baratheon com seus cabelos escuros e seu temperamento do que de fato Targaryen, se pudessem eles a mandariam embora, apesar de achar que Viserys jamais faria tal coisa.

— Você está proibida de voar em Flarion, até que aprenda a controlar sua impulsividade. — Viserys concluiu se afastando dela.

— Isso não é justo, sua noiva e a cobra do pai dela alimentam boatos sobre mim e você fica do lado dela? — Drasilla avançou em direção a ele.

— Eu não estou tomando um lado.

— Você está! O lado dos Hightower. Quem te deu a ideia de me punir, foi o Otto não foi? — Ela vociferou aumentando o tom de voz. — Você não é meu pai, não pode mandar em mim.

— Mas eu sou seu rei! — Ele respondeu a altura. — Eu criei você, cuidei de você, ensinei você a voar de dragão junto da Rhaenyra, estou protegendo você, porque eu não vou estar aqui um dia e não vai ter quem te proteger.

— Eu não preciso da sua proteção ou de você... — Os olhos dela tremiam. — Majestade.

As coisas pareceram bem distantes nos dias que seguiram, Viserys ordenou que não soltassem Flarion do Fosso dos Dragões, Cadmus era quase uma sombra atrás da princesa, a acompanhava em suas aulas, quando ela ia fazer as refeições e vigiava na porta do seu quarto, quando ele estava descansando um outro guarda fazia a guarda dela, aquilo estava deixando Drasilla afobada.

No dia do casamento de Viserys ela foi vista bem pouco pelo castelo, passeou pelos jardins onde a recepção estava sendo feita e depois de juntou aos outros na cerimônia, ela sentia falta de Daemon, com certeza ele teria alguns bons comentários a fazer sobre a ocasião.

Quando a noite caiu ela se recolheu em seus aposentos, havia sentido uma forte dor de cabeça, pelo menos era o que dizia, Cadmus não confiava 100% na princesa então colocou-se de guarda na frente do quarto dela, mas Drasilla era mais esperta que ele e quando percebeu a troca da guarda saiu pela porta da frente, com um saco pequeno nas costas e roupas simples.

Ela era uma moleca, no alto, dos seus 13 -  quase 14 - anos, correndo pelos corredores e as saídas mais secretas entre as passagens, algumas ensinadas por Daemon. Chegando ao Fosso dos Dragões ela contemplou a imagem de um Flarion dormindo, ao ver a luz da tocha que ela carregava o dragão rugiu, soltando fogo, a voz doce de Drasilla o fez recuar, a reconhecendo.

A luz da lua tocava o Fosso dos Dragões, principalmente a cripta em que aquele estava, Flarion estendeu a cabeça para cima, o dragão era esperto, conseguia entrar e sair por aquele buraco, não com ela nas costas, o que obrigou Drasilla a subir de novo as escadas e esperar os guardas passarem, ao chegar lá em cima estava livre, mas em outro lugar uma pessoa notava sua ausência.

Afobado o guarda da hora, que substituía Sor. Cadmus, veio tropeçando nas próprias pernas até o rei, interceptado por Sor. Harrold ele parou, logo em seguida foi Cadmus quem apareceu, ele estava sério, Viserys logo entendeu que algo tinha a ver com Drasilla.

— Ela fugiu, Vossa Graça. — Cadmus falou tentando esconder a vergonha.

— Vocês são DOIS. — Viserys se levantou de onde estava, se aproximando da dupla. — E ela só tem 13 anos, como isso aconteceu?

O silêncio permeou no recinto, as portas de metal grosso se abriram rapidamente, haviam três homens, dois eram guardas e um era domador de dragões, Rhaenyra que estava rindo na companhia de outra pessoa de aproximou do pai, interessada no que tinha acontecido, o domador por sua vez parecia nervoso.

— Vossa Graça ... — Ele apertava as próprias mãos. — O dragão de vossa alteza, a princesa Drasilla, alçou vôo fugindo do Fosso dos Dragões, não vimos se tinha alguém em seu dorso mas ... Ele sequer estava com uma cela.

— Droga! — Viserys vociferou e se virou vendo Rhaenyra.

— Eu posso ir atrás dela se ...

— Não! Ela vai voltar. — Ele se virou, Drasilla precisaria lidar com as consequências de suas ações.

— Se o dragão está sem a cela é muito perigoso. — Rhaenyra insistiu.

— Eu sei. — Viserys olhou pra filha. — Mas ela vai voltar.

Drasilla não voltou.
Não quando Viserys achou que ela voltaria.

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