⚞𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 20 - 𝐹𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑎𝑛𝑖𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎́𝑟𝑖𝑜⚟
Alerta gatilho: capítulo apresenta violência física. Não recomendo para pessoas sensiveis.
- Hoje é algum dia especial? Você está feliz. - disse Kard, passando uma página do seu livro de história. Sorri para ele.
- Hoje é aniversário do In. - admiti, ele assentiu concertando os óculos redondos.
- Aquele seu amigo, não é? Ele é legal.
- Vão comemorar hoje? - indagou Krit, escrevendo algo em seu caderno. Assenti para ele.
- Vamos sair.
- Posso ir junto? - perguntou Kard.
- Claro que não pode. - disse Krit, como se o pedido de Kard fosse um absurdo.
- Por que não? - disse meu irmão mais novo, fazendo biquinho.
- Porque é um momento só deles. Você não quer ficar de vela, não é? - explicou Krit.
- De vela? In e você são... Namorados? - perguntou com seus olhos arregalados por trás do óculos. Comecei a rir do jeito que Krit olhou para Kard.
- É sério que você não tinha percebido isso? - indagou Krit. Kard negou boquiaberto.
Desde aquele dia que meu pai gritou sobre meu relacionamento com In aqui em casa, somente o Krit ouviu. Por sorte, Kard estava ainda na escola e não precisou presenciar aquela discussão. Por isso, ele não ficou sabendo sobre meu relacionamento, porque não quisemos contar sobre a confusão
- Te daremos cobertura, caso o pai chegue cedo. - sorri para ele, hesitando em concordar. Porque não queria que meu pai descontasse qualquer coisa neles ao me protegerem.
- Obrigado, Krit. - sorri para ele. Meu irmão se levantou e se sentou ao meu lado.
- De nada, eu sempre fui um excelente irmão. - se gabou, arrumando seus cabelos.
- Eu também sou um excelente irmão. - apontou Kard. Balancei a cabeça rindo ao saber que Krit estava prestes a provocá-lo.
- Mas eu sou o melhor, o Korn me disse que sou o melhor. - disse com um sorriso de canto ao provocar Kard. Meu irmão mais novo levantou do chão onde estava lendo.
- O quê? Você disse isso mesmo Korn?
- Claro que não. - me defendi. Olhei para Krit que apertava os lábios tentando não rir - Krit, pare de provocar o Kard! - pedi, enquanto passava a mão nos cabelos de Kard.
- Está bem... - disse Krit revirando os olhos.
- Você ama a gente igualmente, não é? - perguntou meu irmão mais novo. Respirei fundo o posicionando ao meu lado. Segurei a mão dos dois, seus olhos transpareciam expectativa com minha resposta.
- Vocês são tudo que eu tenho, os dois são importantes para mim por me trazerem alegria e estabilidade. Amo muito vocês, ok? - eles sorriram pelo o que eu disse - Sempre permaneçam unidos, vocês dois tem muito pela frente, tenho certeza que terão a vida que querem. Não fraqueje. - pedi, sentindo um aperto no coração, uma sensação de urgência, onde meu ser pedia que eu falasse isso.
Krit sorriu fraco franzindo o cenho e disse:
- Por que está falando assim? Parece uma despedida! - engoli em seco, eu simplesmente disse o que meus sentimentos mandaram, como se eu não falasse agora, não iria conseguir falar mais nunca.
sorri para ele balançando a cabeça enquanto apertava de leve suas mãos.
- Está tudo bem, eu só queria falar isso. - os dois assentiram.
- Prometemos que ficaremos juntos... Só manda o Krit parar de me provocar. - rimos com o que meu irmão mais novo disse.
Durante aquela tarde fiquei admirando meus irmãos enquanto riam e brincavam, enfatizando em minha mente o que os amava, eles eram como meu escape, e fico feliz que eles são o escape um do outro.
A noite caiu lá fora, a lanchonete que In pediu para virmos estava quentinho onde o tempo frio não nos incomodava.
In sorria a todo tempo, ele estava contente. Me entusiasmou seu jeito de ser, sorri para ele admirado com o brilho em seus olhos em contraste com a luz do ambiente.
- Como está a comida? está boa? - perguntei, In assentiu e disse:
- Está muito boa. e já estou cheio - disse, afastando o prato. Por algum motivo, não queria desviar meus olhos dele, sorria para mim mesmo a cada gesto que ele fazia - Ah, porque você veio cedo hoje? - perguntou.
- Meu pai saiu para fazer os negócios dele. - falei, torcendo internamente que meu pai não voltasse ainda hoje para casa, assim, não precisaria me preocupar tanto. In assentiu.
- Meu pai também não está em casa. - ele sorriu entrelaçando seus dedos. - Isso é bom. Nós podemos passar mais tempo juntos. - sorri balançando a cabeça. Olhei surpreso para o lado de fora, onde dava para ver a noite nublada pelas as janelas vidradas.
Um estrondo grave e distante aconteceu no céu, chamando a atenção das poucas pessoas que estavam na lanchonete.
- Parece que vai chover. - apontei, vendo o céu clarear por um momento por conta do relâmpago. In assentiu também vislumbrando a tempestade que estava por vir.
- Hum... Também acho. - ele sorriu e continuou: - E isso também é bom. Significa que posso voltar para casa tarde por conta chuva. - o vi apoiar seu rosto em sua mão direita com um olhar brincalhão - Esta noite... Devemos ir ao nosso novo condomínio? - ri baixo com seus pensamentos que conhecia bem.
- Você é um pervertido. - brinquei. Ele deu de ombros fingindo certa surpresa com o que eu disse:
- Pervertido? você que é. O quê está pensando? - balancei a cabeça rindo das brincadeiras dele.
- Não vamos comprar móveis? - mudei de assunto.
- Certo. vamos. Mas o que temos em nosso apartamento? - In encarou o teto da lanchonete e começou a contabilizar usando seus dedos o que tínhamos: - Temos uma mesa, cadeiras, sofá e... Também uma tv. É isso? - concordei - Ah, espere. - expressou, colocando a mão no bolso e tirando de lá um chaveiro de couro marrom.
- Eu fiz para você. - admitiu, me mostrando o chaveiro - Não é fofo? - assenti para ele sorrindo ao pensar no carinho que In tem em deixar algo ainda mais significativo - Olha isso, tem nossas iniciais também. - vislumbrei que estava gravado K&I . In estendeu sua mão e disse: - Onde está sua chave? - levei minha mão até meu bolso e agarrei a chave prateada e coloquei em sua palma.
ele encaixou a chave no enfeite, sorriu para si mesmo admirando o objeto. Foi então que ele me mostrou as duas chaves enfeitadas, com um sorriso largo no rosto. In me ofereceu uma delas.
- Obrigado. - agradeci, pegando a chave e o guardei.
- P'Korn...
- Sim? - falei, dando-lhe minha atenção. Ele suspirou.
- Não vai demorar... Para podermos ficar juntos. - sorriu ao dizer isso transmitindo confiança.
Coloquei minha mão na sua e falei:
- Sim. Não vai demorar muito. - enfatizei, seu sorriso se alargou mais ainda. Soltei o ar e falei: - Eu volto já.
Tinha preparado algo para In antes dele chegar, queria fazer algo significativo para ele, pelo menos, tentar fazer isso.
Não demorou muito para eu andar ao seu encontro com um bolo pequeno nas mãos, as velas acesas, iluminando ainda mais meu caminho. Seus olhos estavam mais brilhantes e um sorriso tímido e feliz estava em seu rosto.
- Feliz aniversário, In. - parabenizei, acariciando seus cabelos, ele se encolheu envergonhado.
- Obrigado, P'Korn. - sorriu para mim.
- Faça um pedido. - falei, apontando para o bolo com as velas acesas.
Ele assentiu, entrelaçou seus dedos, fechou seus olhos e inspirou.
- Eu desejo... Que possamos ficar juntos para sempre. - sorri para mim mesmo ao ouvir seu pedido. Desejei o mesmo com veemência.
Tomei um susto ao ouvir um grito grave e raivoso. Quando olhei para trás, vi o pai do In vindo em nossa direção com o rosto enfurecido.
- Seu idiota! Venha aqui! - seu pai agarrou seu braço o puxando para longe de mim. In se debatia para que o soltasse - O que você está fazendo? - falou, vi o momento que ele me encarou com descaso.
- In! - tentei falar, mas fui interrompido por seu pai.
- Não meta o nariz nos nossos assuntos de família. - ele disse para mim, eu sentia medo, medo dele bater no In de novo, queria protegê-lo. O mais velho se virou para In e continuou: - Venha aqui! Eu te avisei para não se encontrar com ele. Você sabe qual é o negócio da família dele?
- Pai, não importa o que a família dele faz. Ele não fez nada de errado. - respondeu In.
- Você está respondendo de volta para mim? - fiquei em alerta e corri para frente do In quando seu pai bateu em seu rosto.
- Desculpe. Por favor, não machuque o In. - pedi, protegendo In com meu corpo. Não aguentaria ver isso de novo - In! - o chamei, que estava com um lado do rosto vermelho, seus olhos que antes estavam com um brilho de alegria, agora estavam lacrimejando de tristeza.
- Volte para casa. - gritou, me puxando pelo braço, me afastando com agressividade de perto do In. Seu pai agarrou seu braço o puxando para fora, In se desvencilhou de sua mão.
- Eu não vou! - enfatizou. In segurou minha mão, que em segundos corremos para fora da lanchonete o mais rápido que pudemos.
Gotas de chuva caiam sobre nós enquanto corríamos na calçada. Naquele momento, me senti fraco novamente, mais fraco do que jamais estive. Não suporto mais ver In sofrer, ver sua alegria ser desfeita só para estar ao meu lado.
Preparem o coração, próximo capítulo vai ser o fatídico capítulo que mais tememos durante essa fanfic.
Vamos dar as mãos e sofrer juntos! Ainda mostrarei a importância desse amor infinito dos dois, mesmo com a morte, vou tentar amenizar com um prólogo com dois personagens que também são protagonistas dessa série.
Bom... É isso. Até o próximo capítulo e não esqueçam de votar ❤️
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