Alguns dias se passaram desde o passeio no parque, e a atmosfera entre Jennie e Rosé estava longe de ser a mesma. Ambas pareciam estar se esforçando para agir normalmente, mas havia algo inegavelmente quebrado entre elas. Jennie sentia que Rosé estava se afastando, como se houvesse um muro invisível entre elas.

Jennie— O que está acontecendo com você, Rosé?
— Jennie perguntou em um tom de voz mais alto do que pretendia, sentando-se à mesa de café.

Rosé— O que você quer dizer?— Rosé respondeu, os olhos desviando.

Jennie— Você sabe exatamente do que estou falando!— Jennie exclamou, sentindo a frustração.
— Você está se afastando, e eu não consigo entender por quê!

Rosé suspirou, a tensão se acumulando em seus ombros.

Rosé— Eu só... não sei como lidar com tudo isso.
— ela disse, sua voz quase um sussurro.

Jennie— Não sabe como lidar com isso?
— Jennie disparou e a raiva estava subindo.
— Parece que você simplesmente decidiu me ignorar! Você não pode simplesmente se afastar!

Rosé— Eu não estou ignorando você, Jennie!
— Rosé respondeu— Eu só estou tentando processar o que aconteceu!

Jennie— Processar? Para de frescura! Nós somos amigas! — Jennie retrucou, seu tom carregado de indignação. — Você não pode simplesmente jogar tudo isso de lado!

Rosé— Não estou jogando nada de lado!
— Rosé respondeu, levantando a voz.
— Eu só preciso de espaço para entender o que estou sentindo.

Jennie— Espaço? Você não se importa comigo, não é?— Jennie gritou, atraindo a atenção de outros clientes na cafeteria. — Se você se importasse, não estaria se afastando assim!

Rosé— Não é sobre isso!— Rosé estava frustrada.
— É difícil para mim também! Eu não sei como lidar com os meus sentimentos e com você!

Jennie— Então por que não fala a merda que você realmente sente?— Jennie estava fora de controle
— Você está tão ocupada tentando se proteger que não percebe o que está perdendo!

Rosé ficou em silêncio, sentindo os olhos da cafeteria em cima delas.

Rosé— Você realmente acha que eu não me importo? Que eu não quero você na minha vida?
— Rosé disse, a dor evidente em sua voz. — Você está sendo egoísta, Jennie!

Jennie— Egoísta? — Jennie riu sarcasticamente.
— Você é quem está se afastando e fazendo isso tudo parecer um fardo! Eu estou aqui, tentando entender!

Rosé— E eu estou tentando descobrir como lidar com essa situação! — Rosé respondeu, sua voz começando a tremer. — Mas você só pensa em si mesma!

O silêncio caiu por um momento, e Jennie olhou nos olhos de Rosé, vendo a dor refletida ali. As palavras de Rosé a atingiram como um golpe.

Jennie— Você não tem ideia do quanto isso dói!
— Jennie gritou, sua voz embargada. — Você está jogando tudo que temos fora!

Rosé— Eu não estou jogando nada fora! Eu só preciso de um tempo! — Rosé tentou explicar, mas as lágrimas já estavam nos olhos.

Jennie— Tempo? — Jennie zombou, sua voz cheia de amargura. — Você acha que tem todo o tempo do mundo? Você realmente acha que eu vou ficar aqui esperando enquanto você decide se vale a pena continuar com isso?

Rosé olhou para Jennie, a raiva e a mágoa misturadas.

Rosé— Eu não sei o que mais você quer de mim!
— Rosé gritou, a voz cheia de emoção. — Eu só estou tentando entender essa confusão!

Jennie— Confusão? Você não pode simplesmente jogar isso para o lado e esperar que eu esteja aqui quando você decidir voltar!— Jennie disparou, sem pensar nas consequências.

Rosé— Então o que você quer? Que eu aja como se nada tivesse mudado naquela noite? — Rosé retrucou.

Jennie— Eu só quero que você seja honesta!
— Jennie respondeu.
— Se você não quer isso, então talvez você não esteja realmente pronta para essa amizade.

Rosé— E se eu não estiver?— Rosé disse, as lágrimas escorrendo agora. — Isso me faz ser uma pessoa ruim?

Jennie— Você está sendo uma pessoa covarde!
— Jennie gritou, sua voz subindo ainda mais. — Estou farta disso! Você está se escondendo atrás da sua insegurança, e eu não posso fazer isso por você!

Com isso, Jennie se virou e saiu da cafeteria, sentindo a raiva e a dor se acumularem dentro de si.

Rosé— Jennie!— Rosé gritou, mas Jennie não olhou para trás.

Rosé ficou parada, as lágrimas escorrendo pelo rosto, sentindo um nó na garganta. A amizade delas, que antes parecia inquebrável, estava se desmoronando diante de seus olhos, e ela não sabia como consertar as coisas.

Rosé— Merda... — Rosé murmurou para si mesma
— O que eu fiz?

Ela saiu da cafeteria com o coração pesado.

Continua...